"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

PESQUISA NO SITE "FOLHA DE S.PAULO"

Jair Bolsonaro (PP) tem 37% das intenções de voto, contra 38% dos dez demais candidatos somados.
 
PP DECIDIRÁ POR PRESIDÊNCIA NO DIA 25 DE JUNHO:

As diferentes correntes do PP chegaram a um acordo para realização de Convenção no dia 25 de junho, onde de acordo com o Estatuto do Partido, será decidido os rumos da sigla no tocante às ele
ições presidenciais: quem apoiará (Dilma / Aécio / Campos), se terá candidatura própria ou declarará neutralidade nas eleições presidenciais.

Até lá continuo com esperanças na legenda, mas para isso preciso que um ou mais institutos de pesquisa levem meu nome para as ruas, onde peço seu apoio caso conheça alguém no IBOPE, DATA FOLHA, VOX POPULI, etc.

Grato a todos,


Jair Bolsonaro

Bolsonaro tem 37% de intenções de voto, Dilma, 20% e Aécio, 11%, diz Datafolha


O Instituto Datafolha divulgou nesta sexta-feira (9), no site do jornal "Folha de S.Paulo", pesquisa de intenção de voto para presidente da República neste ano. A pesquisa indica que Jair Bolsonaro (PP) tem 37% das intenções de voto, contra 38% dos dez demais candidatos somados.

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 8 de maio. Foram entrevistados 2.844 usuários do forum uol jogos vale tudo. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro. Aqui
 
21 de maio de 2014
movcc

SENADOR DIZ QUE VAI PEDIR PRISÃO DE GABRIELLI EM CASO DE NOVA MENTIRA

 
Ao considerar que o ex-presidente da Petrobras e secretário de Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, mentiu quando eximiu a presidente Dilma Rousseff de culpa na aquisição da refinaria de Pasadena, o senador Mário Couto (PSDB-PA) prometeu pedir sua prisão, caso ele "mentisse" novamente.


“Quando a imprensa veio, ele falou uma coisa e ficou gravado. No depoimento ele não pode desdizer. Tu já falaste. Estás condenado à mentira. Se tu mentires na minha frente eu vou mentir a tua prisão, Gabrielli. Não se pode mentir dentro de uma CPI e a tua mentira está gravada”, declarou o tucano.

Para acusá-lo de ter mentido, o congressista lembrou as declarações feitas pelo ex-gestor ao jornal O Estado de São Paulo. "Lá tu fostes muito claro. Disseste que a Dilma tinha a ver, que ela era a responsável. Mas aí te chamaram lá [no PT], acertaram não sei o que, e aí tu vieste à CPI e disseste: ‘oh, a minha madrinha não se meteu em absolutamente nada’. Agora tu vais ter que responder na CPI mista a mim”, provocou Couto.

O senador também classificou como "mentiroso" o depoimento da atual presidente da estatal, Graça Foster, na audiência pública realizada na Casa e a acusa de ter beneficiado o marido por indicá-lo em contratos na Petrobras. Por conta disso, pediu ao Ministério Público que ela fosse afastada do cargo.

21 de maio de 2014
caminho21

OPOSIÇÃO INAUGURA PAINEL E SITE DA CPMI DA PETROBRAS



Os partidos de oposição – Democratas, PSDB, Solidariedade, PPS e PSB – inauguraram nesta terça-feira (20/5) um painel com os nomes dos membros da CPMI da Petrobras e os partidos que até agora não indicaram os integrantes, caso do PT e PROS na Câmara e do PT, PMDB, PDT e PP, no Senado.

A intenção é que a população acompanhe quem são as legendas interessadas na investigação das graves denúncias de corrupção na Petrobras e quem são os partidos que atuam para impedir o início dos trabalhos da comissão. A partir dessas informações a sociedade poderá cobrar a indicação das vagas não ocupadas por meio do email, twitter, Facebook e telefone dos líderes responsáveis. Para acessar o painel basta acessar o site www.cpmidapetrobrasja.com que terá a relação dos indicados atualizada.
 
O líder do Democratas na Câmara Federal, Mendonça Filho (PE), confirmou também a primeira reunião da CPMI para esta quarta-feira, 21/5. Hoje, termina o prazo de cinco sessões, definido pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros, para indicação dos membros e instalação da CPMI, apesar de manobra do PT para prolongar uma sessão solene do Congresso com a finalidade de impedir o início da sessão ordinária da Câmara.  
 
“Independente da vontade de quem está dirigindo a Casa, vamos reservar uma sala de comissão amanhã para eleger o presidente e o relator. Estamos convocando todos os 19 indicados e precisamos de um quórum de 17. É importante que a pressão ocorra para que todos se façam presentes. O que está em pauta é a dignidade do Congresso”, reforçou Mendonça Filho. O democrata reiterou que a CPI Mista terá muito mais representatividade e potencial de investigação.
 
O deputado Ronaldo Caiado (Democratas-GO) questionou a seriedade da CPI do Senado. “Hoje tivemos a prova de como essa CPI 'Punho de Renda', de acomodação, que não quer chegar a objetivo nenhum e jogar foco em temas laterais. Até agora não há um requerimento de convocação do Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras), chave principal das denúncias e principal distribuidor do caixa 2, da propina usurpada dos cofres da Petrobras”, disse.
 
21 de maio de 2014
caminho21

A IMAGEM TRINCOU

Dessa vez não vai dar para “tapear”. Os olhos do mundo já estão aqui e é evidente que a Copa ajuda a trincar a imagem do governo brasileiro. Depois das expectativas criadas, a desorganização transformou o evento numa caricatura daquilo que o próprio PT prometeu. Viajaram na maionese e não entregaram nem a metade. Não dá mais para esconder a crise de credibilidade que se abateu sobre o Planalto.


Desnorteado pela reprovação pública que cresce ao seu redor, o PT tenta levantar o moral da tropa acirrando os ânimos e politizando a Copa. Lula recorre ao velho estratagema do sujeito indeterminado para dizer que “setores” torcem contra a seleção para atingir o PT. Não bastasse o delírio de tentar associar o orgulho à vergonha, Lula acha que o povo é idiota e se presta ao papel de bovino que aceita a canga.

Há um recorrente divórcio entre o que o governo diz e o que as pessoas observam. Para a FIFA, é um inferno lidar com os políticos do governo. Para a presidente, os dirigentes da FIFA são um peso nas costas. Eles lavaram tanta roupa suja em público, acabaram tão parecidos em meio às acusações mútuas, que o resultado está aí: nunca o Brasil foi tão enxovalhado internacionalmente.

Com o Google e o Youtube, qualquer um encontra o que quiser sobre os preparativos da Copa. Está tudo lá: discursos triunfais, promessas de milagres nas cidades brasileiras, trem-bala, aeroportos, estádios... Daí, quando a Infraero diz que vai “tapear” obras inacabadas ou Lula chama de “babaquice” a falta de metrô, o brasileiro sente o calafrio: as decisões que influenciam a vida de todos estão nas mãos dessa gente!

Enquanto isso, o marketing petista tenta inocular a ideia de que o partido representa o novo e a mudança nessa luta enlouquecida contra o passado – só que são eles mesmos que estão há 11 anos no poder... Longevidade sem precedente desde que a vitória de Tancredo Neves no colégio eleitoral encerrou a ditadura – aliás, como em outros momentos de comunhão nacional, sem os votos do PT.

Há certa histeria entre os petistas com a hipótese de ter que deixar o poder. Esse linguajar de acerto de contas, do “nós não vamos deixar”, tão usada por Dilma e Lula, é inadequado num debate livre e democrático. Usar a Copa e a seleção para tentar dividir, incitar e manipular as pessoas é uma infâmia. Dilma deveria ser a presidente de todos os brasileiros. Como não consegue ser, o Brasil a reprova. Sua imagem trincou.

21 de maio de 2014
José Aníbal é deputado federal (PSDB-SP).

A COPA DO MUNDO E A LACUNA DEMOCRÁTICA - 2

-Dando sequência ao artigo da semana anterior, neste texto, exemplifico duas formas de manipulação da “paixão nacional” ocorridas na montagem da Copa do Mundo. Uma trata da distribuição por todo o território das cidades-sede e outra do apelo publicitário revivido a cada quatro anos.

O Brasil sedia neste ano uma competição espalhada pelo país. Temos a representação de cinco regiões do Brasil e doze cidades-sede da Copa de 2014. São elas: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Natal (RN), Salvador (BA), Recife (PE) e Manaus (AM).

A manipulação que me referi semana passada diz respeito não ao fato não de termos sedes em todas as grandes regiões do país; a crítica recai nas escolhas de capitais com inferior tradição futebolística. Um exemplo é o Centro-Oeste, onde o poderoso futebol goiano não estará representado, sendo substituído por centros menores no esporte, como o Distrito Federal e Cuiabá. O mesmo ocorre na Região Amazônica. Belém tem duas potências dentro das quatro linhas, e ainda assim não entra como sede, dando lugar a Manaus.

Em ambos os casos, após o torneio, os novos estádios não serão utilizados com a mesma intensidade do que seriam tanto o Mangueirão (Belém) como o Serra Dourada (Goiânia), caso reformados para o evento. O argumento de nacionalizar a competição mundial da FIFA não corresponde à dimensão nacional do futebol e sim a interesses oligárquicos que compõem a sempre fluida base “aliada”. O efeito direto é a sobrevalorização do solo urbano, atendendo aos consórcios locais de grandes obras, eternas clientes das verbas públicas.


Já o apelo publicitário gerou benefícios para o povo brasileiro. Este veio através do lema: “Vem pra rua, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil”. O jingle foi interpretado pelo respeitável grupo O Rappa, sendo de autoria do compositor e cantor Wilson Simoninha e fora encomendado pela campanha da FIAT de 2013.

Seu efeito indireto foi interessante. Ultrapassou a forma mercadoria e operou como catalisador da indignação nacional com os desmandos da FIFA e a inversão de prioridades. Ao promover a participação popular, chamou a atenção para a hegemonia mercantil e transnacional do esporte, e ajudou na crítica da associação de símbolos e cores com a “paixão nacional”. Ironia da história contemporânea, nós fomos convocados a aderir ao evento como “brasileiros”; mas, por sorte, estamos protestando como argentinos.

21 de maio de 2014
Bruno Lima Rocha é professor de ciência política e de relações internacionais

STF SUSPENDE RESOLUÇÃO DO TSE QUE LIMITAVA PODER DE INVEESTIGAÇÃO DO MP

Com a decisão, o Ministério Público poderá apurar irregularidades nas campanhas eleitorais sem precisar de autorização prévia de juiz

STF suspende resolução do TSE que limitava poder de investigação do MP Foto: Divulgação/ STF
STF suspende resolução do TSE que limitava poder de investigação do MP Divulgação/ STF
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quarta-feira resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que limitava o poder de investigação do Ministério Público diante de fraudes eleitorais. A regra condicionava a investigação de suspeita de ilegalidade à autorização prévia de um juiz eleitoral. Agora, fica valendo a norma anterior, que dá autonomia a procuradores e promotores de todo o Brasil para apurar esses casos e, se for detectado crime, é aberto processo na Justiça. Com a decisão da mais alta corte do país, o Ministério Público poderá fiscalizar livremente as campanhas deste ano.

A decisão foi tomada por nove votos a dois. O primeiro a condenar a resolução foi o relator, ministro Luís Roberto Barroso. Ele ponderou que uma resolução do TSE não poderia tirar poderes dados ao Ministério Público pela Constituição Federal. O relator lembrou que, pela Constituição, a investigação deve ser de iniciativa do Ministério Público, e não do Judiciário.

- A iniciativa de investigação eleitoral é do Ministério Público. A independência do Ministério Público ficaria significativamente esvaziada caso as apurações dependesse de uma anuência judicial - disse.


O ministro acrescentou que, segundo as leis processuais do país, não se pode dar ao juiz a condução de investigações, sob pena de ele perder a isenção na hora de julgar. Para Barroso, o TSE não está autorizado a “introduzir inovações substantivas no princípio acusatório”.
- Não parece válida previsão de que o juiz fará requisições para a instauração de inquérito. Não é admissível que a autoridade judicial determine o rumo das investigações, em prejuízo de sua própria e desejada neutralidade - argumentou Barroso.

O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, concordou com o relator. Ele ressaltou que não cabe ao TSE mudar a regra processual penal brasileira. Essa seria uma atribuição do Congresso Nacional.

- O regramento relativo à instauração de inquérito não provém do sistema normativo eleitoral, mas sim do sistema processual penal. A fixação de regras para a tramitação do inquérito policial eleitoral extrapola o poder regulamentar complementar conferido à Justiça Eleitoral. Não se pode admitir que um ato normativo infraconstitucional, como é a resolução, restrinja os poderes constitucionalmente atribuídos ao parquet (Ministério Público).

Para Barbosa, se a resolução fosse mantida, tornaria mais lenta a investigação de crimes eleitorais:
- A resolução cria uma fase judicial de apreciação preliminar da notícia-crime não prevista para outras infrações de natureza penal. Ela tem a função de retardar, impedir que se imprima a celeridade desejada às investigações criminais.

O presidente do STF defendeu que as fraudes eleitorais sejam investigadas por vários órgãos, e não centralizada pela Justiça Eleitoral. Com a pluralidade de agentes investigativos, a fiscalização de eventuais fraudes ficaria mais efetiva.
- Não verifico razões ou benefícios para se conferir essa centralidade à Justiça Eleitoral, ou melhor, a exclusividade para determinar abertura de inquérito policial. Pelo contrário. Quanto maior o número de legitimados para a apuração, mais elementos haverá para garantir o êxito das apurações - disse Barbosa.

O ministro Dias Toffoli, hoje presidente do TSE, foi o primeiro a defender a resolução. Ele foi o relator da norma quando ela foi aprovada na corte eleitoral, em dezembro do ano passado. O único a concordar com Toffoli foi Gilmar Mendes. Segundo ele, o Ministério Público e a Polícia Federal não são isentos para conduzir investigações. A resolução solucionaria o problema ao transferia para o juiz eleitoral essa atribuição. Segundo o ministro, a nova regra existe em resposta aos “mal feitos dessa área, às leis casuísticas”.

- É uma área sujeita a partidarização, cooptação. Ou a gente não sabe disso? - disse, referindo-se à polícia e ao Ministério Público.
No início do julgamento, a vice-procuradora-geral, Ela Wiecko, rebateu o argumento de que, sem um juiz à frente das investigações, faltaria transparência.
- Considerando que o Ministério Público e a Polícia Federal operam com sistemas informatizados e têm mecanismos de controle internos e externos, não se compreende como a prévia autorização judicial para apuração de fatos tornará a apuração mais transparente - argumentou.

A ação que questiona a resolução do TSE foi apresentada em março deste ano pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A decisão de ontem foi tomada em liminar – ou seja, é provisória, até o julgamento de mérito pelo plenário da Corte. Como os ministros deram votos longos e fundamentados, a tendência é de que a decisão definitiva tenha o mesmo teor.

21 de maio de 2014
Carolina Brígido, O Globo

NÃO É PARTIDO!


 
22 DE MAIO DE 2014



TERRORISMO SOCIAL


 
O terror será uma das principais armas na guerra suja do PT e seus aliados para se manter no poder. Nesta estratégia, o Bolsa Família é arma valiosa, por alcançar 50 milhões de brasileiros. O petismo explora a ignorância das pessoas, manipula sentimentos, dissemina medo e propaga mentiras, intranquilizando beneficiários do programa. A oposição tem projeto que assegura os direitos e põe fim ao terrorismo, mas ao PT interessa mesmo é eternizar a miséria.

As recentes investidas eleitorais do PT e de seus aliados deixam clara qual será a principal arma usada por eles na disputa deste ano: 
o terror. Além da tentativa de disseminar o medo, mistificações e mentiras compõem o cardápio da estratégia desonesta. 
 

Episódio eloquente do vale-tudo a que petistas e aliados já estão se lançando aconteceu no início do mês em Barra do Corda, no Maranhão. 
Teve como protagonista o senador Edison Lobão Filho, que, o nome já revela, é filho do ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff. 
Deve agir, portanto, com carta branca oficial.
Diz ele – ou melhor, mente ele:
“Estou preocupado porque o candidato a presidente da República Aécio Neves declarou, anteontem, que ele é contra o Bolsa Família. (...) Aécio Neves, que já disse, em todos os jornais, em todas as emissoras de jornal e de televisão, que é contra o Bolsa Família, e que é contra o aumento que a presidenta Dilma havia dado do Bolsa Família”. 
Enganada, a plateia reage com apupos, conforme se vê no deo.

 
Vale, a princípio, situar o protagonista. Lobão Filho tornou-se senador da República depois que seu pai se licenciou para integrar o ministério de Dilma. Como suplente, não recebeu um voto sequer para representar o povo maranhense no Senado.
 
 
Agora, busca eleger-se governador de seu estado com o apoio da família Sarney, que reina lá há mais de 50 anos – período no qual o Maranhão passou a ocupar sistematicamente as piores posições nos rankings sociais do país. 
Lobão Filho é apoiado pelo PT e enfrentará uma frente de partidos encabeçada pelo PC do B e integrada pelo PSDB. 
Estas são, portanto, suas credenciais.

O oligarca Lobão Filho segue ao pé da letra a cartilha petista: 
explora a ignorância das pessoas, 
manipula sentimentos, 
dissemina medo e propaga mentiras. 
Armas que buscam funcionar como cabresto imposto a eleitores. 
Nada, nada mesmo, diferente do que vêm fazendo militantes e também autoridades do governo na guerra para tentar se manter no poder.

Pelo seu alcance social, o Bolsa Família é uma das armas preferidas dos petistas e de seus aliados espúrios. Alcança cerca de 14 milhões de famílias – ou em torno de 50 milhões de pessoas – que o petismo quer ver tratadas como meras massas de manobra eleitorais. São os alvos prediletos de sua estratégia de terror.
 
 
O Bolsa Família é um direito dos brasileiros e não uma dádiva concedida por seres iluminados. O programa nada mais é do que iniciativa criada no governo Fernando Henrique Cardoso, o Bolsa Escola, que ganhou novo nome na gestão Lula. Não é, portanto, propriedade do PT. Menos ainda deveria servir de instrumento de manipulação.

Justamente para impedir o mau uso do programa, tramita no Congresso projeto de lei que torna os benefícios previstos no Bolsa Família – hoje tratados por mera lei ordinária – direitos resguardados pela Constituição. Assim tratado, o programa torna-se conquista assegurada dos brasileiros que dele dependem. É tudo o que o PT menos quer.

A proposta, de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), enfrenta a resistência de senadores petistas. A presidente Dilma também se recusa a orientar sua base de apoio a apoiar a iniciativa tucana. O mesmo acontece em relação a outro projeto de lei do senador que garante o pagamento do benefício por período de, pelo menos, mais seis meses a quem conseguir empregar-se. 
À proposta, o PT deu parecer contrário.

O PSDB não apenas apoia o Bolsa Família – até porque o criou. 
Defende também que o programa pague benefícios compatíveis com os critérios monetários adotados pela ONU como necessários para superar a pobreza extrema. Hoje, este patamar resultaria em benefícios mínimos de R$ 83 e não nos R$ 77 que Dilma anunciou com alarde em fim de abril. 
O governo, infelizmente, também não concorda com isso.

O que o senador Lobão Filho entoou no interior do Maranhão é o mesmo mantra que o PT impele seus seguidores a propagar Brasil afora. 
Pessoas simples, gente humilde são suas principais vítimas.
 Pouco parece importar: para o petismo, o povo brasileiro, em especial o mais carente, só serve mesmo é para dar voto. 

Ao PT, e sua sanha pelo poder a qualquer custo, o que interessa mesmo é a miséria eterna.
 

 Instituto Teotônio Vilela
21 de maio de 2014

PT CONSEGUE APROVAR RDC APENAS PARA CONSTRUIR PRESÍDIOS. QUE SE CONSTRUAM MUITOS PARA OS DEFENSORES DESTE DISPARATE.


https://www.youtube.com/watch?v=zTGjafsrZt0&feature=player_embedded

 https://www.youtube.com/watch?v=P9jYWbsB3TE&feature=player_embedded

O Senado aprovou nesta terça-feira (20) o texto original da Medida Provisória 630/2013, que possibilita a ampliação do uso do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) a obras apenas para presídios. O governo queria liberar o regime simplificado para todas as licitações públicas, mas recuou diante da pressão de senadores, inclusive da base de apoio. Com a rejeição da ampliação, o texto terá de voltar à Câmara dos Deputados, onde deve ser votado até 2 de junho, para não perder a validade.
 
A modificação que estendia o RDC a todas as licitações públicas (PLV 1/2014) foi uma sugestão da relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), aprovada em comissão mista e na Câmara dos Deputados.
 
Na última semana, durante a discussão da MP, senadores da oposição e também da base do governo criticaram a mudança, citando um risco de a medida favorecer a corrupção. Além disso, parlamentares afirmaram que o argumento de maior rapidez com o processo, defendido pela relatora, não se provou na prática. Após quatro horas de discussão, a votação acabou sendo adiada.
 
Pouco antes do início da ordem do dia desta terça, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) propôs o retorno ao texto original da MP, o que já havia sido pedido, na última semana, pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Pedro Taques (PDT-MT). As mudanças pretendidas por Gleisi Hoffmann (PT-PR), segundo Kátia Abreu, seriam incluídas no Projeto de Lei do Senado (PLS) 559/2013, elaborado pela comissão que estudou, em 2013, o aperfeiçoamento da Lei de Licitações (8666/1993). A senadora do PMDB foi relatora dos trabalhos da comissão.
José Agripino (DEM-RN), que também concordou com a mudança, lembrou que a volta ao texto original só se deu porque senadores da oposição e alguns da base do governo mantiveram posição contra a extensão do RDC a todas as obras públicas. - O governo resolveu derrubar a sessão para evitar aquilo que, na minha opinião, ocorreria: a derrota – disse Agripino.

Após concordar com a mudança no rumo da votação, Gleisi Hoffman negou que seu relatório tenha significado uma tentativa de mera flexibilização da Lei de Licitações e afirmou que as mudanças promoveriam a modernização da lei. A senadora pediu agilidade na votação das mudanças. - O que nós não podemos é demorar mais com essa matéria. A administração pública e a gestão pública requerem urgência de modernização de procedimentos.

Regime
 
Criado em 2011, o RDC pretendia tornar mais ágeis as licitações de obras ligadas à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos de 2016. Com o tempo o uso do regime foi estendido, por meio de medidas provisórias, a obras de engenharia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Sistema Único de Saúde (SUS) e do sistema público de ensino.

O RDC elimina prazos, modifica fases da licitação e permite, a contratação integrada, em que uma empresa ou consórcio é contratada para toda a obra, do projeto ao acabamento. Pela Lei de Licitações, projeto e obra são fases separadas. Segundo os opositores da ampliação, essa integração entre projeto e obra pode favorecer a corrupção.

21 de maio de 2014
in coroneLeaks

DIRETOR TEVE CARTA BRANCA DE R$ 6,5 BILHÕES PARA CRIAR REDE DE CORRUPÇÃO QUE ESTÁ DESTRUINDO A PETROBRAS

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Por quase três anos, a Petrobras deu carta branca para que o ex-diretor da área de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, negociasse como bem entendesse a contratação de novos fornecedores e a celebração de aditivos para as obras da refinaria Abreu e Lima. Paulo Roberto tomava decisões sem ter que passar pelo conselho de administração ou mesmo pela diretoria colegiada da Petrobras. 
 
Essa liberdade, apurou o Valor (Jornal Valor Econômico), significou a aprovação de mais de R$ 6,5 bilhões em contratos e aditivos para a refinaria, uma cifra bilionária que, efetivamente, não foi alvo de avaliação prévia da diretoria da própria Petrobras.
 
Os gastos de Abreu e Lima constam das centenas de transações registradas nas 123 atas do conselho de administração da refinaria, as quais o Valor teve acesso. O conselho da refinaria funcionou entre março de 2008 e dezembro de 2013.
A Petrobras havia constituído uma operação separada da estatal para cuidar especificamente de Abreu e Lima, porque tinha a expectativa de que a venezuelana PDVSA viesse a fazer parte de uma futura sociedade no empreendimento, o que acabou não se concretizando. De concreto mesmo, o que se sucedeu foi uma sequência de operações capitaneadas pelo conselho de administração da refinaria.
 
Esse conselho reinou absoluto entre março de 2008 e dezembro de 2013, quando finalmente a Petrobras desistiu de ver cumprida a promessa feita pelo ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez e decidiu absorver de vez 100% da refinaria às suas operações. Neste meio tempo, foram assinados mais de 150 aditivos pelo então presidente do conselho Paulo Roberto Costa e por seu sucessor no posto, José Carlos Cosenza. Então gerente-executivo de refino da Petrobras, Cosenza já era membro do conselho desde junho de 2008.
 
Esses aditivos somaram mais de R$ 4,1 bilhões. A maioria deles está vinculada a contratos firmados originalmente pela própria Petrobras, ou seja, antes da constituição do conselho de Abreu e Lima. Além dos aditivos, vieram os novos contratos assinados com empreiteiras, prestadores de serviços e fornecedores de equipamentos, um conjunto de novas contratações que ultrapassa a marca de R$ 2,5 bilhões.
Paulo Roberto Costa, que estava preso desde março no âmbito da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, foi liberado há três dias, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.
 
O distanciamento que a alta cúpula da Petrobras mantinha das decisões tomadas pelo conselho da refinaria ficou claro ontem após as declarações dadas pelo ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras do Senado. Gabrielli minimizou o fato de o conselho de Abreu e Lima ter assinado mais de 150 termos aditivos. "Não é tanto aditivo. Sabe quantos contratos tem a refinaria Abreu e Lima? 260 contratos. Não sei quando aditivos têm por contrato", disse Gabrielli.
 
Presidente da Petrobras entre 2005 e 2011, Gabrielli justificou o cheque em branco que a estatal entregava ao conselho. "A refinaria funcionava como uma empresa subsidiária da Petrobras. "Ela é que tinha a competência de tomar essas decisões. Da mesma forma que a BR Distribuidora toma decisões, sem a diretoria da Petrobras tomar conhecimento", comentou. "A diretoria e o conselho da Petrobras acompanham os resultados finais. É uma refinaria que tinha decisões no âmbito na Rnest (Abreu e Lima), e que não chegava à diretoria da Petrobras."
Na lista de aditivos que a estatal não analisou estão decisões de peso, como a tomada em outubro de 2012, quando o Consórcio Ipojuca (Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás) viu seu contrato saltar para R$ 3,218 bilhões, após obter aditivo de R$ 385,177 milhões. Em setembro do ano passado, foi a vez do Consórcio Rnest (Odebrecht e OAS) ser atendido em aditivo de R$ 332,660 milhões, ampliando seu contrato para R$ 3,650 bilhões.
 
A relação de novos contratos assinados pelo conselho também inclui transações de grande porte, como, por exemplo, o contrato firmado em dezembro de 2010 entre Abreu e Lima e o Consórcio Alusa CBM (Alusa Engenharia e Construtora Barbosa Mello), no valor de R$ 651,760 milhões. A Petrobras foi questionada sobre mudanças no acompanhamento de aditivos e contratos da refinaria, bem como sobre seus responsáveis. A estatal informou que não vai comentar o assunto.
 
(Valor Econômico)

PT FAZ DE TUDO PARA IMPEDIR INSTALAÇÃO DA CPI MISTA DA PETROBRAS, MANCOMUNADO COM RENAN CALHEIROS



Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na noite desta terça-feira, durante sessão do Congresso Nacional, que a instalação da CPI Mista, composta por senadores e deputados, para investigar a Petrobras, só poderá ser instalada na quarta-feira da semana que vem. 
 
Cedendo a uma manobra governista, Renan decidiu estender até a próxima terça-feira o prazo para indicação dos integrantes do PT e de outros partidos da base que faltam para compor a comissão. - Vou observar os mesmos prazos que observei para a CPI do Senado. Na próxima terça, vamos indicar os nomes dos partidos que não indicarem, e na quarta já pode haver a primeira reunião da CPMI - disse Renan.
 
O PT pressionou para jogar a indicação dos nomes que faltam na comissão para a terça-feira da semana que vem porque quer ganhar tempo para consolidar a CPI do Senado antes da mista ser instalada, na estratégia de esvaziar a comissão onde o governo tem maioria menos favorável.
 
Mais cedo, a oposição lançou um site para pressionar pela instalação da CPI mista da Petrobras, já que considera a comissão parlamentar de inquérito do Senado "chapa branca", por ser controlada pelo governo. O site expõe os partidos da base aliada que ainda não indicaram os membros da CPI Mista. São eles o PT e o PROS na Câmara, e PT, PDT, PMDB e PP do Senado. - Há um movimento da base governista para impedir a instalação da CPI mista, porque querem a CPI chapa branca do Senado - afirmou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE). Segundo ele, a oposição vai tentar obter quórum amanhã para eleger o presidente da CPI mista, independente da indicação ou não dos membros da base do governo.

Deputados da base governista tentaram usar, nesta terça-feira, uma sessão em homenagem a Luiz Carlos Prestes para tentar protelar a contagem de prazo para a instalação da CPI mista da Petrobras. Houve bate-boca no plenário da Câmara. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) acusou, aos gritos, o secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, Mozart Vianna, de encerrar abruptamente a sessão em homenagem a Prestes: - Fui agredida! Houve pressão desmedida para encerrar a sessão!

O secretário-geral da Mesa afirmou que apenas cumpriu o regimento da Câmara, que determina o início das sessões ordinárias às 14h. Se esse horário não fosse cumprido, a sessão se tornaria extraordinária e não contaria prazo para a criação da CPI mista da Petrobras. A sessão ordinária desta quinta-feira é a última para a contagem de prazo para a instalação da CPI mista. - Essa é uma questão política. Eles (governistas) estavam usando a sessão de homenagem para tentar protelar (a CPI mista) - disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
 
(O Globo)

PETISTA GABRIELLI VOLTA ATRÁS E ISENTA DILMA NA CPI CHAPA-BRANCA DA PETROBRAS

 


No primeiro depoimento da CPI da Petrobras no Senado nesta terça-feira (20), com a comissão dominada por aliados do governo federal, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli isentou a presidente Dilma Rousseff de responsabilidade pela aquisição da refinaria de Pasadena (nos Estados Unidos) e atacou a oposição.
Ao jornal "O Estado de S. Paulo", no mês passado, ele havia afirmado que Dilma "não pode fugir da responsabilidade" no caso Pasadena. Agora, disse não considerar a presidente responsável pela compra da refinaria.
 
"A responsabilidade é da diretoria da Petrobras e do Conselho de Administração [da estatal]. Essa é a questão-chave, é um processo de decisão que não é individualizado, é um processo de decisão coletivo", afirmou o ex-presidente da estatal.
Dilma era a presidente do Conselho de Administração da empresa que, em 2006, aprovou a compra da refinaria, causando prejuízo à Petrobras de US$ 530 milhões.
Em março, Dilma disse que a decisão do conselho foi baseada em um resumo "falho", que omitiu duas cláusulas relevantes do contrato.
 
Gabrielli argumentou que o negócio não seria rejeitado se as cláusulas constassem do resumo e disse que as decisões do conselho são "estratégicas". "Não compete ao conselho, nem tem possibilidade, de entrar nos detalhes operacionais dos contratos. As decisões são se o negócio é aderente ao plano estratégico, tem custo adequado às condições de mercado e traz retorno para a companhia", afirmou.
 
Com a presença de apenas um senador de oposição na sessão --Cyro Miranda (PSDB-GO)--, não houve questionamentos mais incisivos a Gabrielli. "Essa CPI vem pronta, é um prato feito. É um jogo de cena, uma farsa", declarou Miranda.
 
Gabrielli rebateu: "A oposição quer criar um espetáculo. É extremamente perigoso, extremamente condenável o comportamento da oposição, que está querendo destruir uma empresa sólida".
 
Como a CPI do Senado está sob o controle do governo, a oposição aposta suas fichas na CPI mista --com deputados e senadores, e em processo de instalação. Os aliados do Palácio do Planalto querem empurrar o início dos trabalhos da CPI mista para a próxima semana. A oposição tentará instalar a comissão nesta quarta-feira (21).
 
(Folha de São Paulo)
 
21 de maio de 2014
in coroneLeaks

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Defesa do doleiro Youssef quer forçar depoimentos na Lava Jato de figurões da Petrobras e empreiteiros

 
Sem querer querendo, a tática de defesa do doleiro Alberto Yousseff pode criar um problema institucional de dimensão tão grave que pode provocar a queda do cérebro financeiro da Petrobras. Caso seja atendido o pedido para a “produção de provas testemunhais” nos negócios que envolvem a estatal, o doleiro e o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, a grande vítima pode ser quem pagava as contas: o diretor financeiro Almir Guilherme Barbassa.
 
O dirigente, que já é alvo de vários processos sancionadores na Comissão de Valores Mobiliários, é o poderoso sujeito que cuida da rolagem diária da dívida bilionária da Petrobras. Mexer com Barbassa significa afetar sua relação com os maiores banqueiros – que cuidam de sua blindagem. Nem Dilma Rousseff, que quis e não conseguiu substituí-lo quando Graça Foster assumiu a Presidência da Petrobras, tem cacife para brincar com Barbassa. Mas investidores da Petrobras querem a cabeça dele...
 
Yousseff é um personagem que apavora meio mundo pela capacidade de delação premiada demonstrada no velho escândalo do Banestado. Por isso, sua defesa partiu para um ataque de alto risco ao pedir à Justiça que deponham no caso o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor da área internacional e ex-diretor da BR Distribuidora, Nestor Cerveró, além do diretor de serviços, Renato Duque. Se eles forem depor, sobrará também para Paulo Roberto Costa, que é réu, e para Almir Barbassa, que é o diretor financeiro.
 
Com sua tática de defesa, que mais parece uma desesperada estratégia suicida, Youssef arranja inimigos ainda mais poderosos do que já coleciona. Além dos dirigentes da Petrobras, os advogados do doleiro querem os depoimentos judiciais dos responsáveis pelo consórcio da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. O caso mexe com as poderosas empreiteiras Galvão Engenharia, OAS Engenharia e Coesa Engenharia. Como Paulo Roberto Costa também está no meio das operações investigadas da Rnest, o rolo tende a sobrar para o lado da Odebrecht. Paulo Costa foi conselheiro da Brasken – braço petroquímico da maior transnacional privada do Brasil, em parceria com a Petrobras.
 
Yousseff ficou na pior – permanecendo na cadeia – com o recuo forçado do ministro Teori Zavascki – que queimou a imagem do Supremo Tribunal Federal ao mandar soltar Paulo Roberto Costa, que foi preso em flagrante pela Polícia Federal por tentativa de destruição de documentos que poderiam incriminá-lo. O grande temor de familiares do doleiro é que algo aconteça com ele. Por isso, já se espalha a lenda de que existem dossiês capazes de comprometer meio mundo de poderosos, caso algo de mal aconteça a Yousseff.
 
Além da perigosa jogada de forçar depoimentos constrangedores de dirigentes da Petrobras e de grandes empreiteiras, a defesa de Youssef tenta outra mágica jurídica – na qual pode até ser bem sucedida. Advogados do doleiro já pediram a anulação de todas as provas obtidas por meio de mensagens e escutas telefônicas sem um fato claro que justificasse a investigação. O STF costuma tornar tais provas ilícitas, mesmo quando autorizadas judicialmente, o que diminui o peso das provas de culpa.
A defesa de Youssef comete outra mancada na clara tentativa de protelação judicial. Contestar a abertura de vários processos – medida acertada que o Ministério Público Federal resolveu adotar para investigar, cuidadosamente, cada caso criminal – é inútil. Dificilmente, deve ser aceito o pedido de unificação de todos os processos feitos pela 13ª Vara Federal, cujo titular é o juiz Sérgio Moro. O plenário do STF, em breve, será obrigado a analisar tal abacaxi.
A grande jogada de todos os advogados dos réus na Lava Jato é ganhar tempo... Deixar o caso esfriar com a Copa do Mundo... O problema é que o explosivo tema interessa à oposição na eleição... Mas, como envolve grandes financiadores de campanhas de ambos os lados, é alto o risco de que o rodo passado na Operação Lava Jato seja ainda maior que o iniciado, domingo, pelo ministro Teori Zavascki.
 
No Brasil sob governança do crime organizado, quando a cumplicidade é generalizada, a impunidade tende a ser ampla, geral e irrestrita, com punições seletivas apenas para peixes pequenos.
Perguntar ofende?
 
Até que ponto o STF, um tribunal eminentemente constitucional, mas que demora dezenas de anos para questões que deveriam ser seu foco, pode e deve se intrometer em ações criminais, antes mesmo dos julgamentos em primeira instância, só porque os casos envolvem parlamentares ou figuras “poderosas”?
 
Essa é a importante pergunta que precisa ser clara e urgentemente respondida pelos integrantes do judiciário brasileiro.
 
A Polícia Federal trabalha, a Receita Federal se empenha, o Ministério Público se esforça, os juízes ficam sobrecarregados com montanhas de processos e, no final das contas, só vai preso quem rouba um sabonete em um supermercado...
 
Os grandes ladrões do dinheiro público, mesmo quando vão presos, ganham mordomias e ficam o menor tempo possível na cadeia, para usufruir dos milhões roubados descaradamente...
 
Youssifu
 
Não Fuja, Paulinho...
 
Tio Lula
 
Aparições Jeguianas
 
 
Jeguemania
 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

21 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

PAC 2: FRACASSO EVERESTIANO



“Um povo de cordeiros sempre terá um governo de lobos”, expressão popular que tem atravessado séculos.
A sua lembrança veio a memória ao ler trabalho do economista Gil Castello Branco por título “O PAC 3 e as eleições”. Fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, entidade fundada em 9 de dezembro de 2005, “Dia Internacional de Combate à Corrupção”. A coincidência da data não é sem propósito. Acompanha a execução orçamentária e financeira da União, analisando com transparência o desempenho e o que efetivamente é realizado. A credibilidade da Associação Contas Abertas é reconhecida por publicações como o “Financial Times”, “The Wall Street Journal”, “The Economist” e outros de igual importância.
 
O governo Dilma Roussef, na antevéspera da eleição, em agosto, deverá lançar o chamado PAC 3. Será um programa federal destinado a estimular o crescimento da economia brasileira através investimentos em obras de infraestrutura. Imagina-se que o PAC 1 e PAC 2, tenham tido as suas metas cumpridas e realizadas. Quando do seu lançamento, no governo Lula, o Programa de Aceleração do Crescimento foi festejado pelo “marketing”, como uma estratégia de desenvolvimento fadada a sacudir a economia nacional.
A então chefe da Casa Civil e candidata presidencial recebeu a comenda de “Mãe do PAC”. O chamado PAC 2, lançado em  29 de março de 2010, no Palácio do Planalto, teve a presença de 30 ministros, governadores, prefeitos, dezenas de empresários e centenas de movimentos sociais. Abrangeria os anos 2011 a 2014, portanto, todo o quadriênio da administração federal. O que efetivamente foi cumprido nas metas estabelecidas?
Contas Abertas, pela autorizada voz do economista Gil Castello Branco, quantifica e demonstra o fracasso everestiano do PAC 2. Pela sua importância, transcreveremos partes do excelente e documentado trabalho:
1. “Na saúde, das 24.006 obras tocadas pelo ministério e pela Funasa, só 2.547 (11%) foram colocadas à disposição da sociedade. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) ilustram essa realidade: das 15.652 previstas, irrisórias 1.404 (9%) foram concluídas. Quanto às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 503 estavam previstas, mas somente 14 ficaram prontas. Nas ações de saneamento e recursos hídricos, das 7.911 iniciativas, apenas 1.129 (14%) foram finalizadas.”
 
2. “Dilma prometeu entregar até o fim do seu mandato seis mil creches, número que poderia chegar a nove mil. Das 5.257 creches e pré-escolas constantes do PAC 2 apenas 223 estavam em funcionamento até o fim do ano passado. No esporte, os estádios padrão Fifa estão quase prontos; no entanto, das 9.158 quadras esportivas que seriam construídas em escolas, apenas 481 (5%) foram inauguradas. Nenhum dos 285 centros de iniciação ao esporte ficou pronto”.
 
3. “Nos Transportes, dos 106 empreendimentos em aeroportos, quase 70% ainda estão em fases burocráticas. De cada três obras de rodovias, apenas uma foi concluída. Das 48 intervenções em ferrovias, apenas 12 chegaram ao fim. Mais da metade do PAC 2 sequer saiu do papel. Dentre os 49.095  empreendimentos, 26.154 (53%) estão nos estágios de ação preparatória, em contratação, em licitação de obra ou em licitação de projeto. De cada dez iniciativas, menos de quatro estão em obra ou em execução. Apenas 12% dos empreendimentos estão concluídos.”
 
A rigor, se a realidade do PAC 2 demonstra indiscutível fracasso, qual a motivação para lançar o PAC 3? Exatamente dois meses antes das eleições? A resposta é única: lograr e enganar o eleitor brasileiro. É o cordeiro sendo enganado pelo lobo.
 
21 de maio de 2014
Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

VOLTO OU NÃO VOLTO?



 
“Volto ou não volto? Fico aqui no meu banheiro pensando, diante de espelhos sem fim. Quantos Lulas refletidos ao infinito! É como se fosse um povo de lulas. Isso! Eu sou o povo. Sou um fenômeno de Fé. Quanto mais me denunciam, mais eu cresço. Eu desmoralizei escândalos, vulgarizei alianças, subverti tudo, inclusive a subversão. Eu tenho o design perfeito para isso. ‘Lula’ é um nome doce, carinhoso, familiar. ‘Lula’ é fácil de entender. Agora, aqui sozinho, Marisa está dormindo, posso me analisar. Volto ou não volto?
 
“Ai que saudades das mãos da rainha Elizabeth — eu beijei sua mão com um vago perfume de verbena. Ai que saudades dos tempos em que eu posava com outros presidentes, com o Obama me puxando o saco dizendo que eu era o ‘cara’. Como era bom ver intelectuais metidos a besta me olhando com fervor, me achando o símbolo do futuro, como se eu tivesse uma foice e martelo na mão. Comi várias professoras da universidade; eu era um messias para elas, que nunca tinham visto um operário a não ser o encanador de seus banheiros. E os banqueiros e os empresários que tinham medo de mim, mas se ajoelhavam por grana do BNDES, enchendo o partido com dinheiro para campanhas?
 
“Mas está na hora de decidir. Tenho de ser cruel comigo mesmo. Vamos lá. Ninguém está vendo. Autocrítica: a verdade é que eu nunca me interessei pelo bem do povo. Essa visão de um operário pensando no país é uma imagem romântica de pequenos burgueses. Operário quer é subir na vida. Fui mestre nisso. Eu odiava o calor daqueles tetos de Eternit na fábrica, aquela cachaça morna na hora do almoço.
 
“Aquele torno que cortou meu mindinho foi minha primeira grande sorte (tem gente que até acha que eu mesmo cortei...). Virei líder sindical. Foi a sorte grande. Sem dedo, descobri a massa. A massa operária se postava diante de mim e eu, com meus olhos em fogo, vi o mar de gente na greve dos metalúrgicos e tive a luz de berrar: ‘Vocês me dão o posto de comandante das negociações com os patrões?’
 
“Foi um mar de vozes: ‘Sim! Lulaaa!’ Naquele momento, eu vi que chegaria à presidência. Eu vi a facilidade de convencer o povão de fazer o que eu quisesse. Depois, os evangélicos descobriram o mesmo, mas eu fui pioneiro. Aliás, me baseei no Jânio Quadros, com vassoura e caspa artificial. Ele foi o criador da política do espetáculo. Eu era bonitinho, boas sindicalistas eu papei... Era fácil, não precisava nem cantar. Mas, sejamos sérios. Ali, no espelho, me vejo multiplicado e tenho de decidir.
 
“Que é melhor para mim? Os caras falam: ‘Volta, que o povo quer!’ E eu? Será que me interessa?
 
“Será que vai ser bom para minha imagem no futuro? Porque hoje minha imagem está joia. Ganho 400 paus por palestra, vou ao exterior e falo qualquer coisa, eles me amam a priori, eu, um herói operário.
 
“Os franceses e outros babacas, bisbilhoteiros das ‘revoluções’ tropicais, jamais entenderão o que tive de fazer para crescer no poder.
 
“Jamais entenderão as sujeiras que tolerei para manter as mãos limpas, como me dei bem com os 300 picaretas que denunciei antes e que depois foram minha tropa de choque. Jamais entenderão que eu nunca soube de nada, sabendo de tudo...
 
“Foi aí que se fez a luz! Eu entendi que se eu quisesse fazer reformas, mudanças radicais, eu perderia meu poder de messias. Eu vi que o verdadeiro Brasil é o PMDB e os corruptos todos. Tudo foi construído assim, por séculos, nesse adultério entre a grana pública e privada. Só a corrupção move o país. Mantive o legado do FHC e chamei-o de herança maldita... FHC não sabia falar com o povão... Ele fez tudo e não é nada, eu não fiz nada e sou tudo. Também nunca entendi por que os tucanos não defenderam o governo dele. Nem ele.
 
“Quando vi que era a ‘estratégia do medo’, caí matando.
 
“Me aproveitei do Plano Real e depois disse que eu é que fizera a queda da inflação. E agora a porra está voltando...
 
“Até o Roberto Jefferson me deu sorte, me ajudou muito denunciando os babacas dos comunistas que me atazanavam desde o inicio. A Marisa dizia: ‘Essa gente não presta...’ E eu não ouvia... Veio o Jefferson (obrigado, Roberto...), expulsa os bolcheviques da minha cola e eu pude inventar a nova ideologia: um grande balé na mídia para manter o povo feliz. Eles pensavam: se ele chegou lá, nós também podemos...Ele é ‘nóis’. Não entendo como o FHC não teve a grandeza nem de um ‘populismozinho’.
 
“Tudo tão simples; basta falar como eles, falar de futebol, fingir de vítima, injustiçado por ter origem humilde, dividir o mundo em ricos e pobres, mentir estatísticas numa boa, falar do futuro.
 
“Depois, espelho meu, tive mais sorte. Começou o surto dos emergentes. Como entrou grana aqui! Gastei tudo para consolidar meu poder. Mas chega de saudade; a realidade é: afinal, volto ou não volto?
 
“O perigo é eu voltar e ter de lidar com a cagada que eles fizeram. Essa Dilma e o Mantega... Porra...
 
“Já pensou? Ter de acordar cedo, beber meu uísque 30 anos só de noite... E aguentar o Berzoini, o Rui Falcão, falando como se morassem na URSS... E pior é que os comunas vão ficar mais assanhados, mais ‘aloprados’ ainda. Vão querer mais ‘bolivarianismo’. Já me aporrinharam e fu*&ram tudo com o mensalão... Eu bem que avisei: ‘Vão com menos sede ao pote!...’ Só fizeram merda e depois tive de me virar, dizer que não sabia. Só me encheram o saco. Mofem na Papuda.
“Se eu voltar, vou ter de satisfazer essa laia. Vou ter de reprimir a mídia. Disso até gosto, para assegurar minha bela imagem no futuro.
 
“Será que vale a pena botar em risco minha imagem?
“E tem mais: minha maior descoberta foi que o Brasil não tem conserto. É impossível governar. A política não rola mais. É um parafuso espanado. Se os tucanos ganharem, vão se fu*&er também.
“Minhas imagens: quantos lulas refletidos nos espelhos...
 
“‘Lula! Que você está fazendo aí, trancado?’ ‘Já vou, Marisa; porra, não posso nem ir ao banheiro?’
 
“Isso, espelhos meus! Batam palmas para mim! Milhares de ‘eus’ me aplaudindo! Obrigado, meu povo!
 
“E aí? Volto ou não volto?”
 
21 de maio de 2014
Arnaldo Jabor é Cineasta e Jornalista.