MEU CANDIDATO! AÉCIO NEVES PRESIDENTE
O estrago que Meirelles faria
BRASÍLIA - José Serra demorou duas semanas, pelo menos, para dizer que "nunca" pensou em ser vice de Aécio Neves. Donde se conclui que a ideia animou círculos tucanos, mas não colou, provavelmente por não encantar o próprio Aécio.
O novo nome na roda é o de Henrique Meirelles, que vai seguindo assim o exemplo do "dono" do PSD, Gilberto Kassab, disputado a foice por tucanos e petistas.
Como Kassab, Meirelles ganha direito a promessas do poderoso Lula, entra na mira da campanha de Dilma, recebe elogios públicos de Aécio e conquista bom espaço na mídia.
Compare-se a reação do candidato tucano. Quando o nome de Serra vazou para a imprensa como opção, Aécio se fez de desentendido, elogiando Serra, mas escapulindo de admitir a possibilidade. Já quando o nome de Meirelles chega a público, Aécio não só o elogia como admite "conversar" a respeito.
Serra seria forte, pelo "recall", pela densidade. Mas Meireles, ex-BC, tem imensa vantagem: ele atinge o coração da campanha petista.
Maestro da política econômica na época da euforia com Lula, ele é um contraponto desconfortável para a era Dilma, que se debate com crescimento baixo, inflação alta, dúvidas e mau humor.
Aliás, uma sugestão: a leitura do artigo imperdível de Meirelles na Folha de 11/5, "Pecados nada originais". É uma crítica clara, assumida, contra a "nova matriz econômica" inventada no governo Dilma.
Meireles seria, pois, um troféu da dissidência que já ronda a candidatura Dilma. Não só mais um entre os mais de dez ministros lulistas que não votam na reeleição da presidente, mas "o" ministro. E poderia puxar a fila dos partidos que estão com Dilma, mas atentos às pesquisas.
Logo, Meirelles seria um vice fantástico para Aécio e devastador para Dilma. Por isso, Lulinha ex-paz e amor vai com tudo para segurar Meirelles e também Kassab, que nunca se divertiu tanto como em 2014.
BRASÍLIA - José Serra demorou duas semanas, pelo menos, para dizer que "nunca" pensou em ser vice de Aécio Neves. Donde se conclui que a ideia animou círculos tucanos, mas não colou, provavelmente por não encantar o próprio Aécio.
O novo nome na roda é o de Henrique Meirelles, que vai seguindo assim o exemplo do "dono" do PSD, Gilberto Kassab, disputado a foice por tucanos e petistas.
Como Kassab, Meirelles ganha direito a promessas do poderoso Lula, entra na mira da campanha de Dilma, recebe elogios públicos de Aécio e conquista bom espaço na mídia.
Compare-se a reação do candidato tucano. Quando o nome de Serra vazou para a imprensa como opção, Aécio se fez de desentendido, elogiando Serra, mas escapulindo de admitir a possibilidade. Já quando o nome de Meirelles chega a público, Aécio não só o elogia como admite "conversar" a respeito.
Serra seria forte, pelo "recall", pela densidade. Mas Meireles, ex-BC, tem imensa vantagem: ele atinge o coração da campanha petista.
Maestro da política econômica na época da euforia com Lula, ele é um contraponto desconfortável para a era Dilma, que se debate com crescimento baixo, inflação alta, dúvidas e mau humor.
Aliás, uma sugestão: a leitura do artigo imperdível de Meirelles na Folha de 11/5, "Pecados nada originais". É uma crítica clara, assumida, contra a "nova matriz econômica" inventada no governo Dilma.
Meireles seria, pois, um troféu da dissidência que já ronda a candidatura Dilma. Não só mais um entre os mais de dez ministros lulistas que não votam na reeleição da presidente, mas "o" ministro. E poderia puxar a fila dos partidos que estão com Dilma, mas atentos às pesquisas.
Logo, Meirelles seria um vice fantástico para Aécio e devastador para Dilma. Por isso, Lulinha ex-paz e amor vai com tudo para segurar Meirelles e também Kassab, que nunca se divertiu tanto como em 2014.
21 de maio de 2014
Eliane Cantanhede, Folha de SP
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