"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 26 de março de 2017

VEM AÍ O "COMBO" DO CONGRESSO: LISTA FECHADA + ANISTIA AO CAIXA 1 E 2 + MAIS MORDAÇA NOS JUÍZES

Vem aí o "COMBO" do Congresso: Lista fechada + Anistia ao caixa 1 e 2 + Mordaça nos juízes + :

CUIDADO COM A CORRUPÇÃO

POLÍTICA E ECONOMIA: A DIREITA NO BRASIL

Política e Economia: A Direita no Brasil

  • 3 dias atrás
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26 de março de 2017
postado por m.americo

» 

FINALMENTE O BRASIL VOLTA ÀS RUAS, NO MOMENTO EM QUE LULA VOLTA A DEBOCHAR DA LAVA JATO

A TEORIA NA PRÁTICA É APENAS TEORIA...

A TEORIA NA PRÁTICA É APENAS TEORIA


26 de março de 2017
postado por m.americo

JANOT PROTEGE LULA E DILMA E DETERMINA QUE INVESTIGAÇÃO SIGA NO STF

COM O FIM DO FORO PRIVILEGIADO, CONGRESSO ARTICULA A CRIAÇÃO DE "FORO ESPECIAL"

Os ministros do STF começam a temer a responsabilidade por não julgarem os políticos envolvidos na Lava Jato. 
Com isso, estão articulando ‘na canetada’ uma nova interpretação que acabe com o uso do foro para crimes não relacionados ao mandato. Os ministros Barroso e Fachin já deram declarações favoráveis a essa nova interpretação.

Ao mesmo tempo, avança no Congresso (por conta da pressão da sociedade) a PEC do fim do foro privilegiado. Nossas excelências já estão articulando a criação de uma ‘Vara Especial’ para julgar quem hoje tem foro. São desqualificados, mas são desqualificados profissionais.

As informações são da Folha:

“Senadores começaram a discutir a apresentação de duas emendas para garantir que, se o foro privilegiado deixar de existir, não sejam julgados pela Justiça comum e para que apenas a PGR (Procuradoria-Geral da República) possa oferecer denúncia contra eles (…)


A manutenção do foro para a denúncia será defendida por uma emenda do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), alvo da Operação Lava Jato.

“Acho que, no exercício do nosso mandato, tem que ter, sim, algum tipo de proteção, sobretudo no caso da denúncia. Um deputado federal, um senador da República ser denunciado por um promotor em primeira instância, eu acho que não é o correto. Eu acho que deveríamos ficar e preservar que a denúncia para os parlamentares ficasse ainda a título da Procuradoria Geral da República”, afirmou Bezerra Coelho em discurso no plenário.

O senador Roberto Rocha (PSB-MA) também se posicionou contra a possibilidade de denúncia que não venha da PGR e defendeu a criação de uma vara especial para julgar quem hoje tem a prerrogativa de foro.

“A simples extinção do que está colocado como foro privilegiado não me parece uma medida adequada. Eu, como qualquer um aqui, tenho adversário político. Isso aqui não é convento. E, ainda que fosse, tem disputa. Evidentemente que o senador ou o deputado ficar sujeito a uma denúncia de um promotor de primeira instância é algo realmente muito grave”, afirmou Rocha em plenário.”


26 de março de 2017
reaçablog

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Mudam a merda, mas as moscas são as mesmas...
Nenhuma denúncia é feita sem fundamento, coleta de provas e testemunhas, ou delação. Grave não é um parlamentar ser denunciado por um promotor de primeira instância, como qualquer cidadão infrator; grave é a deslavada corrupção que envolve parlamentares, que buscam sustentar uma excrescência como o foro privilegiado, ou outro foro qualquer, que servirá apenas como escudo protetor da gandaia e da bandalheira que sujam a política e desestabiliza o país.
Sua excelência precisa rever o seu conceito de 'grave', e sobretudo reconhecer que ninguém está acima da Lei.
O pau que dá em Chico, deve dar em Francisco.
m.americo

PRECONCEITO: LULA ATACA DELTAN DALLAGNOL POR SUA RELIGIOSIDADE


Lula está desesperado. Em um evento do PT para atacar a Lava Jato, o ex-presidente, cada dia mais próximo de sua primeira condenação criminal, usou até mesmo o fato de Deltan Dallagnol ser religioso como arma de ataque. Segundo Lula, Dallagnol não sabe das coisas e acredita que basta sentar na Bíblia dele para resolver as coisas.

Deltan Dallagnol é cristão praticante e frequentava a Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba, antes de se tornar conhecido e um possível alvo da organização criminosa.

Vejam o vídeo asqueroso abaixo:

PRECONCEITO - Lula ataca Deltan Dallagnol por sua religiosidade ... 

https://www.youtube.com/watch?v=SbLBh_rA54Q
1 dia atrás - Vídeo enviado por Reaçonaria
Em discurso contra a Lava Jato, Lula apelou para o ataque religioso contraDeltan Dallagnol.

26 de março de 2017
in reaçablog

A LAVA JATO, A DIREITA XUCRA E A BANDALHEIRA

Artigo muito bom e, na medida do possível, suave de José Fucs contra aqueles que criticam quem incentiva a punição de políticos pela Lava Jato sem olhar para o partido de quem roubou.

De uns tempos para cá, intensificaram-se os ataques contra os cidadãos de bem que louvam a Lava Jato e procuram demonstrar a sua indignação com a política, os partidos e os políticos do País.
Agora, os ataques não vêm mais só do PT e de outros partidos e organizações de esquerda, que, desde o princípio, não poupam críticas à Lava Jato, sob o argumento de que ela está “criminalizando” a política e abrindo espaço para que um “salvador da Pátria”, sem ligação com política tradicional, possa vencer as eleições de 2018 e assumir o poder.

De repente, os petardos começaram a ser disparados também de trincheiras que estavam alinhadas às forças que levaram milhões de brasileiros às ruas, vestidos de verde-amarelo, para apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, esbravejar contra a bandalheira generalizada e manifestar seu repúdio a tudo-isso-que-está-aí.
Subitamente, jornalistas que ganharam visibilidade vociferando contra o PT, cientistas políticos independentes, sem vínculos com a esquerda que domina a academia no País – sim, eles existem! – e outras vozes que bradavam pelo impeachment passaram a criticar o movimento em defesa da Lava Jato e de repulsa à política velhaca que prosperou no País.

As críticas se multiplicaram depois da convocação de mais uma manifestação para o próximo domingo, 26, por parte dos grupos que lideraram a luta pelo impedimento de Dilma, com o objetivo de apoiar a Lava Jato, o fim do foro privilegiado, as reformas estruturais e um Estado eficiente e desinchado.

Além de defenderem a ideia de que a Lava Jato opera fora dos limites legais, inspirada por uma espécie de messianismo, os críticos mais contundentes “de direita” dizem que a “criminalização” da política jogará o País nas trevas, ao favorecer a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) nas eleições para a presidência da República, em 2018. Ou, então, que a repulsa pela política levará ao retorno da esquerda ao poder. Teme-se também que o movimento possa dar espaço para o “Fora Temer”, defendido pelo PT e pelas esquerdas de todos os tons, apesar de tal bandeira não estar na pauta dos grupos que lutaram pelo impeachment.
Em seus artigos e em seu programa de rádio, o jornalista Reinaldo Azevedo chegou a chamar de “direita xucra” os grupos que defendem a Lava Jato e pregam nas redes sociais contra a política e os políticos. Segundo ele, a demonização da política e dos políticos de forma geral levaria ao “rebaixamento da ordem democrática” e seria “um salto para trás, à esquerda ou à direita”.

De fato, não faltam exemplos históricos de regimes autoritários forjados a partir de um discurso de ódio à política e de aversão ao status quo, como diz Reinaldo Azevedo. O fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha são os casos mais emblemáticos, mas a lista é longa. Obviamente, isso deve ser motivo de preocupação permanente para todos os que acreditam nos valores da democracia Ocidental, alvo de ataques permanentes das esquerdas e dos obscurantistas de direita, na liberdade e no livre arbítrio.

Mas, apesar de algumas iniciativas isoladas de grupos pouco representativos, que defendem uma intervenção militar para acabar com a roubalheira dos políticos e a baderna social, não se tem notícia até o momento de que estejamos no limiar de um golpe fascista destinado a por um fim no regime democrático reinstalado no País em meados da década de 1980. Ao que se sabe, nem Bolsonaro apoia uma proposta do gênero.

Parece improvável também que estejamos diante do renascimento iminente do PT e de seus aliados de esquerda, nocauteados pelo impeachment e pelo envolvimento de suas principais lideranças no petrolão e em outros escândalos bilionários de corrupção, cuja escala jamais se viu na história desse País.

Talvez, a busca por lideranças desvinculadas da política tradicional abra espaço para o aparecimento de líderes populistas, num momento em que o Brasil precisa desesperadamente de gente séria, capaz de identificar os grandes problemas nacionais e de buscar as melhores soluções para resolvê-los, sem viés ideológico, e para recolocar o País nos trilhos do desenvolvimento sustentável. Seria uma tragédia de custos incalculáveis que um líder populista assumisse o comando do País em 2018.

Ainda assim, como condenar os milhões de brasileiros que defendem uma faxina completa na política, diante da deterioração sem precedentes da moralidade e do assalto ao dinheiro público para beneficiar partidos e gatunos políticos, em troca de contratos espúrios e empréstimos polpudos a empreiteiras, grandes frigoríficos e empresas de outros ramos de atividade?

Será que o medo dos fantasmas de Bolsonaro, do retorno da esquerda ao poder e do populismo deveria levar os brasileiros indignados com a bandalheira, na qual está envolvida boa parte dos políticos do País, a se calar ou a fazer um recuo tático neste momento, para evitar eventuais contratempos no futuro?

Será que merecem ser achincalhados os brasileiros que se revoltam contra a política e os políticos que legislam em causa própria, para aumentar os próprios salários e benefícios ou para perpetuar o foro privilegiado, que lhes garante julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde os processos costumam ser deixados para as calendas?

Será que se deve humilhar em praça pública os brasileiros que se rebelam contra as tentativas do Congresso Nacional de promover uma anistia ao caixa 2 na calada da noite e uma reforma política que prevê o voto em lista fechada, para perpetuar no poder os políticos que controlam as máquinas partidárias?

Provavelmente, não. Ainda que a indignação popular esteja contaminada pela emoção, parece natural que haja um questionamento da política, dos partidos e dos políticos. No cenário surrealista que predomina na arena política, é perfeitamente compreensível que a indignação dos brasileiros de bem desemboque na busca por representantes sem ligação com tudo-isso-que está-aí.

É claro que há exceções, honrosas exceções, na política. Felizmente, há políticos que não fazem parte da banda podre que se incrustou nos partidos e dá o tom na política nacional. A população certamente saberá reconhecê-los, dando-lhes um voto de confiança nas urnas, quando chegar a hora. Mas a extensão do tumor que se desenvolveu no tecido político do País não deixa muito espaço para quimeras.

Na verdade, a ojeriza aos políticos tradicionais não é um fenômeno restrito ao Brasil. Em todo o planeta, uma onda antipolítica está em evolução, em face da incapacidade do sistema político tradicional atender aos anseios da maioria silenciosa que, nos últimos tempos decidiu sair do armário e fazer ouvir a sua voz, para o bem ou para o mal, “empoderada” pelas redes sociais. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – ele próprio um cacique da política tradicional – reconhece a força do fenômeno.

“No mundo todo, se está com um pé atrás em relação à política e aos políticos”, disse ele em entrevista para a série “A reconstrução do Brasil”, publicada pelo Estado para discutir os principais desafios do País depois do impeachment (leia as reportagens da série em http://www.estadao.com.br/tudo-sobre/a-reconstrucao-do-brasil). “Os políticos falam de uns temas e a sociedade de outros. Daí vem essa sensação de vazio, de falta de correspondência entre os anseios das pessoas e o comportamento dos políticos.”

Por tudo isso, mais do que demonizar os brasileiros que se levantam contra a corrupção e a políticagem praticada no País, seria mais apropriado, provavelmente, compreender melhor o que o que está por trás dessa indignação, da repulsa aos políticos tradicionais e à política, do desejo de renovação do sistema e da busca por novos líderes.

Afinal, trata-se, felizmente, de um contingente robusto de cidadãos, que representa uma reserva moral essencial para impor limites à bandalheira e para renovar a esperança de que o Brasil não é um caso perdido.


26 de março de 2017
José Fucs
in reaçablog

MATANÇA ATÉ QUANDO?

Impossível mudar os costumes, que vem da pré-história, acoplados à necessidade sempre justificada pela sobrevivência do ser humano. Tem sido assim e assim continuará, espera-se que não até o fim do mundo.

No entanto… No entanto, não haverá um único cidadão que deixe de horrorizar-se quando vê despedaçadas e dependuradas carcaças e partes de animais, expostas ao consumo geral, mesmo sabendo que pouco depois irão para a mesa na forma de bifes suculentos ou de costelas apetitosas. Menos ainda se livrará do horror quem assiste a degola desses milhões de seres ditos inferiores, mas quem sabe plenos de consciência quando deles se aproxima o golpe final? Basta atentar para como se comportam na fila do abate: os berros são lamentos impossíveis de ser esquecidos.

Choca a imagem das peças de boi nos ganchos dos frigoríficos, sangrando e logo esfaqueadas à espera de novos capítulos da ronda dessa matança permanente. São vidas abatidas em nome da vida dos que irão degluti-los.

Poderia ser diferente? Por enquanto, nem pensar. Raramente fazemos questão de assistir esse festival macabro, exceção dos encarregados dele. A ninguém será dado imaginar a humanidade sem comer carne de animais. Ainda bem que só de animais, pois em tempos imemoriais comia-se também o ser humano. É claro que o sacrifício serve para minorar as agruras dos homens famintos, a começar pelas crianças, mas nem por isso deixa de se constituir em indiscriminada matança.

A crise que assola nossa produção de carne, pelo jeito a maior do planeta, desperta a atenção de quantos são agredidos pelas imagens dos últimos dias. Haveria alternativa, além de desligar a televisão? Ou de cobrir as vitrinas dos açougues? Por enquanto, não. Mas um dia, quem sabe, a Humanidade encontrará sucedâneos para dispensar essa degola, ainda hoje capaz de chocar o ser humano.

Além de tudo, acresce que se ganha muito dinheiro com tal atividade. E até dinheiro podre, da corrupção. Que tal condenar os culpados ao trabalho social da prestação de serviços nos frigoríficos?


26 de março de 2017
carlos chagas

A AGONIA DA NOVA REPÚBLICA VELHA

A política tem sido o melhor negócio dos últimos anos, um guichê até agora sem riscos para malfeitores protegidos por foros privilegiados. Assalto à mão desarmada, com chantagens a vender facilidades, a corrupção grassa desde sempre. Episodicamente, o circo desfralda a bandeira da moralidade para que, como na prestidigitação do Gattopardo, tudo mude para igual ficar.

A fachada do negócio tem nome: contribuição “voluntária” para propaganda eleitoral “gratuita”, venda de emendas, ameaça de CPIs, engrenagem azeitada para enriquecer os eleitos, escamoteando propinas e caixas de tons variados. A esta altura, vão sendo abertas as delações das empreiteiras. Falta abrir a lista da amável e desinteressada ajuda financeira das, digamos, 50 maiores empresas brasileiras e multinacionais com atuação no país... Aí teremos a real dimensão da falcatrua e de toda cadeia de valor dos corruptores aos beneficiados nos últimos anos.

Por que a propaganda “gratuita” ficou tão cara? Pesquisas de opinião, produções hollywoodianas, biombos com o fito de enganar o caro eleitor e o pobre cidadão, aqueles que pagam afinal toda a conta da corrupção.

O coronelismo marcou a República Velha. O jagunço da oligarquia do café com leite deu lugar a mulas que carregam envelopes, mas os beneficiários são os mesmos que não o povo: os políticos de ocasião, opositores dos ideais republicanos e inimigos da Nação, sem outro interesse senão locupletar-se pela manutenção do poder, esquecidos de que a política aristotélica é moral e que o fim do Estado é a virtude.

A confusão é grande: o judiciário assume ares de executivo, o executivo se traveste de legislador reformista e o legislador é mercador de facilidades ou dificuldades, dependendo de quem pagará mais.

O Brasil tinha pressa; agora, de fracasso em fracasso, destruídos a esperança e os sonhos, desperdiçados os sacrifícios e as conquistas, têm pressa de enterrar o Brasil. Vêem-se fantasmas nos palácios, enquanto, fora deles, as cidades se agitam, o povo grita, mas os gritos ainda são surdos. Os ratos querem safar-se do titânico assalto antes de botar o último prego no caixão.

A nova República começou a morrer com Tancredo Neves, assim como a velha República deu sinais de moribunda com a gripe espanhola que sepultou o segundo mandato de Rodrigues Alves. Não se sabe a que coveiro caberá enterrar a velha-nova República e junto dela os fantasmas dos coronéis praticantes da pior política. Ficará conhecida como a República da Propina como a República Velha foi chamada de República Oligárquica ou República da Bucha.


26 de março de 2017
Eduardo Simbalista

O EXEMPLO ALEMÃO

Sou leitor dos artigos assinados pelo Senador José Serra. Travei conhecimento com S. Exa. em 1982, durante a campanha de Franco Montoro ao governo de São Paulo. Na composição da equipe de secretários, Montoro convidou José Serra para chefiar a Secretaria do Planejamento, e me chamou para assumir a Secretaria do Trabalho. Estivemos próximos durante dois anos, pois em fevereiro de 1985 fui convocado pelo presidente Tancredo Neves para ser o Ministro do Trabalho da Nova República, posto no qual permaneci até setembro de 1988.

José Serra é exemplo de inequívoca vocação política. Dedica-se à vida pública 365 dias por ano, sem emitir sinais de desânimo ou cansaço. Foi deputado constituinte em 1986, prefeito, governador de São Paulo, várias vezes ministro de Estado. Não se elegeu presidente da República, mas deverá insistir na candidatura em 2018.

Li o texto de 5.800 caracteres publicado pelo Senador Serra na página A2 da edição de 23 deste mês, no jornal “O Estado de S. Paulo”. Leitura difícil, que cobra concentração, pois trata do sistema eleitoral vigente no Brasil para compará-lo com outros adotados em democracias avançadas, como faz questão de ressaltar o ilustre parlamentar do PSDB. Sugere “a adoção do voto distrital misto nos moldes da Alemanha, em que se preserva a sistemática proporcional”, para acabar com o descolamento entre os eleitores e os eleitos provocado pelo sistema adotado no País, como acredita S. Exa.

O artigo me soa como uma espécie de ato de contrição. Membro atuante da Assembléia Nacional Constituinte (1986/1988), José Serra contribuiu com inteligência e dinamismo para construção dos capítulos IV e V da Constituição, que tratam dos Direitos Políticos e dos Partidos Políticos. A leviana facilidade com que são fundadas legendas partidárias se deve ao art. 17, cuja parte inicial diz: “É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados o regime democrático, o pluripartidarismo,os direitos fundamentais da pessoa humana....”. O parágrafo 3º do dispositivo consagra o imoral direito “a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e a televisão”, mantidos com dinheiro dos contribuintes.

Ao eleger o modelo alemão, S. Exa. deveria ter em conta as profundas diferenças existentes entre Brasil e Alemanha. Oliveira Vianna, na clássica obra “Instituições Políticas Brasileiras” adverte para o fato de os nossos legisladores e constitucionalistas julgarem ser possível, por uma lei, uma Constituição, ou um golpe, abolir as nossas realidades sociais, para decretar que os brasileiros passem, por exemplo, a praticar o parlamentarismo inglês, o regime federativo americano, o comunismo da extinta União Soviética.

A imposição do modelo partidário-eleitoral alemão exigiria que 200 milhões de brasileiros de súbito adquirissem, por mera alteração do texto constitucional e da legislação, os hábitos, a racionalidade, a cultura, a educação, o idioma, a determinação, os partidos, os salários, o Produto Interno Bruto da Alemanha. Em passe de mágica, a Praça dos Três Poderes resgataria o Brasil do terceiro mundo para colocá-lo ao lado dos países desenvolvidos.

Em parágrafo quase oculto no final do artigo, o Senador Serra propõe a eliminação do caciquismo “por meio de listas partidárias que, a exemplo do que ocorre no sistema atual, reflitam as preferências dos eleitores – e não das direções”.

Quem militou no velho MDB e no antigo PMDB (nada semelhante ao atual) sabe que o sistema de listas irá acentuar a ditadura dos caciques, dos donos dos partidos, dos presidentes escolhidos pelas cúpulas, daqueles que manobram diretórios estaduais, municipais e distritais. Quanto custará um bom lugar na lista?

O atual Congresso Nacional carece de autoridade moral para empreender reformas políticas e partidárias. Está desacreditado. Com manobras urdidas na vigésima quinta hora luta pela sobrevivência de deputados e senadores desprestigiados, atingidos pelas delações da operação Lava Jato.

O Senador José Serra tem extensa folha de bons serviços, iniciada como lider estudantil como presidente da União Nacional dos Estudantes. Como seu admirador e eleitor tomo a liberdade de pedir que, por ora, dedique-se mais ao combate à corrupção, resistente vírus HIV que tomou conta do organismo público.

Como disse alguém, se a legislação fosse dotada de poderes sobrenaturais, há muito tempo teriam sido abolidos a pobreza, o desemprego, a corrupção, o crime. Na política brasileira estamos perto do estilo mafioso da velha Itália, e longe do sistema racional alemão.


26 de março de 2017
Almir Pazzianotto Pinto, advogado, foi ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

COM A DESISTÊNCIA DE LULA RÉ POR CORRUPÇÃO É COTADA PARA PRESIDIR O PT

ELA RELUTA, AFINAL É RÉ POR CORRUPÇÃO. MAS, NO PT, QUEM NÃO É?
"ISSO NÃO ESTÁ POSTO", DESCONVERSA GLEISI, TEMENDO O PIOR, AO SER JULGADA POR CORRUPÇÃO.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que é ré na Lava Jato, acusada de receber propina, é o novo nome cogitado para presidir nacionalmente o PT. 
Ela integra a facção majoritária do partido, a 'Construindo um Novo Brasil (CNB)', onde um grupo prefere o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.

Ela desconversa. "Isso não está posto. O temos são as candidaturas do Lindbergh (Farias, senador e candidato das correntes de esquerda), do Marcio e do Padilha", disse. O senador Lindberh Farias (PT-RJ) está entre os citados nas delações da Odebrecht sobre o impressionante esquema de corrupção de petistas, durante os governos Lula e Dilma.

Esta não é a primeira vez que ela é cogitada para suceder Rui Falcão na presidência do PT. Gleisi recusou alegando o fato de ela ser ré ao lado do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. Mas, no PT, quem não é? Líderes da CNB defendem que Lula chame a senadora para uma conversa e tente persuadi-la em nome da unidade da sigla.

O ex-presidente reiterou a dirigentes petistas que não aceita disputar a presidência do PT. Foi a terceira vez que Lula mudou de posição a respeito do assunto. 
Alguns integrantes da CNB, corrente que o pressionava a aceitar o cargo, ainda vão insistir no nome do ex-presidente. "Para mim ainda tem de ser o Lula", disse o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner. 


26 de março de 2017
diário do poder

TSE NÃO DEVE CONCLUIR CASO DILMA AINDA ESTE ANO

CASO CONTRA A CHAPA, NO TSE, NÃO DEVE SER CONCLUÍDO ESTE ANO
TSE TEM 600 PROCESSOS POR MINISTRO E NÃO VOTARÁ CASSAÇÃO EM 2017

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dificilmente vai concluir ainda este ano o julgamento da ação contra abuso de poder econômico na reeleição da ex-presidente Dilma, de cuja chapa, como vice, participou o presidente Michel Temer. Os ministros têm outros processos a examinar (cerca de 660 por ministro, em média) e terão de analisar o voto do ministro-relator Herman Benjamin, com mais de mil páginas. A informaçao é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Em decisões tão grave, como cassação de registro de candidatura e consequente destituição do cargo, são habituais os pedidos de vista.

Ao pedir vista do processo que pretende cassar José Melo, governador do Amazonas, a ministra Luciana Lóssio citou o cuidado necessário.

Além do ritmo próprio, dois ministros deixam o TSE: Henrique Neves em abril, e Luciana Lóssio em maio.

Ainda que venha a ser julgado pelo TSE até 2018, já há jurisprudência que pode permitir que Dilma ou Temer escapem da condenação.



26 de março de 2017
diário do poder

EX-MINISTRA NA MIRA: OPERAÇÃO CARNE FRACA ESTÁ DE OLHO NA GESTÃO DE KÁTIA ABREU

INVESTIGAÇÃO PRINCIPAL É CONTRA EQUIPE DA EX-MINISTRA DE DILMA

ENVOLVIMENTO DA EQUIPE DA EX-MINISTRA ESTÃO NO CENTRO DA OPERAÇÃO

A gestão de Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura, ganhou as atenções da Operação Carne Fraca, a partir do envolvimento de integrantes de sua equipe, como o ex-assessor parlamentar Fabio Zenon Simão, no escândalo investigado. 
A PF também encontrou indício de crime e referência de dinheiro para políticos que votariam contra o impeachment. Kátia Abreu era da “tropa de choque” de Dilma.

Conversa gravada cita o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), por receber “muito dinheiro” do esquema para votar contra o impeachment.

No dia da operação, a PF não foi à Secretaria de Defesa Agropecuária, ligada ao agronegócio, mas à sala do assessor parlamentar de Kátia.

Ao assumir o cargo, há dez meses, o ministro Blairo Maggi demitiu Fábio Zenon Simão da chefia da assessoria parlamentar de Kátia.

Kátia Abreu está indignada. Diz que nunca soube do esquema no ministério e que jamais compactuou com qualquer conduta ilícita.


26 de março de 2017
diário do poder