15 de julho de 2015 |
Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
quarta-feira, 15 de julho de 2015
DILMA CONTRA MONTESQUIEU
Primeiro, Dilma Rousseff meteu os pés pelas mãos e perdeu totalmente a popularidade que nunca teve antes na História deste país, mas ganhou como mimo do padrinho. Depois, abusou tanto das mentiras que terminou por ficar também sem credibilidade. Agora, ela tem dado sinais de que começa a deixar pelo caminho toda a compostura.
É possível chegar a essa conclusão sem levar em conta as descomposturas que costuma dar em seus subordinados quando contrariada e nas quais abusa na intimidade do palavreado chulo, da mesma forma como expõe seu raciocínio confuso quando fala em público, lendo ou de improviso. O episódio narrado por Natuza Nery e Marina Dias na Folha de S.Paulo de domingo, contudo, perturba muito menos pelo destempero do uso exagerado de um linguajar rasteiro e desrespeitoso, tratando o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, como lacaio, que ele não é, mas um servidor público com tarefas importantes a cumprir para preservar a natureza republicana das coisas. O episódio descrito na notícia é repulsivo, mas deixa de ser relevante, já que a presumida vítima poderia ter reagido por honra ou vergonha, e não o fez.
É esdrúxulo acusar Cardozo de haver estragado (para usar, em respeito ao estômago do leitor, o verbo mais próximo do palavrão que ela teria berrado) uma viagem aos EUA em que pretendia apresentar uma agenda positiva para tirar o pé da crise. Mas, pelo que se narra dos bastidores palacianos, é useiro e vezeiro. Sua fúria não respeita minimamente as normas comezinhas de civilidade. Mais grave é a reprimenda reproduzida na reportagem: “Você não poderia ter pedido ao Teori (Zavascki) para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação?”.
O palpite infeliz tem várias conotações e todas são comprometedoras. A primeira é que abona a informação dada pelo ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Herton Araújo de que teria sido impedido de divulgar o aumento da extrema pobreza antes da reeleição dela.
Essa é uma das várias mentiras que Dilma contou no palanque ao eleitor, tendo a vitória como única meta. É coerente com o lema “a gente faz o diabo para ganhar uma eleição”, que explicita a hipérbole capaz de mostrar que nem o inferno é seu limite quando se trata de alcançar o poder. A cobrança mal-educada ao ministro, com quem ela conta sempre estar a serviço dela, e não da Nação, da forma que é exigida no Estado Democrático de Direito, conduz ao passo seguinte: ela também faz o que só o capiroto aceita para não ser apeada do poder. Já que ninguém contestou as repórteres e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) citado no vitupério não pediu satisfações, Dilma decidiu brigar com Montesquieu.
Era só o que faltava, dirá o leitor desatento. Mas o atento sabe que a divisão entre os três Poderes, pregada pelo barão francês na virada do século 17 para o 18, tem sido deixada de lado na peculiar democracia à brasileira desde que, depois da Constituição de 1988, se convencionou adotar o híbrido presidencialismo de coalizão. Neste, a barganha permanente de óbolos e favores entre senhores do Executivo e “nobres” parlamentares tornou a República uma casa de penhores no limiar de virar um lupanar. Não se trata de uma invenção petista: vem do tempo em que Lula rosnava na oposição. No entanto, o exemplo mais bem-sucedido dos resultados práticos dessa relação espúria aparece diariamente no noticiário fértil e podre da Operação Lava Jato, na qual Executivo e Legislativo chafurdam na lama sem pudor nem rubores.
Só que o País sentiu há pouco a nova sensação de respirar um ar menos fétido ao assistir pela televisão às sessões de julgamento do mensalão, em que delinquentes tidos como heróis da Pátria pelos donos dos Poderes tiveram seus crimes descobertos, investigados, relatados e apenados. Foi como se, de repente, as distinções de casta tivessem desaparecido.
E agora Dilma acaba de pular a cerca da autonomia dos Poderes. Seu encontro às escondidas em Oporto com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, foi o passo em falso que coroou os percalços que a têm feito penar no pior primeiro semestre de um governo em 193 anos de independência.
O Tribunal de Contas da União deu-lhe prazo para explicar as tais “pedaladas” fiscais, denominação que muito desagrada a seu anspeçada jurídico Luís Inácio Adams. O Tribunal Superior Eleitoral pôs em dúvida as contas de sua campanha. E chamou o empreiteiro e delator premiado da Lava Jato Ricardo Pessoa para testemunhar que barganhou doações para a candidatura dela em troca de favorecimento em contratos de serviços superfaturados para a Petrobrás.
Neste momento, qualquer contato informal dela com qualquer ministro do STF seria suspeito. E a suspeição se amplia ao se constatarem as circunstâncias. A reunião não constou das agendas formais dos participantes. É inverossímil a coincidência da parada em Portugal quando Lewandowski – que decidirá sozinho no plantão de recesso se manterá, ou não, a delação premiada de Pessoa, podendo até tirá-lo da cadeia – estava por lá. Igualmente absurda é a versão de que trataram do aumento abusivo dos salários do funcionalismo do Judiciário, o que reduziria o presidente desse Poder a líder sindical de subalternos. Recorde-se que o tema é da alçada do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encarregado do caixa, mas quem compareceu ao convescote foi o da Justiça, José Eduardo Cardozo. E foi ele quem o definiu como “casual combinado”, fazendo do acinte institucional uma mera contradição semântica.
Zavascki nada tem feito para justificar a inclusão de seu nome nos disparates de Dilma. Restará a Lewandowski seguir-lhe o exemplo, não adotando na Operação Lava Jato providência alguma que destoe da conduta do relator do caso no STF. Uma súbita alteração de rumos poderá custar caro para todos eles. E para o Brasil!
15 de julho de 2015
É possível chegar a essa conclusão sem levar em conta as descomposturas que costuma dar em seus subordinados quando contrariada e nas quais abusa na intimidade do palavreado chulo, da mesma forma como expõe seu raciocínio confuso quando fala em público, lendo ou de improviso. O episódio narrado por Natuza Nery e Marina Dias na Folha de S.Paulo de domingo, contudo, perturba muito menos pelo destempero do uso exagerado de um linguajar rasteiro e desrespeitoso, tratando o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, como lacaio, que ele não é, mas um servidor público com tarefas importantes a cumprir para preservar a natureza republicana das coisas. O episódio descrito na notícia é repulsivo, mas deixa de ser relevante, já que a presumida vítima poderia ter reagido por honra ou vergonha, e não o fez.
É esdrúxulo acusar Cardozo de haver estragado (para usar, em respeito ao estômago do leitor, o verbo mais próximo do palavrão que ela teria berrado) uma viagem aos EUA em que pretendia apresentar uma agenda positiva para tirar o pé da crise. Mas, pelo que se narra dos bastidores palacianos, é useiro e vezeiro. Sua fúria não respeita minimamente as normas comezinhas de civilidade. Mais grave é a reprimenda reproduzida na reportagem: “Você não poderia ter pedido ao Teori (Zavascki) para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação?”.
O palpite infeliz tem várias conotações e todas são comprometedoras. A primeira é que abona a informação dada pelo ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Herton Araújo de que teria sido impedido de divulgar o aumento da extrema pobreza antes da reeleição dela.
Essa é uma das várias mentiras que Dilma contou no palanque ao eleitor, tendo a vitória como única meta. É coerente com o lema “a gente faz o diabo para ganhar uma eleição”, que explicita a hipérbole capaz de mostrar que nem o inferno é seu limite quando se trata de alcançar o poder. A cobrança mal-educada ao ministro, com quem ela conta sempre estar a serviço dela, e não da Nação, da forma que é exigida no Estado Democrático de Direito, conduz ao passo seguinte: ela também faz o que só o capiroto aceita para não ser apeada do poder. Já que ninguém contestou as repórteres e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) citado no vitupério não pediu satisfações, Dilma decidiu brigar com Montesquieu.
Era só o que faltava, dirá o leitor desatento. Mas o atento sabe que a divisão entre os três Poderes, pregada pelo barão francês na virada do século 17 para o 18, tem sido deixada de lado na peculiar democracia à brasileira desde que, depois da Constituição de 1988, se convencionou adotar o híbrido presidencialismo de coalizão. Neste, a barganha permanente de óbolos e favores entre senhores do Executivo e “nobres” parlamentares tornou a República uma casa de penhores no limiar de virar um lupanar. Não se trata de uma invenção petista: vem do tempo em que Lula rosnava na oposição. No entanto, o exemplo mais bem-sucedido dos resultados práticos dessa relação espúria aparece diariamente no noticiário fértil e podre da Operação Lava Jato, na qual Executivo e Legislativo chafurdam na lama sem pudor nem rubores.
Só que o País sentiu há pouco a nova sensação de respirar um ar menos fétido ao assistir pela televisão às sessões de julgamento do mensalão, em que delinquentes tidos como heróis da Pátria pelos donos dos Poderes tiveram seus crimes descobertos, investigados, relatados e apenados. Foi como se, de repente, as distinções de casta tivessem desaparecido.
E agora Dilma acaba de pular a cerca da autonomia dos Poderes. Seu encontro às escondidas em Oporto com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, foi o passo em falso que coroou os percalços que a têm feito penar no pior primeiro semestre de um governo em 193 anos de independência.
O Tribunal de Contas da União deu-lhe prazo para explicar as tais “pedaladas” fiscais, denominação que muito desagrada a seu anspeçada jurídico Luís Inácio Adams. O Tribunal Superior Eleitoral pôs em dúvida as contas de sua campanha. E chamou o empreiteiro e delator premiado da Lava Jato Ricardo Pessoa para testemunhar que barganhou doações para a candidatura dela em troca de favorecimento em contratos de serviços superfaturados para a Petrobrás.
Neste momento, qualquer contato informal dela com qualquer ministro do STF seria suspeito. E a suspeição se amplia ao se constatarem as circunstâncias. A reunião não constou das agendas formais dos participantes. É inverossímil a coincidência da parada em Portugal quando Lewandowski – que decidirá sozinho no plantão de recesso se manterá, ou não, a delação premiada de Pessoa, podendo até tirá-lo da cadeia – estava por lá. Igualmente absurda é a versão de que trataram do aumento abusivo dos salários do funcionalismo do Judiciário, o que reduziria o presidente desse Poder a líder sindical de subalternos. Recorde-se que o tema é da alçada do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, encarregado do caixa, mas quem compareceu ao convescote foi o da Justiça, José Eduardo Cardozo. E foi ele quem o definiu como “casual combinado”, fazendo do acinte institucional uma mera contradição semântica.
Zavascki nada tem feito para justificar a inclusão de seu nome nos disparates de Dilma. Restará a Lewandowski seguir-lhe o exemplo, não adotando na Operação Lava Jato providência alguma que destoe da conduta do relator do caso no STF. Uma súbita alteração de rumos poderá custar caro para todos eles. E para o Brasil!
15 de julho de 2015
José Neumanne
NÓ EM PINGO D'ÁGUA
Uma coisa é o que o governo anuncia por intermédio de seus porta-vozes. Outra coisa é o que o governo faz nos bastidores por meio de articulações políticas.
Nos últimos dias o discurso oficial passou a ser o de que o Palácio do Planalto espera do Tribunal de Contas da União um julgamento “técnico e não político” das contas do governo federal no ano de 2014.
Ao mesmo tempo, o Palácio do Planalto põe em ação seus emissários para tentar articular uma saída política. Se não for possível no TCU, encarregado de dar o parecer sobre a situação da contabilidade pública, que se amarrem as coisas no Congresso, responsável pelo julgamento propriamente dito. O TCU não é bem um tribunal na acepção da palavra; é um órgão auxiliar do Poder Legislativo.
A ideia é fazer ver a um e a outro colegiado que a rejeição das contas, ao ensejar motivação para pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, criaria um desnecessário e precipitado ambiente de conturbação institucional.
É nesse sentido que o governo constrói um discurso em que não nega as irregularidades, mas também não admite que possam ser vistas como crime de responsabilidade fiscal. Isso seria colocar a presidente na condição de ré confessa.
A opção foi fazer uma defesa cheia de eufemismos, contradições e argumentos vagos. Coisa de quem defende o indefensável e sabe disso. A esperança é a de que no limite haja uma indisposição coletiva para radicalizar e a maioria prefira contemporizar.
Se o TCU fizer, como supostamente prefere o governo, um julgamento “técnico”, as contas já estão rejeitadas por antecipação, visto que o colegiado há três meses aprovou um relatório em que as manobras apelidadas de “pedaladas” são consideradas crime de responsabilidade fiscal.
Em sua defesa, o Planalto, nas figuras do advogado-geral da União e do ministro do Planejamento, lança mão de artifícios retóricos. Ora dizendo que o mesmo já foi feito no passado, ora alegando que os atrasos nos repasses ao Tesouro foram obra das circunstâncias adversas, ora prometendo nunca mais recorrer a maquiagens em troca do perdão ao malfeito já cometido.
Os fatos não trabalham a favor do governo que, todo mundo viu, gastou a rodo para reeleger Dilma e depois da reeleição alterou a meta do superávit primário (com o aval do Congresso) para poder fechar as contas e evitar possíveis punições.
Mas os fatos podem ser protagonistas ou coadjuvantes, dependendo da vontade de autores e atores. No caso, muito mais que os ministros do Tribunal de Contas da União, suas excelências deputados e senadores de nossa conturbada República.
Toda razão. Os réus do mensalão e respectivos advogados durante o julgamento costumavam comparar a ação com o processo do qual Fernando Collor foi absolvido por falta de provas pelo Supremo Tribunal Federal, depois de ter os direitos políticos cassados pelo Congresso.
Na ocasião, como bem lembra o ministro Celso de Mello, a Procuradoria-Geral da República não conseguiu, na denúncia, estabelecer o elo entre os atos de corrupção cometidos pelo tesoureiro da campanha eleitoral de Collor, Paulo César Farias, e benefícios concedidos pelo então presidente da República a corrompidos e corruptores.
Conforme relato de Pedro Collor de Mello no livro Passando a limpo, a trajetória de um farsante, o senador Arnon de Mello, pai de ambos, costumava dizer a frase “o que não vem em maio, vem em setembro”. Ou seja, na vida é tudo uma questão de tempo.
E o filho presidente, talvez inspirado no conceito, repetia sempre: “O tempo é o senhor da razão”.
15 de julho de 2015
Dora Kramer
Nos últimos dias o discurso oficial passou a ser o de que o Palácio do Planalto espera do Tribunal de Contas da União um julgamento “técnico e não político” das contas do governo federal no ano de 2014.
Ao mesmo tempo, o Palácio do Planalto põe em ação seus emissários para tentar articular uma saída política. Se não for possível no TCU, encarregado de dar o parecer sobre a situação da contabilidade pública, que se amarrem as coisas no Congresso, responsável pelo julgamento propriamente dito. O TCU não é bem um tribunal na acepção da palavra; é um órgão auxiliar do Poder Legislativo.
A ideia é fazer ver a um e a outro colegiado que a rejeição das contas, ao ensejar motivação para pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, criaria um desnecessário e precipitado ambiente de conturbação institucional.
É nesse sentido que o governo constrói um discurso em que não nega as irregularidades, mas também não admite que possam ser vistas como crime de responsabilidade fiscal. Isso seria colocar a presidente na condição de ré confessa.
A opção foi fazer uma defesa cheia de eufemismos, contradições e argumentos vagos. Coisa de quem defende o indefensável e sabe disso. A esperança é a de que no limite haja uma indisposição coletiva para radicalizar e a maioria prefira contemporizar.
Se o TCU fizer, como supostamente prefere o governo, um julgamento “técnico”, as contas já estão rejeitadas por antecipação, visto que o colegiado há três meses aprovou um relatório em que as manobras apelidadas de “pedaladas” são consideradas crime de responsabilidade fiscal.
Em sua defesa, o Planalto, nas figuras do advogado-geral da União e do ministro do Planejamento, lança mão de artifícios retóricos. Ora dizendo que o mesmo já foi feito no passado, ora alegando que os atrasos nos repasses ao Tesouro foram obra das circunstâncias adversas, ora prometendo nunca mais recorrer a maquiagens em troca do perdão ao malfeito já cometido.
Os fatos não trabalham a favor do governo que, todo mundo viu, gastou a rodo para reeleger Dilma e depois da reeleição alterou a meta do superávit primário (com o aval do Congresso) para poder fechar as contas e evitar possíveis punições.
Mas os fatos podem ser protagonistas ou coadjuvantes, dependendo da vontade de autores e atores. No caso, muito mais que os ministros do Tribunal de Contas da União, suas excelências deputados e senadores de nossa conturbada República.
Toda razão. Os réus do mensalão e respectivos advogados durante o julgamento costumavam comparar a ação com o processo do qual Fernando Collor foi absolvido por falta de provas pelo Supremo Tribunal Federal, depois de ter os direitos políticos cassados pelo Congresso.
Na ocasião, como bem lembra o ministro Celso de Mello, a Procuradoria-Geral da República não conseguiu, na denúncia, estabelecer o elo entre os atos de corrupção cometidos pelo tesoureiro da campanha eleitoral de Collor, Paulo César Farias, e benefícios concedidos pelo então presidente da República a corrompidos e corruptores.
Conforme relato de Pedro Collor de Mello no livro Passando a limpo, a trajetória de um farsante, o senador Arnon de Mello, pai de ambos, costumava dizer a frase “o que não vem em maio, vem em setembro”. Ou seja, na vida é tudo uma questão de tempo.
E o filho presidente, talvez inspirado no conceito, repetia sempre: “O tempo é o senhor da razão”.
15 de julho de 2015
Dora Kramer
UMA NAÇÃO DE INADIMPLENTES
Mais de um quarto de toda a população brasileira está com nome sujo, isto é, inscrito em algum cadastro de inadimplentes: são 56,5 milhões de pessoas com dívidas em atraso, segundo estimativa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esse número é bem maior que o de habitantes da Espanha (46,8 milhões), e quase tão grande quanto o dos moradores da Itália (60 milhões). Seriam necessários três Chiles, incluída a parcela de bebês, para perfazer esse contingente de devedores. Não se trata de um país de caloteiros, mas de milhões de pessoas afetadas pelo desemprego (8,1% da força de trabalho), pela inflação disparada (perto de 9% ao ano), pela perda de renda, pela contenção do crédito e pelos juros muito mais altos que os da maior parte do mundo. A conjunção desses males é visível na inadimplência elevada, na redução do consumo e na baixa do padrão de vida.
De abril para maio as vendas no varejo caíram em 7 das 10 atividades comerciais cobertas pela pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No chamado varejo restrito o volume de vendas diminuiu 0,9% de um mês para outro e ficou 4,5% abaixo do total apurado em maio de 2014. A queda mensal foi a maior observada em maio desde 2001, segundo o IBGE. O resultado foi pior no varejo ampliado, no qual se incluem também as vendas de veículos, partes e peças e material de construção. Nesse conjunto de lojas o volume vendido em maio foi 1,8% menor que o do mês anterior e 10,4% inferior ao de um ano antes.
Embora as quedas tenham ocorrido em quase todos os tipos de lojas, a redução das vendas de carros, motos e componentes mais uma vez afetou fortemente o resultado geral. Em maio o total vendido foi 4,6% menor que o de abril e 22,2% inferior ao de igual mês de 2014. Esse desempenho reflete a redução dos incentivos fiscais ao setor, a contenção do crédito e também a perda de renda e a insegurança dos consumidores diante das perspectivas de uma economia em recessão. De janeiro a junho as montadoras produziram 1,28 milhão de veículos, 18,5% menos que um ano antes. Em um ano os empregados nas fábricas diminuíram 9,6%, de 151,4 mil para 136,9 mil.
Duramente afetado pela crise, o setor automobilístico demitiu, pôs pessoal em férias coletivas, recorreu ao lay-off (suspensão temporária de contratos) e pressionou o governo por uma solução especial. A resposta foi o Programa de Proteção ao Emprego, lançado na semana passada, com um esquema para redução de horas de trabalho e de corte de salários atenuado parcialmente com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Formalmente, pelo menos, o programa foi concedido para atender a todos os setores interessados. Falta o governo provar essa disposição.
As vendas de material de construção (11,3% menores que as de maio de 2014) e de móveis e eletrodomésticos (18,5% abaixo do total de um ano antes) comprovam tanto a piora da renda familiar quanto o emperramento dos programas de moradias e de suprimento de utilidades domésticas. A construção habitacional já avançava devagar antes do agravamento da crise, mas ainda servia à propagada do governo. Com a piora do quadro geral, nem isso restou.
A inadimplência ficou praticamente estável de maio para junho, com redução de 0,03% do número de devedores. Mas o total continuou na altura de 56,5 milhões, cerca de quatro populações do Chile e bem mais que a da Argentina (42,6 milhões). Na comparação com junho de 2014 o número cresceu 4,52%. Nessa mesma comparação, o aumento foi liderado pela inadimplência das contas de água e luz, com variação de 15,6%.
Essa variação é atribuível na maior parte à elevação das tarifas, mas deve indicar também uma estratégia das famílias.Atrasa-se um mês o pagamento e liquida-se a conta antes do desligamento da água ou da luz. Contra aumentos desse tipo a defesa das famílias é limitada. Podem gastar menos, mas sem derrubar a tarifa. Ao contrário de outros preços, os dos serviços de utilidade pública resistem à redução da demanda.
15 de julho de 2015
Estadão
De abril para maio as vendas no varejo caíram em 7 das 10 atividades comerciais cobertas pela pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No chamado varejo restrito o volume de vendas diminuiu 0,9% de um mês para outro e ficou 4,5% abaixo do total apurado em maio de 2014. A queda mensal foi a maior observada em maio desde 2001, segundo o IBGE. O resultado foi pior no varejo ampliado, no qual se incluem também as vendas de veículos, partes e peças e material de construção. Nesse conjunto de lojas o volume vendido em maio foi 1,8% menor que o do mês anterior e 10,4% inferior ao de um ano antes.
Embora as quedas tenham ocorrido em quase todos os tipos de lojas, a redução das vendas de carros, motos e componentes mais uma vez afetou fortemente o resultado geral. Em maio o total vendido foi 4,6% menor que o de abril e 22,2% inferior ao de igual mês de 2014. Esse desempenho reflete a redução dos incentivos fiscais ao setor, a contenção do crédito e também a perda de renda e a insegurança dos consumidores diante das perspectivas de uma economia em recessão. De janeiro a junho as montadoras produziram 1,28 milhão de veículos, 18,5% menos que um ano antes. Em um ano os empregados nas fábricas diminuíram 9,6%, de 151,4 mil para 136,9 mil.
Duramente afetado pela crise, o setor automobilístico demitiu, pôs pessoal em férias coletivas, recorreu ao lay-off (suspensão temporária de contratos) e pressionou o governo por uma solução especial. A resposta foi o Programa de Proteção ao Emprego, lançado na semana passada, com um esquema para redução de horas de trabalho e de corte de salários atenuado parcialmente com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Formalmente, pelo menos, o programa foi concedido para atender a todos os setores interessados. Falta o governo provar essa disposição.
As vendas de material de construção (11,3% menores que as de maio de 2014) e de móveis e eletrodomésticos (18,5% abaixo do total de um ano antes) comprovam tanto a piora da renda familiar quanto o emperramento dos programas de moradias e de suprimento de utilidades domésticas. A construção habitacional já avançava devagar antes do agravamento da crise, mas ainda servia à propagada do governo. Com a piora do quadro geral, nem isso restou.
A inadimplência ficou praticamente estável de maio para junho, com redução de 0,03% do número de devedores. Mas o total continuou na altura de 56,5 milhões, cerca de quatro populações do Chile e bem mais que a da Argentina (42,6 milhões). Na comparação com junho de 2014 o número cresceu 4,52%. Nessa mesma comparação, o aumento foi liderado pela inadimplência das contas de água e luz, com variação de 15,6%.
Essa variação é atribuível na maior parte à elevação das tarifas, mas deve indicar também uma estratégia das famílias.Atrasa-se um mês o pagamento e liquida-se a conta antes do desligamento da água ou da luz. Contra aumentos desse tipo a defesa das famílias é limitada. Podem gastar menos, mas sem derrubar a tarifa. Ao contrário de outros preços, os dos serviços de utilidade pública resistem à redução da demanda.
15 de julho de 2015
Estadão
DILMA, O LÍDER E O GENRO DO LÍDER
Em mais um sinal de decomposição política e administrativa de seu governo, a presidente Dilma Rousseff indicou para uma das diretorias da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o advogado Ricardo Fenelon das Neves, genro do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). A iniciativa foi justificada pelo Palácio do Planalto como forma de reforçar a base aliada no Poder Legislativo, especialmente com o PMDB, a agremiação que comanda a Câmara e o Senado. A mensagem de indicação foi encaminhada pela Casa Civil três dias antes do casamento de Fenelon das Neves com a filha de Eunício. A presidente Dilma foi ao casório.
Fenelon das Neves – o felizardo – tem 28 anos de idade, formou-se há três anos em direito numa universidade de segunda linha do Distrito Federal e conhece muito pouco a área de aviação comercial. As experiências que tem no setor foram um estágio na procuradoria jurídica da própria Anac entre abril de 2009 e outubro de 2010 e um trabalho de conclusão de graduação intitulado A autorização no transporte aéreo regular. A diretoria para a qual foi indicado, de Operações de Aeronaves, não trata de questões jurídicas.
Para assumir essa diretoria, com salário de R$ 14.376,03, mais verba de representação, Fenelon das Neves terá de passar por uma sabatina no Senado e ser aprovado por voto secreto. Para evitar problemas nas respostas às perguntas que poderão ser feitas, dado seu jejum em matéria de aviação comercial regular, táxis-aéreos, aeronaves privadas e ordenamento técnico e de segurança operacional de aviões e aeroportos, o genro do senador Eunício de Oliveira anexou à mensagem de Dilma um arrazoado em que tenta apontar suas afinidades com o sistema aeroportuário. “Optei por realizar um dos estágios obrigatórios do curso de graduação no Juizado Especial do Aeroporto de Brasília, onde realizei diversas mediações entre usuários do transporte aéreo e empresas aéreas”. Ou seja, sua especialidade – pelo tanto que um estágio especializa – é mediação judicial, e o fato de ele ter-se desincumbido das obrigações curriculares num aeroporto é mera circunstância.
A decisão de Dilma deixou revoltadas as entidades do setor aéreo, que repudiaram a escolha de um advogado inexperiente e sem qualquer conhecimento em aviação para ser um dos dirigentes de uma importante agência reguladora. Também manifestaram contrariedade com nomeações baseadas em critérios que não têm relação técnica entre o indicado e as especificidades do setor regulado. “A possibilidade de nomeação política, baseada na mais asquerosa troca de favores partidários, é por nós, especialistas, veementemente rejeitada”, disseram os dirigentes da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves.
A instrumentalização partidária não ocorre exclusivamente na Anac. Desde a ascensão do PT ao poder, os cargos de confiança de quase todas as agências reguladoras foram loteados entre os partidos da base governista. O descalabro chegou a tal ponto que, quando alguns dos detentores desses cargos se converteram em alvo de investigações da Polícia Federal, especialmente da Operação Porto Seguro, o Sindicato das Agências Reguladoras distribuiu nota informando que os investigados não eram servidores concursados do quadro permanente das agências, mas apadrinhados de líderes partidários.
Criadas com autonomia administrativa e personalidade jurídica própria para substituir as antigas autarquias, as agências reguladoras são órgãos de Estado. Cabe a elas ordenar, fiscalizar e orientar a modernização dos setores estratégicos da economia, pondo o interesse público à frente dos interesses das empresas que nelas atuam. Quando são usadas como cabides de empregos para parentes, amigos e correligionários, elas perdem autoridade e credibilidade. E o resultado pode ser desde a sua ineficiência até sua captura pelas empresas reguladas, o que abre caminho para a degradação de serviços essenciais, corrupção, zoneamento de mercado e abuso do poder econômico.
A indicação do genro do líder do PMDB no Senado para a Diretoria de Operações Aeronáuticas da Anac só acelera esse processo de deterioração funcional e moral da administração pública.
15 de julho de 2015
O Estado de SP
Fenelon das Neves – o felizardo – tem 28 anos de idade, formou-se há três anos em direito numa universidade de segunda linha do Distrito Federal e conhece muito pouco a área de aviação comercial. As experiências que tem no setor foram um estágio na procuradoria jurídica da própria Anac entre abril de 2009 e outubro de 2010 e um trabalho de conclusão de graduação intitulado A autorização no transporte aéreo regular. A diretoria para a qual foi indicado, de Operações de Aeronaves, não trata de questões jurídicas.
Para assumir essa diretoria, com salário de R$ 14.376,03, mais verba de representação, Fenelon das Neves terá de passar por uma sabatina no Senado e ser aprovado por voto secreto. Para evitar problemas nas respostas às perguntas que poderão ser feitas, dado seu jejum em matéria de aviação comercial regular, táxis-aéreos, aeronaves privadas e ordenamento técnico e de segurança operacional de aviões e aeroportos, o genro do senador Eunício de Oliveira anexou à mensagem de Dilma um arrazoado em que tenta apontar suas afinidades com o sistema aeroportuário. “Optei por realizar um dos estágios obrigatórios do curso de graduação no Juizado Especial do Aeroporto de Brasília, onde realizei diversas mediações entre usuários do transporte aéreo e empresas aéreas”. Ou seja, sua especialidade – pelo tanto que um estágio especializa – é mediação judicial, e o fato de ele ter-se desincumbido das obrigações curriculares num aeroporto é mera circunstância.
A decisão de Dilma deixou revoltadas as entidades do setor aéreo, que repudiaram a escolha de um advogado inexperiente e sem qualquer conhecimento em aviação para ser um dos dirigentes de uma importante agência reguladora. Também manifestaram contrariedade com nomeações baseadas em critérios que não têm relação técnica entre o indicado e as especificidades do setor regulado. “A possibilidade de nomeação política, baseada na mais asquerosa troca de favores partidários, é por nós, especialistas, veementemente rejeitada”, disseram os dirigentes da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves.
A instrumentalização partidária não ocorre exclusivamente na Anac. Desde a ascensão do PT ao poder, os cargos de confiança de quase todas as agências reguladoras foram loteados entre os partidos da base governista. O descalabro chegou a tal ponto que, quando alguns dos detentores desses cargos se converteram em alvo de investigações da Polícia Federal, especialmente da Operação Porto Seguro, o Sindicato das Agências Reguladoras distribuiu nota informando que os investigados não eram servidores concursados do quadro permanente das agências, mas apadrinhados de líderes partidários.
Criadas com autonomia administrativa e personalidade jurídica própria para substituir as antigas autarquias, as agências reguladoras são órgãos de Estado. Cabe a elas ordenar, fiscalizar e orientar a modernização dos setores estratégicos da economia, pondo o interesse público à frente dos interesses das empresas que nelas atuam. Quando são usadas como cabides de empregos para parentes, amigos e correligionários, elas perdem autoridade e credibilidade. E o resultado pode ser desde a sua ineficiência até sua captura pelas empresas reguladas, o que abre caminho para a degradação de serviços essenciais, corrupção, zoneamento de mercado e abuso do poder econômico.
A indicação do genro do líder do PMDB no Senado para a Diretoria de Operações Aeronáuticas da Anac só acelera esse processo de deterioração funcional e moral da administração pública.
15 de julho de 2015
O Estado de SP
EU PAGUEI, TU PAGASTE, ELE PAGOU... TODOS PAGAMOS.
DINHEIRO ROUBADO DA PETROBRAS PAGA PROSTITUIÇÃO DE LUXO PARA POLÍTICOS
Jeanne Marie Corner está aposentada, se é que cafetina pode ser dar a este luxo. Mas com certeza a Cafetina do Mensalão está literalmente puta da vida. Se mordendo de inveja. Numa noitada no Hotel Gran Bittar patrocinada pela agência do Marcos Valério, sempre que chegava o carro-forte de BH, Jeanne faturava menos de dois mil por garota.
Hoje vê sua sucessora “Jô”, operando as orgias do Petrolão, faturando cinco, 10 e até 20 mil por garota, numa só noite. Parece óbvio que o ...padrão de qualidade mudou. E que padrão. Revela a Folha que só numa noitada no Unique um lobista pagou 90 mil em bebidas e mulheres. Nas planilhas do doleiro Alberto Youssef e do seu emissário, Rafael Angulo Lopez, aparecem outros gastos, digamos coletivos. Mas o diretor da estatal é quem escolhia, preferencialmente de uma lista de mulheres capas de revista, atrizes, celebridades em geral. Os procuradores calculam o michê médio em 6 mil, sem contar a passagem, o hotel e os mimos de praxe.
15 de julho de 2015
in graça no país das maravilhas
QUE PAÍS É ESSE?!
Presidente da CUT prega luta armada se Justiça cassar Dilma.
Segundo o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o ato é contra “o golpismo e o entreguismo” de Serra, que pretende entregar o petróleo brasileiro ao capital estrangeiro e tirar do Brasil a soberania de “conduzir o próprio destino”.
Freitas responsabiliza a oposição, a imprensa e o juiz da 13ª Vara Federal, Sérgio Moro pelo ambiente hostil ao desenvolvimento econômico. Para ele, a “extensão do terceiro turno” coloca em risco o emprego de milhões de trabalhadores. “Irresponsabilidade de maus perdedores e de um judiciário que descumpre a lei”, declara.
O dirigente afirma que a classe operária não aceitará o descumprimento da democracia. Segundo ele, em caso de golpe, “haverá um trabalhador em cada esquina”. “Não aceitamos o golpismo. Vamos enfrentar todos os golpistas nas ruas, com todas as forças que nós tivermos e utilizando todas as armas à nossa disposição”, destacou.
15 de julho de 2015
in coroneLeaks
ATESTADO DE CORRUPTO
2016 está chegando e com ele as eleições municipais. O maior medo do PT é perder as prefeituras e as câmaras de vereadores que conquistou ao longo de anos e anos de roubalheiras, mentiras e protecionismos deslavados do governo central, que roubava verbas da oposição para distribuí-las entre governantes do partido. Agora tudo mudou.
Esta estrela com este 13 no peito significa um atestado de corrupto. Não há como botar este símbolo no peito sem dizer: eu roubei a Petrobras, eu roubei o seguro desemprego, eu roubei a pensão das viúvas, eu roubei a Bolsa Família dos pescadores, eu roubei a conta de luz, eu roubei o seu emprego.
Não haverá gente decente e honesta concorrendo pelo PT, vendo seus tesoureiros presos por que arrombaram os cofres públicos.. Mas eles se esconderão em coligações espúrias. Botarão os outros partidos na cabeça de chapa, tentarão mentir para o eleitor.
Não caia nessa. Onde você ver uma estrela e um 13 no peito, você está vendo um corrupto. É um verdadeiro atestado de caráter. Uma carteira de identidade que não engana ninguém.
Vamos varrer o PT do mapa. Viu uma estrela, viu um 13, vire as costas em repúdio ou diga na cara: em corrupto, nunca mais!
Ou simplesmente: sou cidadão e não voto em ladrão.
Esta estrela com este 13 no peito significa um atestado de corrupto. Não há como botar este símbolo no peito sem dizer: eu roubei a Petrobras, eu roubei o seguro desemprego, eu roubei a pensão das viúvas, eu roubei a Bolsa Família dos pescadores, eu roubei a conta de luz, eu roubei o seu emprego.
Não haverá gente decente e honesta concorrendo pelo PT, vendo seus tesoureiros presos por que arrombaram os cofres públicos.. Mas eles se esconderão em coligações espúrias. Botarão os outros partidos na cabeça de chapa, tentarão mentir para o eleitor.
Não caia nessa. Onde você ver uma estrela e um 13 no peito, você está vendo um corrupto. É um verdadeiro atestado de caráter. Uma carteira de identidade que não engana ninguém.
Vamos varrer o PT do mapa. Viu uma estrela, viu um 13, vire as costas em repúdio ou diga na cara: em corrupto, nunca mais!
Ou simplesmente: sou cidadão e não voto em ladrão.
15 de julho de 2015
in coroneLeaks
OI, ZÉ! SEU PRESENTE CHEGOU... ESTÁ LÁ NA PAPUDA! DIVIRTA-SE COM SUAS LEMBRANÇAS QUE O POVO BRASILEIRO PAGOU...
"Seu presente chegou. Está na suíte presidencial do Naoum. É só lá e bater na porta”
"Seu presente chegou. Está na suíte presidencial do Naoum. É só lá e bater na porta”
De um ministro para José Dirceu, ainda chefe da Casa Civil, avisando que uma modelo contratada (R$ 30 mil limpos) para passar a noite com ele já estava em Brasília.
(Dirceu, a Biografia, de Otávio Cabral, Record, 2013, pgs 207 a 209 )
15 de julho de 2015
PETROBRAS VAI PRIVATIZAR GASODUTOS. SIM, PRIVATIZAR. PRI-VA-TI-ZAR.
Quem vai querer ter a participação de uma empresa corrupta como a Petrobras na gestão de um negócio? Quem não lembra que houve superfaturamento de 1.800% apenas no trecho da Bahia? E que uma empresa fantasma faturou quase R$ 300 milhões para fazer o mesmo trabalho que a Petrobras já fazia, segundo o TCU? Ora, quem comprar estes gasodutos vai querer a Petrobras corrupta do PT longe do negócio. Por isso, se a venda sair, será privatização, palavra até então proibida na esquerda podre que estatizou tudo para poder roubar o que roubou sob o manto de proteção do governo.
A Petrobras estuda privatizar sua subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG). A estatal apresentou ao mercado três modelos para a venda da companhia, que controla a malha brasileira de gasodutos. No mais ousado, prevê a transferência de 80% do capital e da operação para o novo controlador.
A Petrobras estuda privatizar sua subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG). A estatal apresentou ao mercado três modelos para a venda da companhia, que controla a malha brasileira de gasodutos. No mais ousado, prevê a transferência de 80% do capital e da operação para o novo controlador.
A venda da TAG é parte do pacote de desinvestimento anunciado pela estatal em março, visando reduzir o seu endividamento. Também estão no pacote a Gaspetro (que concentra participações em distribuidoras de gás canalizado), térmicas e áreas exploratórias no pré-sal. Segundo a Folhaapurou, a possíveis investidores têm sido apresentadas três propostas: venda de 80% com transferência do controle e venda de fatias de 49% ou 60%, com manutenção do controle estatal. Não há ainda definição sobre qual será adotada.
No primeiro caso, a Petrobras privilegiaria a arrecadação de recursos em curto prazo. Enfrentaria, contudo, resistência de trabalhadores e setores do governo contrários à privatização de ativos. A opção por se desfazer de apenas 49% traria a menor receita. Procurada pela reportagem, a Petrobras não se pronunciou sobre o assunto. Em seu balanço financeiro de 2014, informou que a TAG fechou o ano com lucro de R$ 572 milhões e patrimônio líquido de R$ 6,6 bilhões.
Considerando as projeções de receita futura, seu valor de mercado pode variar de US$ 3,8 bilhões a US$ 5,2 bilhões, segundo avaliação da consultoria NatGas Economics. A empresa deverá ser fatiada em duas companhias regionais –uma com os ativos das regiões Norte e Nordeste e outra com Sul e Sudeste– respeitando termo de compromisso firmado em 2003 com a ANP (agência reguladora), o que pode empurrar a venda para o ano que vem.
A Folha apurou que um plano de cisão já foi apresentado à ANP. A divisão foi negociada para tentar minimizar os efeitos do monopólio na cadeia do gás natural. A TAG é responsável por levar o gás natural a pontos de entrega das distribuidoras estaduais de gás canalizado. Teve grande crescimento na última década com a construção do Gasoduto Sudeste-Nordeste, que integrou a malha de transporte brasileira.
Para a indústria, o controle da Petrobras prejudica a concorrência. O governo deveria aproveitar o momento para facilitar o aparecimento de novos fornecedores, diz o consultor Marco Antônio Tavares, da Gas Energy. Com mais competidores, a tendência é que os preços do gás caiam para indústria e residências.
15 de julho de 2015
in coroneLeaks
O BURACO BRASIL É BEM MAIS FUNDO, E NÃO TEM DIAMANTES...
POR QUE ESSE BURACO GIGANTESCO NA RÚSSIA É TÃO ESPECIAL?
Mas se o buraco foi é feito por seres humanos, por que ele seria especial? Bem, é desse que buraco que saem praticamente um terço dos diamantes de todo o mundo. Sim, de todo o mundo. Nada menos do que 27% da produção mundial de brilhantes ocorre ali.
Atualmente sob posse da empresa russa Alrosa, a mina é palco também do surgimento de uma das pedras mais estranhas já vistas em escavações. Trata-se de uma só pedra com mais de 30 mil pequenos diamantes nela. Estudada por especialistas, ela mostrou uma concentração um milhão de vezes maior do que o normal.
PRODUÇÃO
No “buraco russo” são estimadas, atualmente, nada menos do que 225,8 milhões de quilates de diamante, com capacidade de produção anual de 10,4 milhões de quilates. Ou seja, é “só” um buraco, especial pelo número de pessoas que ele já fez ricas. No fim das contas, a Rússia — sempre ela — tem um poço de… diamantes!
15 de julho de 2015
Deu no Yahoo
A MELHOR É A PONTA DOS FUNDOS...
LULA ALMOÇA COM DILMA E MINISTROS, MAS NÃO APONTA NENHUMA SAÍDA
Após duras críticas que recebeu do seu padrinho político, que disse que ela e o PT estavam no “volume morto” e que governo enfrenta uma crise “preocupante” e “dramática”, Dilma Rousseff se reuniu nesta terça-feira (14) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desembarcou em Brasília nesta manhã para uma reunião-almoço com a presidente no Palácio da Alvorada.
Vários ministros participam do almoço que começou por volta das 12 horas, entre eles o da Casa Civil, Aloízio Mercadante, e da Comunicação Social, Edinho Silva. Na pauta, a grave crise política que a presidente Dilma está vivendo, com a insistência de parte da oposição de reivindicar a saída da presidente em ações que correm contra a presidente no TCU e no TSE. A reunião durou mais de quatro horas.
Dilma reagiu às mobilizações por sua saída que o governo chama de “golpistas” e disse que vai lutar com “unhas e dentes” pelo seu mandato. Mas Lula acha que a reação não foi suficiente para reverter o quadro negativo que domina Brasília e continua fazendo críticas à atuação política da presidente. Enquanto isso o governo sofre novos golpes, seja com derrotas na Câmara e Senado em votações, seja por conta da convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que irá explicar no Congresso as operações da Polícia Federal.
POLÍCIA FEDERAL
Neste clima conturbado e negativo, foi deflagrada na manhã desta terça a operação Politéia, desdobramento da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, atingindo senadores da base aliada, como Fernando Collor (PTB) e Ciro Nogueira (PP) e o ex-ministro da Integração senador Fernando Bezerra (PSB). Mais um complicador na relação com a já complicada base aliada que tem sido rebelde com o governo.
O Planalto está preocupado com estas investidas da PF, que tem criado muitas complicações políticas para o governo. Novas denúncias envolvendo políticos poderiam surgir, tensionando ainda mais as relações com a base aliada.
Lula tem dito que não tem mais argumentos para defender o governo, que Dilma não o ouve e que ela precisa sair às ruas para dizer que tudo está fazendo pelo País, defendendo o seu legado, para que os problemas não se agravem.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na verdade, no Planalto, no PT e no Instituto Lula, ninguém sabe o que fazer. A única saída consensual é tentar vencer no “tapetão”, para evitar o impeachment. (C.N.)
15 de julho de 2015
FAVELA DILMA
De quando em quando descobre-se gente em ocupação, empenhada em sufocar a memória nacional. Imaginam mudar o passado de acordo com as contingências do presente. Mais ou menos como denunciou o magistral George Orwell no inesquecível “1984”, escrito em 1937, quando três grandes nações fictícias viviam ora em guerra, ora em paz. O personagem principal era encarregado, de acordo com as informações do dia, de mudar as páginas de edições antigas do “Times”, noticiando amizade milenar e perpétua entre dois governos contra o terceiro, variando sempre a ação os contendores.
No Brasil, de vez em quando essas coisas acontecem. No Rio, com a República, o Largo do Rocio foi transformado em Praça Tiradentes. Mais tarde tentou-se até mudar o nome da Avenida Presidente Vargas, depois da morte do venerando líder, para Avenida Castro Alves.
Ainda agora, em Brasília, buscou-se rebatizar a Ponte Costa e Silva, assim como em São Paulo um grupo pretendeu trocar o nome da Rodovia Castello Branco para Estrada Leonel Brizola.
São características do radicalismo e da paixão, felizmente sem germinar na maioria dos casos. O passado é o passado, merece ser respeitado, mesmo quando o lamentamos, criticamos e apontamos suas mazelas. Fora daí será submeter cidades, ruas, praças e instituições a uma baderna sem limites.
UMA FAVELA CARIOCA
Pois não é que na antiga capital, entre muitos aglomerados de pobreza e de miséria, um deles foi denominado de Favela Dilma, talvez porque Madame, nos seus tempos de ventura, investiu e inaugurou o conjunto. Agora que a presidente anda mal de governo e de popularidade, chegando às raias da rejeição nacional, um grupo de líderes da comunidade pretende arrancar placas e sinalizações com o nome dela, não se sabe exatamente para trocar por quem. Por certo não será Favela Aécio Neves, que poderá ficar para depois de 2018.
A infantilidade dessas iniciativas seria cômica se não fosse trágica, digna de alimentar as ditaduras. Petrogrado já foi Leningrado, como Stalingrado virou Volvogrado. Como o mundo gira, sempre de forma surpreendente, vamos esperar que não sobrevenha um regime disposto a alterar as homenagens que o Brasil prestou a Juscelino Kubitschek e a Tancredo Neves, patronos dos aeroportos de Brasília e Belo Horizonte. Deixem a Favela Dilma como está e onde está…
15 de julho de 2015
Carlos Chagas
MUITO ESTRANHO: O IBOPE FOI VENDIDO E NINGUÉM FALA NADA...
Num momento em que a audiência da TV Globo segue caindo, com uma nova subida incômoda da Record, não teve a devida repercussão a notícia da venda do Ibope Media, a empresa do grupo Ibope que mede em caráter monopolista a audiência de TV no Brasil.
O Ibope sempre teve seus índices contestados pelas redes que enfrentam a Globo, mas estranhamente conseguiu manter por décadas a exclusividade na medição que incide sobre o faturamento bilionário da TV brasileira, fazendo com que a Globo detenha a metade dessa extraordinária receita.
Há muitos anos, Silvio Santos passou meses ridicularizando o Ibope. Todo domingo, colocava um carro zero quilômetro no palco de seu programa, que seria doado a qualquer pessoa que se apresentasse lá, dizendo ter em casa o aparelho medidor do Ibope. Se aparecessem dez, vinte, cinqüenta pessoas, cada uma levaria o seu carro. A promoção foi exibida semana após semana e não apareceu ninguém, embora pelas regras do Ibope a maioria dos aparelhos devesse estar em residências pobres e de classe média baixa.
GRUPO BRITÂNICO
Agora, surge a notícia de que o grupo britânico Kantar Media Audiences comprou o Ibope Media e quer manter o monopólio, ameaçado pela chegada ao Brasil da empresa alemão GFK, que mede audiência em Portugal e outros países da Europa e começa a funcionar por aqui agora no terceiro semestre, com quatro grandes clientes – Record, Bandeirantes, SBT e RedeTV!.
A Globo, compreensivelmente, quer continuar monitorada apenas pelos antigo Ibope e não pretende se filiar à concorrente GFK. Para o diretor-geral Carlos Henrique Schroder, pode até surgir alguma diferença nos índices, mas, como nas intenções de voto pesquisadas por institutos diferentes em uma campanha política, a “tendência” costuma ser igual. “Raramente tem direção oposta. Você não tem dúvida de quem está liderando”, disse à repórter Cristina Padiglione.
SEM ESPAÇO PARA DUAS PESQUISAS?
O principal dirigente da Kantar, Richard Asquith, não vê espaço para dois institutos do gênero no País, segundo reportagem de Cristina Padiglione no Estadão. “É improvável que dois serviços sobrevivam por longo período de tempo num mesmo país”, disse Richard. “Os clientes vão acabar decidindo, mas minha expectativa é que não é eficiente manter os dois sistemas, é confuso”.
Segundo ele, sempre há alguma diferença de números e isso pode confundir TVs e anunciantes. A Kantar divide o mercado com a GFK numa situação muito particular na Holanda e na Bélgica, onde os aparelhos são seus, mas a operação de TV linear cabe à GFK. Recentemente, a Kantar ampliou sua atuação nos dois países, ao mensurar também TV sob demanda lá.
Traduzindo: como a GFK e a Kantar já são sócias nos países baixos, com toda certeza vão se acertar também por aqui, para honra e glória da Rede Globo, aquela que não perde nunca, não importa a quem esteja servindo no poder.
15 de julho de 2015
Carlos Newton
DILMA INAUGURA PONTE DE LAGUNA COM SUPERFATURAMENTO COMPROVADO PELO TCU E CONSTRUÍDA POR EMPREITEIRA DO PETROLÃO
A Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, na BR-101, no sul de Santa Catarina, acaba de ser inaugurada por Dilma Rousseff. A ponte estaiada estava orçada em R$ 597 milhões e é de responsabilidade da Camargo Corrêa. O ministro dos Transportes João Rodrigues fez efusivas saudações à construtora corrupta, com diretores presos pela Lava Jato. O sobre preço apurado, segundo o TCU, foi de 32 milhões de reais, no início da obra. O preço final, no entanto, chegou a R$ 760,8 milhões. Um aumento, em três anos, de 27%! O que não impediu que Dilma Rousseff fechasse as duas pistas, interrompesse o tráfego gerando um enorme engarrafamento e botasse uma claque alugada de 1.000 pessoas para promover a inauguração, sem risco de vaias.
15 de julho de 2015
in coroneLeaks
A SUJEIRA NOS BASTIDORES...ALGUMA NOVIDADE NISSO?
PMDB sujo, corrupto e fisiológico de Cunha e Renan sinaliza que vai livrar Dilma do crime das "pedaladas fiscais".
O PMDB, que será o grande moderador da batalha política que se estabelecerá após o julgamento pelo TCU entre a base do governo e a oposição, apenas assistiu às audiências e serviu de plateia.
À exceção do senador Ricardo Ferraço (ES), que fez críticas à política econômica, nenhum cardeal do PMDB esteve presente nas audiências de Luiz Adams (AGU) e Nelson Barbosa(Planejamento) das pedaladas fiscais no Senado e na Câmara, que duraram, cada uma, quatro horas.
Apenas Oposição, composta por PSDB e DEM debateram o tema com parlamentares do PT. Tem gente que espera alguma coisa da camarilha do Eduardo Cunha, do Renan Calheiros e do Michel Temer.
Esperem apenas pressão por cargos, negociatas por verbas e que livrem a própria pele.
O resto é marketing para pressionar o governo a ficar ajoelhado e rendido diante da verdadeira camarilha que forma o PMDB.
E para buscar apoio na Oposição para retaliar o governo quando não for atendido nas suas falcatruas.
À exceção do senador Ricardo Ferraço (ES), que fez críticas à política econômica, nenhum cardeal do PMDB esteve presente nas audiências de Luiz Adams (AGU) e Nelson Barbosa(Planejamento) das pedaladas fiscais no Senado e na Câmara, que duraram, cada uma, quatro horas.
Apenas Oposição, composta por PSDB e DEM debateram o tema com parlamentares do PT. Tem gente que espera alguma coisa da camarilha do Eduardo Cunha, do Renan Calheiros e do Michel Temer.
Esperem apenas pressão por cargos, negociatas por verbas e que livrem a própria pele.
O resto é marketing para pressionar o governo a ficar ajoelhado e rendido diante da verdadeira camarilha que forma o PMDB.
E para buscar apoio na Oposição para retaliar o governo quando não for atendido nas suas falcatruas.
15 de julho de 2015
in coroneLeaks
PETROBRAS DEVE 106 BILHÕES DE DÓLARES E VENDE ATIVOS PARA PAGAR 15%
Reportagem de Gabriela Valente, Geralda Doca e Bruno Rosa, O Globo edição de segunda-feira, revela que a Petrobrás vai colocar à venda 49% da Gaspetro e também negociar a BR Distribuidora com setores privados, a fim de reduzir, na fração de praticamente 15%, o total de sua dívida, que se eleva a 106 bilhões de dólares. Observa-se assim que o governo Dilma Rousseff inicia um roteiro para a privatização parcial da empresa. As transações devem ser concluídas, espera a administração da Petrobrás, até o primeiro trimestre de 2016.
Se esse fosse um dos temas da campanha eleitoral, Dilma Rousseff teria diminuído, é claro, o total de votos que obteve nas urnas de 2014. Mas esta é outra questão. O fato é que a desmobilização de ativos, se restrita as duas empresas, é muito pequena diante da dimensão do endividamento. Mas o Conselho de Administração, de acordo com a reportagem, também estuda negociar parte da Transpetro, embora esta subsidiária deva ser incluída numa segunda rodada.
De modo geral, o objetivo é atrair sócios particulares para melhorar a governança e os níveis de eficiência. Este trecho, sob o ângulo econômico, significa tacitamente uma confissão de incapacidade que atualmente continua envolvendo a principal companhia brasileira e que começou com a onda de assaltos aos cofres da empresa. Contratos superfaturados, pagamentos de propinas, multiplicação absurda de preços através dos famosos termos aditivos. Uma situação de descalabro, ampliada com o corte de investimentos anunciados há poucos dias pelo presidente Aldemir Bendine.
QUADRO NEBULOSO
O quadro, entretanto, é nebuloso, não se sabendo até agora o que pensa a respeito a presidente Dilma Rousseff. Pois existe ainda, no meio das dúvidas, a questão dos ativos da Petrobrás nó exterior. Em alguns casos, existem hipóteses ou de venda ou abertura de capital das empresas que formam a holding. Mas como abrir o capital se a matriz acumula dívidas no montante de 106 bilhões de dólares? A Petrobrás deverá dar prioridade à venda de ativos que tragam receita em dólares. Nesta escala os campos petrolíferos no Golfo do México, na América do Sul , onde opera em regime de parceria com empresas que pertence ao banco BTG.
PPRIVATIZAÇÃO
Porém, penso eu, é necessário avaliar a existência ou não de financiamentos liberados pelo BNDES e complexos envolvidos na Operação Lava-jato. De qualquer forma, o que o governo está cogitando é de uma privatização parcial que, por seu turno, pode se ampliar através do tempo a participações privadas maiores das que estão sendo projetadas para agora. Isso porque, sendo a Petrobrás uma empresa de capital aberto, através da venda de subsidiárias, e da possibilidade da compra de ações na Bovespa e Nova York, por exemplo, a estatal pode perder sua condição de majoritária em termos de controle acionário.
Sucederia, portanto, a desestatização, objeto de várias tentativas desde sua criação pela lei 2004/53, governo Vargas, e sua implantação em 54, tendo como primeiro presidente Juraci Magalhães, da UDN, em 58 eleito governador da Bahia. Não estou dizendo que a privatização, em tal escala, fosse uma solução negativa. Pode ser que cause um efeito exatamente ao contrário do vendaval do petróleo. Estou colocando apenas a existência dessa perspectiva.
Pois qual o caminho alternativo capaz de ser adotado para zerar um endividamento da ordem de 106 bilhões de dólares? Montante fantástico, ainda por cima sujeito ao risco de câmbio, além dos juros. Os juros em dólar são baixos. O risco de câmbio, porém, será sempre alto. Ainda mais agora.
15 de julho de 2015
Pedro do Coutto
GOVERNO SEM RUMO E A ECONOMIA AFUNDANDO
A presidente Dilma Rousseff nem bem desembarcou no Brasil e já estava confrontada com a triste realidade de um governo completamente sem direção e uma economia afundando a passos largos. A petista aproveitou a viagem à Rússia, e, sobretudo, à Itália, para tentar se livrar um pouco do tormento em que se transformou a sua vida. Mas ela sabe que boa parte — senão, a maior — da pesada fatura que está sendo obrigada a arcar foi criada por ela. Dilma colhe o que plantou.
Tanto o governo quanto os agentes econômicos esperavam que, neste início de segundo semestre, o Brasil já estivesse debatendo uma agenda mais positiva, de reconstrução da confiança necessária para a retomada dos investimentos, movimento que, mais à frente, resultaria em crescimento econômico. O que se vê, no entanto, é um país sem foco, enredado por uma grave recessão, por uma onda sem precedentes de pessimismo e por uma crise política que ameaça o mandato presidencial.
VÁCUO NA ECONOMIA
Para o economista Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Acrefi), criou-se um vácuo na economia. “Ainda estamos presos à agenda que começou no fim do primeiro mandato da presidente Dilma, que envolve o ajuste fiscal e o aperto monetário (alta dos juros). Infelizmente, os passos seguintes dessa agenda não foram dados”, diz. O problema se torna maior, acredita ele, porque a primeira fase do projeto de arrumação da casa está pela metade, ameaçada pela fragilidade política do governo, que vem acumulando uma série de derrotas no Congresso.
“Sem a conclusão dos ajustes, a confiança não voltará. E sem confiança, não haverá crescimento econômico”, alerta Tingas. Ele destaca que os efeitos do atraso podem sem medidos na economia real. O desemprego está disparando, a indústria não consegue sair do atoleiro, o comércio vê as vendas despencarem, o crédito secou. Tudo isso junto, mais a inflação, só alimenta a desconfiança que empurra o país para o buraco.
VENDAS EM QUEDA
Esta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dará o tom do estado da economia. As vendas do varejo de maio devem apresentar queda de 0,3% ante abril e de 3,5% em relação ao mesmo período de 2014, segundo o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Há a expectativa de que, ao longo da semana, o Ministério do Trabalho divulgue os dados relativos ao emprego formal em junho. Estima-se o fechamento de mais de 90 mil vagas — um choque para o Palácio do Planalto.
15 de julho de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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