"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

APOSENTADOS E APOSENTADORIAS: A SOLUÇÃO


Um dos problemas de que hoje, só hoje, infelizmente, me dei conta é o das aposentadorias.

Que não é um problema só no Brasil, mas no mundo todo. De um lado, a curva etária vai se modificando e daqui a pouco teremos mais velhos que jovens.

Eu mesma já estou prestes a fazer 70 anos. Como o desemprego campeia entre aqueles que estão na faixa dos 18 a 25 anos (lembro-me do fracasso do programa Primeiro Emprego, do começo da era Lula, quando eu, inclusive, ainda acreditava e militava no PT) e como esse não é um fenômeno dos emergentes nem da velha Europa, penso que, mesmo atrasada, preciso dar ou tentar dar uma contribuição.
 
Fui daquelas que, como o senador Paim, sempre julguei um “direito adquirido” e inegociável a aposentadoria. Claro que, como advogada, sabia e concordava com a aposentadoria diferenciada, por exemplo, para aeronautas ou trabalhadores de minas subterrâneas. Mas nunca pensei que deve ser diferenciada a aposentadoria dos trabalhadores manuais – tout court – e os trabalhadores intelectuais.

Nem concordei com as várias tentativas de aumentar, pura e simplesmente, a aposentadoria compulsória ou expulsória dos funcionários públicos, julgando tais reivindicações como “corporativistas”. Hoje me arrependo e arrependo, sobretudo, porque poderia ter apresentado projeto, ou iniciado discussão sobre essa questão, quando era deputada federal. Hoje, só me resta escrever a respeito…

Penso que a aposentadoria dos trabalhadores intelectuais deveria ser “lenta, gradual e segura” para ajudar a superar um dos maiores problemas do Brasil. Nossos jovens saem crus das universidades, escolas ou cursos profissionalizantes.
Em compensação, é um tormento indescritível ficar confinado em casa – aposentado: quem fica num aposento – para os que ainda poderiam estar trabalhando, não, é claro, com uma jornada igual aos jovens, nem com o mesmo salário, mas que poderiam estar formando a nova mão de obra das universidades, das repartições públicas, do setor administrativo das empresas, se a aposentadoria fosse uma combinação de diminuição de jornada, diminuição proporcional do salário mais proventos da aposentadoria e preparação das novas gerações por aqueles que têm experiência.

Eu mesma já não aguento fazer cursos (ótimos, mas sem muito sentido porque, ao que eu saiba, não há necessidade de curriculum nem pro céu, nem pro purgatório, nem pro inferno). Mas poderíamos, muitos de nós, ajudar a formar a mão de obra qualificada de que o Brasil anda precisando. Poderíamos atuar como formadores de mão de obra de “chão de fábrica” em um novo conceito de “chão de fábrica” e pouparíamos proventos e diminuiríamos o malfadado e manipulável custo Brasil com ganhos para todos.

Tenho certeza de que nós – os velhos – nos sentiríamos mais úteis, e vocês, mais jovens, menos inseguros.
Que pensem nisso os que agora são “autoridades”, os que podem mudar as leis. Ou, como diria o papa Francisco: que as sociedades saibam não descartar nem os mais velhos nem os mais jovens.

(transcrito de O Tempo)

17 de outubro de 2013
Sandra Starling

FECHANDO OS OLHOS

Casa Civil: Gleisi fez vista grossa para os 28 estupros de Gaievski e três anos de investigações do MP

Quando levou o ex-prefeito petista de Realeza, Eduardo Gaievski, para ser seu assessor especial na Casa Civil, onde foi responsável por programas relativos a menores, como os de combate ao crack, construção de creches, além da missão de coordenar sua campanha para o governo do Paraná em 2014, Gleisi Hoffmann (PT) fez vista grossa para uma ficha criminal assustadora e hedionda.
 
Em 23 de janeiro de 2013, quando tomou posse no cargo de assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, Gaievski já era investigado pelo Ministério Público do Paraná há três anos. Nada menos que 40 crimes sexuais, sendo 28 estupros de menores, 17 deles contra vulneráveis (menores de 14 anos). Embora uma parte desses crimes fosse investigada sob segredo de Justiça, o restante era acessível a qualquer pessoa que tivesse interesse no assunto.
 
Beira o inacreditável o fato de que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) – que têm a incumbência de minuciosamente checar a ficha de qualquer funcionário que vá trabalhar no entorno da presidente da República – não terem conferido a ficha criminal de Gaievski. Não há explicação plausível para um erro dessa natureza, colocando em risco a chefe da nação, exceto se alguém que conhecia a fama do assessor, como todo o PT do Paraná, tenha pedido atuado para que prevalecesse a vista grossa.
 
Uma certidão positiva, com 12 ações contra Gaievski, que corriam desde 2010, entre elas um inquérito por “exploração sexual” foi obtida pelo portal UOL, sem a menor dificuldade, poucos dias depois da prisão do pedófilo. A ação foi distribuída (se tornou acessível a qualquer um que consultasse a ficha de Gaievski) antes da nomeação do pedófilo por Gleisi Hoffmann na Casa Civil. A ainda ministra deu explicações confusas para justificar o fato de ter contratado um cidadão com tal prontuário para trabalhar ao lado da presidente e assumir funções ligadas a menores.

Gleisi disse que não sabia das denúncias, que consultou a ABIN, o poder Judiciário, cartórios e órgãos e que não existia nada contra ele. Contudo, há muitas controvérsias sobre esse assunto. As façanhas sexuais criminosas de Gaievski eram muito comentadas no PT do Paraná. O próprio pedófilo não fazia segredo de seu comportamento delinquente.
 
Pessoas que conviviam com o ex-prefeito afirmam que ele carregava em seu celular foto de cinquenta meninas menores nuas (em algumas dessas fotos ele aparecia ao lado de duas meninas nuas). Contava em rodas de amigos detalhes de seus estupros. Em arquivo de áudio postado no YouTube, um homem identificado como Gaievski relata com minúcias como “tirou a virgindade” de uma menina de 14 anos.
 
Não é crível a versão de que a ainda ministra Gleisi Hoffmann não conhecia Gaievski quando o convidou para assessorá-la em Brasília. O ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), marido da ainda ministra, recebeu um título de cidadão honorário de Realeza, em 2007, das mãos do próprio Gaievski.
 
O convite da ministra para que Gaievski fosse a Brasília para ser o manda-chuva da Casa Civil desmente essa tese. Em situações de normalidade, ninguém convida alguém para um cargo dessa importância e de confiança sem conhecer o convidado. Existem fortes rumores de que a verdadeira história da contratação do pedófilo está para ser conhecida. E pode surpreender muita gente!

17 de outubro de 2013
ucho.info

GLEISE HOFFMANN MOSTRA A VERDADEIRA FACE E USA A JUSTIÇA PARA INTIMIDAR E TENTAR CENSURAR

 

Não faz muito tempo, a presidente Dilma Rousseff disse que prefere o ruído da democracia ao silêncio do totalitarismo.
Se a presidente continua pensando desta forma não sei, mas certo é que à sua volta há quem acredita ser possível calar a imprensa por meio de um advogado avesso à democracia e que se presta ao papel pequeno de censor de aluguel.

Incomodada com as notícias que levam a minha assinatura, Gleisi Hoffmann recorreu à Justiça para tentar tirar do ar uma matéria que, assim como outras tantas que surgiram na mídia nacional, trata da decisão do governo petista de desestabilizar as Apaes, transferindo à rede pública de ensino, “preferencialmente”, a educação de crianças e adolescentes com necessidades especiais.
A ainda ministra da Casa Civil é pré-candidata do PT ao governo do Paraná e não quer ver sua imagem arranhada junto ao eleitorado do estado.

Se a preocupação de Gleisi é preservar a própria imagem, que redobre a atenção em relação aos seus atos como política, pois não me curvarei a qualquer intimidação, independentemente de quem ouse assumir a versão tropical de Don Tomás de Torquemada, o inquisidor.

Na ação judicial, a ministra, por intermédio de seu preposto, cita que estou a serviço de partidos políticos que fazem oposição ao governo do PT. Diferentemente do que afirma a ainda ministra, a régua que mede os jornalistas amestrados pelo Palácio do Planalto não serve para auferir o meu trabalho, respeitado e admirado cada vez mais, o que explica a preocupação crescente da esquerda nacional. Assim como não confere a ilustres desconhecidos o direito de acionarem a cantilena embusteira e rançosa do Estado de exceção para calar a minha voz.

Afirma o advogado de Gleisi Hoffmann que faço parte de uma “milícia virtual”, sendo que meu interesse “é atacar adversários – leia-se, mais precisamente, os filiados ao Partido dos Trabalhadores integrantes do alto escalão do Governo Federal”.
Que este senhor prove o que afirma, pois do contrário a contenda judicial sofrerá um revés, podendo tornar-se ainda maior e mais ruidosa do que se espera. Estaria o rábula de plantão a engrossar a horda dos que creem que o ônus da prova cabe ao acusado, não ao acusador? Ledo engano desse cidadão que, desconheço os motivos, sai em defesa de um partido que circula pelas vielas da impunidade exalando o perfume de Al Capone.

Pelo que sei, o Brasil ainda é uma democracia e a Constituição Federal garante, de forma tácita e cristalina, a livre manifestação do pensamento. E tal direito exercerei em sua plenitude até o fim da minha existência, sem me deixar intimidar por qualquer ser que faz da proximidade com o poder a senha para ataques descabidos.
De tal modo, deveria saber o tal senhor que defende a ainda ministra que não há no País lei que proíba qualquer cidadão de discordar do Partido dos Trabalhadores ou do Governo Federal.
Da mesma forma não existe previsão legal, pelo menos por enquanto, que limite a quantidade de críticas aos donos do poder. Sendo assim, continuarei a exercer com responsabilidade e firmeza de opinião o ofício que escolhi e ao qual me dedico de maneira incansável para tentar livrar o Brasil das mãos que sustentam a incompetência e alisam a cabeça dos corruptos.

Causa estranheza, contudo, o fato de o advogado que defende a ainda ministra afirmar que causo inveja a contraventores apenas porque respondo a processos. Se essa é a baliza usada por alguém que desconhece o preceito constitucional da presunção da inocência – deveria saber, pois trata-se de uma das básicas garantias constitucionais – que assuma a sua postura inquisitória, mesmo que de aluguel seja, e exija a prisão imediata dos filiados ao Partido dos Trabalhadores que protagonizaram o Mensalão, o maior escândalo de corrupção da história nacional.
Ou será que recursos e trânsito em julgado de sentenças eventualmente condenatórias são prerrogativas de petistas ilustres?
É de se estranhar a postura bisonha e dual de um operador do Direito que sai a defender, estabanadamente, um partido político que a história recente provou sua vocação quadrilheira. Se a Justiça assim não quer enxergar, pois em algumas de suas instâncias as interpretações da lei se dão de acordo com a necessidade da clientela, o problema então é outro.

O Brasil caminha perigosamente na direção do totalitarismo, mesmo que de forma disfarçada, mas ainda é cedo para que alguns cidadãos adentrem à cena do cotidiano como verdadeiros carrascos de Treblinka e Dachau, querendo exterminar o direito da livre manifestação, apesar de na ação judicial em questão querer mostrar o contrário, o que cria antíteses conceituais e interpretativas.

Atesta a sabedoria popular que ninguém chuta cachorro morto. E se assim o fazem é porque estou a incomodar os que se encastelaram no poder. Para que fique clara a minha postura como jornalista, destaco, como faço em reiteradas ocasiões, citação do brilhante antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, que deveria ser fonte de inspiração para todos os brasileiros de bem e que ainda não foram abduzidos pela milionária e enganosa propaganda oficial.
“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca”.
Continuarei me indignando, porque esse é um direito nato de qualquer ser humano com massa cinzenta em pleno funcionamento, sem jamais resignar-me diante dos fatos que corroem diuturnamente o País. Se a censura retornou ao palco do cotidiano, sem qualquer prévio aviso, que os incomodados se valham da truculência camuflada que brota da referida ação judicial para calar-me.

Alega o procurador da ainda chefe da Casa Civil que, nas últimas semanas, muitas foram as matérias jornalísticas, de minha lavra, desfavoráveis à petista, mas é preciso lembrar que em momento algum coube-me a iniciativa de indicar um pedófilo para trabalhar a poucos metros da presidente da República. Não foi minha, mas, sim, da ainda ministra Gleisi Hoffmann, a decisão de levar para a Casa Civil um delinquente sexual que há mais de três anos responde a dezenas de processos por estupro de vulneráveis, sendo que o número de vítimas, em sua extensa maioria meninas menores de idade, pode chegar às centenas.
Sendo assim, o tal advogado deve medir suas palavras ao dirigir-se à minha pessoa, pois ao mesmo caberá provar as calúnias que me dedica.

Outrossim, sugiro ao mesmo que desvencilhe-se do palavrório oportunista, pois uma coisa é requerer o direito de resposta, o qual sempre concedi de chofre, sem a necessidade de interveniência judicial, por entender tratar-se de prerrogativa daquele que se sente prejudicado por essa ou aquela matéria; outra é valer-se de rapapés para impressionar o magistrado que preside uma causa marcada muito mais por acusações descabidas do que pelo objetivo que a suscitou.

Tentam, a ainda ministra e seu defensor, dar ar de ilegalidade ao fato de manter um domínio eletrônico registrado no exterior, quando ilegal é movimentar dinheiro escuso em conta bancária aberta em paraíso fiscal, como aconteceu com o partido da autora no caso do pagamento de parte dos honorários do então marqueteiro da legenda.

A ainda ministra colhe os negativos dividendos da decisão de instalar na Casa Civil um pedófilo serial e conhecido, mas usar a questão das Apaes como subterfúgio para me calar é falta de imaginação. Na ação judicial, o defensor da autora exibe o ziguezaguear do seu pensamento jurídico, uma vez que cita, em dado trecho, o termo “notícia séria”, para em outro destacar “exagero doloso na manipulação da informação”. Que alguém ouse levantar a voz para, dedo em riste, acusar-me de exercer o jornalismo de maneira dolosa. Se dolo há na contenda, este manifesta-se de maneira inequívoca no escopo do projeto do Executivo federal que busca transferir à rede pública de ensino a educação dos portadores de necessidades especiais.

O dolo a que me refiro é tamanho, que um dos mais conhecidos veículos da grande imprensa nacional, o jornal “Folha de S. Paulo”, publicou notícias de teor semelhante acerca da tentativa oficial de desestabilização do valioso e sempre necessário trabalho das Apaes. O tema, que na estrutura do governo é de responsabilidade também da Casa Civil, provocou tanta perplexidade, que o respeitável senador Pedro Simon posicionou-se contra o projeto do Executivo, não sem antes defender com firmeza as Apaes. De maneira idêntica posicionou-se o deputado federal Romário de Souza Faria, que em contundente e revelador discurso no plenário da Câmara criticou a proposta do governo federal.

Disse certa feita o ex-deputado Ulysses Guimarães: “A censura é a inimiga feroz da verdade. É o horror à inteligência, à pesquisa, ao debate, ao diálogo. Decreta a revogação do dogma da falibilidade humana e proclama os proprietários da verdade”.

Não sou o dono da verdade e nem mesmo tenho a pretensão de sê-lo, mas não aceitarei que seja deflagrada uma onda de horror ao meu raciocínio, especialmente por alguém que tem dificuldades para reconhecer a própria falibilidade, assim como não se contenta com a conhecida insignificância existencial. Desde já, e como sempre, estou aberto e pronto ao bom e democrático debate, sem chicanas de botequim, concedendo de imediato o devido direito de resposta à ainda ministra, independentemente de eventual determinação por parte do juízo.

17 de outubro de 2013
Ucho Haddad é jornalista político e investigativo, analista e comentarista político, cronista esportivo, escritor e poeta.

MUITO ESTRANHO

Chineses devem controlar Campo de Libra, denuncia Caiado, mas já se fala em crime de lesa-pátria

Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO) alertou nesta quinta-feira (17) que há indicativo de que o Campo de Libra será controlado pela empresa de petróleo do governo chinês, após leilão programado para a próxima segunda-feira, 21 de outubro.

O Campo de Libra foi classificado com maior potencial de extração de petróleo da camada pré-sal, com estimativa de 10 bilhões de barris. Em discurso no plenário, o parlamentar mostrou que a falta de interesse das empresas privadas na exploração do campo, o aporte inicial de R$ 10 bilhões da petroleira da China e os problemas de caixa da Petrobras indicam que o controle de Libra deve passar para as mãos chinesas.
 
Caiado explicou que ao impor a regra de que a empresa brasileira deve ter 30% de participação no campo, o governo desestimulou a entrada do setor privado. Por outro lado, a Petrobras – que acumula dívidas de R$ 176 bilhões e está com a produção de petróleo estagnada desde 2009 – está sem condições de investir em Libra.

“O acerto que vai acontecer é o seguinte. Na segunda-feira, vem a estatal chinesa que já aportou R$ 10 bilhões, e está recendo em petróleo, e que vai injetar bilhões por trás para que a Petrobras mostre que tem 30% do campo. A empresa chinesa vai colocar R$ 4,5 bilhões só no bônus de assinatura. A Petrobras não tem esse dinheiro.

Depois o que eles vão dizer: nós vamos arcar com todo o aporte financeiro para poder também fazer a exploração do campo de Libra. Vocês sabem qual é o valor aproximado para trabalhar Libra? Significa o investimento de R$ 200 bilhões a R$ 300 bilhões, de 12 a 13 plataformas.

Isso, sem dúvida nenhuma, a Petrobras vai receber dessa estatal chinesa que está comprando no mundo todo e passou a ser a segunda maior consumidora de petróleo no mundo depois dos Estados Unidos. Com isso, eles vão ter quase que o controle completo de Libra. Toda essa produção de Libra a Petrobras estará pagando ao governo chinês”, analisou o deputado.
 
O democrata reiterou que a empresa brasileira está na contramão do princípio da lei aprovada no Congresso para a partilha do pré-sal. Pela norma, a participação da estatal na exploração tinha a finalidade de proteger áreas estratégicas para o País, caso do campo de Libra.

No entanto, denuncia Caiado, a interferência política e o mau gerenciamento da empresa estão levando o governo brasileiro a entregar o maior campo do pré-sal para o governo chinês. A situação caótica da estatal nacional se agravou com o controle do preço da gasolina para maquiar um processo inflacionário no Brasil.
“A Petrobras deveria estar entre as primeiras do mundo e está perdendo até para a petroleira colombiana para vocês terem uma ideia da péssima gestão e dos desvios e escândalos junto àquela estatal brasileira. Ou seja, levaram a Petrobras ao colapso total e até a dependência direta da vontade dos chineses. A Petrobras hoje é mais chinesa que brasileira”, pontuou.

Crime de lesa-pátria

“Caso o leilão do campo de Libra ocorra na próxima segunda será um crime de lesa-pátria”. A declaração é do presidente da Frente Parlamentar do Pré-sal no Congresso Nacional, deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS).

De acordo com o parlamentar, o edital é inconsistente tecnicamente, além de não defender os verdadeiros interesses do povo brasileiro, pois pode repassar à União valores menores do que os recebidos atualmente, inclusive abaixo dos previstos na Lei do Petróleo de 1997, que é tão criticada.

“A própria medida cautelar da ministra Carmen Lúcia, do STF, que suspende as regras de distribuição dos royalties no regime da partilha, sob a alegação de quebra de contrato, inviabiliza a realização do leilão. Nessa lógica, não se pode realizar um leilão sem uma regra vigente de distribuição”, completou Alceu Moreira.

17 de outubro de 2013
ucho.info

PENTE FINO

Líder do PPS na Câmara pede que TCU apure fraudes no programa Bolsa Família

Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) apresentou nesta quinta-feira (17) Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) para que o Tribunal de Contas da União promova uma auditoria contábil, financeira, orçamentária e operacional no programa Bolsa Família.
A iniciativa foi tomada após uma série de denúncias de fraudes denunciadas pela imprensa.
Entre as irregularidades reveladas, o deputado cita matéria do jornal O Globo que identificou que 2.168 políticos eleitos em 2012, a maioria vereadores, recebiam o benefício social.

“Não é possível que um programa que é considerado a vitrine do governo do PT tenha se transformado numa peneira por onde passam todos os tipos de fraudes. Esse é apenas um caso e acreditamos que a situação pode ser ainda mais grave. Por isso a necessidade de uma apuração com a ajuda da equipe técnica do TCU”, defende Rubens Bueno.

Em seu pedido, protocolado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, o líder do PPS argumenta ainda que, pelo que revelam as reportagens veiculadas pela imprensa, nem os critérios básicos para ingresso no programa estão sendo seguidos.

Para receber o benefício, a renda per capita familiar deve ser de até R$ 140 e as famílias precisam possuir crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos. “Parece-me estranho que alguém eleito vereador se encaixe num critério desses”, questiona o parlamentar.
Hoje, recebem o Bolsa Família cerca de 16 milhões de brasileiros. Para 2013, o gasto previsto com o programa é de R$ 23,9 bilhões.

17 de outubro de 2013
ucho.info

"PARA O PRESIDENTE LULA, O QUE É DELE, É DELE, E O QUE É DOS OUTROS, PODE SER DIVIDIDO". (JACQUES CHIRAC)

Diálogo entre um militante xiita do PT e um dirigente:

- Se você tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - respondeu o militante.

- E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - novamente respondeu o valoroso militante.

- E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?

- É claro que doaria - respondeu o orgulhoso companheiro.

- E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?

- Não - respondeu o camarada.

- Mas porque você doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?

- Porque as galinhas eu tenho.
 
17 de outubro de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
17 de outubro de 2013


LULA NA REDE


 Estava demorando. Lula não é de brincadeira. É uma cabeça privilegiada. Não sabia ler, aprendeu o ABC e a fazer conta de somar e multiplicar, para ser um dos maiores palestrantes da Terra. Não sabia nada de governar, deram-lhe um Palácio e olha só: em oito anos criou o Brasil da Silva. Lula não sabia nada de computadores, teve duas aulinhas rápidas e já descobriu que o futuro das comunicações está nas redes sociais.

Prepare-se, a sua liberdade de expressão está próxima, muito próxima, de pertencer à grande rede social que já começa a nascer do gênio lulático.

Se você tem estômago forte entre lá na página do Lula no Facebook e no site do PT que ele mandou alguém escrever um recado que não deixa a menor dúvida: Lula virtual vem aí! Veja o recado dele: "Não devemos ficar apenas reclamando que não temos espaço em outras mídias. Vamos utilizar essa ferramenta fantástica que é a internet para falar do nosso projeto, mostrar o que já fizemos e, claro, ouvir críticas, sugestões e questionamentos".

E depois de falar da importância das mídias sociais "para divulgar o que não aparece em outros lugares" e de cutucar a mídia tradicional, o recado de Lula pega tons de ameaça: "Nós temos que estar presentes também nesse espaço". Lula falou; tá falado.


17 de outubro de 2013
sanatório da notícia

ALAGOANOS E MARANHENSES

Alagoanos e Maranhenses por que vocês ocupam os ultimos lugares no IDH de nosso país? Leiam no final os possíveis motivos!

Ranking IDHM Unidades da Federação 2010

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/Ranking-IDHM-UF-2010.aspx

Ranking IDHM 2010Unidade da
Federação
IDHM 2010IDHM
Renda
2010
IDHM Longevidade 2010IDHM Educação 2010
1 ºDistrito Federal0,8240,8630,8730,742
2 ºSão Paulo0,7830,7890,8450,719
3 ºSanta Catarina0,7740,7730,8600,697
4 ºRio de Janeiro0,7610,7820,8350,675
5 ºParaná0,7490,7570,8300,668
6 ºRio Grande do Sul0,7460,7690,8400,642
7 ºEspírito Santo0,7400,7430,8350,653
8 ºGoiás0,7350,7420,8270,646
9 ºMinas Gerais0,7310,7300,8380,638
10 ºMato Grosso do Sul0,7290,7400,8330,629
11 ºMato Grosso0,7250,7320,8210,635
12 ºAmapá0,7080,6940,8130,629
13 ºRoraima0,7070,6950,8090,628
14 ºTocantins0,6990,6900,7930,624
15 ºRondônia0,6900,7120,8000,577
16 ºRio Grande do Norte0,6840,6780,7920,597
17 ºCeará0,6820,6510,7930,615
18 ºAmazonas0,6740,6770,8050,561
19 ºPernambuco0,6730,6730,7890,574
20 ºSergipe0,6650,6720,7810,560
21 ºAcre0,6630,6710,7770,559
22 ºBahia0,6600,6630,7830,555
23 ºParaíba0,6580,6560,7830,555
24 ºPiauí0,6460,6350,7770,547
24 ºPará0,6460,6460,7890,528
26 ºMaranhão0,6390,6120,7570,562
27 ºAlagoas0,6310,6410,7550,520

ALAGOANOS E MARANHENSES DIVULGUEM: Lista de deputados e senadores com pendências no Supremo Tribunal Federal

A relação abaixo traz os nomes dos senadores e deputados federais que, segundo levantamento feito pela Revista Congresso em Foco entre 13 de junho e 14 de agosto de 2013, respondiam a acusações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF). Todos os parlamentares foram procurados, mas nem todos prestaram esclarecimentos. Veja quem são os parlamentares acusados, quais são as acusações e a íntegra de suas explicações.
 
Senadores
 
Fernando Collor (PTB-AL)
Lobão Filho (PMDB-MA)
Renan Calheiros (PMDB-AL)

Deputados
 
Arthur Lira (PP-AL)
Cleber Verde (PRB-MA)
Francisco Escórcio (PMDB-MA)
Francisco Tenório (PMN-AL)
João Lyra (PSD-AL)
Maurício Quintella Lessa (PR-AL)
Pedro Novais (PMDB-MA)
Renan Filho (PMDB-AL)
Weverton Rocha (PDT-MA)
Zé Vieira (PR-MA)

UMA GRANDE GESTORA!

Orgânicos: Dilma destina quase R$ 3 bilhões/ano para um setor que fatura menos de R$ 2 bilhões anuais. Que gestora, hein?
supremas-alimentação-alimentos-nutritivos-orgânicos-biológicos-saudáveis-sem-pesticida-fertilizantes-normais
 
Segundo o jornal Valor Econômico de 14 de maio, o mercado brasileiro de alimentos e produtos orgânicos faturou R$ 1,5 bilhão no ano passado, sendo que praticamente um terço deste montante é representado pelas exportações brasileiras no período, segundo estimativas realizadas pelo Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD). A expectativa da entidade é que o setor atinja R$ 2 bilhões em 2014, dado que o mercado de orgânicos vem crescendo de forma significativa, seguindo a tendência dos consumidores em busca de produtos saudáveis e seguros.
 
Segundo o Blog do Planalto, o Plano Brasil Ecológico terá, em três anos, investimentos de R$ 8,8 bilhões para ações de incentivo ao cultivo de alimentos orgânicos. O anúncio foi feito pela presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (17), que destacou a mudança de consciência sobre a importância da agroecologia, e do acesso e proteção aos alimentos e à água.
 
“Nosso país tem dado passos significativos na construção de um padrão de desenvolvimento sustentável. É possível um país crescer, que esse país que cresce distribua renda e inclua, e seja um país que conserva e protege o meio ambiente. É possível produzir com qualidade alimentos orgânicos da agroecologia”, destacou a grande gestora Dilma Rousseff.
 
Nunca na história da Economia do Planeta Terra alguém destinou em investimentos públicos 50% mais do que o total do mercado. De tudo o que se produz. De tudo o que se vende. E para desenvolver produtos que custam no mínimo o dobro dos alimentos tradicionais, sem vantagem comprovada nenhuma, segundo artigos científicos publicados no mundo inteiro. É uma absoluta burrice. É um enorme contrasenso. Só pode ser politicagem das mais baratas e eleitoreiras. Essa Presidente ainda vai quebrar o Brasil antes da eleição.
 
17 de outubro de 2013
in coroneLeaks

O GOVERNO REPETE MODELO DE GEISEL - DIZ ARMINIO


 
Arminio Fraga, sócio fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central, vê uma "certa tensão no ar" causada pelo modelo de flexibilização da política eco-nômiça que vem sendo segui; do desde o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Arminio, o governo deu recentemente sinais tímidos de reversão pardal desse modelo, especialmente na política do Banco Central, mas que ainda estão longe de apontar para um caminho mais seguro para a economia brasileira.

Em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estadao ele lembra que ajustes geralmente não ocorrem em anos de eleição, mas o próprio temor do custo eleitoral da inflação, por parte do governo, "alinha os incentivos políticos e econômicos".

Em contato constante com o presidenciável tucano Aécio Neves, Arminio não descarta participar do governo, embora ressalve que esse é um assunto a ser tratado com o candidato, e não com ele, O ex-presidente do BC também manifestou simpatia pelas ideias da dupla Eduardo Campos e Marina Silva.

Arminio acha que o adiamento do "tapering" (a redução graduai do programa de compra de títulos de longo prazo pelo Federal Reserve, o banco americano) foi uma "postergação do encontro com a realidade", e alerta que a expectativa sobre a normalização da política monetária é de que "não ocorra de forma totalmente suave". Ele lembra que o Brasil, com  déficit em conta corrente, alta inflação e questionamentos sobre a condução fiscal, está particularmente vulnerável,
* A situação brasileira ficou mais tranquila com a decisão do Fed demão começar o "tapering" em setembro?

Isso só vai adiar o momento em que a política monetária americana e em vários outros países vai voltar à normalidade. São anos de juro zero, com os bancos centrais comprando títulos e, de certa maneira, avançando num território muito desconhecido, de políticas não convencionais. Esse ambiente de alta liquidez, os bancos centrais com essa posição muito assimétrica, sempre com viés de injetar liquidez, o quanto for necessário - tudo isso vai ficar para trás. A expectativa é de que isso não ocorra de forma totalmente suave, e essa expectativa continua. Houve uma postergação desse encontro com a realidade.

* Por que o Fed adiou o "tapering"?

Foi motivado pelos próprios dados, a inflação americana continua muito baixa. Nos últimos três anos, o Fed projetou um crescimento do PIB mais alto do que acabou acontecendo. Eles estão de fato querendo sair dessa política de juro zero com muito cuidado. Mas não significa que não vão, em algum momento, mudar.

* Mas a conjuntura brasileira parece melhor do que em meados do ano?
Aqui no Brasil, a sensação de frustração com crescimento baixo e inflação alta é grande, e também não desapareceu. Há alguns sinais aqui e ali, mas nada que represente uma mudança mais radical na direção de um crescimento mais alto e de uma inflação mais baixa.

* Como o sr. avalia a atuação recente do Banco Central?

O Banco Central vem cumprindo o seu papel de apertar a política monetária, após um período longo de inflação acima da meta. Não só acima da meta, como também uma inflação que vem se beneficiando" de controles de preços, como os combustíveis e as tarifas de transporte urbano - e também de subsídios. A inflação subjacente deve ter andado por um tempo acima de 7%. É bom que o Banco Central tenha vol; tado para as suas raízes, de:. pois de um período difícil para a instituição.

* O sr. acha que esse retorno do BC a uma posição mais ortodoxa indica uma mudança mais geral da orientação da política econômica?

Ao longo desses meses, até antes das manifestações, o governo anunciou que voltaria a leiloar aeroportos e áreas de petróleo. E reconheceu também que precisava revisar os termos das concessões rodoviárias e ferroviárias, contribuiu para a aprovação de unia nova Lei dos Portos, e assim por diante. Então o governo sinalizou mudança de posição nessas áreas. Mas são sinais ainda preliminares, e há muitos desafios, tanto de formulação quanto de execução. Eu não diria que foram sinais fortes. E vem misturado com muito do modelo que já vem desde o segundo mandato do presidente Lula. Já são vários anos desse modelo.

* Quais os problemas desse modelo?

O governo continua, até prova do contrário, com uma postura geral muito fechada, antiquada. Repetindo muita coisa que a gente já viveu, principalmente nos anos 70, no governo GeiseL Um modelo com foco nas estatais, e com a economia bastante fechada. Não levo fé nesse governo como fórmula para o nosso sucesso a longo prazo. Ao contrário, acho que, se não for modificado, vai nos dar dor de cabeça.

* O sr. poderia dar exemplos concretos de como esse modelo se aplica hoje no Brasil?

uma ênfase muito grande no papel dos bancos públicos, E também muita ênfase na Petrobrás - curiosamente, no mesmo momento em que a Petrobrás tem de assumir uma responsabilidade muito grande no setor, asfixiou o seu caixa. O crescimento do crédito, tanto público quanto privado, traz problemas, aqui, na China, nos Estados Unidos. Pode dar alguma ressaca mais na frente. Eu não discrimino entre público e privado, o setor privado também fez as maiores loucuras e bobagens em termos de crédito nos últimos anos. Qualquer movimento de crescimento de crédito muito acelerado tem de ser encarado com bastante receio. É o caso aqui.

* Como o sr. vê a posição externa do Brasil?

Caminhamos para um déficit em conta corrente de quase 4% do PIB num momento em que o financiamento pode ficar mais escasso. É um quadro ainda bastante delicado. O Bernanke (Ben Bernanke, presidente do Fed) tirou o time do campo em setembro, mas os fatos mais adiante vão exigir a normalização da política monetária americana. Nesse momento, os países que dependem mais de financiamento, que têm déficit em conta corrente e inflação alta, vão sentir. A gente está exatamente nessa situação, e, inclusive, com nossa situação fiscal sendo questionada.

* Qual a sua opinião sobre a política fiscal hoje?

Acredito que a meta de superávit primário deveria ser superior a 2% do PIB. O Brasil tem uma dívida bruta de 60% do PIB, até mais, dependendo do critério que se usa. Nossa dívida é alta, nosso juro real é alto, nossa dívida de longo prazo paga um juro real de 5,8%, as NTN-B de prazo mais longo. É muito alto. Temos de ter um modelo macro que crie condições para que essa taxa de juros possa cair, de forma sustentável. Não é um ato de volunta-rismo que vai gerar isso. É uma sequência de resultados, reforçados por defesas instituI cionais, que vai nos levar a um juro real normal, de 2%, 3% ao ano de longo prazo.

* Recentemente, Nelson Barbosas ex-secretário executivo da Fazenda, sugeriu um intervalo de meta de superávit primário. O que o sr. acha da proposta?

muitos anos defendo que se mantenha um superávit primário relativamente elevado para padrões globais, talvez algo em torno de 3% do PIB, mas que haja algum espaço para acomodar o ciclo, não tanto do lado da despesa - embora isso também possa ser usado em momentos mais extremos, até deva—, mas sim pelo lado da receita, os chamados estabilizadores automáticos. Então, você fez uma projeção bem feita para ter um primário de 3% do PIB com a economia crescendo 3%. Se ela crescer 5%, seu primário vai ser maior, e você não gasta de maneira pró-cíclica. E o mesmo, claro, ocorre na outra direção. Mas acho que o governo deveria ter uma meta, um número fixo, com flexibiiidade para ficar acima ou abaixo de acordo com a realidade do ciclo econômico.

* E a proposta de reduzir o custo da dívida dos Estados?

É bastante controversa num momento como este. Na minha leitura, pode ser uma chance perdida de se reformar para valer o ICMS. Isso seria uma ficha de barganha muito boa, que dá uma ceita margem para acomodar perdas e pressões e viabilizar a reforma. Temos de deixar de ter uma enciclopédia de IGMvS por Estado para ter um livrinho para o País todo.

* O sr. acha que o Brasil pode enfrentar turbulências à frente? 2014 é um ano eleitoral...

uma certa tensão no ar. O spread da dívida aumentou. Há um receio de que esse processo continue se não houver uma reversão nessa trajetória de flexibilização da política macro. Isso, historicamente, não só no Brasil, mas em toda a parte, não tende a ocorrer em ano de eleição. A reversão dessa flexibilização pode ficar prejudicada por um ano de eleição. Por outro lado, é claro que o governo entende que, se for chegando perto da data das eleições, e a inflação estiver incomodando, ele vai pagar um preço. Nesse sentido, os incentivos políticos estão alinhados com os econômicos. Quer dizer, não é um terreno muito ra-cil para populismo. Outro aspecto é que, curiosamente, e ao contrário de 2002, ha uma expectativa de que, se a oposição ganhar, a política econômica melhore.
Por falar nisso, o sr. tem estreitos contatos com o candidato tucano, Aécio Neves.

Tenho conversado bastante com o Aécio. Não vejo o meu papel como de campanha, mas se puder ajudar, eu pretendo fazê-lo.
* As ideias dele convergem com as que o sr. expos nesta entrevista?

Acho que sim, mas não tenho procuração para falar pelo Aécio. Mais do que essas ideias, ele tem experiência de governo extraordinária em Minas, de acreditar em boa gestão, em meritocracia, na eficiência do Estado. Isso é fundamental, porque mostra que não só faz pane da maneira como ele pensa, mas é a maneira como agiu.
* O sr. cogitaria uma participação no governo caso Aécio ganhasse?

Não está na hora de se ter esse tipo de discussão. Eu já participei duas vezes de governo, não posso descartar, de jeito nenhum. Mas é um tema que tem de ser discutido com o Aécio, não comigo.
* O que o sr. acha da união da candidatura de Eduardo Campos e Marina Silva?

Estou começando a acompanhar mais de perto as declarações do governador Eduardo Campos. Ele tem o crédito de ter feito um bom governo em Pernambuco, embora eu não conheca os detalhes. O caso da Marina é interessante. Está se assessorando com economistas como Eduardo Gianetti e André Lara Resende, o que, a meu ver, dá um sinal muito positivo.

O Estado de São Paulo
17 de outubro de 2013