"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

NO EMBALO DA "ENGANAÇÃO" 2014 II: OBRAS DE MENTIRINHA


 
Em mais um ato de sua caravana eleitoral em tempo integral, Dilma Rousseff passou ontem pela Bahia. Lá inaugurou mais um empreendimento carimbado com as marcas típicas do PT: o improviso e a empulhação. A presidente entregou a famílias baianas mais um conjunto habitacional inacabado. Nada muito diferente das obras de mentirinha que seu governo tem feito por aí.

Dilma foi a Vitória da Conquista entregar 1.740 moradias do Minha Casa, Minha Vida. Mas a maior parte delas não tem luz, nem água ou rede de esgoto. "Beneficiários passam as noites a luz de velas, usam baldes com água trazida de outros locais e contam com ajuda de vizinhos que já têm água ou energia em casa", descreve a
Folha de S.Paulo. Será esta a condição de vida que a petista defende para os brasileiros?
O padrão meia-boca é encontrado em quase tudo o que as gestões petistas fazem. Há muita energia e oba-oba dedicados a propagandear e macaquear as supostas realizações, mas pouca dedicação em fazer bem feito as obras, os programas e as ações necessários para melhorar as condições em que os cidadãos brasileiros vivem.
É extenso o rol de obras inacabadas que o governo petista teima em inaugurar, iludindo a população. Só a ferrovia Norte-Sul já teve fita cortada oito vezes, sem ver, porém, nenhum trem cortar toda a sua extensão. Falar das delongas na transposição das águas do rio São Francisco e seus canais de concreto esturricados pelo sol ou na construção da ferrovia Transnordestina já virou até covardia...

A própria agenda de eventos que preenchem o dia a dia de Dilma revela a timidez de suas realizações. Sem ter obras ou projeto de maior vulto para apresentar à população, a presidente fica pulando de estado em estado entregando retroescavadeiras e máquinas para prefeitos ou diplomando alunos de cursos técnicos. Oferece no varejo o que não tem em estoque no atacado.
Em sua edição desta semana, a revista Exame mostra que o padrão meia-boca é 
a norma e não a exceção no governo do PT.

Em 2012, cita a reportagem, o TCU fiscalizou 200 obras federais e, entre elas, identificou apenas nove que não mereceram nenhuma ressalva. Em todas as demais, os técnicos encontraram mais de 700 tipos de irregularidades, sendo as mais comuns o sobrepreço ou superfaturamento e os erros de projetos.

Na mesma cerimônia de ontem no interior da Bahia, Dilma comparou o Minha Casa, Minha Vida ao programa Mais Médicos, outro dos ilusionismos do PT. "A ideia é a mesma do Minha Casa, Minha Vida. (...) O povo precisa de moradia, então tem de ter moradia. O povo precisa de médico, então tem de ter médico", disse ela, segundo
O Estado de S.Paulo.
Mesmo sem querer, Dilma acabou mostrando que o programa destinado a levar médicos - principalmente estrangeiros - a rincões e periferias dos grandes centros também traz a marca do improviso, com pouca preocupação em resolver, de fato, os problemas de atendimento de saúde deficiente que os brasileiros enfrentam no seu dia a dia.

Da mesma forma que beneficiários do Minha Casa acabam tendo que morar em casas no escuro, sem água e seu ligação a redes de esgotos, pacientes do Mais Médicos têm de se virar com profissionais placebo, que até criam um efeito psicológico positivo e aliviam o desespero de quem precisa da medicina, mas não curam...

Com a viagem de ontem à Bahia, a presidente completou 51 dos 288 dias transcorridos no ano até agora consumidos em deslocamentos pelo país, segundo cálculos da Folha. Somadas as muitas viagens dela ao exterior no período, conclui-se com facilidade que governar não é bem o ponto forte de Dilma. Por que, diabos, ela quer ficar mais quatro anos no Palácio do Planalto? Pelo padrão das obras e realizações que tem entregado aos brasileiros até agora é que não pode ser.
ITV
17 de outubro de 2013

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