31 de outubro de 2013
Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
OS PETRALHAS DETESTAM OS POBRES
“Precisamos entender até que ponto a cultura de violência já vivida na periferia já emigrou para esse tipo de ação.”
Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, um safado que tem muito a explicar sobre o assassinato de Celso Daniel, evidenciando que os petralhas, muito, mas muito mesmo, ao contrário do que querem fazer passar, detestam os pobres, ao atribuir a selvageria dos black blocs a influências da “cultura de violência da periferia”.
Antes que algum petralha engraçadinho se arrogue no direito de questionar o que eu disse, eu recomendo aos raros não analfabetos funcionais que se encaixam nessa categoria que leiam o que disse o calhorda com a devida atenção.
A frase não deixa dúvidas: afirma peremptoriamente que a violência vem da periferia - lugar de pobres - e que nós (ou eles, o governo) apenas precisamos descobrir por que foi assimilada por vândalos de uma classe, digamos, mais prestigiada.
Acusação grave e espúria, como se não soubéssemos todos que esses filhos da puta estão a serviço do PT, pagos que são para tentar desacreditar as manifestações legítimas do povo.
Gilberto Carvalho é a escória. Está no último degrau da degradação moral que é capaz de atingir um ser humano.
31 de outubro de 2013
Ricardo Froes
SÓ FALTAVA ESSA: COTAS PARA PARLAMENTARES NEGROS!
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a reserva de vagas para parlamentares de origem negra na Câmara, nas Assembleias Legislativas nos estados e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Pela proposta, a fração de políticos negros “corresponderá a dois terços do percentual de pessoas que tenham se declarado pretas ou pardas no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, desde que o número de vagas não seja inferior a um quinto ou superior à metade do total de vagas. Em números, na Câmara dos Deputados essa cota significaria uma reserva de pelo menos 102 cadeiras para parlamentares negros. A cota, conforme o texto sugere, teria prazo de vinte anos, prorrogáveis pelo mesmo período. A matéria será analisada agora por uma comissão especial e, se aprovada pelo colegiado, seguirá para aval do plenário.
E eu que pensei que essa Comissão de Constituição e Justiça tinha uma meia dúzia de deputados. São 86 titulares e 70 suplentes, ou seja, foram necessários 156 picaretas para elaborar uma excrescência dessas! Mas o que esperar dessa comissão se ela é composta por figuras do calibre de João Paulo Cunha, José Genoíno, José Mentor, Ricardo Berzoini e, last but not least - pasmem -, Paulo Maluf? Três mensaleiros, um aloprado e um ladrão internacional.
Na verdade não há mesmo muita escolha entre os 513 deputados da Câmara Federal, já que a maioria responde a processos, sendo que alguns, “muitos alguns”, têm até coleção deles, mas, pensando bem, até que eles estão no lugar certo, só que do lado errado de uma comissão que se intitula “de Justiça”. Há muita intimidade entre esses picaretas e essa senhora cegueta...
Mas voltando ao assunto das cotas, independentemente de quem quer que tenha criado e aprovado mais esse absurdo, isso é apenas mais um resultado da tragédia que se abateu no Brasil desde que o primeiro idiota analfabeto comunista (tripla tautologia) pisou no Alvorada como presidente, trazendo a reboque as políticas de merda que seus asseclas o ajudaram a elaborar, entre elas a ideia de aumentar o analfabetismo e, por conseguinte, criar uma legião de cretinos para idolatrar um deus, feito à sua imagem e semelhança, Lula, Primeiro e Único (assim espero).
Eu nem vou entrar em detalhes sobre esse novo desatino, mas gostaria de lembrar que esse tipo de notícia - que é grave - só é digerido (e mal) por uma ínfima parcela da população, pelo pouco espaço dado pela imprensa, pela falta de interesse geral, pela cretinice coletiva incentivada pelo governo e, principalmente pelo fato de 72% da população não saber o que lê e nem decodificar o que ouve - se a notícia fosse escrita ou dita em aramaico, não faria a menor diferença.
É por isso que eu insisto em fazer inimigos e ex amigos ao tentar explicar, em português claro, o que se passa de verdade neste país, quando eles me vêm com um “mas” ou um “em compensação” em relação às minhas críticas aos petralhas e congêneres. Não há “mas”. Definitivamente não há nada que preste que tenha sido feito ou esteja por se fazer por esse governo de canalhas.
Como eu já disse antes, sou ateu, mas estou aprendendo a rezar. Já que não há solução humana possível e já que a oposição é feita de covardes, só me resta tentar encontrar e depois apelar para que Deus nos livre dessa praga de PT.
31 de outubro de 2013
Ricardo Froes
PEDOFILIA É CLASSIFICADA COMO "ORIENTAÇÃO SEXUAL PELA ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSICOLOGIA
Artigos - Movimento Revolucionário
A APA, que antes classificava a pedofilia como desordem, agora a classifica oficialmente como “orientação” ou “preferência sexual”.
Aos que consideravam alarmismo ou calúnia a tese de que o gayzismo abriria caminho para a pedofilia, aí está a resposta, dada pelos fatos.
Um anúncio chocante feito pela Associação de Psicologia Americana (APA) em sua mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais causou muita revolta entre organizações pró-família e muitos outros, pelo fato de que agora a APA está classificando a pedofilia como orientação ou preferência sexual em vez de desordem.Sandy Rios, especialista cultural e apresentadora de programa de entrevistas na rede de Rádio da Família Americana, fez uma declaração no nome da Associação da Família Americana em resposta à postura da APA sobre a pedofilia:
“Exatamente como a APA declarou a homossexualidade uma ‘orientação’ sob tremenda pressão dos ativistas homossexuais em meados da década de 1970, agora, sob pressão dos ativistas da pedofilia, declararam que o desejo de sexo com crianças é também uma ‘orientação.’ Não é difícil ver onde isso levará. Mais crianças se tornarão presas sexuais. A sanidade mental só voltará a esta cultura quando recuperarmos a verdade. Nem hoje nem nunca é aceitável que homens ou mulheres desejem sexo com crianças. Qualquer luta com isso deve pelo menos saber que é errado antes de poderem combater isso e buscar mudança.”
(Tradução de Julio Severo, da Revista Charisma: Pedophilia Officially Classified as Sexual Orientation by American Psychology Association)Cristãos revoltados após pedofilia ser oficialmente aceita como “opção sexual”Por Jarbas Aragão - Do GospelPrime.
Em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças. Desde 1886 ela era tratada como um caso de saúde pública.
A Associação Americana de Psiquiatria publicou, em 1952, em seu primeiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais, que a homossexualidade era uma desordem ou transtorno. Após anos de debate entre psiquiatras, em 1973 a Associação Americana de Psiquiatria retirou a opção sexual da lista de transtornos mentais. Pouco depois a Associação Americana de Psicologia adotou a mesma posição.
Esse foi o primeiro passo para que a Organização Mundial de Saúde acatasse essa decisão e mudasse sua situação na classificação internacional de doenças (CID). De lá para cá ativistas LGBT fizeram sucessivas investidas para que a questão gay fosse tratada apenas como “opção sexual”. No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia deixou de considerar a opção sexual como doença em 1985.
Na maioria dos países do mundo, grupos de cristãos tradicionais (evangélicos e católicos) sempre se opuseram a essa abordagem, classificando apenas como uma questão de “escolha” ou simplesmente “pecado”.
Em outubro de 2013, está começando uma nova guerra dos cristãos contra a questão do que é aceitável e inaceitável do ponto de vista médico. A Associação Americana de Psiquiatria acaba de mudar a classificação de pedofilia. De um transtorno, passou a ser uma orientação ou preferência sexual. A mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição (DSM-V). Trata-se de um manual para diagnóstico de doenças mentais. Ele é usado para definir como é feito o diagnóstico de transtornos mentais.
A pedofilia é definida na nova edição como “uma orientação sexual ou preferência sexual desprovido de consumação, enquanto o ‘distúrbio pedófilo’ é definido como uma compulsão e usado para caracterizar os indivíduos que usam assim a sua sexualidade”. O referencial são crianças com menos de 13 anos de idade.
Grupos cristãos estão se manifestando nos EUA, temendo que ocorra o mesmo processo que aconteceu com a homossexualidade, onde o primeiro passou foi justamente a mudança de classificação da Associação Americana de Psiquiatria.
Por outro lado, associações defensoras da pedofilia, como a B4U-ACT, aprovaram a medida. Paul Christiano, porta-voz do grupo afirma que ficará mais fácil distinguir quem sente atração sexual e quem comete a violência (configurando crime). Christiano, que é formado em psiquiatria, defende a “autonomia sexual” das crianças, e acredita que “mais educação sexual nas escolas iria ajudá-los a compreender melhor seus limites”.
Sandy Rios, da ONG evangélica Associação da Família Americana, disse em comunicado oficial: “Assim como a Associação Americana de Psiquiatria declarou a homossexualidade uma ‘orientação’ após uma tremenda pressão de ativistas homossexuais em meados dos anos 1970, agora, sob pressão dos ativistas pedófilos, declararam o desejo de fazer sexo com crianças também uma ‘orientação’. Não é difícil ver onde isso vai levar. Mais crianças se tornarão presas sexuais se não agirmos”.
No Brasil, em meio ao debate do Projeto de lei PLC 122, proposto pelo PT, o senador Magno Malta, declarou: “Se aprovarmos um projeto desses, de você ser criminoso por não aceitar a opção sexual de alguém, é como se você estivesse legalizando a pedofilia, o sadomasoquismo, a bestialidade… O advogado do pedófilo vai dizer, senhor juiz a opção sexual do meu cliente é criança de nove anos de idade. O juiz vai decidir como, se está escrito que é crime?”
Esta semana, nos EUA, o Dr. Gregory Popcak , do Instituto de Soluções Pastorais, organização católica dedicada a tratar, do ponto de vista da fé, questões relacionadas ao casamento e a família, alerta: “se chamarmos de ‘orientação’ algo que pode ser utilizado por algum grupo de defesa, acabaremos ouvindo que a pedofilia é “apenas mais uma expressão normal do desejo sexual, o que seria extremamente problemático”.
No início deste ano, um Tribunal Federal da Holanda aprovou a existência da Associação Martijn, defensora do sexo consensual entre crianças e adultos. O veredito oficial reconhece que o trabalho da associação é “contrário à ordem pública, mas não há uma ameaça de desintegração da sociedade”. (Com informações Charisma News e Women of Grace.)
31 de outubro de 2013
Jacob Stevens & Jarbas Aragão
O VIGARIOTA II - O RETORNO
Artigos - Cultura
Ou Bertone é um monstro de desatenção, incapaz de apreender o que lê no mesmo artigo que ele contesta, ou é um vigarista que pretende escamotear a seus leitores justamente a informação essencial que o desmente.
O sr. Bertone ficou mesmo abalado com o meu artigo “O Vigariota”. Ao tentar respondê-lo, ele se atrapalha tanto, até mesmo na simples leitura do texto, que se torna impossível não perceber o estado de medo e de ódio impotente em que escreveu seu arremedo pueril de contestação. Vamos novamente por amostragem:
Bertone: “Combater a desinformação, especialmente em questões históricas, é uma tarefa árdua, demanda tempo e muito esforço.”
OBS - Quem quer que use a palavra “desinformação” para rotular simplesmente alguma afirmativa que lhe pareça falsa ou errada, mostra apenas que não sabe o que é desinformação. Essa palavra é um termo técnico que designa um tipo específico de “medidas ativas”, operações complexas de um serviço de inteligência. O pressuposto da desinformação é a infiltração. Uma informação falsa prejudicial a um adversário só é desinformação quando veiculada não por órgãos hostis, mas por fontes que sejam da confiança desse adversário. Se eu quisesse espalhar uma informação falsa contra os comunistas, ela só seria desinformação se publicada no Vermelho.org ou órgão similar. O sr. Bertone, por exemplo, mente como um vendedor de anáguas, mas não pratica nenhuma desinformação. Para fazê-lo, precisaria ter acesso a órgãos de mídia que fossem da confiança do público conservador, mas, que eu saiba, ele não tem acesso a coisa nenhuma fora do seu próprio site.
OBS - Quem quer que use a palavra “desinformação” para rotular simplesmente alguma afirmativa que lhe pareça falsa ou errada, mostra apenas que não sabe o que é desinformação. Essa palavra é um termo técnico que designa um tipo específico de “medidas ativas”, operações complexas de um serviço de inteligência. O pressuposto da desinformação é a infiltração. Uma informação falsa prejudicial a um adversário só é desinformação quando veiculada não por órgãos hostis, mas por fontes que sejam da confiança desse adversário. Se eu quisesse espalhar uma informação falsa contra os comunistas, ela só seria desinformação se publicada no Vermelho.org ou órgão similar. O sr. Bertone, por exemplo, mente como um vendedor de anáguas, mas não pratica nenhuma desinformação. Para fazê-lo, precisaria ter acesso a órgãos de mídia que fossem da confiança do público conservador, mas, que eu saiba, ele não tem acesso a coisa nenhuma fora do seu próprio site.
Bertone: “A história é um campo permanente de disputa, permeada por tentativas de silenciamento da memória em nome da legitimação de uma hegemonia.”
OBS - Lágrimas de crocodilo. A proclamação da influência americana no golpe é doutrina oficial impressa em milhares de livros e repassada como matéria obrigatória em todas as escolas do Brasil. A memória que tem sido silenciada é justamente a daqueles que contradizem a doutrina oficial. Quantos livros circulam DESMENTINDO essa versão? E quantos reforçando-a?
Bertone: “Ele inicia me chamando de insignificante e não dedica menos do que sete páginas (com promessa de continuação) a refutar algumas de minhas colocações, além de vários posts enfezados atacando minha pessoa no facebook. Se considero alguém insignificante não dedico meu tempo a escrever textos refutando suas críticas; essa é a primeira questão lógica que leva o idoso jornalista a entrar em contradição logo no começo do texto.”
OBS - Questão lógica? Contradição? TODOS os meus leitores sabem que jamais recusei respostas a quem quer que fosse em razão de considerá-lo insignificante. (O pior é que logo no começo do artigo eu menciono isso. O Bertone estava nervoso e não reparou.) Eis aí mais uma prova de que o sr. Bertone nada conhece dos meus trabalhos e de que me julga de orelhada, por duas ou três frases soltas que ouviu. E considerar o caso uma "questão lógica" é coisa de uma inteligência pífia, que não tem a menor idéia do que seja realmente uma contradição em lógica. Qual regra de lógica diz que a extensão da resposta tem de ser proporcional à reputação do agressor, não à gravidade da agressão?
Bertone: "Olavo, um jornalista de influência insignificante antes do advento da internet..."
OBS - Antes de ter uma página na internet fui matéria de capa em O Globo, colunista desse jornal, autor de um best-seller e de vários livros aplaudidos por Miguel Reale, Jorge Amado, Herberto Sales, Josué Montello, Carlos Heitor Cony, Bruno Tolentino, José Mário Pereira, Romano Galeffi, Alexandre Costa Leite, Jacob Klintowitz, Itamar Franco, Ciro Gomes, Leonel Brizola, Ariano Suassuna, Jerônimo Moscardo, Carlos Guilherme Mota, Paulo Mercadante, Mendo Castro Henriques e outros tantos. Também antes do lançamento da minha página, minha obra foi objeto de um simpósio de intelectuais na Fundação Joaquim Nabuco. Que caralho de insignificância é essa?
Bertone: “O que havia de escandaloso em um presidente ser pró-Cuba?”
OBS - Cuba estava espalhando guerrilhas por toda a América Latina. Apoiá-la não era simplesmente alinhar-se a uma ideologia, mas tornar-se cúmplice de uma agressão militar. A diferença obviamente escapa ao sr. Bertone.
Bertone: “Que Washington pudesse esperar uma mudança de rumo com um convite a um alinhamento contra Cuba justifica as posições estratégicas do governo americano contra o socialismo, mas daí a esperar que o governo brasileiro deveria necessariamente aquiescer é desconsiderar a soberania nacional em matéria de política externa.”
OBS - Os conhecimentos que esse sujeito tem de política internacional foram decerto adquiridos numa estrebaria. Como eu mesmo afirmei no texto, e como até mesmo um mínimo de estudo da matéria poderia lhe mostrar, pressões diplomáticas PRESSUPÕEM a soberania da nação pressionada, em vez de "desconsiderá-la". Um território sem soberania NÃO PODE ser objeto de pressões diplomáticas, pois não há ali Estado soberano com um governo para ser pressionado. Ademais, que governo exerce pressões sobre outro senão na expectativa de que este “deveria necessariamente aquiescer”? Se não fosse para fazê-lo aquiescer não seria pressão, seria apenas um pedido. Esse sujeito é burro DEMAIS.
Bertone: “Olavo tem denunciado acerbamente que o governo brasileiro possui ligação com grupos ‘terroristas’ e faz intensa propaganda para se manter no poder; a partir disso ele já tirou a absurda conclusão de que o PT é um partido totalitário. Aqui, na verdade, é ele que cai num ato falho freudiano, porque então quer dizer que a direita pode financiar propaganda contra governos democráticos de esquerda, mas a esquerda não.”
OBS - É preciso estar abaixo do nível da escola primária para não perceber nenhuma diferença entre acordos de ajuda firmados entre governos (ou mesmo o financiamento enviado por um governo estrangeiro a partidos locais) e o dinheiro do narcotráfico e dos seqüestros, usado para reforçar a esquerda no Brasil e em outros países da AL. Ademais, no que diz respeito ao governo Goulart, enquanto os EUA financiavam campanhas de propaganda, o governo de Moscou já tinha dado a Luiz Carlos Prestes a autorização para iniciar uma guerra civil no campo (v. William Waack, “Companheiros”), e esta já estava sendo preparada pelas Ligas Camponesas, financiadas e armadas pela URSS através de Fidel Castro. O sr. Bertone não viu ou fez de conta que não viu a minha indicação do livro da Profa. Denise Rollemberg. Nivelar o financiamento da propaganda política com o financiamento de uma intervenção armada JÁ EM CURSO pode parecer natural a um bocó como o sr. Bertone, mas qualquer pessoa de inteligência normal percebe a diferença de gravidade entre essas duas ações.
Bertone: “É preciso ser muito cretino pra dizer que financiar órgãos de oposição ao governo era parte apenas de um joguinho ideológico e não de uma estratégia maior de desestabilização daquele governo.”
OBS – Isso é uma opinião, uma especulação de intenções. Mas o FATO é que a intervenção armada comunista JÁ estava em curso na ocasião. Isolando uma coisa da outra, o sr. Bertone deforma completamente as proporções do quadro.
Bertone: “Depois ele diz que não está provada nenhuma participação do governo americano no golpe de 1964 e questiona minha afirmação de que os órgãos de oposição movimentaram um fundo de 12 bilhões de dólares em campanhas contra o governo. Eu havia citada naquele parágrafo dois autores: Evaldo Viera e Boris Fausto. Evaldo Viera escreveu o capítulo ‘Brasil: do golpe de 1964 à redemocratização’ na obra ‘Viagem Incompleta: a grande transação’ organizada por Carlos Guilherme Mota. Na página 192, Viera escreveu o seguinte: ‘Com o tempo, foram divulgados documentos que confirmaram a cooperação dos Estados Unidos da América na derrocada do governo legal no Brasil’.”
OBS - (1) Que documentos são esses? A famosa correspondência Gordon-Johnson que só confirma que os EUA não fizeram nada? (2) Cadê a confirmação da cifra astronômica de 12 bilhões de dólares? O sujeito apela à autoridade de Evaldo Vieira mas o trecho que cita desse autor nem de longe fala em 12 bilhões. Isso é fraude, é jogo de cena, é um misto de desconversa e "dropping names".
Bertone: O pesquisador da UFU Vitor Amorim de Angelo também confirmou a participação americana no golpe a partir da conhecida Operação Brother Sam (confira aqui). Ele diz que antes da intervenção direta os Estados Unidos optaram pela via diplomática (tentar cooptar o governo brasileiro por um alinhamento contra Cuba, por exemplo) e, com o fracasso desta, o financiamento de grupos de oposição. Como essa investida também malogrou, ele menciona que Thomas Mann se manifestou favorável à derrubada de governos democráticos de esquerda na América Latina e que não haveria, por parte dos Estados Unidos, nenhuma retaliação a tentativas de golpes.
OBS – Sobre os documentos da “Operação Brother Sam”, explico-me mais adiante. Quanto ao sr. Thomas Mann, sua ação no caso resumiu-se à a famosa "Operação Thomas Mann", que o agente tcheco Ladislav Bittman confessa ter inventado. Com toda a evidência, o sr. Bertone desconhece a confrontação de fontes. Mesmo que o sr. Mann tivesse proposto alguma coisa, o sr. Bertone bem poderia ter percebido a diferença entre não retaliar tentativas de golpe e participar ativamente desses golpes.
Bertone: Voltando ao fundo de 12 bilhões de dólares, Olavo acha que estou delirando porque não conhece a historiografia nacional sobre o golpe. No livro “História Geral do Brasil”, organizado por Maria Yedda Linhares, há um capítulo intitulado “A modernização autoritária: do golpe militar à redemocratização 1964/1984”, assinado por Francisco Carlos Teixeira da Silva, atualmente professor de História Contemporânea do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Na nona edição de 1990, página 364, ele escreveu:‘[...]foi incentivada a doação de grandes somas a dois institutos formados para organizar e centralizar a ação contra o governo Goulart, o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), que passam a receber fundos das empresas norte-americanas e alemãs estabelecidas no Brasil, em estreito contato com a CIA. Aos poucos, ambas as instituições passaram a ter uma ação em comum, procurando a assessoria direta de homens da Escola Superior de Guerra (ESG), como o Coronel Golbery do Couto e Silva ou Heitor Herrera, e assumindo o apoio financeiro da campanha de políticos que defendessem o capital estrangeiro e lutassem contra a reforma agrária, chegando a movimentar fundos no montante de US$ 12 bilhões.’
OBS - Bertone havia citado, como fonte dos 12 bilhões, o historiador paulista Bóris Fausto. Agora já mudou. É Francisco Carlos Teixeira da Silva. Mas a troca de autoridades não muda em nada o fato de que nenhuma das duas mostra NENHUM documento que confirme a presunção absurda. O pior é que o tal Teixeira pretende que os 12 bilhões estavam na mão de apenas DUAS entidades civis, o IPES e o IBAD. Este último não pode ter tido nenhuma participação no golpe de 1964, pela simples razão de que foi fechado em dezembro de 1963 por ordem judicial, após uma tempestuosa CPI onde, significativamente, teve como seu mais veemente acusador o então deputado da UDN, Pedro Aleixo, ele próprio um dos participantes de primeira hora da conspiração para a derrubada de Goulart e depois vice-presidente em pleno regime militar, na gestão Costa e Silva. O IBAD, definitivamente, não participou do golpe. Sua atuação, que começou no governo Kubitscheck, limitou-se à propaganda ideológico-partidária e à intervenção no Parlamento, com ostensiva compra de votos (foi o Mensalão da direita). Também é certo que a entidade recebeu ajuda da CIA, mas o total dos recursos que mobilizou, de origem nacional e estrangeira, nunca ultrapassou (em valores atuais) a casa dos 60 milhões DE REAIS, equivalente a menos de 30 MILHÕES de dólares, quatrocentas vezes menor do que sonha o sr. Bertone. Leia-se sobre isto o bem documentado estudo de João Carlos Ferreira da Silva, "Assalto ao Parlamento: Estudo comparativo dos episódios do IBAD e do Mensalão" (http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/5825/assaltos_parlamento_silva.pdf?sequence=1). Quanto ao IPES, a mesma CPI de 1963 o inocentou de qualquer acusação de atividades ilegais. O IPES, fundado por dois milionários, participou sim, e ativamente, da conspiração de 1964 e, se recebeu algum dinheiro da CIA, foi através do IBAD e não diretamente. Em estudo recente (“Requiem for Revolution, The United States and Brazil, 1961-1969”), a historiadora americana Ruth Leacock afirma taxativamente que a entidade jamais dependeu de dinheiro americano, pois havia anticomunismo suficiente entre os empresários nacionais na ocasião.
Bertone: “Boris Fausto não menciona o montante de 12 bilhões de dólares, mas também afirma que o IBAD obteve recursos da CIA, no livro ‘História Geral do Brasil’, oitava edição de 2000, página 452.
OBS - Bertone mentiu, portanto, ao citar o historiador paulista como fonte dos "doze bilhões". Ele agora reconhece que Fausto não fala em 12 bilhões, mas nem menciona a mentira, nem muito menos pede desculpas por ela. É obstinação psicopática.
Bertone: “Como o eixo da discussão é apenas a problemática da intervenção externa, em nenhum momento afirmei que Washington tramou e realizou o golpe militar no Brasil, mas que participou efetivamente de sua concretização. Essa citação converge com o que foi afirmado no artigo de Vitor Amorim mencionado acima.”
OBS – Não, não converge. O que Amorim diz é que “por uma questão meramente cronológica, a Operação Brother Sam, deflagrada em 31 de março de 1964, nada teve a ver com o golpe contra o governo Jango”. O que os documentos provam é que: (1) O golpe foi preparado durante mais de um ano, e os americanos não tiveram a menor participação nisso. (2) Nos quatro últimos dias antes do golpe, o embaixador Lincoln Gordon avisou ao presidente Johnson que algo estava para acontecer e que era preciso improvisar, numa pressa louca, alguma ação militar americana para o caso de um agravamento da situação. (3) Essa ação militar não chegou a ser realizada. O golpe transcorreu, pois, SEM NENHUMA INTERVENÇÃO AMERICANA. Só se poderia falar de participação dos americanos NA PREPARAÇÃO DO GOLPE se a vinda da frota tivesse sido tramada entre o embaixador e os golpistas AO LONGO dessa preparação. O que se viu, ao contrário, foi que o embaixador, surpreendido pelo desenrolar dos acontecimentos de cuja preparação não havia participado de maneira alguma, tentou no último instante improvisar alguma ação americana, que não se realizou. Será difícil perceber a diferença entre alguém tomar parte na preparação de um golpe e tentar entrar no jogo na última hora, quando sua presença já nem é mais necessária?
Bertone: “A intervenção militar direta americana só não aconteceu porque não houve resistência ao golpe.”
OBS – É fantástico. A hipótese de uma intervenção americana que não aconteceu é igualada a uma intervenção realmente acontecida. Até onde vai a loucura desse sujeito?
Bertone: “Se o leitor quiser conferir o conteúdo dos documentos onde o embaixador Lincoln Gordon apoiou o movimento golpista e os telegramas e, pode acessar aqui. O site elenca e disponibiliza sete documentos sobre a solicitação de intervenção americana e planos militares para auxiliar a derrubada de Jango. OLAVO DIZ QUE ESSES DOCUMENTOS SÃO FALSOS CITANDO COMO FONTE… ELE MESMO.”
OBS - O merdinha mente com um despudor de strip-teaser bêbada. EU NUNCA disse que esses documentos eram falsos. Ao contrário: toda a minha argumentação partiu do princípio de que eram autênticos, e de que seu sentido patente era O INVERSO do que a mídia esquerdista lhes atribuía.
Bertone: “Das três fontes que ele mencionou para provar” a ideia da intervenção americana como mito, todas foram produzidas por ele.
OBS - Deus do céu! Não há limites para a mendacidade desse infeliz? A primeira fonte mencionada nos meus artigos é A MESMA correspondência Gordon-Johnson que ele cita. Eu a inventei tanto quanto o sr. Bertone a inventou. A segunda é o livro do próprio Ladislav Bittman, que, se não foi escrito pelo sr. Bertone, certamente também não o foi por mim. Quanto à terceira fonte, as palavras são do entrevistado, não minhas. O sr. Bertone acha que, como jornalista profissional, eu me arriscaria a inventar declarações do ex-governador Paulo Egydio, sujeitando-me a um processo?
Bertone: “A segunda fonte ele atribui a um ex-agente secreto da Tchecoslováquia que disse que esses documentos foram forjados. Mas por que Ladislav Bittman, o suposto agente, não apresentou evidências de que esses documentos foram forjados? Por que não escreveu uma obra, não veio a público esclarecer, não convocou a imprensa? Fica o dito pelo não dito, em suma, uma fonte que também não prova nada.”
OBS - Este trecho chega às alturas do maravilhoso. "Por que Bittman não escreveu uma obra?" Ele escreveu, e eu mesmo a citei no artigo "O Vigariota". Está lá muito claro: "A segunda fonte encontrei no livro de memórias do ex-chefe da espionagem soviética no Brasil, Ladislav Bittman, The KGB and Soviet Disinformation: An Insider’s View (London, Pergamon Press, 1985)." Ou Bertone é um monstro de desatenção, incapaz de apreender o que lê no mesmo artigo que ele contesta, ou é um vigarista que pretende escamotear a seus leitores justamente a informação essencial que o desmente. "Por que não veio a público esclarecer, não convocou a imprensa?" Real ou fingida, a ingenuidade da pergunta raia o retardamento mental. Que estudioso adulto, lendo o livro de Bittman, que expõe dezenas de operações de desinformação realizadas pela KGB no mundo, pode imaginar que um desertor da espionagem soviética, lançando um livro em Londres, deveria, para ser crido, percorrer país por país onde essas operações se realizaram, e aí "convocar a imprensa"? É uma idéia tão idiota, tão provinciana, que não merece sequer ser discutida. Ao contrário, são os pesquisadores locais que têm a obrigação de procurar o autor do livro e entrevistá-lo para tirar as dúvidas. Repetidamente, desde 2001, eu os convidei a fazer isso, mas eles preferiram – para usar as palavras do próprio Bertone – apelar a "tentativas de silenciamento da memória em nome da legitimação de uma hegemonia".
Bertone: “Logo em seguida ele menciona como outra fonte uma entrevista que realizou com um coronel...”
OBS - "Um coronel"? Que caralho de coronel esse sujeito anda enxergando nas suas noites de bebedeira? A entrevista foi com o ex-governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins.
Bertone: “As falas, que mais parecem frases de balões de cartum, se assemelham ainda a um fragmento de uma peça de teatro mau ensaiada.”
OBS – Isso não chega nem a constituir um argumento, quanto mais uma prova. É só uma ranhetagem. Mas uma coisa, sem dúvida, fica aí provada: o rapaz é mesmo analfabeto. “Mau ensaiada”, convenhamos, é de doer no saco.
Bertone: “Essa interferência americana, sobretudo a partir de 1963, é um capítulo tão conhecido na história nacional e tão amplamente abordado, que negá-lo não passa de mera trapaça ideológica. Recentemente, a própria presidente Dilma manifestou surpresa ao assistir a um documentário (‘O Dia que durou 21 anos’) onde também são apresentados documentos da intervenção americana nesse processo.”
OBS - Ora, mas se é assim, se até a presidenta da República alardeia a intervenção americana, então não faz sentido choramingar, como o sr. Bertone faz no começo do seu artigo, que essa versão é a pobre vítima de "tentativas de silenciamento da memória em nome da legitimação de uma hegemonia".
OBS - Lágrimas de crocodilo. A proclamação da influência americana no golpe é doutrina oficial impressa em milhares de livros e repassada como matéria obrigatória em todas as escolas do Brasil. A memória que tem sido silenciada é justamente a daqueles que contradizem a doutrina oficial. Quantos livros circulam DESMENTINDO essa versão? E quantos reforçando-a?
Bertone: “Ele inicia me chamando de insignificante e não dedica menos do que sete páginas (com promessa de continuação) a refutar algumas de minhas colocações, além de vários posts enfezados atacando minha pessoa no facebook. Se considero alguém insignificante não dedico meu tempo a escrever textos refutando suas críticas; essa é a primeira questão lógica que leva o idoso jornalista a entrar em contradição logo no começo do texto.”
OBS - Questão lógica? Contradição? TODOS os meus leitores sabem que jamais recusei respostas a quem quer que fosse em razão de considerá-lo insignificante. (O pior é que logo no começo do artigo eu menciono isso. O Bertone estava nervoso e não reparou.) Eis aí mais uma prova de que o sr. Bertone nada conhece dos meus trabalhos e de que me julga de orelhada, por duas ou três frases soltas que ouviu. E considerar o caso uma "questão lógica" é coisa de uma inteligência pífia, que não tem a menor idéia do que seja realmente uma contradição em lógica. Qual regra de lógica diz que a extensão da resposta tem de ser proporcional à reputação do agressor, não à gravidade da agressão?
Bertone: "Olavo, um jornalista de influência insignificante antes do advento da internet..."
OBS - Antes de ter uma página na internet fui matéria de capa em O Globo, colunista desse jornal, autor de um best-seller e de vários livros aplaudidos por Miguel Reale, Jorge Amado, Herberto Sales, Josué Montello, Carlos Heitor Cony, Bruno Tolentino, José Mário Pereira, Romano Galeffi, Alexandre Costa Leite, Jacob Klintowitz, Itamar Franco, Ciro Gomes, Leonel Brizola, Ariano Suassuna, Jerônimo Moscardo, Carlos Guilherme Mota, Paulo Mercadante, Mendo Castro Henriques e outros tantos. Também antes do lançamento da minha página, minha obra foi objeto de um simpósio de intelectuais na Fundação Joaquim Nabuco. Que caralho de insignificância é essa?
Bertone: “O que havia de escandaloso em um presidente ser pró-Cuba?”
OBS - Cuba estava espalhando guerrilhas por toda a América Latina. Apoiá-la não era simplesmente alinhar-se a uma ideologia, mas tornar-se cúmplice de uma agressão militar. A diferença obviamente escapa ao sr. Bertone.
Bertone: “Que Washington pudesse esperar uma mudança de rumo com um convite a um alinhamento contra Cuba justifica as posições estratégicas do governo americano contra o socialismo, mas daí a esperar que o governo brasileiro deveria necessariamente aquiescer é desconsiderar a soberania nacional em matéria de política externa.”
OBS - Os conhecimentos que esse sujeito tem de política internacional foram decerto adquiridos numa estrebaria. Como eu mesmo afirmei no texto, e como até mesmo um mínimo de estudo da matéria poderia lhe mostrar, pressões diplomáticas PRESSUPÕEM a soberania da nação pressionada, em vez de "desconsiderá-la". Um território sem soberania NÃO PODE ser objeto de pressões diplomáticas, pois não há ali Estado soberano com um governo para ser pressionado. Ademais, que governo exerce pressões sobre outro senão na expectativa de que este “deveria necessariamente aquiescer”? Se não fosse para fazê-lo aquiescer não seria pressão, seria apenas um pedido. Esse sujeito é burro DEMAIS.
Bertone: “Olavo tem denunciado acerbamente que o governo brasileiro possui ligação com grupos ‘terroristas’ e faz intensa propaganda para se manter no poder; a partir disso ele já tirou a absurda conclusão de que o PT é um partido totalitário. Aqui, na verdade, é ele que cai num ato falho freudiano, porque então quer dizer que a direita pode financiar propaganda contra governos democráticos de esquerda, mas a esquerda não.”
OBS - É preciso estar abaixo do nível da escola primária para não perceber nenhuma diferença entre acordos de ajuda firmados entre governos (ou mesmo o financiamento enviado por um governo estrangeiro a partidos locais) e o dinheiro do narcotráfico e dos seqüestros, usado para reforçar a esquerda no Brasil e em outros países da AL. Ademais, no que diz respeito ao governo Goulart, enquanto os EUA financiavam campanhas de propaganda, o governo de Moscou já tinha dado a Luiz Carlos Prestes a autorização para iniciar uma guerra civil no campo (v. William Waack, “Companheiros”), e esta já estava sendo preparada pelas Ligas Camponesas, financiadas e armadas pela URSS através de Fidel Castro. O sr. Bertone não viu ou fez de conta que não viu a minha indicação do livro da Profa. Denise Rollemberg. Nivelar o financiamento da propaganda política com o financiamento de uma intervenção armada JÁ EM CURSO pode parecer natural a um bocó como o sr. Bertone, mas qualquer pessoa de inteligência normal percebe a diferença de gravidade entre essas duas ações.
Bertone: “É preciso ser muito cretino pra dizer que financiar órgãos de oposição ao governo era parte apenas de um joguinho ideológico e não de uma estratégia maior de desestabilização daquele governo.”
OBS – Isso é uma opinião, uma especulação de intenções. Mas o FATO é que a intervenção armada comunista JÁ estava em curso na ocasião. Isolando uma coisa da outra, o sr. Bertone deforma completamente as proporções do quadro.
Bertone: “Depois ele diz que não está provada nenhuma participação do governo americano no golpe de 1964 e questiona minha afirmação de que os órgãos de oposição movimentaram um fundo de 12 bilhões de dólares em campanhas contra o governo. Eu havia citada naquele parágrafo dois autores: Evaldo Viera e Boris Fausto. Evaldo Viera escreveu o capítulo ‘Brasil: do golpe de 1964 à redemocratização’ na obra ‘Viagem Incompleta: a grande transação’ organizada por Carlos Guilherme Mota. Na página 192, Viera escreveu o seguinte: ‘Com o tempo, foram divulgados documentos que confirmaram a cooperação dos Estados Unidos da América na derrocada do governo legal no Brasil’.”
OBS - (1) Que documentos são esses? A famosa correspondência Gordon-Johnson que só confirma que os EUA não fizeram nada? (2) Cadê a confirmação da cifra astronômica de 12 bilhões de dólares? O sujeito apela à autoridade de Evaldo Vieira mas o trecho que cita desse autor nem de longe fala em 12 bilhões. Isso é fraude, é jogo de cena, é um misto de desconversa e "dropping names".
Bertone: O pesquisador da UFU Vitor Amorim de Angelo também confirmou a participação americana no golpe a partir da conhecida Operação Brother Sam (confira aqui). Ele diz que antes da intervenção direta os Estados Unidos optaram pela via diplomática (tentar cooptar o governo brasileiro por um alinhamento contra Cuba, por exemplo) e, com o fracasso desta, o financiamento de grupos de oposição. Como essa investida também malogrou, ele menciona que Thomas Mann se manifestou favorável à derrubada de governos democráticos de esquerda na América Latina e que não haveria, por parte dos Estados Unidos, nenhuma retaliação a tentativas de golpes.
OBS – Sobre os documentos da “Operação Brother Sam”, explico-me mais adiante. Quanto ao sr. Thomas Mann, sua ação no caso resumiu-se à a famosa "Operação Thomas Mann", que o agente tcheco Ladislav Bittman confessa ter inventado. Com toda a evidência, o sr. Bertone desconhece a confrontação de fontes. Mesmo que o sr. Mann tivesse proposto alguma coisa, o sr. Bertone bem poderia ter percebido a diferença entre não retaliar tentativas de golpe e participar ativamente desses golpes.
Bertone: Voltando ao fundo de 12 bilhões de dólares, Olavo acha que estou delirando porque não conhece a historiografia nacional sobre o golpe. No livro “História Geral do Brasil”, organizado por Maria Yedda Linhares, há um capítulo intitulado “A modernização autoritária: do golpe militar à redemocratização 1964/1984”, assinado por Francisco Carlos Teixeira da Silva, atualmente professor de História Contemporânea do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Na nona edição de 1990, página 364, ele escreveu:‘[...]foi incentivada a doação de grandes somas a dois institutos formados para organizar e centralizar a ação contra o governo Goulart, o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), que passam a receber fundos das empresas norte-americanas e alemãs estabelecidas no Brasil, em estreito contato com a CIA. Aos poucos, ambas as instituições passaram a ter uma ação em comum, procurando a assessoria direta de homens da Escola Superior de Guerra (ESG), como o Coronel Golbery do Couto e Silva ou Heitor Herrera, e assumindo o apoio financeiro da campanha de políticos que defendessem o capital estrangeiro e lutassem contra a reforma agrária, chegando a movimentar fundos no montante de US$ 12 bilhões.’
OBS - Bertone havia citado, como fonte dos 12 bilhões, o historiador paulista Bóris Fausto. Agora já mudou. É Francisco Carlos Teixeira da Silva. Mas a troca de autoridades não muda em nada o fato de que nenhuma das duas mostra NENHUM documento que confirme a presunção absurda. O pior é que o tal Teixeira pretende que os 12 bilhões estavam na mão de apenas DUAS entidades civis, o IPES e o IBAD. Este último não pode ter tido nenhuma participação no golpe de 1964, pela simples razão de que foi fechado em dezembro de 1963 por ordem judicial, após uma tempestuosa CPI onde, significativamente, teve como seu mais veemente acusador o então deputado da UDN, Pedro Aleixo, ele próprio um dos participantes de primeira hora da conspiração para a derrubada de Goulart e depois vice-presidente em pleno regime militar, na gestão Costa e Silva. O IBAD, definitivamente, não participou do golpe. Sua atuação, que começou no governo Kubitscheck, limitou-se à propaganda ideológico-partidária e à intervenção no Parlamento, com ostensiva compra de votos (foi o Mensalão da direita). Também é certo que a entidade recebeu ajuda da CIA, mas o total dos recursos que mobilizou, de origem nacional e estrangeira, nunca ultrapassou (em valores atuais) a casa dos 60 milhões DE REAIS, equivalente a menos de 30 MILHÕES de dólares, quatrocentas vezes menor do que sonha o sr. Bertone. Leia-se sobre isto o bem documentado estudo de João Carlos Ferreira da Silva, "Assalto ao Parlamento: Estudo comparativo dos episódios do IBAD e do Mensalão" (http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/5825/assaltos_parlamento_silva.pdf?sequence=1). Quanto ao IPES, a mesma CPI de 1963 o inocentou de qualquer acusação de atividades ilegais. O IPES, fundado por dois milionários, participou sim, e ativamente, da conspiração de 1964 e, se recebeu algum dinheiro da CIA, foi através do IBAD e não diretamente. Em estudo recente (“Requiem for Revolution, The United States and Brazil, 1961-1969”), a historiadora americana Ruth Leacock afirma taxativamente que a entidade jamais dependeu de dinheiro americano, pois havia anticomunismo suficiente entre os empresários nacionais na ocasião.
Bertone: “Boris Fausto não menciona o montante de 12 bilhões de dólares, mas também afirma que o IBAD obteve recursos da CIA, no livro ‘História Geral do Brasil’, oitava edição de 2000, página 452.
OBS - Bertone mentiu, portanto, ao citar o historiador paulista como fonte dos "doze bilhões". Ele agora reconhece que Fausto não fala em 12 bilhões, mas nem menciona a mentira, nem muito menos pede desculpas por ela. É obstinação psicopática.
Bertone: “Como o eixo da discussão é apenas a problemática da intervenção externa, em nenhum momento afirmei que Washington tramou e realizou o golpe militar no Brasil, mas que participou efetivamente de sua concretização. Essa citação converge com o que foi afirmado no artigo de Vitor Amorim mencionado acima.”
OBS – Não, não converge. O que Amorim diz é que “por uma questão meramente cronológica, a Operação Brother Sam, deflagrada em 31 de março de 1964, nada teve a ver com o golpe contra o governo Jango”. O que os documentos provam é que: (1) O golpe foi preparado durante mais de um ano, e os americanos não tiveram a menor participação nisso. (2) Nos quatro últimos dias antes do golpe, o embaixador Lincoln Gordon avisou ao presidente Johnson que algo estava para acontecer e que era preciso improvisar, numa pressa louca, alguma ação militar americana para o caso de um agravamento da situação. (3) Essa ação militar não chegou a ser realizada. O golpe transcorreu, pois, SEM NENHUMA INTERVENÇÃO AMERICANA. Só se poderia falar de participação dos americanos NA PREPARAÇÃO DO GOLPE se a vinda da frota tivesse sido tramada entre o embaixador e os golpistas AO LONGO dessa preparação. O que se viu, ao contrário, foi que o embaixador, surpreendido pelo desenrolar dos acontecimentos de cuja preparação não havia participado de maneira alguma, tentou no último instante improvisar alguma ação americana, que não se realizou. Será difícil perceber a diferença entre alguém tomar parte na preparação de um golpe e tentar entrar no jogo na última hora, quando sua presença já nem é mais necessária?
Bertone: “A intervenção militar direta americana só não aconteceu porque não houve resistência ao golpe.”
OBS – É fantástico. A hipótese de uma intervenção americana que não aconteceu é igualada a uma intervenção realmente acontecida. Até onde vai a loucura desse sujeito?
Bertone: “Se o leitor quiser conferir o conteúdo dos documentos onde o embaixador Lincoln Gordon apoiou o movimento golpista e os telegramas e, pode acessar aqui. O site elenca e disponibiliza sete documentos sobre a solicitação de intervenção americana e planos militares para auxiliar a derrubada de Jango. OLAVO DIZ QUE ESSES DOCUMENTOS SÃO FALSOS CITANDO COMO FONTE… ELE MESMO.”
OBS - O merdinha mente com um despudor de strip-teaser bêbada. EU NUNCA disse que esses documentos eram falsos. Ao contrário: toda a minha argumentação partiu do princípio de que eram autênticos, e de que seu sentido patente era O INVERSO do que a mídia esquerdista lhes atribuía.
Bertone: “Das três fontes que ele mencionou para provar” a ideia da intervenção americana como mito, todas foram produzidas por ele.
OBS - Deus do céu! Não há limites para a mendacidade desse infeliz? A primeira fonte mencionada nos meus artigos é A MESMA correspondência Gordon-Johnson que ele cita. Eu a inventei tanto quanto o sr. Bertone a inventou. A segunda é o livro do próprio Ladislav Bittman, que, se não foi escrito pelo sr. Bertone, certamente também não o foi por mim. Quanto à terceira fonte, as palavras são do entrevistado, não minhas. O sr. Bertone acha que, como jornalista profissional, eu me arriscaria a inventar declarações do ex-governador Paulo Egydio, sujeitando-me a um processo?
Bertone: “A segunda fonte ele atribui a um ex-agente secreto da Tchecoslováquia que disse que esses documentos foram forjados. Mas por que Ladislav Bittman, o suposto agente, não apresentou evidências de que esses documentos foram forjados? Por que não escreveu uma obra, não veio a público esclarecer, não convocou a imprensa? Fica o dito pelo não dito, em suma, uma fonte que também não prova nada.”
OBS - Este trecho chega às alturas do maravilhoso. "Por que Bittman não escreveu uma obra?" Ele escreveu, e eu mesmo a citei no artigo "O Vigariota". Está lá muito claro: "A segunda fonte encontrei no livro de memórias do ex-chefe da espionagem soviética no Brasil, Ladislav Bittman, The KGB and Soviet Disinformation: An Insider’s View (London, Pergamon Press, 1985)." Ou Bertone é um monstro de desatenção, incapaz de apreender o que lê no mesmo artigo que ele contesta, ou é um vigarista que pretende escamotear a seus leitores justamente a informação essencial que o desmente. "Por que não veio a público esclarecer, não convocou a imprensa?" Real ou fingida, a ingenuidade da pergunta raia o retardamento mental. Que estudioso adulto, lendo o livro de Bittman, que expõe dezenas de operações de desinformação realizadas pela KGB no mundo, pode imaginar que um desertor da espionagem soviética, lançando um livro em Londres, deveria, para ser crido, percorrer país por país onde essas operações se realizaram, e aí "convocar a imprensa"? É uma idéia tão idiota, tão provinciana, que não merece sequer ser discutida. Ao contrário, são os pesquisadores locais que têm a obrigação de procurar o autor do livro e entrevistá-lo para tirar as dúvidas. Repetidamente, desde 2001, eu os convidei a fazer isso, mas eles preferiram – para usar as palavras do próprio Bertone – apelar a "tentativas de silenciamento da memória em nome da legitimação de uma hegemonia".
Bertone: “Logo em seguida ele menciona como outra fonte uma entrevista que realizou com um coronel...”
OBS - "Um coronel"? Que caralho de coronel esse sujeito anda enxergando nas suas noites de bebedeira? A entrevista foi com o ex-governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins.
Bertone: “As falas, que mais parecem frases de balões de cartum, se assemelham ainda a um fragmento de uma peça de teatro mau ensaiada.”
OBS – Isso não chega nem a constituir um argumento, quanto mais uma prova. É só uma ranhetagem. Mas uma coisa, sem dúvida, fica aí provada: o rapaz é mesmo analfabeto. “Mau ensaiada”, convenhamos, é de doer no saco.
Bertone: “Essa interferência americana, sobretudo a partir de 1963, é um capítulo tão conhecido na história nacional e tão amplamente abordado, que negá-lo não passa de mera trapaça ideológica. Recentemente, a própria presidente Dilma manifestou surpresa ao assistir a um documentário (‘O Dia que durou 21 anos’) onde também são apresentados documentos da intervenção americana nesse processo.”
OBS - Ora, mas se é assim, se até a presidenta da República alardeia a intervenção americana, então não faz sentido choramingar, como o sr. Bertone faz no começo do seu artigo, que essa versão é a pobre vítima de "tentativas de silenciamento da memória em nome da legitimação de uma hegemonia".
31 de outubro de 2013
Olavo de Carvalho
MAIS UM FACTÓIDE DE UM GOVERNO MOVIDO A FACTÓIDES
Em reunião, esta tarde em Brasília, com os secretários de Segurança Pública do Rio de Janeiro e de São Paulo, e mais o diretor-geral da Polícia Federal, o ministro José Eduardo Cardoso, da Justiça, irá propor a criação conjunta de um Núcleo de Inteligência para investigar, monitorar e trocar informações sobre os chamados "Black Blocs" - os mascarados que costumam barbarizar durante as manifestações de rua.
A informação é de Ilimar Franco, em O Globo Online.
É razoável imaginar que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal operam em conjunto com as secretárias estaduais de Segurança Pública sempre que há necessidade. Quer dizer: o tempo todo. O contrário seria um absurdo inimaginável. E que desde junho passado, quando emergiram os "Black Blocs", a operação tenha ganhado celeridade e eficiência. Se isso não ocorreu o ministro já deveria ter pedido as contas. Ainda dá tempo.
Como ninguém que está no governo quer sair de lá, a presidente da República tem a obrigação de despachar os incompetentes.
31 de outubro de 2013
Ricardo Noblat
CARDOZO E SEU GOVERNO, POR ATOS E OMISSÕES, AJUDARAM A PROMOVER VIOLÊNCIA
Cardozo e seu governo, por atos e omissões, ajudaram a promover a violência que agora tentam combater. Ou: um texto com fatos e fotos
José Eduardo Cardozo agora acha necessário organizar uma ação contra os black blocs? Pois é… Que coisa, não? A primeira manifestação promovida pelo Movimento Passe Livre, em São Paulo, ocorreu no dia 6 de junho. Não houve a chamada “violência policial”. Só os manifestantes botaram para, literalmente, quebrar e queimar. No dia 7, informava a Folha:
““Em protesto contra a elevação da tarifa de ônibus, metrô e trens em São Paulo, manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar, interditaram vias e provocaram cenas de vandalismo ontem à noite na região central. O ato levou à interdição de vias como 23 de Maio, Nove de Julho e Paulista na hora de pico. Estações de metrô foram depredadas e fecharam. No centro e na Paulista, quebraram placas, picharam muros e ônibus, atearam fogo, provocaram danos a um shopping e ao Masp. Os manifestantes são ligados ao Movimento Passe Livre, liderado por estudantes e alas radicais de partidos.”
O Passe Livre não deu trégua. No dia 7, promoveu outro quebra-quebra, também notavelmente violento. Mais uma vez, a Polícia Militar evitou o confronto. Novas depredações, incêndios, quebra-quebras, aí com o fechamento das marginais, causando um colapso na cidade. Os mascarados já estavam lá, atuando junto com o Passe Livre. Os jornais do dia 8 de junho traziam o devido registro.
Estava na cara que havia algo estranho no ar. Muito bem! No dia 9 de junho, o Estadão de domingo chega às bancas com uma estranha entrevista de José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, tornada manchete. O alvo principal: o governador Geraldo Alckmin, em particular a política de segurança pública. Era um domingo.
Na terça-feira, dia 11 de junho, o Passe Livre e os black blocs voltaram às ruas. A violência chegava ao paroxismo. Coquetéis Molotov foram lançados contra a polícia. Um policial foi linchado. Assim evidenciavam os jornais no dia 12.
Estão acompanhando?
Até aqui, três de seis dias dedicados à depredação e à violência, com a Polícia Militar fazendo um trabalho praticamente de contenção. Entre esses dias, uma entrevista do ministro da Justiça atacando o governador. Observem que estou documentando tudo.
Aí veio a tragédia do dia 13. O Passe Livre voltou às ruas ainda mais disposto ao confronto e à pauleira. Aqui e ali já se colhiam na imprensa sinais de simpatia pelos vândalos. Mas como endossar as práticas terroristas? Era preciso que um valor mais alto se alevantasse. Jornalistas, no geral, têm mais ódio da polícia do que de bandidos com uma “boa causa”. Sei que frases como essa não me rendem uma boa fama. Escrevo o que quero. Não devo satisfações a aiatolás do pensamento. Pois bem: nesse dia, a tropa de choque combinou com “os meninos” (como diria um repórter de TV…) que eles não romperiam o cordão de policiais rumo à Avenida Paulista. Não adiantou. Eles romperam. E o pau comeu. A Polícia Militar reagiu com bombas de gás e de efeito moral e balas de borracha. Jornalistas foram alvejados. Aí a coisa toda mudou de figura, como se via no dia 14.
Uma imprensa que já estava doida para aderir encontrou ali o pretexto de que precisava. E que se note: não estou endossando a ação da PM naquele dia. Foi exagerada, atabalhoada, desorganizada. Mas não muda a moral da história.
A PM passava a ser a vilã. E os protagonistas da truculência dos dias 6, 7 e 11 eram tratados como heróis que estivessem lutando contra um estado autoritário. As TVs, em especial, passaram a dar aos trogloditas a grandeza de resistência civil. A GloboNews, por exemplo, entrou em rimo de AL Jazeera cobrindo a Primavera Árabe. A diferença nada ligeira é que o Brasil é um estado democrático.
CARDOZO DE NOVO!
Naquele mesmo dia 13, com a cidade tomada pelo caos — eu voltava de uma palestra no Rio e fiquei quase cinco horas preso no Aeroporto de Congonhas porque meu bairro estava sitiado por vândalos —, Cardozo concedeu um entrevista aos portais oferecendo “ajuda” ao governador Geraldo Alckmin. Não telefonou, não conversou, não procurou nem foi procurado. Falava pela imprensa. Tirava uma casquinha. Fazia de conta que o problema era de São Paulo.
No dia 17, marca-se outra manifestação em São Paulo. A Polícia aceita as condições dos trogloditas que haviam vandalizado a cidade no dias 6, 7, 11 e 13: nada de tropa de choque, nada de bala de borracha, nada de bombas e nada de restrição a áreas de protesto. Qualquer lugar é lugar. Tudo pode e tudo vale. Os petistas aderiram ao protesto. Já não era mais pelos 20 centavos, dizia-se, mas por cidadania, sei lá o quê. Algo começava a sair do planejado: em São Paulo, a convocação reuniu 65 mil pessoas. A do Rio, que seria apenas em solidariedade, juntou mais de 100 mil… Epa!!!
No dia 18 de junho, aí era a Folha que trazia outra entrevista de José Eduardo Cardozo, também contra o governo de São Paulo, com ataques diretos à Polícia.
Concedida no dia 17, antes do término das manifestações, este gênio usou como exemplo bem-sucedidos as polícias do Rio e do Distrito Federal:
“O que vi em SP, e as câmeras mostraram, é de uma evidência solar que houve abuso. Vi o que aconteceu no Distrito Federal e no Rio. Padrões de comportamento bem diferentes”.
Patético! Naquele dia 17, não houve violência em São Paulo. Alguns bananas tentaram invadir os jardins do Palácio dos Bandeirantes, mas nada muito grave. No Rio, no entanto, um dos bons exemplos de Cardozo, assistiu-se aos caos, como isto aqui:
Brasília
O ministro da Justiça que “ofereceu” ajuda a Alckmin no dia 13, que já o havia atacado no dia 9 e que censurou a polícia de São Paulo no dia 17 tinha tudo para organizar, então, com o seu aliado Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, uma ação preventiva exemplar quando o protesto chegou ao Distrito Federal, certo?
Pois bem! No dia 20, o caos se instalou em Brasília. Meteram fogo no Itamaraty. E ninguém ouvi a voz de Cardozo, o chefe da Polícia Federal e o homem que pode acionar a Força Nacional der Segurança. Vejam.
Setores importantes da imprensa, as esquerdas de modo geral e o governo federal promoveram a demonização da Polícia Militar de São Paulo, que logo virou a demonização de qualquer polícia. Também se inventou a mentira estúpida de que manifestantes eram uma coisa, e baderneiros, outra. Chegou a ser por um brevíssimo período. Logo, os chefes dos protestos deixaram claro que os mascarados eram a sua tropa de choque e que eles estavam juntos.
A violência que José Eduardo Cardozo agora diz querer combater é a mesma que ele e seu governo, por atos e omissões, estimularam. Em São Paulo, muitos patriotas estavam certos de que a confusão lhes seria eleitoralmente útil. Deu no que deu.
Este não é um texto de opinião. É um texto com fatos e fotos.
31 de outubro de 2013
Reinaldo Azevedo - Veja
HÁ MAIS ENVOLVIDOS NO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO, ADMITE HADDAD
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta quinta-feira que há outros envolvidos no esquema de corrupção revelado ontem (30) na Secretaria de Finanças. Quatro auditores da prefeitura foram presos ontem sob suspeita de estarem envolvidos na cobrança de propina para a emissão de guias do ISS, imposto cobrado sobre construções.
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A fraude, segundo as primeiras apurações, pode chegar a R$ 500 milhões e envolve a liberação de imóveis de alto padrão na cidade.
"Sim, há mais envolvidos no esquema. [...] Os servidores presos estão prestando depoimento, a rede pode ter se expandido", disse Haddad.
Segundo o prefeito, os nomes não podem ser revelados ainda, pois as investigações estão em andamento, mas o esquema de fraude está na mira da Controladoria Geral do Município.
A investigação, envolvendo prefeitura, Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Federal, resultou também na apreensão de centenas de documentos em escritórios na manhã de ontem, além de carros de luxo e motos.
Segundo o prefeito, as empresas envolvidas ainda serão ouvidas para tentar esclarecer em que "circunstâncias acontecia o esquema". Haddad não disse quando isso deve acontecer, mas espera a colaboração das construtoras.
O prefeito também admitiu que antes da criação da Controladoria Geral do Município não havia uma investigação prévia para a nomeação de servidores. Um dos detidos, Ronilson Bezerra Rodrigues, era diretor de administração e finanças da SPTrans em sua gestão e era investigado desde o final do ano passado.
"Em setembro [de 2012] o que houve foi uma apuração muito superficial que partiu de uma denúncia anônima. A partir da criação da CGM começamos a fazer cruzamentos para identificar o real patrimônio", afirmou.
Editoria de arte/Folhapress | ||
31 DE OUTUBRO DE 2013
CÉSAR ROSATI- FOLHA DE SÃO PAULO
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SETOR PÚBLICO TEM PIOR RESULTADO PARA SETEMBRO DESDE 2002
A diferença entre as receitas e despesas primárias do setor público (União, Estados e municípios) ficou negativa em R$ 9 bilhões no mês passado, pior resultado para setembro já registrado desde 2002, quando se inicia a série do Banco Central.
Quando contabilizados também os gastos financeiros com pagamento da dívida pública, o déficit de setembro salta para R$ 22,9 bilhões.
Com o saldo primário negativo no mês passado, a economia acumulada no ano recuou para R$ 45 bilhões, valor 41% menor que o registrado em igual período do ano passado (R$ 75,8 bilhões). O resultado torna improvável o cumprimento, sem truques de contabilidade, da meta de poupar R$ 111 bilhões neste ano para o abatimento da dívida e para o controle da inflação R$ 73 bilhões pela União e R$ 38 bilhões pelos governos regionais.
A arrecadação tem crescido abaixo do esperado e, embora o governo federal conte com receitas extraordinárias até o fim do ano, elas não devem chegar a R$ 30 bilhões. O bônus que Petrobras e outras empresas pagarão pela exploração do campo de Libra renderá R$ 15 bilhões, enquanto o programa de parcelamento de dívida tributárias lançado pela Receita Federal deve arrecadar neste ano no máximo R$ 12 bilhões ainda neste ano.
O resultado primário de setembro foi influenciado principalmente pelo deficit da União, de R$ 10,8 bilhões. Estados e municípios economizaram R$ 1,8 bilhão, enquanto as empresas estatais registraram saldo negativo de R$ 38 milhões.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, reconheceu que "o quadro fiscal é desafiador" e que "muito do desempenho [do ano] vai depender de receitas extraordinárias".
Apesar disso, ele defendeu que o resultado de setembro foi "pontual" e que a "perspectiva é positiva" para os próximos meses.
DÍVIDA E INFLAÇÃO
O objetivo da economia dos governos para pagar juros (superavit primário) é evitar o descontrole da dívida pública, além de retirar pressão da inflação, na medida em que implica em em menos demanda por bens e serviços na economia. Quando o governo realiza superavit maiores, abre espaço para o Banco Central reduzir ou elevar menos os juros.
Desde abril, o Banco Central elevou a taxa Selic de 7,25% para 9,5%, o que encarece a dívida pública, aumentando os gastos com juros.
No mês passado, a dívida líquida (diferença entre ativos e passivos) do setor público somou R$ 1,6 trilhão, o equivalente a 35% do PIB. O resultado representou um aumento em relação a agosto, quando a relação estava em 33,8%.
Segundo o Banco Central, essa alta refletiu principalmente a desvalorização do dólar. Como o Brasil é credor em moeda americana, a queda da divisa implica numa diminuição do valor dos ativos brasileiros.
31 de outubro de 2013
MARIANA SCHREIBER - Folha de São Paulo
MARIANA SCHREIBER - Folha de São Paulo
"UM PASSO ADIANTE NO BOLSA FAMÍLIA"
Os programas de transferência de renda, há dez anos enfeixados no Bolsa Família, são patrimônio dos brasileiros. Não pertencem a este ou àquele governo ou partido. Representam uma conquista da cidadania. Mas devem, sobretudo, servir como travessia para um futuro mais digno. É este o espírito de projeto apresentado ontem pelo PSDB: o Bolsa Família torna-se política de Estado, para não mais ficar à mercê do terrorismo de políticos sem escrúpulos.
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Os programas de transferência de renda, há dez anos enfeixados no Bolsa Família, são um patrimônio dos brasileiros. Não pertencem a este ou àquele governo ou partido. Representam uma conquista da cidadania, incorporada à vida dos que mais necessitam do auxílio do Estado. Mas devem, sobretudo, servir como travessia para um futuro mais digno.
O governo do PT faz lauta comemoração dos dez anos de criação do Bolsa Família. Algo prematura, porque a lei só entrou em vigor em 2004, mas principalmente inadequada. Sabemos todos que a rede de proteção social que originou o programa existe há muito mais tempo, seja com a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), de 1993, seja com as ações empreendidas no governo tucano, com a criação, em âmbito federal, do Bolsa Escola e do Bolsa Alimentação.
Tudo isso é história. Apenas é importante reiterá-la para evitar a tentação que alguns demonstram de reescrever o passado de maneira oportunista e equivocada, como se a disputa política justificasse a desonestidade e a má-fé.
O importante é que a política de transferência de renda hoje personificada no Bolsa Família não fique mais à mercê da vontade deste ou daquele governante, como alguns, inescrupulosamente, tentam fazer crer. É este espírito que orienta projeto de lei apresentado ontem pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Pela proposta, o Bolsa Família será incorporado à LOAS, a lei que regula o direito à proteção social previsto na nossa Constituição. Isto significa que, institucionalmente, o Bolsa Família mudará de patamar, integrando-se a direitos como a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e adolescentes carentes e a promoção da integração ao mercado de trabalho – todos já previstos naquela lei.
A proposta tem o condão de transformar o Bolsa Família em política de Estado, não mais uma mera política de governo ou de partido, dando mais tranquilidade aos beneficiários. Acaba também com a ameaça tantas vezes esgrimida por petistas de que, sem eles, o programa que hoje beneficia 13,6 milhões de famílias será extinto. Pelo menos nesta matéria, o PT perdeu uma de suas armas de terrorismo eleitoral.
Nada muda, contudo, nas regras e nos direitos do programa; ninguém terá seus benefícios alterados. Também não muda o caráter transitório da concessão de benefícios, que norteia a Bolsa Família desde a sua concepção e assim deve continuar. O real objetivo do programa deve ser que cada vez menos pessoas necessitem dele.
Ainda mais importante é que, de maneira mais articulada com outras políticas de assistência social, o Bolsa Família poderá vir a ser um efetivo instrumento de travessia para a inserção dos brasileiros mais pobres no mercado de trabalho e para a melhoria de vida – em suma, para a superação da miséria.
O Bolsa Família ainda pode – e deve – ser muito aperfeiçoado. Não é justo, por exemplo, que um pai de família tema se inserir no mercado de trabalho por medo de perder o benefício. Por isso, também será proposto que o benefício continue a ser pago de forma continuada por até seis meses para aqueles que conseguirem um emprego.
Outra preocupação é com o apoio e o acompanhamento das famílias beneficiadas, a fim de que o poder público conheça como a vida delas está evoluindo, como o governo pode apoiá-las de maneira mais eficiente, como elas podem encontrar melhores alternativas para viver melhor. Hoje existem, por exemplo, 2 milhões de crianças sem acompanhamento das equipes do Ministério do Desenvolvimento Social. Onde estarão?
O Bolsa Família é o ponto de partida para a superação da miséria e para a travessia rumo a um futuro melhor e a uma vida mais digna. Um governante sério não pode se contentar com a administração da pobreza, como acontece hoje. A superação da miséria vai muito além da mera concessão de renda pelo Estado; inclui também melhoria das condições de vida da nossa população mais pobre, com oferta de melhores serviços de saúde, educação, saneamento e geração de emprego.
Nesta luta, o bom combate está em superar, definitivamente, o atraso no país, com o governo criando condições e oportunidades para que os indivíduos, de maneira altiva e soberana, tracem seu próprio destino e construam um futuro de mais prosperidade, até que possam, um dia, poder deixar de precisar do Bolsa Família. Este, sim, deve ser o objetivo de todos comprometidos com a efetiva promoção do bem-estar dos brasileiros.
31 de outubro de 2013
Instituto Teotônio Vilela
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BRASIL PERDE ESPAÇO COMO DESTINO DE INVESTIMENTOS INTERNACIONAIS
GENEBRA – O fluxo de empresas estrangeiras querendo investir no Brasil ou comprando companhias nacionais sofre uma importante queda e a economia brasileira perde espaço entre as que mais atraem investimentos no mundo.
Um levantamento divulgado pela ONU revela que, no primeiro semestre do ano, o Brasil foi a oitava economia que mais recebeu investimento no mundo. Em 2012, o País ocupava a 6a posição. Multinacionais investiram três vezes mais em aquisições no México que no Brasil.
Segundo os dados oficiais, empresas estrangeiras reduziram em 58% o volume de dinheiro em fusões e aquisições no Brasil entre 2012 e o primeiro semestre de 2013, uma das maiores quedas em todo o mundo.
No ano passado, o Brasil havia sido o país mais atraente para aquisições, atraindo US$ 11 bilhões no primeiro semestre. Neste ano, esse volume caiu para apenas US$ 4,7 bilhões. No mesmo período, o volume de empresas estrangeiras comprando companhias no México deu um salto recorde, passando de US$ 1 bilhão para mais de US$ 17 bilhões.
Em média, aquisições registraram uma alta de 83% no mundo e mais de 120% nos emergentes. Além de perder espaço para o México, o Brasil viu as multinacionais se direcionando para a Rússia, China e Cingapura.
Outra queda importante foi registrada em novos projetos, como a abertura de fábricas. Os investimentos nesse segmento no Brasil caíram de US$ 15,2 bilhões em 2012 para US$ 12,2 bilhões, uma redução de 20%.
No primeiro semestre de 2012, o Brasil recebeu US$ 29,7 bilhões em investimentos. Na segunda parte do ano, o volume chegou a US$ 35,5 bilhões. Agora, essa montante volta a cair para US$ 30 bilhões.
O valor final só não é menor graças aos empréstimos que as sedes das multinacionais já com investimentos no Brasil estão realizando para suas filiais no País. Esse volume teria dobrado em 2013. Mas isso não impediu que Rússia e Canadá tomassem o lugar do Brasil no ranking mundial.
Emergentes – Em termos gerais, a ONU aponta que os investimentos diretos no mundo aumentaram em apenas 4% no primeiro semestre do ano, para um total de US$ 745 bilhões. No ano, o volume deve se equiparar ao investimento registrado em 2012, com um crescimento estagnado. A recuperação lenta da Europa e a desaceleração dos emergentes seriam alguns dos motivos e uma retomada dos fluxos de investimentos ocorreria apenas em 2014 .
Mas o resultado só não é pior porque o fluxo para os emergentes continuou subindo e a proporção de investimentos indo para economias em desenvolvimento bate um recorde. De cada dez dólares investidos no mundo, seis vão hoje para os emergentes. em 2013, a expansão foi de 9%.
No primeiro semestre do ano, os países ricos viram uma contração nos investimentos. Na Europa, a queda foi de 20%, com reduções na França e Alemanha. Na América do Norte, a compra de empresas locais por chineses e asiáticos salvou em parte o resultado semestral, mesmo com a queda nos EUA. A canadenses Nexen foi comprada pela chinesa CNOOC por US$ 19 bilhões, enquanto a chinesa Shuanghui comprou a americana Smithfield por US$ 4,8 bilhões, na maior aquisição da história de uma companhia dos EUA pela China.
Mas o Reino Unido observou uma alta e hoje é quem mais recebe investimentos no mundo, com um total de US$ 75 bilhões. Em parte essa liderança vem da transação de US$ 46 bilhões entre a Glencore e a Xtrata.
Já nos emergentes, a Asia corresponde a metade de todo o investimento recebido e a China é o segundo maior destino de investimentos, com US$ 67 bilhões. Os EUA vem apenas na terceira posição. Neste ano, outro destaque foi a Rússia, que pulou do 12o maior destino para investimentos em 2012 para o quinto mais popular, com US$ 56 bilhões.
Na América Latina, a expansão foi de 35%, levada pela alta no México e Peru. Mas se apenas a América do Sul for considerada, o fluxo registrou uma queda de 8%. A estagnação da expansão brasileira e a queda do Chile foram dois dos principais motivos.
OS MAIORES RECEPTORES DE INVESTIMENTOS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013
1. Reino Unido – US$ 75 bi
2. China – US$ 67 bi
3. EUA – US$ 66 bi
4. Ilhas Virgens Britanicas US$ 61 bi
5. Rússia US$ 56 bi
6. Hong Kong US$ 32 bi
7. Canadá US$ 31 bi
8. Brasil US$ 30 bi
9. Irlanda US$ 30 bil
10. Cingapura US$ 26 bi
31 de outubro de 2013
Jamil Chade - O Estado de São Paulo
Fonte: ONU
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