Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
quarta-feira, 6 de junho de 2018
GILMAR LIBERTA MAIS UM PRESO, SOB ALEGAÇÃO DE CRIME "DISTANTE NO TEMPO!Ç
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a soltura do engenheiro agrônomo Antônio Claudio Albernaz Cordeiro, preso desde o mês passado na Operação “Câmbio, Desligo”, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal. A operação investiga doleiros e clientes por lavagem e remessa ilegal de dinheiro e associa o esquema com desvios nos cofres públicos do governo do Rio de Janeiro durante a gestão Sérgio Cabral.
Antônio Claudio Albernaz Cordeiro será solto, mas terá que cumprir as seguinte medidas: proibição de manter contato com os demais investigados; proibição de deixar o país, devendo entregar passaporte em até 48 horas.
PROIBIÇÕES – Gilmar Mendes determinou que o investigado seja proibido de manter contato com os outros investigados. Ele também não poderá deixar o país e deverá entregar o passaporte para a justiça em 48 horas.
Para pedir a liberdade do investigado, a defesa alegou que ele tem mais de 60 anos e tem estado frágil de saúde. Ao conceder o habeas corpus, o ministro afirmou que “os crimes foram praticados sem violência ou grave ameaça”. Ele também argumentou que “os fatos são consideravelmente distantes no tempo da decretação da prisão. Teriam acontecido em 2011-2014”.
A operação investiga doleiros e clientes por lavagem de dinheiro e remessa ilegal de recursos para o exterior. O esquema teria ligação com os desvios nos cofres públicos ocorridos durante a gestão Sérgio Cabral no governo do Rio. Albernaz foi apontado por delatores por ter realizado transferências de dólares para o exterior para uma conta específica. Em troca, recebia dinheiro em reais, que era destinado à Odebrecht.
20 LIBERTADOS – Albernaz já havia sido preso por ordem do juiz Sérgio Moro, de Curitiba, na 26ª fase da Lava Jato, em 2016, que recebeu o nome de Xepa, mas acabou liberado.
Com a decisão, desde o dia 15 de maio, Gilmar Mendes já mandou soltar 20 pessoas presas por ordem de Marcelo Bretas. Na quarta (4), o juiz enviou um ofício ao ministro Gilmar Mendes no qual afirmou que a corrupção não pode ser vista como um crime “menor”.
“A repressão à organização criminosa que teria se instalado nos governos do estado e município do Rio de Janeiro haveria, como de fato houve, de receber deste juízo o rigor previsto no Ordenamento Jurídico nacional e internacional”, diz trecho do documento.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Gilmar Dantas está fazendo hora com todo mundo. Agora, resolveu libertar presos em série, sob alegação de que não oferecem risco à sociedade os crimes estão distantes no tempo, como se 2014 fosse passado remoto. E ninguém toma providência, ninguém chama a ambulância psiquiátrica, nada, nada. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Gilmar Dantas está fazendo hora com todo mundo. Agora, resolveu libertar presos em série, sob alegação de que não oferecem risco à sociedade os crimes estão distantes no tempo, como se 2014 fosse passado remoto. E ninguém toma providência, ninguém chama a ambulância psiquiátrica, nada, nada. (C.N.)
06 de junho de 2018
Mariana Oliveira
TV Globo, Brasília
TV Globo, Brasília
EUA PROIBIRAM A EXPORTAÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO POR 40 ANOS, MAS AQUI NO BRASIL...
No governo Castelo Branco, o primeiro da ditadura militar, o general Juracy Magalhães foi nomeado embaixador brasileiro nos Estados Unidos, quando pronunciou sua célebre frase: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Este lema até hoje é adotado pelos defensores do neoliberalismo e da globalização, mas provoca revolta nos brasileiros que realmente defendem os interesses nacionais, independentemente de ideologias. De toda forma, se deixarmos de lado as paixões políticas, há momentos em que é importante seguir o exemplo dos norte-americanos, quando se trata da defesa dos interesses nacionais. Convém conferir a Matriz, para posicionar melhor a Filial.
Vejamos, por exemplo, o caso da Petrobras e de sua política atual, que mantém as refinarias subutilizadas, aumenta a exportação do petróleo bruto e amplia a importação de óleo diesel, a maioria comprada aos Estados Unidos. Será que os EUA adotariam política semelhante? Claro que não!
PROTECIONISMO – Os Estados Unidos não se tornaram a maior potência mundial sem políticas protecionistas. Na área da energia, então, eles são cuidadosos e repressores. Não foi por mera coincidência que proibiram, durante 40 anos seguidos, a exportação de petróleo bruto, em restrição que valeu até 2015, quando o abastecimento interno ficou garantido pela alta na produção do xisto e do álcool combustível, passou a haver muito excedente.
Na defesa dos interesses nacionais, os americanos não brincam em serviço. Quando o Brasil criou o Proálcool, maior programa de energia alternativa do mundo, a resposta do governo de Roland Reagan foi implacável, com o Congresso aprovando uma sobretaxa que inviabilizou as exportações brasileiras. E hoje os EUA são o maior produtor mundial de etanol, garantindo o Próalcool deles, enquanto o Brasil passava a importar álcool combustível, vergonha nacional.
COMPLEXO DE VIRA-LATA – Os americanófilos, que não são poucos aqui no Brasil e parece que estão aumentando, não conseguem entender que nem sempre o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.
Por uma questão meramente ideológica, ainda continuam defendendo a política suicida adotada pelo americanófilo Pedro Parente, com reajuste diário baseado na cotação do petróleo e do dólar no mercado internacional. A Organização Globo, maior porta-voz dos Estados Unidos do lado de baixo do Equador, lutou o quanto pôde para prestigiar Parente, mas realmente a coisa estava chegando ao ridículo.
NO PETROBRAS – Para se notabilizar, o novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, não precisa fazer muita coisa. O Brasil é autossuficiente em petróleo. Então, basta colocar as refinarias para funcionar e conter a importação de óleo diesel.
A crise revelou que o diesel produzido pela Petrobras tem custo total de produção de apenas R$ 0,93, podendo ser vendido nos postos a R$ 2,68, com a estatal lucrando 50%, uma margem mais do que satisfatória no mercado mundial das petroleiras, ao invés de insanamente lucrar 150% e provocar uma greve que quase desestabiliza o país.
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P. S. 1 – Quanto a nós, precisamos nos livrar do “Complexo do Vira-lata”, como dizia Nelson Rodrigues, para nos tornarmos a pátria de chuteiras também nos campos do petróleo.
P. S. 1 – Quanto a nós, precisamos nos livrar do “Complexo do Vira-lata”, como dizia Nelson Rodrigues, para nos tornarmos a pátria de chuteiras também nos campos do petróleo.
P.S. 2 – Com a alta do dólar, estamos extraindo petróleo do Pré-Sal a apenas 8 dólares o barril. Pena que esta riqueza esteja sendo entregue às multinacionais pela proposta indecente de José Serra, que hoje é um dos maiores americanófilos. Os investidores e acionistas da Petrobras deveriam protestar contra isso.
06 de junho de 2018
Carlos Newton
AGU TENTA EVITAR A CRIAÇÃO DA CPI DA DÍVIDA PÚBLICA, DETERMINADA PELA JUSTIÇA
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou, por meio de nota, que irá recorrer da decisão da 14ª Vara do Distrito Federal, que determinou a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito Mista do Congresso Nacional para promover auditoria da Dívida Pública brasileira.
Segundo a AGU, a decisão afronta a separação dos Poderes, razão pela qual deve ser revogada. A determinação, proferida pelo juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, dá um prazo de 30 dias para a instauração da CPI e atende a um pedido da Associação Auditoria Cidadã da Dívida.
MULTA PESSOAL – O juiz ainda instituiu uma multa “pessoal” ao presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), no montante de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento da decisão.
No despacho, o magistrado afirmou que a comissão deverá realizar, com auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), o “necessário exame analítico e pericial dos atos e dos fatos geradores do endividamento externo brasileiro”, com aprovação de relatório conclusivo até o término da atual legislatura.
“A população brasileira tem sofrido há quase três décadas com os inúmeros contingenciamentos do orçamento público para o pagamento da dívida, em evidente prejuízo às diversas políticas públicas que deixaram de ser promovidas pelos últimos governos em razão da escassez de recursos financeiros, em especial, na área da saúde, da educação e da segurança pública”, afirma o magistrado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A que ponto chegamos… A AGU, que deveria defender os interesses da União (ou seja, de todos os brasileiros) faz exatamente o contrário. É do interesse nacional que a dívida pública seja analisada pelos representantes do povo, não se pode contestar uma coisa assim tão óbvia. Mas a ministra Grace Mendonça, apelidada de “Esquecidinha da AGU”, certamente não esquecerá de defender os interesses dos banqueiros. Apenas isso. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A que ponto chegamos… A AGU, que deveria defender os interesses da União (ou seja, de todos os brasileiros) faz exatamente o contrário. É do interesse nacional que a dívida pública seja analisada pelos representantes do povo, não se pode contestar uma coisa assim tão óbvia. Mas a ministra Grace Mendonça, apelidada de “Esquecidinha da AGU”, certamente não esquecerá de defender os interesses dos banqueiros. Apenas isso. (C.N.)
06 de junho de 2018
Deu no Correio Braziliense(Agência Estado)
UMA FRAUDE AMAZÔNICA ENVOLVE 82.013 EMPRESAS NA ZONA FRANCA DE MANAUS
Distrito Industrial, CEP 69075-830, Manaus. Nesse endereço há sete anos ocorre uma grande fraude com dinheiro público: 3.348 empresas locais estão sob suspeita de simular operações de importação de mercadorias com isenções fiscais da União e do Estado do Amazonas. Muitas já identificadas não têm atividade real, só existem no papel e estão vinculadas a outras — registros de pessoas jurídicas em “camadas” servem para ocultar os donos.
O caso pode ser mais abrangente. Cruzamentos de dados federais e estaduais revelaram que, nos últimos sete anos, 82.013 empresas receberam isenções fiscais em volumes incompatíveis com sua capacidade operacional.
NEGÓCIOS SIMULADOS – Das beneficiárias, 55.298 estão registradas como fornecedoras e outras 26.715 como destinatárias em negócios dissimulados, ajustados apenas para lucrar em cima do erário, de acordo com o tribunal de contas e o Ministério Público.
Na origem da investigação está uma dúzia de relatórios de auditoria interna da Suframa, agência responsável pela zona franca. Eles foram produzidos a partir de 2007 e ficaram engavetados. Outro mistério está no estoque de 1,3 milhão de notas fiscais que a Suframa acumulou, sem conferir, nos últimos 11 anos.
Há pelo menos 36 casos de empresas cujos sócios e diretores também recebem dinheiro público do Bolsa Família, destinado aos pobres.
20 BILHÕES – Todo ano os cofres da União e do estado do Amazonas despejam em média R$ 20 bilhões na Zona Franca de Manaus sob a forma de incentivos. As isenções dadas às empresas locais nos últimos oito anos têm valor equivalente ao total do déficit previsto nas contas públicas neste 2018.
Hoje, completam-se 61 anos da criação desse enclave amazônico. Pelo retrovisor, tem-se uma experiência cara, porém bem-sucedida de fomento econômico no meio da selva, com preservação de mais de 90% da floresta.
É a imagem de um modelo de planificação estatal ultrapassado, assentado sobre uma indústria obsoleta em tecnologia, dedicada à montagem de hardware de eletrônicos numa época em que o valor de produção está no software.
LOBBY VITORIOSO – Sua história se confunde com a de um dos mais influentes lobbies da República. Num país onde até o passado é incerto, a zona franca tem futuro garantido pelas próximas cinco décadas na Constituição. Está em curso manobra legislativa para que seja estendida a toda área metropolitana de Manaus.
Do MDB ao PCdoB apela-se pela socialização dos custos da política de redução dos preços dos combustíveis em plena crise orçamentária (o Amazonas mantém 25% de ICMS sobre a gasolina). Mas, hoje à tarde, parlamentares amazonenses recorrem a Michel Temer para suplicar pela manutenção da bilionária dádiva fiscal à zona de Manaus.
Entre privilegiados se destacam 67 grupos empresariais que há nove anos estão isentos de qualquer fiscalização. São supermercados, distribuidores de material de construção, pneus e veículos, entre outros, clientes do “Gulliver”. Trata-se de um algoritmo que libera automaticamente grandes volumes de mercadorias dessas empresas. Foi introduzido clandestinamente no banco de dados da Suframa em setembro de 2009. Auditores não encontraram razão, ordem, regra ou lei que justifique a regalia. É parte da paisagem de fraudes na Zona Franca de Manaus.
06 de junho de 2018
José CasadoO Globo
A PETROBRAS CORRE REAL PERIGO SOB COMANDO DE IVAN MONTEIRO, PUNIDO PELA CVM
Desde a crise dos caminhoneiros, nada aconteceu de bom com a Petrobras e ela tomou o caminho da empulhação. A estatal arruinou-se no mandarinato petista por diversos motivos. Deles, o mais pueril foi a retórica da arrogância. Infelizmente, dela e do governo têm partido declarações destinadas a iludir a boa-fé do público fingindo desconhecer a barafunda criada pela política de preços dos combustíveis. Podiam ficar só nisso.
A retórica da arrogância foi exercitada à exaustão pelos petrocomissários. Basta que se recapitule um caso. Em 2012, um funcionário da companhia holandesa SBM denunciou suas maracutaias internacionais. Elas foram confirmadas por uma investigação interna que resultou numa indenização milionária ao governo holandês. Sabia-se, pela denúncia, que a SBM teria distribuído pelo menos US$ 139 milhões a intermediários e hierarcas da estatal brasileira para azeitar contratos de aluguel de plataformas.
FOI ENGANO – Dois anos depois, uma equipe da Petrobras foi à Holanda verificar o caso e anunciou-se que nada acontecera de anormal. Engano, pois a SBM começaria a negociar um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União. Até hoje ele não foi concluído.
Entre 2012 e 2015 foram para a cadeia os ex-diretores Pedro Barusco e Renato Duque, ambos mimados pela SBM. O representante da empresa no Brasil, Julio Faerman, passou a colaborar com a Justiça e repatriou US$ 54 milhões.
Varrida pela Lava-Jato, a doutora Dilma colocou na Petrobras Aldemir Bendine, que estava no Banco do Brasil. Ele levou consigo para uma diretoria o doutor Ivan Monteiro. Num dos lances grotescos do período, Bendine chegou a anunciar que a Petrobras “talvez” voltasse a contratar serviços e equipamentos da SBM, “uma importante fornecedora”. Como, não explicou.
PASTEL DE VENTO – A retórica da arrogância era um pastel de vento. Não havia como esconder a roubalheira denunciada em 2012 e, em 2015, não era possível contratar a SBM para coisa alguma.
Na segunda-feira, o repórter Rubens Valente revelou que em 2016 o diretor Ivan Nogueira foi investigado pela Comissão de Valores Mobiliários. Tratava-se de um caso de omissão de comunicado de fato relevante ao mercado. Nogueira propôs pagar R$ 200 mil à CVM e em setembro passado fechou-se o caso. O ervanário não saiu do seu bolso, mas da seguradora que ampara a diretoria da empresa. (O ex-diretor financeiro da Petrobras durante o mandarinato petista fez pelo menos quatro acordos desse tipo, somando R$ 1,75 milhão.)
Exposto o caso de Nogueira com a CVM, a Petrobras tocou o velho realejo: “não houve qualquer condenação da CVM ou reconhecimento de culpa de parte do senhor Ivan Monteiro, tendo a autarquia concordado com celebração de termo de compromisso, procedimento utilizado e previsto em nome, aplicável ao caso”.
A TROCO DE NADA? – Noves fora o mau português, ninguém havia dito que Nogueira foi condenado, nem que reconheceu culpa. Apenas deixou de fazer o que devia. Tanto foi assim que propôs pagar R$ 200 mil à CVM, com dinheiro da seguradora. Ninguém dá R$ 200 mil à Viúva a troco de nada.
O escritor mexicano Octavio Paz ensinou, faz tempo: “Quando uma sociedade se corrompe, a primeira coisa que se decompõe é a linguagem.”
06 de junho de 2018
Elio Gaspari
O Globo
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