"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 16 de agosto de 2015

O RABO DE GRAMSCI

gr16



O Brasil que sobrou é Gramsci mordendo o próprio rabo. O certo virou errado e  o errado virou certo. O “senso comum está organicamente superado” e já ninguém diz coisa com coisa. Mas se tudo começou como uma conspiração racional para demolir a base cultural da “democracia burguesa” e substituí-la pela "hegemonia do discurso ideológico da classe trabalhadora”, o local de destino – o “paraíso socialista” – desapareceu de cena depois que a primeira parte da obra estava pronta. A meio do caminho “O Muro” caiu, o sonho acabou, o “intelectual coletivo” vendeu-se ao capitalismo pistoleiro e os “intelectuais orgânicos” que realmente serviam uma causa morreram de overdose ou de vergonha. Os que sobraram são as criaturas de Gramsci; a segunda geração que pensa, sim, pelo avesso, mas já involuntariamente, sem saber exatamente por quê ou para quê.
gr4
Foi-se o que haveria de ser; já não ha para onde voltar. E nesse grande “Nada”, a corrupção é que tornou-se “orgânica”; instrumento por excelência de "reprodução da hegemonia da nova classe dominante”.
E cá estamos, ao fim de mais uma “temporada” do dramalhão com que o Brasil imita a arte, onde a cada capítulo os heróis viram bandidos e vice-versa, com o flagrado “dono” da Transpetro alçado de volta à condição de “interessado no Brasil” – com possíveis repercussões nessa Lava-Jato já tão cheia de figurinhas das empreiteiras e estatais e vazia dos figurões da politica para quem e graças a quem eles operam e podem operar – ao fazer-se porta-voz da “agenda” com que Dilma trata de safar-se do impeachment a que poderá levá-la esta paralisia econômica verborrágico-induzida a que chegamos.
O nó a desatar é a  desarticulada dispersão do "lado de cá" depois de décadas desse trabalho de desconstrução.
gr4
Brasilia, onde não ha crise nem pressa, trabalha coesa como sempre. Tudo segue sendo decidido nos bastidores do “quem indica quem para roubar onde”; só a narrativa aqui para fora é que varia. Agora querem vender como atos politicamente orientados de um único indivíduo a enxurrada anual de pornografia remuneratória da corte. Como há uma disputa de poder entre a nova e a velha guarda de comerciantes de governabilidade, foi cunhada a expressão “pautas-bombas” para designar a fila dos aumentos auto-atribuidos do funcionalismo puxados, como é tradição, pelo do Judiciário que, neste ano de penúria, abocanhou retumbantes 78% quase no mesmo dia em que o governo "dos trabalhadores" confiscava o abono de quem ganha dois salários mínimos. No vácuo dessa "conquista" veio o escárnio da multiplicação por três do Fundo Partidário. Agora é a vez da nobreza menor,  auditores da Receita à frente. As tais “pautas-bombas” não passam, portanto, da obra coletiva de parasitose de sempre que resulta na progressiva pauperização do resto do Brasil.
gr4
A relação de causa e efeito entre esses fatos -- assunto "tabu" na academia e na imprensa brasileiras -- quase chegou a ser afirmada recentemente. De tanto demonstrar em suas reuniões quantas gerações de brasileiros entram para a lista dos sem futuro a cada semana de atraso no que terá um dia de ser feito, o dr. Levy conseguiu levar até profissionais calejados como Michael Temer a sentir pena do Brasil. O vice-presidente “pediu água”. Até Aloizio Mercadante “pediu água”. Dilma mesmo animou-se a fazer uma tímida menção à idéia de reduzir o numero de ministérios...
A obscena montanha de gordura, afinal de contas, está onde sempre esteve e quanto mais tudo ao redor vai sendo reduzido a pele e ossos, mais escandalosamente visível ela se torna. Mas como a metástese do Estado que sufoca o país, a ser amputada se não se quiser matá-lo, corresponde à exata soma de todos quantos decidem se haverá ou não impeachment e suas cortes, a represália dos bastidores veio implacável. Tanto Dilma quanto o PT passaram, então, a negar nas mesmas frases em que a pediam a necessidade de uma “união nacional” para fazer frente "a crise tão pouca” – o tipo de tapa na cara da realidade que configura a “indução verborrágica” da paralisia econômica e da disparada do dólar – enquanto Temer e Mercadante, embora sustentando ainda a sua necessidade, davam o dito por não dito ao declinar especificar para quê a queriam.
gr4
Agora "a lista de Renan" vem, de novo, tirar a solução de onde o problema está e apaziguar os ânimos no rico condomínio dos Tres Poderes.
Aqui fora, nesse meio tempo, o Quarto Poder, cuja função já foi a de captar pleitos difusos da cidadania, formatá-los referenciado-os às melhores práticas internacionais e empurrá-los para dentro do "Sistema" na forma de campanhas por reformas, passou a ter outro tipo de preocupação depois que o comando de empresas jornalísticas e redações passou das mãos de jornalistas às de empresários e gerentes administrativos que nunca leram Gramsci.
Assim chegamos a este Brasil reduzido a dois tipos de "discursos inarticulados": o do dinheiro e o do coração.
gr4
Nem o consumo subsidiado de "espelhinhos e missangas" de véspera de eleição, nem os impeachments das ressacas de estelionato eleitoral, se houverem, vão alterar essencialmente, porém, a desordem institucional que nos mantem na montanha russa. Instituições são tecnologias que -- bons ou ruins -- produzem resultados inexoráveis. E nesse campo, ha um nítido divisor de águas no mundo. De um lado estão os que distribuem mandatos como se fossem capitanias hereditárias, dão a seus detentores poderes absolutos para definir a pauta política da Nação e, com eles, a prerrogativa de transformar impunemente as vidas de seus representados num inferno. Do outro os povos que, armando-se do poder de retomar a qualquer momento os mandatos que concedem usando, entre outros, o instrumento do recall, mantêm o estrito comando da pauta política dos seus representantes e assim põem o governo a serviço do pais e o país a serviço de seu povo.
Este é o caminho.
gr5
PS.: Este artigo foi escrito antes do irresponsavel convescote proto-terrorista promovido 5a feira no Palácio de Dilma
16 de agosto de 2015
vespeiro

FOTOS MARCANTES DO PROTESTO CONTRA O PT CORRUPTO

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16 DE AGOSTO DE 2015

DONO DA PETROPÓLIS SERIA GRANDE FINANCIADOR DO PT E DILMA. REVISTA ISTOÉ REVELOU DOAÇÕES DE R$ 24.5 MILHÕES AO PT E ALIADOS


REVISTA ISTOÉ REVELOU DOAÇÕES DE R$ 24,8 MILHÕES AO PT E ALIADOS. FOTO: SECOM/GOVBA

O dono da Cervejaria Petrópolis, Walter Faria, teria se tornado um dos principais financiadores das campanhas eleitorais do PT e da presidente Dilma Rousseff, após receber propina do Petrolão em uma conta na Suíça, diz matéria da edição deste fim de semana da revista IstoÉ. 
Documentos obtidos pela publicação sinalizariam que, somente na disputa eleitoral do ano passado, o executivo teria destinado R$ 24,8 milhões ao partido e seus aliados.

"Para a conta da então candidata Dilma foram remetidos R$ 17,5 milhões em um intervalo de cinco dias, entre 29 de setembro e 3 de outubro", de acordo com a revista. 

Membros do Ministério Público Federal ouvidos pela publicação alegam que o fato de Faria não estar ligado a obras da Petrobras nem ao segmento de petróleo, indica que ele pode ter sido responsável por intermediar para as campanhas eleitorais uma fatia dos bilhões desviados da petroleira.

A Operação Lava Jato deve chegar no dono da cervejaria Petrópolis, segundo a revista, quando detalhar a propina de US$ 15 milhões paga pelo executivo da Toyo Setal, Júlio Camargo, ao esquema. 
A matéria da revista não cita posicionamento das pessoas mencionadas na acusação. (AE)


16 de agosto de 2015
movcc
in diário do poder

ARROGÂNCIA, DEBOCHE E INCOMPETÊNCIA

Homem de Haddad diz que manifestantes são “crianças que perderam o pirulito”

Há pelo menos um homem forte, à sua maneira, na Prefeitura de São Paulo: Jilmar Tatto, secretário de Transportes. É ele o responsável por algumas das mais desastradas decisões na área.
Ele esteve no Instituto Lula, lá na patuscada armada pelo PT. Vamos ver o que ele acha de uma manifestação que tomou os quatro cantos do país:
“É um ato político-partidário de quem não aceitou a eleição. Criança que perdeu o pirulito e não se conforma. Medo do Lula voltar em 2018.”
Eis aí. Hoje, milhares vão às ruas, entre outros motivos, para combater arrogantes dessa espécie, que poderiam ao menos, vá lá, ser competentes.

16 de agosto de 2015
Reinaldo Azevedo

A VOZ DAS RUAS NAS MÃOS DO PMDB

ALOYSIO: IMPEACHMENT DE DILMA ESTÁ NAS MÃOS DO PMDB
SENADOR REITEROU QUE NÃO HÁ DIVISÃO NO PSDB SOBRE ESSA QUESTÃO


SENADOR REITEROU QUE NÃO HÁ DIVISÃO NO PSDB SOBRE ESSA QUESTÃO. FOTO: MOREIRA MARIZ/SENADO


O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse há pouco que um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff "está, sobretudo, nas mãos do PMDB", principal partido de sustentação do governo federal. "Não há divisão do PSDB sobre esta questão", afirmou o senador, que participa em Brasília do protesto na Esplanada dos Ministérios. "O impeachment não depende exclusivamente do PSDB. A chave dessa questão está, sobretudo, nas mãos do PMDB."

Aloysio lembrou que o PMDB tem a presidência da Câmara, com o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), e que cabe ao parlamentar dar prosseguimento aos vários pedidos de impeachment que estão sobre à mesa. "O PMDB sim, está dividido", ressaltou.

Indagado por uma manifestante sobre o que achava do "conchavo" entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Aloysio emendou: "Esse conchavo tem fôlego curto. A crise é forte, o desemprego é grande e a corrupção cada vez mais provoca a indignação das pessoas. Não há conchavo que segure essa onda."

O senador tucano disse que participava da manifestação deste domingo por iniciativa pessoal, já que, apesar de o PSDB ter convocado os manifestantes, os protestos são apartidários. "O grau de reprovação da presidente Dilma é oceânico, independente do número de pessoas nas ruas, que é grande", afirmou. (AE)



16 de agosto de 2015
diário do poder

DILMA USOU RENÚNCIA PARA "SACUDIR" OS MINISTROS


A presidente Dilma usou a carta-renúncia, preparada dias atrás, para aplicar uma espécie de “choque” no seu entorno mais íntimo, obrigando ministros e o vice-presidente Michel Temer a se empenharem mais no estancamento da crise política. Ela tem dito que “renúncia jamais”, mas a carta está pronta. Foi mesmo minutada com a ajuda dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça).



16 de agosto de 2015
diário do poder

O METALÚRGICO MILIONÁRIO...

EMPRESA DE LULA LEVOU R$ 10 MILHÕES DE EMPREITEIRAS INVESTIGADAS
LULA FATUROU MAIS DE R$27 MILHÕES DESDE QUE DEIXOU A PRESIDÊNCIA


EMPRESA DE LULA LEVOU R$10 MILHÕES DE EMPREITEIRAS DA LAVA JATO. FOTO: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

A revista que circula este fim de semana Veja revela que a empresa LILS, criada para gerenciar a "carreira" de palestrante do ex-presidente Lula recebeu R$ 27 milhões de reais em apenas quatro anos, dos quais R$ 10 milhões vieram de empreiteiras investigadas na Lava Jato. 
De acordo com a publicação, a relação íntima de Lula com a Odebrecht ficou novamente em evidência pela divulgação de um diálogo entre ele e um executivo, Alexandrino Alencar, gravado legalmente por investigadores da Lava-Jato. 
Os dois falam sobre as repercussões da defesa que o herdeiro e presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, também preso, havia feito das obras no exterior tocadas com dinheiro do BNDES. 
Os investigadores da Polícia Federal concluíram que a preocupação evidencia uma "considerável relação" de Alexandrino com o Instituto Lula.

De abril de 2011 até maio deste ano, LILS teve uma movimentação de R$ 52 milhões de reais recebendo dinheiro de diversas empresa, mas as líderes são: 
Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Camargo Corrêa. 

As transações atípicas foram listadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda. 
O relatório sobre a LILS foi encaminhado à Polícia Federal, à Receita Federal e ao Ministério Público, e classifica a movimentação financeira da empresa de Lula como incompatível com o faturamento. 
Para os analistas, "aproximadamente 30%" dos valores recebidos pela empresa de palestras do ex-presidente foram provenientes das empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão.

A revista ainda publicou um vídeo de uma "palestra motivacional" de Lula a operários do estaleiro Quip, obra da Queiroz Galvão, UTC, Iesa e Camargo Corrêa, com financiamento do BNDES aprovado enquanto Lula era presidente. 
Pela palestra de cerca de meia hora, a empresa de Lula ganhou mais de R$ 378 mil, algo como R$ 13 mil por minuto de discurso (assista ao vídeo abaixo).


Discurso do ex Presidente Lula no canteiro da Quip P58, P63. 15/05/2013



16 DE AGOSTO DE 2015
diário do poder

AÉCIO DISCURSA...

Aécio discursa em manifestação e é ovacionado pela população

FORA DILMA! LULA NA CADEIA! SOMOS TODOS MORO!



Este foi o resumo das manifestações ocorridas no dia de hoje em todo o país. 
Havia uma pauta. Havia um foco. O povo quer o impeachment de Dilma. O povo quer ver Lula na cadeia. 
O povo quer um Sérgio Moro enfrentando todos os corruptos. 
O povo começa a fechar questão. E quando o povo começa a pensar a mesma coisa não tem governo que resista. 
Ainda mais este governo corrupto, mentiroso e estelionatário do PT. 
Vai cair. É só uma questão de tempo

16 de agosto de 2015
in coroneLeaks

FOTO DO DIA...



16 de agosto de 2015
DIA NACIONAL DA CIDADANIA
O POVO NO PODER

O ARAGUAIA SEM MÁSCARA


                    Guerrilheiro José Genoíno: bem antes do Mensalão


O que hoje é denominada, na literatura e na imprensa, Guerrilha do Araguaia foi na verdade uma tentativa do Partido Comunista do Brasil de conduzir a “Guerra Popular” para realizar a tomada do poder e implantar o socialismo marxista no Brasil; a “luta prolongada, do campo para a cidade”, modelo da Revolução de Mao-Tsetung na China.
    
A opção pela “
via chinesa” nasceu da dissidência dos fundadores do PC do B ao romperem com o Partidão – PCB – que, obediente a Moscou aceitou a “via pacífica para o socialismo” preconizada por Nikita Kruchev, crítico e acusador de Stalin.  O PC do B permaneceu adepto da violência armada e buscou a alternativa stalinista na China Popular.  Para lá mandou vários militantes para receberem treinamento de guerrilha.
    
A decisão de instalar uma área de guerrilha no Brasil foi tomada antes da eclosão do movimento político-militar de l964. Depois de considerar algumas alternativas, o Partido decidiu pelo sul do Pará, na região compreendida pela Transamazônica ao Norte e o Rio Araguaia a Leste, com rala população de posseiros e extrativistas.
    
Os primeiros militantes foram introduzidos na área no início de 1966 e, pouco depois e acidentalmente, as autoridades militares tomaram conhecimento do projeto. A contra-insurreição surpreendeu os revolucionários ainda em fase de implantação da guerrilha, despreparados e mal armados.  Cerca de 80 veteranos do Partido e jovens aliciados nas cidades, rapazes e moças, foram levados para “
área tática” para lutarem “contra a ditadura militar e pelo ideal da democracia”. Destes, uns 54 acabaram morrendo em confronto com as forças legais; os outros foram presos ou desertaram.  Exatamente esta é a história, a verdadeira história que o Autor conta em detalhes em seu Livro.
 
O assunto é recorrente. Vários outros autores, com diferentes opiniões e perspectivas têm escrito, geralmente com enfoque limitado ou preso a certos aspectos particulares dos acontecimentos.
 

Azambuja escreveu com uma visão histórica, partindo dos antecedentes, passando pela experiência guerrilheira do Partido Comunista do Brasil, chegando à autocrítica dos derrotados. Reuniu também informações detalhadas que servirão de referência para a pesquisa do historiador do futuro.  Seu Livro é para ser lido, é claro, mas também para ser posto nas Bibliotecas abertas, disponível para pesquisadores e estudiosos da História.
 

Ao final deste precioso Livro, o leitor poderá facilmente chegar a duas conclusões intuitivas sobre a “
Guerrilha do Araguaia”:
    
A primeira, a de que não é verdade que ela tenha sido uma alternativa de luta contra a ditadura militar com o objetivo de restaurar a Democracia.  Como deixa claro o Autor, desde sempre o objetivo do Partido era a implantação do socialismo marxista no Brasil; o partido era e ainda é comunista.  Sua denominação continua a ser a mesma. Com ou sem ditadura militar, o projeto revolucionário encontraria um pretexto para tomar o Poder.  Não para restabelecer a democracia, mas para impor o socialismo totalitário.
 
    
A segunda conclusão, as Forças Armadas, profissionalmente competentes e aparelhadas, foram capazes de derrotar decisivamente a insana tentativa guerrilheira antes que ela tivesse  evoluído para o estágio de “
Exército Popular de Libertação”.  Se não houvesse sido derrotada, talvez hoje tivéssemos em nosso território uma “área liberada” e uma guerra interna eternizada como na Colômbia, onde as FARC narcoguerrilheiras, também maoístas, aterrorizam o país há mais de 40 anos.

General Sergio Augusto de Avelar Coutinho (In Memoriam)
 
SUMÁRIO DO LIVRO VIRTUAL “ARAGUAIA SEM MÁSCARA”

1 - Introdução
2 - Antecedentes
         -O Minimanual do Guerrilheiro Urbano
         - A Teoria do Foco Guerrilheiro
         - Um Pouco de História sobre a Violência Armada no Brasil
         - Como é a Guerra Revolucionária
3 - Histórico da Guerrilha
4 - Fatores que antecederam a Guerrilha
5 - Considerações sobre a Área de Guerrilha
6 - A Propaganda na Guerrilha
7 - A Implantação da Guerrilha
8 - As Forças da Ordem
9 – O
 Armistício Quente
10 – O Desfecho da Insensatez
11 - Os Mortos, Presos, Desertores e “
Desaparecidos” na Guerrilha
12 - A Autocrítica
         - Relatório Arroio
         - Relatório Pomar
13 – Anexos        
 
-
 Começar de Novo com outras Experiências 
         - Manual de Capacitação para a Guerra de Guerrilhas
         - Reconhecendo a Insensatez
         - Os Resultados do Terrorismo
         - Referências Bibliográficas

16 de agosto de 2015
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

EXTRATO DO LIVRO DOSSIÊ ARAGUAIA




Ao revelar no Dossiê os “Fundamentos Doutrinários” que nortearam os militares na Guerrilha do Araguaia, Azambuja terminou por produzir o primeiro manual antiguerrilha brasileiro -- pelo menos é o primeiro documento sobre o tema preparado para se tornar público.
O Professor Azambuja talvez seja o analista de inteligência mais experiente ainda em atividade no País. Está nos serviços de informações militares desde 1967. 

Mesmo aposentado, continuou trabalhando no ramo. Nunca entrou em ação armada, mas organizou um dos mais completos arquivos do País sobre os partidos socialistas e as organizações marxistas que atuaram no Brasil desde 1922. Suas especialidades são o movimento comunista internacional e o Partido Comunista Brasileiro, o PC; chegou a participar na condição de militante do Congresso do PCB que criou o PPS, em janeiro de 1992, no teatro Záccaro, em São Paulo, votando pelo fim da velha sigla comunista. 

Escreve regularmente, assinando o codinome, artigos sobre temas militares e políticos para revistas militares e para jornais de grande circulação nacional. Chegou a publicar um artigo nos Cadernos de Debates, do PCB, defendendo a revisão do comunismo. 
Nas Forças Armadas, corre o mito de que teria a maior rede pessoal de informantes já montada no Brasil, boa parte ainda infiltrada nas organizações socialistas. Esteve em missões no exterior, por toda a América Latina e Europa.

Mesmo entre os militares, poucos já o viram pessoalmente ou conhecem sua verdadeira identidade. Nos tempos da Guerrilha do Araguaia, não participou diretamente das ações na selva. Mas foi um dos analistas de informações que, entre outras tarefas, desvendou a verdadeira identidade de alguns dos guerrilheiros.

Na seqüência, idealizou, pesquisou e escreveu um longo trabalho sobre a história e a atuação do PC do B, ainda hoje utilizado como referência pelos órgãos de informações militares. 

Por mais de duas décadas correu nos meios militares a lenda de que seria o Capitão AZA, personagem de programa infantil da TV Tupi nas décadas de 60 e 70. Não é. Um dia será possível revelar sua verdadeira identidade. Acredito, contudo, que isso seja um detalhe de menor importância. O relevante não é saber quem é o professor Azambuja, mas sim o que ele tem de relevante a acrescentar à História.

O Professor Azambuja, codinome de um dos militares responsáveis pela organização e redação final do Dossiê Araguaia, durante a confecção do trabalho terminou por criar o seu próprio manual antiguerrilha. Foi incorporado ao Dossiê, já como primeiro capitulo, batizado de “Fundamentos Doutrinários”, onde se faz uma longa dissertação, de 26 páginas, sobre o tipo de guerra que encontraram no Araguaia (“Guerra Irregular”, classificaram), a definição do inimigo que combateram (“Rebeldes”), as táticas empregadas por esse inimigo (“Fustigação”), as vantagens e desvantagens que eles tinham sobre as forças oficiais e, por fim, o modus operandi que as “Forças Contra-Rebeldes” deveriam empregar para combater e aniquilar os “rebeldes”. 

Ao revelar no Dossiê os “Fundamentos Doutrinários” que nortearam os militares na Guerrilha do Araguaia, Azambuja terminou por produzir o primeiro manual antiguerrilha brasileiro -- pelo menos é o primeiro documento sobre o tema preparado para se tornar público. Para elaborá-lo, ele se baseou em documentos secretos ou reservados das Forças Armadas, que na ocasião apresentaram os “fundamentos doutrinários” aos militares que deveriam combater a guerrilha. 


Também se baseou nos fundamentos da guerra popular prolongada, escrito por Mao-TseTung, na Teoria do Foco Guerrilheiro, de Régis Debray, e no Minimanual do Guerrilheiro Urbano, de Carlos Marighella. Naturalmente, a redação foi em grande parte fruto do próprio imaginário que o autor tinha (e que ainda tem) sobre quem eram os inimigos que os militares combateram – e como deveriam aniquilá-los. Chamo a atenção para um trecho:

“Esse é o principal  problema que o Estado de Direito enfrenta ao combater o inimigo na Guerra Irregular. No Estado de Direito existem dois tipos de pessoas: o cidadão correto e o criminoso. O terceiro tipo de pessoa, aquele que conduz uma Guerra Irregular, não existe. Aqueles que promovem uma Guerra Irregular não conhecem quaisquer obrigações, pois nada os submetem à obediência da lei civil e nada há que os submetam às leis da guerra. Em contraposição, o Estado de Direito é submetido em todos esses aspectos. (...) Em suma, a Guerra Revolucionária é uma guerra suja e nela são empregados todos os meios. Até mesmo os legais”.

16 de agosto de 2015
Hugo Stuart é Jornalista

COMO SE SENTE?




O que estará pensando hoje o eleitor do PT, aquele, de primeira hora, que elegeu, em 2002, cheio de esperança, para a presidência da república, em clima de histeria coletiva nacional, um ex-operário para o cargo máximo do País? 

O que estará pensando ele, ao contemplar a foto recentemente divulgada na qual estão alinhados alguns dos caciques eternos da política nacional, convocados para resolver a grave crise que assola o Brasil, criada e chocada pelo próprio PT, sabendo-se que eles representam exatamente o oposto daqueles então propalados ideais sagrados do partido, para quem neles acreditava. 

Como se sente aquele eleitor, ao ver, lado a lado, Renan Calheiros, José Sarney, Jáder Barbalho, Romero Jucá, Luiz Dulci, Henrique Alves, Eduardo Braga, Michel Temer, Eunício Oliveira e, não poderia estar ausente, a metamorfose ambulante, Lula

Provavelmente se vê invadido por uma onda de frustração e perplexidade, finalmente compreendendo que, como lembrava o ator petralha Paulo Betti, para fazer política de poder a qualquer preço, é realmente necessário enfiar a mão na M...

Parodiando a citação utópica de Bertolt Brecht, "Pobre do país que precisa de heróis", pode-se afirmar em relação ao momento presente de crise, desemprego e inflação:

"Pobre do país que precisa desse grupo para se salvar". 

16 de agosto de 2015
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

TÁ RUIM DE ATURAR...




A Justiça Federal, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal poderiam mandar uma turma do Rio de Janeiro "estagiar" com os colegas do Paraná. 
Moradores de cidades fluminenses como Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Campos, além da capital e dos principais municípios da Baixada Fluminense, ficariam eternamente agradecidos.

O que fazem as representações dessas respeitáveis instituições no interior? 
Por que não aniquilam as máfias que desviam bilhões do SUS e do Fundeb, deixando nossos hospitais e escolas à míngua? 
Por que não vão atrás dos doleiros que operam bilhões dos políticos bandidos? 
Por que não vão atrás das empresas que lavam dinheiro para maus políticos do RJ?

Em tempos de Lava Jato, não seria demais perguntar que fim levou a Operação Águas Profundas. 
O que aconteceu com o então deputado estadual e com os dois deputados federais "fisgados" nas investigações da PF?

Amigos da PF, prender figuras como o Playboy é importante. Mas, cá entre nós, cadê os "matutos" (atacadistas) das drogas e armas, muitas vezes protegidos por muros de milionários condomínios nas zonas Sul e Oeste da capital? 
Cadê os verdadeiros donos do mercado do pó? Cadê os donos dos iates, helicópteros e até aviões usados no transporte de drogas e armas pelo querido RJ?

Em quase 25 anos cobrindo notícias dessas instituições, nunca vi tanta apatia, tanta inércia. 
Peço desculpas à gigantesca maioria de competentes profissionais dessas instituições, mas as cúpulas dessas forças precisam de uma sacudida. 
Meu desabafo pode até cair no vazio, mas não poderia deixar de trazer o assunto à apreciação dos amigos do Face.

O que vocês acham? Não está ruim de aturar?

16 de agosto de 2015
Marcelo Leite é Jornalista. Originalmente publicado no Facebook do autor em 14 de agosto de 2015.

A ESCOLHA É SUA: O DESTINO É DO BRASIL E DE SEUS FILHOS




Há exatos 10 anos, em 11 de agosto de 2005, o publicitário Duda Mendonça confessava em público, na CPI dos Correios, que havia recebido dinheiro no exterior para a campanha de Lula em 2002.

Segundo o próprio Duda, que chorou no depoimento, R$ 15 milhões foram pagos por Marcos Valério numa offshore nas Bahamas. Ele também disse ter feito no mesmo ano a campanha de José Genoino ao governo de São Paulo), Aloizio Mercadante (senador) e Benedita da Silva (governo do Rio). O presidente do PT era José Dirceu.

Arthur Virgílio disse: "o governo Lula acabou oficialmente hoje". José Agripino declarou: "não tenho dúvida de que um processo de impeachment dividiria profundamente a sociedade brasileira, com conseqüências terríveis."

No mesmo dia, 21 membros do PT se desligaram do partido, 10 deles aos prantos, como o deputado Chico Alencar. O líder do PT, Fernando Ferro, reagiu: "vamos tirar lições dos erros e caminhar para a superação dos nossos problemas. O que é importante para o Brasil e a democracia."

O Brasil pensou que Lula e o PT estavam mortos, o PSDB achou que era hora de deixar que "sangrassem" em público mas sem o "trauma" do impeachment. Alguns faziam o possível e o impossível para dizer que "o PT não inventou a corrupção", "são todos iguais", "caixa 2 é normal", "impeachment é golpe" e etc.

Dez anos se passaram e o que aconteceu? Lula não foi sequer investigado, ganhou a eleição novamente um ano depois, elegeu a sucessora em 2010 e reelegeu em 2014.
Se você acha que o governo Dilma vai cair de podre, que vai acabar sem uma ação firme da sociedade e do judiciário, pense novamente. Ou vá estudar um pouco de história recente do Brasil.

No dia 16, vá pra rua pedir o impeachment. Ou daqui a 10 anos a gente se encontra e lamenta novamente.

16 de agosto de 2015
Paulo Maurício Piá de Andrade é Médico.