"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

PERGUNTAR NÃO OFENDE...

E os ministros demitidos na faxina de araque da Dilma, não vão ser presos? Nem devolver o dinheiro que roubaram?..
Como estará o andamento das investigações que levaram à demissão dos ex-ministros que foram alvos de denúncias de corrupção, Antônio Palocci (PT), Alfredo Nascimento (PR), Carlos Lupi (PDT), Orlando Silva (PCdoB), Wagner Rossi (PMDB), Pedro Novais (PMDB) e Mário Negromonte (PP), na “faxina” de araque que Dilma fez em 2010?
 
Só para lembrar, os ex-ministros saíram dos cargos, mas indicaram seus substitutos. E Dilma, é claro, fez que não era nem com ela, achando que todo mundo é trouxa como os seus eleitores.
 
Pois é, o líder da oposição na Câmara, Domingos Sávio (PSDB-MG) solicitou informações ao ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União e ainda questionou o órgão sobre a devolução do dinheiro desviado ou apropriado indevidamente. Duvido que alguma coisa tenha andado para frente.
Sobre nota do Claudio Humberto.
 
10 de abril de 2014

VIROU ZONA!

Petrobras, Caixa Econômica e governo petralha anunciam patrocínio à parada gay
A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo deste ano será patrocinada mais uma vez com dinheiro público. Petrobras, Caixa Econômica e governo federal anunciam logo mais a injeção (não seria melhor supositório?) de recursos no evento. No ano passado, o custo do evento ano foi de 2,2 milhões de reais. A Petrobras comprou a cota 200.000 reais e a Caixa de 50.000.
 

Virou zona mesmo. Governo e estatais usam o dinheiro do povo como bem entendem. O interessante é que alegam desperdício de dinheiro para esvaziar as paradas de Sete de Setembro, mas esbanjam grana patrocinando gente que usa esse tipo de evento para se exibir e por à venda seus corpos, na mais escancarada prostituição possível.
Ou vão querer me enganar que existe algum propósito sério em alguma parada LGBT?
 
E salve-se quem puder!
 
10 de abril de 2014

CRIME ORGANIZADO

Secretário-geral da Presidência da República e defensor de uma guerra social como solução para a permanência do PT no poder central, Gilberto Carvalho jamais convenceu, com suas baboseiras sacristãs, sobre a morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André e que foi brutalmente assassinado porque discordou da forma com o partido arrecadava propinas na cidade e da destinação dada ao dinheiro.

Durante audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (9), Carvalho foi duramente interpelado pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que vivenciou o esquema criminoso e truculento que se instalou em Santo André, com a aquiescência do agora todo-poderoso do Palácio do Planalto.

Em sua fala, Gabrilli acusou Gilberto Carvalho de ser o arrecadador da propina cobrada de empresários de ônibus em Santo André. ”O senhor sempre foi conhecido como o homem do carro preto”, disse a deputada ao secretário da Presidência. “Era a pessoa que realmente pegava essa coleta de dinheiro extorquido de empresários e levava para o capo, como era conhecido o José Dirceu. Isso eu não li. Isso eu vivenciei”, completou Mara Gabrilli.

A parlamentar em momento algum falto com a verdade em sua corajosa participação na audiência pública, tendo, inclusive, afirmado que o seu pai, à época dono de uma empresa de ônibus na cidade do ABC paulista, era extorquido mensalmente “por uma gangue"...


 
Crime organizado – Secretário-geral da Presidência da República e defensor de uma guerra social como solução para a permanência do PT no poder central, Gilberto Carvalho jamais convenceu, com suas baboseiras sacristãs, sobre a morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André e que foi brutalmente assassinado porque discordou da forma com o partido arrecadava propinas na cidade e da destinação dada ao dinheiro.
Durante audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (9), Carvalho foi duramente interpelado pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que vivenciou o esquema criminoso e truculento que se instalou em Santo André, com a aquiescência do agora todo-poderoso do Palácio do Planalto.
Em sua fala, Gabrilli acusou Gilberto Carvalho de ser o arrecadador da propina cobrada de empresários de ônibus em Santo André. ”O senhor sempre foi conhecido como o homem do carro preto”, disse a deputada ao secretário da Presidência. “Era a pessoa que realmente pegava essa coleta de dinheiro extorquido de empresários e levava para o capo, como era conhecido o José Dirceu. Isso eu não li. Isso eu vivenciei”, completou Mara Gabrilli.
A parlamentar em momento algum falto com a verdade em sua corajosa participação na audiência pública, tendo, inclusive, afirmado que o seu pai, à época dono de uma empresa de ônibus na cidade do ABC paulista, era extorquido mensalmente “por uma gangue”, referência ao grupo comandado, segundo a deputada, por Klinger de Souza (subsecretário de Celso Daniel), Ronan Maria Pinto (atualmente dono do Diário do Grande ABC) e Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, acusado pelo Ministério Público paulista de ser o mandante do crime.
 
Mara Gabrilli pode ter esquecido, talvez não tenha vivenciado os fatos, mas a coleta do dinheiro da propina era feito regularmente por pessoas que chegavam às empresas de ônibus a bordo de um carro preto. Fora isso, os arrecadadores, depois de acomodados na sala onde se dava o pagamento, colocavam armas de fogo sobre a mesa, em clara atitude intimidatória.
O esquema criminoso que se alastrou por Santo André era tão acintoso, que pessoas de confiança dos marginais que estavam na prefeitura da cidade passaram a trabalhar nas empresas de ônibus, condição para que as mesmas pudessem funcionar sem qualquer problema. Esses prepostos da bandidagem local eram obrigados não apenas a controlar o movimento financeiro das empresas, mas também a cobrar propina de terceiro que pretendiam vender produtos ou prestar serviços aos empresários do setor.
Celso Daniel foi sequestrado depois de sair de um restaurante na capital paulista. Levado para o cativeiro, em cidade da Grande São Paulo, onde foi brutalmente torturado, o então prefeito foi encontrado morto em uma estrada vicinal de Juquitiba, cidade à beira da rodovia Régis Bittencourt.
O petista só teve um fim trágico porque discordou da forma descontrolada como a propina vinha sendo cobrada dos empresários da cidade. Fora isso, Celso Daniel se desentendeu com alguns companheiros de legenda por causa da destinação que era dada ao dinheiro imundo, que em tese serviria para financiar a campanha presidencial de Lula, em 2002, mas acabou sendo utilizado na compra de luxuosas casas de veraneio em conhecidas cidades no entorno da capital paulista.

Não custa lembrar que o gerente financeiro do Mensalão do PT, Marcos Valério Fernandes de Souza, afirmou em depoimento que foi procurado por pessoas ligadas ao PT, as quais exigiram R$ 6 milhões para interromper a investigação da morte de Celso Daniel que vinha sendo feita por um órgão de imprensa.
As gravações telefônicas do caso, divulgadas à época com exclusividade peloucho.info, provam que o esquema de cobrança de propina saiu do controle, tendo se transformado em ação típica de grupos mafiosos que não medem consequência para alcançar seus objetivos. Meses após a morte de Celso Daniel, contas bancárias no exterior registraram misteriosas movimentações, sem que as autoridades tenham solicitado informações sobre o caso a autoridades internacionais.

Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo ucho.info. Em uma delas, o atual ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.
10 de abril de 2014
ucho.info

PLAYBOY FASCISTA DE DIRCEU EM AÇÃO

 
 
Assessor de deputada do PT, pago com dinheiro público, hostiliza Joaquim Barbosa
 
Abaixo, reproduzo uma reportagem de Gabriel Castro, da VEJA.com. Há um vídeo que o acompanha. Em casos assim, quando as pessoas percebem a burrada que fizeram, tiram o material do ar. Se, no entanto, já está em outro arquivo, costumam apelar ao YouTube para fazê-lo — com a suspensão da conta de quem o publicou. O vídeo, insisto nesta questão, é de interesse jornalístico. Se há quem hostilize, com intimidação física, o presidente de um dos Poderes da República porque não aceita que tenha exercido suas prerrogativas, a informação não pode desaparecer — ou está caracterizada censura.
 
Leiam a reportagem.
 
Um vídeo publicado na internet mostra um assessor parlamentar da deputada Érika Kokay (PT-DF) hostilizando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em Brasília. Ao lado dele, outras duas militantes petistas ressentidas com as condenações do mensalão insultam o ministro. “Autoritário”, “projeto de ditador” e “tucano” são alguma das palavras utilizadas pelo pequeno grupo, em meio a loas ao ex-ministro-presidiário José Dirceu.
As imagens foram feitas pelos próprios petistas na saída de um bar e publicadas na internet. Não é possível saber se o presidente do STF deixou o local por causa do protesto ou se os manifestantes só agiram quando ele já estava a caminho do carro.
O vídeo foi gravado e protagonizado pelo conhecido baderneiro Rodrigo Grassi Cademartori, autointitulado “Rodrigo Pilha”. Uma espécie de petista-playboy, ele se ocupa principalmente de duas tarefas: uma é repetir chavões para intimidar, inclusive fisicamente, qualquer um que avalie ser adversário do PT. A outra é divulgar suas fotos em momentos de lazer – pilotando uma lancha, por exemplo.
Defensor da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou a blogueira Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional, iniciou uma confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e ajudou a organizar “protestos” contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Também fez questão de passar o dia na porta da Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram no ano passado.
Uma de suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem que fique evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika Kokay. As duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.
Na descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa, Grassi define o presidente do STF como “fascista” e, orgulhosamente, anuncia que o colocou “para correr”. No vídeo, em português sofrível, ataca: “Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças”.
Grassi recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês. Porque o militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro público é uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.
10 de abril de 2014
 Reinaldo Azevedo - Veja Online
 

SÃO TANTAS COISINHAS MIÚDAS


O mensaleiro Jacinto Lamas, condenado à prisão no regime semiaberto por lavagem de dinheiro, aproveitou duas vezes a saída da Papuda para o trabalho para passar na igreja Nossa Senhora de Guadalupe. Outro mensaleiro, Valdemar Costa Neto, passou num McDonald’s drive-thru e pediu um sanduíche. Que horror!
E um grande jornal impresso, de circulação nacional, mobilizou cinco repórteres durante três semanas para apurar essas importantes violações da disciplina carcerária. Onde já se viu, ir à missa e comer no McDonald’s?
Certo: é violação das normas carcerárias. Como é violação (e mais grave) o encontro de Valdemar Costa Neto com o líder de seu partido na Câmara, Bernardo Santana. Mas no geral é coisa vagabunda, sem maior importância; não cabe à imprensa vigiar os detalhes da disciplina nas prisões. Dá a impressão de perseguição, de que qualquer coisinha chinfrim merece uma página com manchete de seis colunas. Bem ou mal, aceitem ou não as normas vigentes, cumprindo ou não as exigências legais de rigor carcerário, os presos estão presos, foram condenados, receberam forte marca negativa em sua reputação, deixaram claro que aproveitaram sua passagem no Governo para fins pouco republicanos. Cabe à imprensa afligir os confortáveis e, num caso como este, deixar que os aflitos enfrentem seus problemas, sem procurar agravá-los.
O cumprimento da pena dos condenados do Mensalão, sem dúvida, virou um pandemônio. O governador de Brasília, por ser governador e arrogante, arroga-se o direito de visitar seus companheiros de partido presos na Papuda na hora em que quiser (e colegas de Congresso também tentaram transformar o presídio numa grande festa, aparecendo a qualquer hora, levando convidados – só faltou mesmo a cerveja, se é que faltou). Delúbio Soares está trabalhando dentro do partido (ficou melhor do que esteve antes, quando tinha sido expulso e não podia aparecer publicamente por lá), e fazendo o que sabe: arrecadou um monte de dinheiro para pagar as multas dele, parte da multa dos outros e isso é o que se sabe. José Dirceu, segundo seu próprio companheiro petista baiano, tinha um telefone celular à disposição e o usou para conversar com ele. Prisão com telefone celular não é prisão: é escritório em que não se paga aluguel.
As desculpas são tão ridículas quanto a reportagem sobre o temerário ato de ir à missa: o líder do PR na Câmara, por exemplo, depois de negar a visita a Valdemar Costa Neto, ex-presidente do partido, acabou cedendo depois que soube que tinha sido fotografado. Mas garantiu que os dois não trataram de política.
10 de abril de 2014
CARLOS BRICKMANN - Diário do Poder

OS COVEIROS DA CPI SÃO DUAS PROVAS DE QUE A PETROBRAS CORRE O RISCO DE ENTRAR NA LISTA DOS GRUPOS CRIMINOSOS VIGIADOS PELA INTERPOL


 
 
Se continuasse em segredo a gastança criminosa na refinaria de Pasadena ou na refinaria Abreu e Lima, se a imprensa não tivesse revelado nenhuma das patifarias bilionárias que há semanas afrontam o país que presta, só o pânico provocado no Planalto pela assombração da CPI bastaria para convencer até um bebê de colo de que é preciso devassar com urgência e sem brandura as catacumbas da Petrobras. O que se descobriu até agora grita que 11 anos de governo lulopetista reduziram a maior das estatais a uma portentosa usina de maracutaias. O que falta descobrir pode rebaixar o escândalo do mensalão a coisa de batedor de carteira.
O Brasil Maravilha, repito, não passa de um pobretão metido a besta que se fantasia de rico com um fraque puído nos fundilhos. Coerentemente, a Petrobras inventada por Lula finge prosperar com as sobras da autossuficiência que nunca existiu, esbanja antecipadamente o dinheiro que jamais lucrará com a exploração do pré-sal e, enquanto importa milhões de barris, capricha na pose de sócia atleta da OPEP. Surpreendidos pelo tsunami de delinquências comprovadas, os farsantes no poder decidiram recorrer ao estoque de métodos repulsivos para afastar a estatal das primeiras páginas onde vem estacionando diariamente.
A julgar pelo noticiário da segunda-feira, assim será também nesta semana. “Operação da Polícia Federal aponta intermediação do doleiro Alberto Youssef entre fornecedores da Petrobras, PP e PMDB”, informou o Estadão. ”Petrobras contrata R$ 90 bilhões sem licitação em três anos”, revelou a manchete da Folha. Nesta terça, o Estadão confirmou que o deputado André Vargas foi forçado pelos próprios companheiros a licenciar-se da Câmara “para não alimentar a CPI da Petrobras”. O principal concorrente, baseado numa pesquisa do Datafolha, constatou que “78% dos brasileiros acreditam que há corrupção na Petrobras”.
Levada às cordas pela devastadora sequência de fatos, Dilma Rousseff replicou com outro palavrório de pugilista grogue: “A CPI da Petrobras é fruto da disputa eleitoral”. Nesta tarde, Lula interrompeu o silêncio dos sem-álibi para distrair com bazófias, bravatas e tapeações uma plateia de blogueiros estatizados. ”As pessoas nunca quiseram CPI pra nada, e agora…”, desandou o palanque ambulante. “Então, eu acho que nesse aspecto o PT tem que ir para cima”. A continuação do palavrório confirmou que o maior dos governantes desde Tomé de Souza anda pouco inspirado.
“Mais uma vez, os interesses políticos estão fazendo com que, em época de eleição, a oposição que não tem bandeira, não tem voto, levante a ideia de fazer uma CPI”, repetiu-se, antes de desferir outra bofetada no rosto dos brasileiros decentes: “A gente não pode permitir que, por omissão nossa, as mentiras continuem prevalecendo. Temos que defender com unhas e dentes aquilo que a gente acredita que seja verdadeiro”. Foi, portanto, para garantir o triunfo da verdade que Lula e Dilma selecionaram tão cuidadosamente os coveiros encarregados de enterrar a CPI da Petrobras.
A escolha de Renan Calheiros e Romero Jucá foi, simultaneamente, uma confissão de culpa e um sintoma de desespero. Agindo em parceria, o pecuarista sem rebanho e o fazendeiro do ar (veja o post na seção Vale Reprise) são mais que uma dupla de assassinos da ética e da moral. Os dois prontuários ambulantes valem por um bando. A Polícia Federal e o Ministério Público deveriam anexá-los aos inquéritos e processos que envolvem a estatal.
Renan e Jucá são, sobretudo, duas evidências contundentes de que, pelo andar da carruagem, o governo do PT e da base alugada ainda vai conseguir infiltrar a Petrobras na lista das organizações criminosas sob a mira da Interpol.
10 de abril de 2014
Augusto Nunes, Veja online
 

ESTE MAL QUE NOS AFLIGE


 Artigos - Governo do PT 
A oposição parlamentar, política, partidária, raramente incomoda o PT. O partido quer calar é a oposição que se ouve e se vê. Ela está nas redes sociais, nessa miríade de mensagens, imagens e textos que circulam e recirculam, alcançando um universo ilimitado de pessoas.

A presidente Dilma convocou o camarada Franklin Martins novamente para a guerrilha da comunicação social. Ele vai comandar a campanha petista na imprensa e nas redes. Franklin havia dirigido a comunicação nos  governos petistas e é possível que tenha sido responsável por todas as perguntas não feitas - eu disse não feitas -  a Lula pelos jornalistas brasileiros nos últimos 12 anos. Coube-lhe, por bom tempo, lidar com a distribuição de verbas publicitárias federais à mídia nacional. Tal prática sempre se revelou excelente para estimular a autocensura nos meios de comunicação. Coincidência ou não, as últimas semanas foram marcadas por demissões de conhecidos jornalistas que vinham merecendo destaque nacional e cujos comentários alcançam elevados índices de reprodução nos arquivos do YouTube.
 
Enquanto o PT viaja com a serenidade de uma pedra de curling, batedores à frente, preparando o terreno, a oposição fala em microfones de plenário que quase ninguém escuta. Digam o que disserem os parlamentares nas duas casas do Congresso, ninguém na mídia nacional, dá bola para essas tribunas. E não é de hoje. Há bom tempo a oposição fala para paredes surdas e ouvidos moucos. Nada tem a oferecer. Não tem cargos, nem verbas, nem maioria. Em quase nada influi.
 
É muito provável que você, leitor, se surpreenda com a apatia oposicionista. Pois isso que constata é consequência do que acabei de descrever. A oposição parlamentar, política, partidária, raramente incomoda o PT. O partido quer calar é a oposição que se ouve e se vê. Ela está nas redes sociais, nessa miríade de mensagens, imagens e textos que circulam e recirculam, alcançando um universo ilimitado de pessoas. Ela está, também, na voz, na imagem e na palavra escrita de um número crescente de formadores de opinião, acadêmicos, escritores, intelectuais que chegam até você por diversas maneiras. É essa oposição não partidária, que é política mas não é alinhada, que incomoda o PT. É contra ela que se dirigem as tentativas de regular, regulamentar e, em palavras mais objetivas, controlar o que circula junto à opinião pública.

Para realizar tal tarefa surge no cenário o personagem mais macabro da comunicação social brasileira, o redator do tétrico manifesto divulgado durante o sequestro do embaixador Burke Elbrick, onde escreveu:
"Este ato (...) se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores. Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa de guerrilha rural."
Pois é esse mesmo personagem que, agora, transformado em próspero profissional da comunicação social, passa a trabalhar para a candidata Dilma Rousseff, com enorme influência nas verbas publicitárias do governo. Certamente não é por acaso que jornalistas não cabresteados pelo Planalto começam a bater pé nas calçadas em busca de novos locais de trabalho.
 
10 de abril de 2014
Percival Puggina

MAIS UMA "MENTIRINHA" DA PINOCOLÂNDIA

Cai mais uma mentira do PT: desemprego médio em 2013 foi de 7,1% e não 5,4% como anunciou Dilma

 
Hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou os dados do desemprego de 2013, por um novo indicador: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O número de desempregados aumentou substancialmente, derrubando os índices eleitoreiros apresentados pelo governo petista.
 
Enquanto a PME pesquisa a cada mês a situação do mercado de trabalho em seis regiões metropolitanas (Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador), a Pnad Contínua vai mostrar o cenário do emprego a cada três meses em 3.500 municípios de todas as regiões do país, incluindo áreas rurais, em um total de 211.344 domicílios visitados.
Já Pnad (anual, a antiga) pesquisa por ano 1.100 municípios, com 147.203 entrevistas. Ela apresenta as características demográficas e socioeconômicas da população (sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, e características dos domicílios). Com a ampliação da pesquisa sobre emprego para as áreas rurais, segundo o instituto, a Pnad Contínua vai oferecer resultados inéditos.
 
O governo costuma anunciar o número mensal, usando apenas as regiões metropolitanas. Para a propaganda oficial, o desemprego terminou em 4,3%. O número real, pelo novo indicador, é de 6,2% no último trimestre. Pela média do ano, o número usado pelo governo fecha em 5,4%. Pelo novo índice, o desemprego médio foi de 7,1%.
 

POR QUE NÃO?


 
Leio nos jornais de hoje que a deputada federal paulista, Mara Gabrilli, está sendo cotada, por alas do PSDB, para ser a vice-presidente na chapa de Aécio Neves. É mulher, é de São Paulo e não tenham medo de falar, por favor, tem um outro diferencial a ser considerado: é portadora de deficiência física e representa mais 45 milhões de brasileiros que também o são. Leio que um acidente de trânsito deixou a deputada Mara tetraplégica, em 1994.
 
Sua luta para sobreviver foi emocionante e sua dedicação à política, posteriormente, uma lição de cidadania. Basta ler a página a ela dedicada na Wikipedia. Ontem, ao olhar esta mulher desafiando Gilberto Carvalho, com a calma dos honestos e a precisão dos justos, pensei: por que não?
 
Ao olhar os números do IBGE e descobrir que 63% das mais de 13 milhões de pessoas com alguma dificuldade motora são mulheres, pensei: por que não? Ao lembrar da rampa do Palácio do Planalto, cuja acessibilidade deveria ser estendida a todas as ruas e prédios deste país, pensei: por que não?
 
Mara Gabrilli, sem dúvida alguma, faria a diferença para dezenas de milhões de brasileiros que lavariam a alma subindo aquela rampa com ela.
 
 - Luis Macedo/Agência Câmara
 
A deputada Mara Gabrilli concedeu a entrevista abaixo, ao Broadcast Politico do Estadão:
Broadcast Político - O seu nome está sendo cotado para ser vice na chapa de Aécio Neves nessas eleições presidenciais. Houve algum convite formal?
Mara Gabrilli - Ontem eu tive um convite, mas pra ser vice-líder da bancada (do PSDB na Câmara dos Deputados). Agora, com relação à chapa do Aécio, estou lendo em alguns lugares sobre isso, mas não conversei com o senador a respeito.
BP - Como defensora das causas humanitárias, a senhora tem participado das discussões do seu partido com vistas às eleições 2014?
Mara - Tenho discutido temas pontuais, propostas que defendo, mas não trato de estratégia eleitoral.
BP - A senhora aceitaria o desafio de ser vice na chapa presidencial do PSDB?
 
Mara - Nunca pensei sobre isso, mas fico muito lisonjeada, de ver meu trabalho ser reconhecido. Agora, se tiver um convite formal, eu tenho que pensar, que estudar, ver o que o cargo exige. Eu não estou neste caminho para ser uma articuladora política, claro que se eu me dedicar, isso pode acontecer.
 
BP - E qual é o seu papel na política?
 
Mara - O meu papel é muito claro, estou na política para melhorar a vida das pessoas com deficiência. Acredito que se você melhora a vida das pessoas com deficiência em uma cidade, a vida de todas as pessoas melhora. Sou muito focada nisso.
BP - Mas há a possibilidade de aceitar um eventual convite?
Mara - Imagina um cargo dessa envergadura, Aécio é eleito, tem de viajar, aí o vice assume a Presidência do País... nunca planejei isso. Mas, é claro que não vou falar (se o convite for formalizado) 'nunca', que dessa água não beberei. Mas eu tenho um projeto específico para estar na política.
 
BP - Qual a importância de um candidato a vice em uma campanha?
Mara - É um papel muito importante, acho que agrega demais. Por exemplo, uma vice como (a ex-senadora) Marina Silva (na chapa do pessebista Eduardo Campos) agrega afeto, confiança, uma espécie de sentimento de guardiã das boas causas. Não sinto isso com o Temer (o peemedebista Michel Temer, que deve ser novamente o vice na chapa de Dilma Rousseff).

QUEREM BLINDAR PADILHA?

Ministério da Saúde sonega informações à Justiça sobre contrato fraudulento da Labogen.

Padilha e Vargas, sempre tão felizes.
A Justiça Federal do Paraná determinou que o Ministério da Saúde entregue à Polícia Federal cópia integral do processo de contratação do Labogen, o laboratório que tem entre seus sócios o doleiro Alberto Youssef. Para a Justiça Federal, os documentos entregues pelo ministério até o momento estão incompletos e não permitem a devida análise do caso. 
 
O ministro da Saúde, à época, era o petista Alexandre Padilha, que atualmente percorre o estado em pré-campanha eleitoral, como pré-candidato ao governo de São Paulo.
 
Com a suposta ajuda do deputado André Vargas (PT-PR), o Lagoben obteve um contrato de R$ 31 milhões com o ministério. Depois que caso veio a público, o contrato foi suspenso. Informações da Operação Lava-Jato indicam que Youssef usou o Labogen para fazer remessas ilegais de dinheiro ao exterior.
 
Em depoimento à PF o empresário Leonardo Meirelles, sócio de Youssef no laboratório, confirmou parte das acusações. O empresário, que estava preso desde 17 do mês passado, foi solto nesta quarta-feira depois de pagar fiança de R$ 200 mil.
 
(Com informações de O Globo)
 
10 de abril de 2014
in coroneLeaks

DEPUTADA PÕE O DEDO NA CARA DE GILBERTO CARVALHO, O "HOMEM DO CARRO PRETO"


 https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=zwIF_LMAddw
 
A deputada estadual Mara Gabrilli (PSDB-SP), filha de um empresário de ônibus que era extorquido pela gang de Celso Daniel, em Santo André, faz revelações impressionantes. Segunda ela, o "homem do carro preto" era o ministro Gilberto Carvalho. Assistam e tenham calma nos comentários.

CONSPIRAÇÃO CONTRA A VENEZUELA

Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
É vergonhoso que a maioria dos governos dos países da América tenham sido capazes de se pôr de acordo em estabelecer uma espécie de política comum que só beneficia os regimes despóticos do hemisfério, sem considerar que com essa atitude deixam em absoluta falta de defesa os povos submetidos aos regimes autoritários.
 
A conduta de muitos dos políticos latino-americanos reflete, no melhor dos casos uma grande miopia e no pior, uma franca e aberta cumplicidade com os autocratas, situação confirmada na Assembléia da Organização de Estados Americanos (OEA), quando se impediu à deputada María Corina Machado expor a realidade que seu país padece sob o regime de Nicolás Maduro.
 
O povo cubano tem sido a vítima por antonomásia da estultícia, covardia e oportunismo dos líderes políticos do hemisfério. Apesar de que a política de desestabilização do governo de Cuba não havia mudado para seus pares do hemisfério, a maioria dos governos do continente modificou sua política para Havana, restabeleceu relações diplomáticas e comerciais com a ilha enquanto a OEA deu seu aval às mesmas.
 
A ditadura imperante na ilha não a impediu que se integrasse a organismos regionais, entre eles, as Cúpulas de Chefes de Estado e Governo da Ibero-América, ao extremo de que organizou alguns desses eventos. Nenhum governo reparou que Havana violava descaradamente os acordos nos quais se comprometia a respeitar os direitos humanos, a pluralidade e transparência política.
A nova vítima desta crônica negligência é a Venezuela. A confabulação dos governos a favor do despotismo se evidencia outra vez.
 
A dupla moral e a quebra dos valores que nossos governantes dizem defender, possibilitará que sejam mais os povos submetidos a ditaduras eleitorais, na qual os governantes vestidos de civil podem ser tão cruéis e desapiedados como os militares que lhes precederam. Maduro é um exemplo.
 
É conveniente fazer notar a rapidez e firmeza com a qual políticos, organizações sociais, setores intelectuais e governos identificados com o populismo eleitoral, atuam solidariamente quando um de seus iguais, ou próximo a seus interesses, são afetados negativamente por decisões que ponham em perigo a sobrevivência do aliado.
 
Conseqüente com esse compromisso, a delegação da Nicarágua solicitou que a sessão na qual a deputada venezuelana falaria fosse a portas fechadas, proposta a que os governos aliados ideológicos do castro-chavismo e os que se beneficiam do petróleo venezuelano, apoiaram sem reparo.
 
Posteriormente, outras manobras que evidentemente haviam sido previamente acordadas entre os que respaldam o regime de Maduro, impediram que na Sessão Ordinária do Conselho Permanente da OEA, a deputada María Corina Machado pudesse denunciar o que acontece em seu país.
 
É certo que o governo da Venezuela exerce uma chantagem vil com seu talão de cheques sobre muitos governos e que outros mandatários o respaldam porque sua aliança, diga-se de passagem, ideológica com Caracas assim o indica, porém o voto do Brasil, embora tipifique a apatia da maioria dos governos da América Latina sobre valores como a liberdade e os direitos humanos, é muito preocupante porque parece indicar que apesar de suas muitas potencialidades não está com capacidade de assumir a liderança hemisférica que se lhe supõe.
 
Se a conspiração orquestrada pela Venezuela para impedir que a deputada Machado falasse no conclave foi uma vitória pírrica, em particular, graças ao Panamá e os governos que apoiaram sua proposta, o regime de Maduro se auto-agravou quando reteve a deputada no aeroporto quando retornava ao país.
Essa detenção temporária, mais a obsessão de Diosdado Cabello para retirar de María Corina a imunidade parlamentar, a prisão de vários prefeitos e o incremento da repressão, demonstram que o regime não tem vontade de discutir com sinceridade os problemas do país e dar-lhes solução com a participação de setores independentes da sociedade.
 
O governo de Maduro está consciente do caráter político dos protestos, mas também sabe que se estenderam-se, apesar da repressão por várias semanas, é porque estão sustentadas em problemas reais da nação, como a existência de presos políticos, controle dos meios de comunicação, restrição às liberdades econômicas, a corrupção, a elevada inflação, insegurança pública e outras travas que prejudicam a cidadania.
Até o momento morreram muitas pessoas, em sua maioria estudantes e gente do povo que repudia a violência, o que deixa apreciar que Maduro confia devotadamente na capacidade dos repressores cubanos para submeter os manifestantes e no talento de Ramiro Valdés em construir um país modelado a seu gosto, onde os protestos sejam lembrados como um mal exemplo da democracia.
 
10 de abril de 2014
Pedro Corzo
Tradução: Graça Salgueiro

FILIAL INTERNACIONAL DO IPEA FAZ PESQUISAS FAVORÁVEIS AO GOVERNO VENEZUELANO



 
Única representação internacional do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a filial do órgão na Venezuela prioriza análises favoráveis ao chavismo e projetos de integração com o Brasil ao estudo dos graves problemas macroeconômicos do país.
 
Desde a criação da filial venezuelana, em 2010, nenhum estudo sobre a economia venezuelana, que apresenta alta inflação e disparidade cambial crescente, foi feito.
 
A ausência desses temas contradiz a justificativa oficial dada pelo próprio instituto para a missão no seu início, pela qual "os grandes temas" seriam "macroeconomia e financiamento de investimento, acompanhamento e monitoramento de políticas públicas".
 
Nestes quatro anos, a Venezuela tem sofrido uma deterioração contínua de sua economia. A inflação fechou o ano passado em 56%, há desabastecimento de produtos básicos e um mercado de câmbio descontrolado.
 
Apesar da conjuntura, nos estudos produzidos sobre a Venezuela no período e enviados pelo Ipea à Folha via Lei de Acesso à Informação, os assuntos predominantes são cooperação da Venezuela com o norte do Brasil e o modelo político venezuelano.
 
O tom varia entre neutro e elogioso ao chavismo. Nos estudos sobre cooperação, problemas como insegurança jurídica ficam praticamente de fora, apesar do recente histórico de nacionalizações e do relativamente baixo investimento estrangeiro.
 
Há também relatórios mais políticos, como o "Federalismo, Democratização e Construção Institucional no Governo Hugo Chávez", de três autores, onde se lê:
 
"O modelo bolivariano afasta-se, sem dúvidas, da democracia representativa despolitizadora que predomina ainda hoje no mundo. Supera o modelo idealizado pelos pais fundadores da república norte-americana".
 
A missão é chefiada pelo economista brasileiro Pedro Silva Barros, autor de textos no qual defende os governos de Chávez e o de seu sucessor, Nicolás Maduro, e critica a oposição venezuelana.
 
Segundo o Ipea, os gastos com estrutura são baixos. Barros tem salário de US$ 12.291 e ocupa uma sala na representação da Caixa Econômica Federal em Caracas. Trabalha com pesquisadores e bolsistas que permanecem curtos períodos no país.
 
Colaborador da publicação de esquerda "Carta Maior", ele escreveu, na visita recente a Brasília da deputada oposicionista radical cassada, María Corina Machado:
 
"[O senador tucano] Aécio Neves a saudou como representante da voz das barricadas, legitimando a violência que levou a morte de quase 40 venezuelanos."
 
A filial do instituto em Caracas foi criada por um acordo entre Lula e Chávez.
 
Na época, o Ipea era chefiado pelo petista Marcio Pochmann, criticado por ter politizado o instituto.
 
"Ele [Barros] está lá pra chancelar um governo estrangeiro, pra dar um ar de democracia, de legitimidade a um governo ditatorial", disse à Folha o economista Adolfo Sachsida, desde 1996 no Ipea.
 
Ele ressalva que a responsabilidade por isso é de Pochmann, e não do atual presidente, Marcelo Neri.

10 de abril de 2014
caminho21

GREVE GERAL CONTRA OS KIRCHNER PODE TRANSFORMAR ARGENTINA EM NOVA VENEZUELA

 


 
Uma greve geral convocada por sindicatos e políticos opositores ao governo de Cristina Kirchner paralisa serviços essenciais nesta quinta-feira na Argentina. De acordo com o jornal La Nación, a greve é sentida com força na região metropolitana de Buenos Aires e a paralisação de trens, metrôs, ônibus e voos deixou as ruas da capital e das cidades próximas vazias. Os sindicatos e setores de oposição protestam contra a desvalorização do peso frente ao dólar, a inflação e a insegurança no país
 
Os sindicalistas reivindicam a possibilidade de cada setor negociar os salários livremente, sem um teto máximo estabelecido pelo governo. Os trabalhadores também querem que o governo conceda dois reajustes salariais até o final do ano, levando em conta a projeção de 40% de inflação no país para 2014, segundo consultorias privadas de análise de dados macroeconômicos.
 
Escolas, bancos e a coleta de lixo também estão com serviços suspensos em muitas cidades do país. Em alguns hospitais, apenas o serviço de emergência está operando normalmente, mas é impossível fazer uma consulta ou um exame. "Existe um elevado grau de adesão", disse Luis Barrionuevo, ex-senador e dirigente da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), uma das principais do país. Devido à forte adesão dos trabalhadores do setor dos transportes, a greve nacional já é considerada um sucesso pelos organizadores e um duro golpe contra o governo. No setor privado, "estão parados a Ford, a Kraft, a Volkswagen, a PepsiCo e outras empresas", disse o deputado e líder da Frente de Esquerda, Néstor Pitrola.
 
Os principais acessos à cidade de Buenos Aires estão bloqueados por piquetes de manifestantes. A ponte Pueyrredón, importante rota que liga a capital à região sul da Grande Buenos Aires, foi bloqueada às 7 horas da manhã. Cerca de 200 militantes do Partido Obrero impedem a passagem de veículos na ponte em ambas as direções.

10 de abril de 2014
caminho21

GILBERTO CARVALHO ADMITE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA NO GOVERNO - ACUSA CAIADO



 
O líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Ronaldo Caiado (Democratas-GO), acusou o ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, de praticar tráfico de influência ao interferir em estatais para a liberação de recursos a entidade ligada ao MST para financiar evento que terminou em tumulto, em Brasília.

Carvalho esteve nesta quarta-feira (9/4) na Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal para explicar o repasse de recursos governamentais ao MST, suas declarações que condenam comportamento da PM/DF em manifestação do MST e denúncias do ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., de recebimento de propina enquanto Carvalho trabalhava com o prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel.
 
“Quando um ministro de Estado liga para um presidente da Caixa Econômica, nessa hora, ele não está solicitando, é uma ordem para liberar os recursos. Não é uma pessoa comum interferindo, isso é tráfico de influência! Tira a liberdade das estatais de decidirem as prioridades dos patrocínios”, opinou Caiado. Nessa mesma audiência pública, Gilberto Carvalho admitiu ter feito gestão para que Caixa, BNDES, Petrobras e INCRA repassassem cerca de R$ 1,5 milhão a Abrapa, ONG ligada ao MST, para financiar congresso do movimento que terminou em tentativa de invasão do STF e Palácio do Planalto com 32 feridos. A afirmação foi feita após questionamento do democrata Efraim Filho (PB).
 
Caiado solicitou ao ministro informações detalhadas sobre a aplicação de recursos de patrocínio a ONGs e sobre a forma de escolha e atuação do comitê de patrocínio da Secretaria-geral, segundo Carvalho, responsável por deliberar sobre a aprovação desses recursos. “Quando perguntado pelo deputado Efraim Filho, o ministro afirmou que ele próprio havia interferido e não um comitê de patrocínio, como disse depois, e isso configura tráfico de influência”, acrescentou Ronaldo Caiado.
 
Denúncias Romeu Tuma Jr.
 
Os deputados Alexandre Leite (Democratas-SP) e Caiado questionaram o ministro da Secretaria-Geral sobre seu recuo em processar o ex-secretário nacional da Justiça, Romeu Tuma Jr., que o acusou de receber propinas de empresários e repassá-las ao ex-ministro José Dirceu – condenado no processo do mensalão – enquanto trabalhava com prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel.
 
“O senhor afirmou que iria processar Romeu Tuma Jr. em dezembro de 2013. Se nega todas as acusações o melhor a fazer não seria aciona-lo na justiça? As denúncias são graves e foram publicadas. Me causa estranheza esse fato até porque as outras pessoas citadas ou está morta ou está presa, condenado no processo do mensalão”, disse Leite. O ministro Gilberto Carvalho disse na audiência que, ao contrário do que declarou no ano passado, não dará palanque a Tuma Jr. e apenas oprocessará quando achar conveniente.
 
10 de abril de 2014
 

SIM, TEMOS OPOSIÇÃO

  
 
Ontem, alguns fatos animaram a todos nós, que somos Oposição à corrupção e à leniência, mostrarando como a minoria no Congresso pode obter vitórias quase impossíveis. O senador Gim Argello (PTB-DF), após ver um pedido de urgência ser derrotado por um voto no Senado, em meio a uma chuva de manifestações contrárias, desistiu de pleitear a vaga para o Tribunal de Contas da União, mais uma chicana do governo Dilma.
O sócio do doleiro Antonio Yousseff, preso na Operação Lava Jato, deputado petista André Vargas renunciou ao seu cargo de vice-presidente da Câmara e começou a ser processado no Conselho de Ética. É uma questão de tempo para que perca o seu mandato por quebra de decoro parlamentar. Meio corrupto já caiu. Só falta a outra metade,
Renan Calheiros, presidente do Senado, também foi desmascarado pelas redes sociais durante todo o dia, por ter falsificado um parecer do ex-ministro do STF, Paulo Brossard, para embasar o seu ataque criminoso contra a CPI da Petrobras, proposta pela Oposição. Hoje os grandes jornais, alertados pelas redes sociais, dão destaque a mais esta chicana comandada pela base do governo no Senado. O STF deverá garantir a CPI proposta pela Oposição ou estará consumado um verdadeiro golpe de Estado.
Por fim, o Tribunal de Contas da União (TCU), em decisão inédita, convocou a presidente da Petrobras, Graça Foster, a depor naquela Corte, para explicar o rombo de R$ 7 bilhões na obra do Comperj, que está atrasada três anos. É mais uma prova cabal de que a maior estatal do país está sendo esbulhada e destruída pelo governo do PT. Sim, temos Oposição. Nosso dever é apoiá-la.