"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

JUIZ SÉRGIO MORO HOMOLOGA PRIMEIRA DELAÇÃO PREMIADA DA OPERAÇÃO LAVA-JATO

PELA MUDANÇA JÁ, ANTES QUE SEJA TARDE, EU VOTO AÉCIO  45





O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, homologou hoje (24) o primeiro acordo de delação premiada da investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O acordo foi feito entre a defesa de Luccas Pace Júnior, acusado de crimes financeiros e lavagem de dinheiro, e o Ministério Público Federal (MPF). O conteúdo da delação está em segredo de Justiça.

De acordo com a investigação, Luccas era subordinado a Nelma Kodama, considerada pelo Ministério Público líder do grupo criminoso que operava no mercado negro de câmbio por meio de empresas fantasmas.

O próximo acordo de delação a ser homologado deve ser o depoimento em que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, cita nomes de políticos favorecidos com propinas no esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Por envolver pessoas com foro privilegiado, a homologação terá de ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois, viram os depoimentos do doleiro Alberto Youssef, associado de Paulo Roberto Costa no esquema da Petrobras.

Ontem (23), integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras reuniram-se com o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, para pedir acesso ao depoimento de Costa.  Segundo o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB),  o depoimento ainda não foi homologado e, por isso, não pode ser repassado à CPMI.
 
25 de setembro de 2014
André Richter
Agência Brasil 

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
 
25 DE SETEMBRO DE 2014


DEPOIMENTOS DA DELAÇÃO PREMIADA ESTÃO COM O PROCURADOR JANOT DESDE SEGUNDA-FEIRA

CONTRA O SIGILO DOS CARTÕES CORPORATIVOS, EU VOTO AÉCIO 45    


 

 
Parlamentares da CPI mista da Petrobras falharam novamente na tentativa de obter cópias da delação premiada feita pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa — nos depoimentos, ele listou uma série de políticos como destinatários de propinas.
Na terça-feira (24/9), eles se reuniram com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato na Corte, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na conversa, os ministros afirmaram que, assim que o acordo de colaboração premiada for homologado pelo STF, ele será entregue aos parlamentares. O problema é que não há prazo. Fontes que estiveram com Janot afirmaram que os depoimentos de Paulo Roberto já estão com o procurador desde a segunda-feira. Ele precisa fazer um parecer favorável à homologação do acordo.
E Teori Zavascki decidirá se as declarações do ex-diretor da Petrobras devem ser usadas para colaborar com as investigações e servir para reduzir a punição nos processos a que responde na 13ª Vara Federal do Paraná.

Apesar da promessa sem data, oficialmente, os parlamentares se disseram satisfeitos. “Foi tempo ganho”, disse o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Ele disse que, hoje, a delação nem sequer está presente nos autos do processo da Lava-Jato no Supremo. Só vai integrá-la quando houver a homologação do acordo. “Todas as matérias presentes aos autos serão compartilhadas com o Legislativo”, disse Vital, ao reproduzir o compromisso assumido pelos ministros.

25 de setembro de 2014
Eduardo Militão
Correio Braziliense

O BRASIL SÃO DOIS: UM QUE DEVERIA SABER E UM QUE FAZ

   PELA DEMOCRACIA, EU VOTO AÉCIO  45

 

 
Leio, perplexa, a resposta de uma grande cientista política, Maria Celina d’Araújo, sobre o presidencialismo de coalizão no Brasil: “O grande poder da República é o Colégio de Líderes nas duas Casas do Congresso. Parlamentares votam com seus partidos, o grau de indisciplina é baixo.
O Parlamento não é um mercado persa que funciona no grito individual e no voluntarismo de cada um” (coluna de Anselmo Gois em “O Globo”, 18.9.2014).
 
Nesse trecho todo só há uma verdade: a parte em que ela se refere a que o Congresso não funciona no grito individual. Celina: por isso existe o “baixo clero”, exatamente quem não grita e, caladinho, faz o que lhe dá na telha.

Não seria mal nenhum se os nossos grandes cientistas políticos deixassem seus gabinetes e viessem a conviver com a realidade da relação Executivo/Legislativo/Judiciário. Acho que teriam síncope atrás de síncope. Nada tem a ver o que escrevem, sonhadores e visionários que são, com a dura realidade desta Brasília em transe.

Celina, Colégio de Líderes existiu – se existiu — há muito tempo atrás; disciplina partidária é palavrão que nem mais frequenta a bancada do PT. Cada presidente convoca-os se quer e para examinar “abobrinhas”, isto é, projetos de que ninguém discorda. Isso na Câmara; no Senado, nunca houve.
Os líderes lideram quando executam exatamente o que querem seus “liderados”, ou seja, quando são porta-vozes fiéis de todo tipo de corporativismo, de pouca-vergonha na relação, sobretudo, com o Executivo. Deixa pra lá, você entende de livros. Não conhece a realidade.

O FAZENDEIRO

A realidade, essa é conhecida de um fazendeiro de São Paulo, que tem hectares e hectares, gado e mais gado no Pantanal do Mato Grosso do Sul, na região entre as grandes distâncias que separam Corumbá, Poconé e sei-lá-que-fim-de-mundo daquele fim de mundo velho sem porteira.

Um dia, deu nele um estalo, e resolveu de seu próprio bolso construir uma escola para as crianças de sua fazenda e das fazendas ao redor (todas só alcançáveis por trator ou avião e, assim mesmo, fora da época das chuvas).
Ali ele construiu salas de aula, dormitórios, salas multimídia com computadores, com projetor de cinema, com espaço para bailinhos de fim de semana, comida farta e bem servida, campinho de futebol, bicicletas e cavalos para a meninada, abnegadas professoras e diretora, todas com o mesmíssimo espírito que movia minhas professoras, naquele tempo em que ensino público no Brasil era elitista, mas qualificado.
(Por que será que basta universalizar algo – saúde ou escola, ou assistência social, ou acesso a cargo de representação ou de mando na esfera pública – e tudo cai de qualidade imediatamente?!).

A Prefeitura de Corumbá cedeu os professores. Depois entrou também com a merenda escolar, que o dono da fazenda melhorou com três bois sacrificados por mês e muita fruta e verdura. Não dá para acreditar. “Escola das Águas da Fazenda Santa Mônica.”
Se eu ainda tivesse 30 anos, iria para lá.
 

CPI MISTA DA PETROBRAS NÃO VAI DECIDIR A FAVOR DA CONVOCAÇÃO DE MARCOS VALÉRIO. PODEM APOSTAR...

CONTRA A MENTIRA, A HIPOCRISIA,O CINISMO, EU VOTO EM AÉCIO  45

          
Como o ex-diretor Paulo Roberto Costa se negou a falar à CPI Mista da Petrobras, os parlamentares oposicionistas, além de reclamar do silêncio do depoente, centraram suas forças na apresentação de requerimentos para dar continuidade às investigações.
Só na quarta-feira, dia 17, foram 14 solicitações entregues à comissão de inquérito, entre pedidos de convocações, quebras de sigilo e cópias de documentos. Desvendar uma possível conexão entre o doleiro Alberto Youssef e o mensalão é um dos objetivos da oposição.
 
Um dos requerimentos, do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-SP), pede a convocação do empresário e publicitário mineiro Marcos Valério, que cumpre pena em regime fechado após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão.

Ao justificar o requerimento, o deputado informa que a Polícia Federal apreendeu no escritório de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, um contrato de empréstimo no valor de R$ 6 milhões entre Valério e o empresário do ABC paulista Ranan Maria Pinto.

Onyx destaca ainda que na capa do contrato estava escrito à mão as palavras “Confidencial” e “Enivaldo”. Na opinião do parlamentar, trata-se de Enivaldo Quadrado, condenado a prestar serviços comunitários pelo STF na ação penal do Mensalão. Enivaldo também foi preso em março desde ano na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmontou o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que Youssef é acusado de integrar.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGUma coisa é pedir a convocação de uma testemunha importante, como é o caso de Marcos Valério. Outra coisa é conseguir que a Comissão aprove o requerimento. Presidida pelo senador Vital do Rego (PMDB-PB) e relatada pelo deputado Marco Maia (PT-RS), a CPI Mista está nas mãos da base, está tudo dominado. Presidente e relator jogam para a arquibancada, como se diz na gíria futebolística, e as investigações sobre os múltiplos escândalos da Petrobras simplesmente não andam. (C.N)
 

HÁ SETE MESES LULA FOGE DA POLÍCIA FEDERAL, QUE TENTA OUVI-LO SOBRE UMA DENÚNCIA DE MARCOS VALÉRIO


CONTRA O CONTROLE DA MÍDIA, EU VOTO AÉCIO  45
       


 
A Polícia Federal tenta há sete meses um acordo para ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha no inquérito que investiga supostos repasses ilegais da Portugal Telecom para o PT.

A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público Federal com base em denúncia do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza, que, em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República em 2012, conforme revelou o Estado na época, acusou Lula de intermediar pagamento de R$ 7 milhões da telefônica ao partido. O objetivo seria pagar dívidas de campanha.
 
Fontes ouvidas pela reportagem informaram que o advogado do ex-presidente Lula, Marcio Thomaz Bastos, afirmou à cúpula da PF que o petista estará em Brasília amanhã e tentará marcar uma data para prestar esclarecimentos. Ele participará de um evento da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Na Polícia Federal, a alegação, contudo, é que os acertos para que o depoimento ocorra, sempre informais, não foram adiante.

A PF espera ouvir o ex-presidente para concluir o inquérito, cujo prazo inicial foi estendido algumas vezes.

A reportagem tentou ontem vários contatos com Thomaz Bastos, mas ele não respondeu aos recados deixados no celular e no seu escritório. A assessoria de imprensa do ex-presidente Lula informou que o petista “não vai se pronunciar sobre o assunto”. A Polícia Federal informou que não se pronunciaria a respeito. O inquérito foi instaurado em abril de 2013.
 

O QUE MATA MAIS, AS DROGAS OU A TENTATIVA DE REPRIMI-LAS?

CONTRA A LENIËNCIA DA JUSTIÇA, EU VOTO AÉCIO  45




Para a juventude, fazer o que não é permitido, afrontar as regras impostas pelos adultos e pelas “autoridades”, não deixa de se confundir, também, com certo tipo de ritual de passagem. Da mesma forma que o menino, na adolescência, questiona a autoridade do pai, e com ele compete, até certo ponto, na formação e afirmação de sua própria personalidade – e essa conquista de um espaço próprio independe de sexo –, tentar quebrar os limites impostos pelas gerações anteriores tem sido parte, há séculos, da própria evolução da humanidade. Isso talvez explique parte da popularidade das drogas nos últimos 100 anos.

Até serem proibidas, a maconha e a cocaína, antes restritas aos consultórios psiquiátricos e gabinetes dentários, como relaxantes e analgésicos, nunca foram vistas como uma forma de transgressão social. Foi justamente a partir da Lei Seca, nos Estados Unidos, que elas começaram a adquirir um caráter mais contestatório.

Na década de 1970, a maconha era a droga da contestação, o LSD, a da criação e do esoterismo, a heroína, a da autodestruição, e a cocaína, ainda, principalmente a das festas e da burguesia. Por um lado, o sistema aumentou a repressão ao seu consumo, como parte de sua reação a uma geração que contestava a Guerra do Vietnã e o complexo industrial-militar nos Estados Unidos, e tomava as ruas e as universidades em países como a França, o México e o Brasil.

UMA ESPÉCIE DE FUGA

Para quem ocupava o poder, era interessante associar a utopia e a luta por um mundo melhor a uma espécie de fuga, de negação ao equilíbrio e à responsabilidade, favorecida pelo consumo de entorpecentes.

Por outro lado, apertar a repressão aumentava também a demanda e o preço dessas substâncias, criando um mercado de bilhões de dólares, que favorecia, paradoxalmente, o enriquecimento fácil de parte do próprio sistema.

Surgiram os cartéis de produção, transporte e comercialização, a partir da Bolívia, do Peru, da Colômbia e do México, que se transformou em corredor para o acesso ao mercado norte-americano, o maior do mundo.

E, como ocorreu na época da Lei Seca, o lobby do proibicionismo como única resposta da sociedade às drogas ilícitas criou, nos países produtores e consumidores, uma rede de milhares de advogados, jornalistas sensacionalistas, deputados e senadores que se elegem sob a égide do “combate à violência”, ONGs de todo o tipo e policiais corruptos, que sobrevivem, direta ou indiretamente, da repressão vigente.

Hoje, no Brasil, a situação chegou a tal ponto que a pergunta que deveríamos nos fazer é a seguinte: o que mata mais, as drogas ou a estrutura do aparato de repressão a elas?

600 MIL HOMICIDIOS

Tivemos, em nosso país, mais de 600 mil homicídios nos últimos dez anos. A população carcerária aumentou exponencialmente, e o número de crimes continua crescendo.
Em nome do combate às drogas, morrem, todos os anos, policiais e traficantes, “aviões” e moradores, inocentes, da periferia. As prisões estão se enchendo, dia a dia, de pessoas que, muitas vezes, misturam substâncias químicas em casa, e que disputam o direito de vender essas substâncias – basicamente anfetaminas – como se fossem derivadas da cocaína.

Milhares de brasileiros têm sido assassinados ou roubados, dentro de suas casas, para que viciados possam comprar sua próxima pedra. Esse verdadeiro beco sem saída tem levado países como o Uruguai e alguns estados norte-americanos a mudar, paulatinamente, a forma de se tratar a questão das drogas ilícitas, começando pela maconha, cuja produção e consumo, inclusive para fins medicinais, têm sido progressivamente liberados.

As drogas – incluindo o álcool e o tabaco – são um problema de saúde pública e não de polícia. No Congresso, na imprensa, na sociedade, precisamos entender que a repressão, como único caminho, só vai levar a mais mortes, e a cada vez mais violência.
 

FRANCISCO BENDL SE DESPEDE DOS AMIGOS

CONTRA A AMEAÇA BOLIVARIANA, EU VOTO AÉCIO  45

       
Várias vezes escrevi que o período que frequentei este espaço democrático foi muito importante e gratificante para minha vida.
Ela tomou outro sentido, que foi participar de um blog vibrante, dinâmico, e onde conheci pessoas verdadeiramente extraordinárias.

A meu ver, éramos uma espécie de família amplificada com os mesmos problemas de comunicação entre seus membros que uma tradicional, com pensamentos diferentes, convicções, comportamentos…

Então nos aproximamos uns dos outros, e nos tornamos mais simpáticos para alguns e antipáticos para outros, nada que não estivesse dentro da normalidade entre seres humanos.

A riqueza do blog justamente recaía sobre os comentários registrados por gente que de fato sempre se interessou pelo País, independente de partido político, mas havia a preocupação nos textos que o Brasil se desenvolvesse, resolvesse as suas pendências, diminuísse a sua corrupção, enfim, que melhorasse.

POR TRÊS ANOS

Durante três anos que participei deste espaço maravilhoso, sempre agi com autenticidade, sinceridade, honestidade de propósito, na razão direta de que todos, indistintamente, agiam da mesma forma, elaborando um lugar especial na Web, único, incomparável.

Entretanto, na minha idade e peso, meu coração apresentou problemas e, um deles, grave. O cateterismo que fiz anteontem apontou que devo implantar duas pontes de safena, mas de pleno eu disse ao médico que não vou fazê-las.

Sem querer entrar em detalhes, não me sinto em condições para a lenta e longa recuperação. Então, devo me manter quieto, à base de um regime constante, sem maiores emoções, e com muitos cuidados quanto aos esforços tanto físicos quanto mentais, principalmente aqueles que nos emocionam, que nos envolvem, justamente quando me disponho a escrever para este espaço democrático.

Portanto, me afasto do blog por tempo indeterminado, triste, amargurado, sentindo de antemão a falta que terei de vocês todos, que me enviaram votos de plena recuperação, que se preocuparam comigo, que demonstraram o quanto podemos ser amigos mesmo pensando diferente sobre vários assuntos.
Sinto muito ter de abandoná-los; lamento profundamente ser obrigado a deixar de escrever, sabe-se lá por quanto tempo; recai sobre mim uma grande tristeza, confesso.

Mas, se eu quero viver mais um pouco e sem pontes de safena, preciso considerar alguns aspectos que possibilitarão esta vontade de permanecer neste plano mais um pouco que seja, talvez meses, talvez um ano ou dois.

PRESIDENTE DA TRIBUNA

Grato ao Newton pela honra de querer que eu fosse presidente da Tribuna da Internet, convite que pesarosamente declino. Indubitavelmente existem comentaristas muito mais qualificados que deverão exercer esta função extraordinária com muito mais capacidade e eficiência.

Obrigado aos meus amigos pelos comentários que me enviaram, desejando que eu me restabelecesse o quanto antes, porém, esta brevidade não mais será possível.

Agradeço a troca de ideias que tivemos e que tanto significaram mim, que vivi intensamente cada mensagem, cada palavra que me destinavam.

Afirmo que todos estarão vivos nas minhas memórias de maneira muito carinhosa, de muita amizade, compreensão, e de grande emoções.

Às mulheres que nos deram a satisfação de seus comentários invariavelmente inteligentes e perspicazes, o meu beijo afetuoso, de pai e avô. Aos homens, o meu abraço vigoroso.
Desejo que sejam muito felizes, que se cuidem, que vivam intensamente, que sejam amigos, assim como foram comigo, que reconheço e devolvo na mesma intensidade este sentimento tão nobre.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGEsse gaúcho tem a mania de nos fazer chorar… Apareceu aqui de uma forma fulminante. Gostei muito do primeiro comentário que ele mandou e imediatamente o transformei em artigo. Bendl ficou surpreso e passou a colaborar com intensidade, demonstrando sua fulgurante inteligência. São três anos de uma amizade inacreditável, entre duas pessoas que nunca se viram.
Daqui, envio um apelo a ele. Bendl, meu irmão camarada, faça as safenas. Lembro de um grande amigo, o jornalista Maneco Muller (mais conhecido como Jacinto de Thormes, criador do colunismo social no Brasil).
Foi um dos primeiros safenados por dr. Zerbini e sobreviveu por mais 40 anos. Outro grande amigo, o jornalista Altenir Rodrigues, fez safena nos anos 70 e está em plena forma, integrando uma das chapas que disputam a direção da ABI esta sexta-feira. Bendl, faça as safenas e volte a viver plenamente.
Não desaponte sua família e seus amigos. Converse com o médico. Ele dirá que a recuperação não é longa. O cargo de presidente vai ficar lhe esperando. (C.N.)

25 de setembro de 2014
Francisco Bendl

GASTOS E ESTRUTURA DA JUSTIÇA CRESCEM, MAS EVIFICIÊNCIA NÃO!

CONTRA SABUJOS E PETRALHAS, EU VOTO AÉCIO  45

  

O relatório Justiça em Números, divulgado hoje pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que o aumento do número de servidores e de despesas do Poder Judiciário não se refletiu no aumento de produtividade da Justiça Brasileira.
O gasto total da União com o Poder Judiciário cresceu 1,5% em 2013, puxado principalmente pelo aumento no número de juízes (1,8% a mais) e de servidores (2%). Enquanto isso, o número de processos resolvidos cresceu apenas 0,1%.

Ao todo, tramitaram pelas diferentes instâncias da Justiça brasileira em 2013 cerca de 95,4 milhões de processos. Desses, apenas 27,7 milhões foram “baixados”, isto é, resolvidos ou arquivados pela Justiça. Ao todo, cada magistrado brasileiro teve de lidar em 2013 com 6.041 processos em média.

Ou seja, cada juiz teria de resolver 16 processos por dia durante os 365 dias do ano, para que a conta fosse zerada. Na prática, a “taxa de congestionamento” calculada anualmente pelo CNJ voltou a crescer, atingindo 71% em 2013.
De cada 100 processos judiciais no Brasil, apenas 29 foram resolvidas. Os casos mais graves são os dos Tribunais de Justiça de São Paulo e de Minas Gerais.Em 2013, o Poder Judiciário gastou aproximadamente R$ 61,6 bilhões – um aumento de 1,5% em relação a 2012.
O valor corresponde a 1,3% do PIB brasileiro, e representa cerca de 2,7% do orçamento total dos estados e da União.
Se a conta fosse dividida entre todos os brasileiros, cada um pagaria em torno de R$ 306,35 por ano para manter o Judiciário funcionando. Desse montante, a maior parte (89,9%) foi gasta com a folha de pagamento: a Justiça brasileira emprega hoje cerca de 412,5 mil pessoas.
 

FICHA SUJA: MALUF PERDE NO TSE E VAI RECORRER AO SUPREMO

          
CONTRA A IMPUNIDADE, EU VOTO AÉCIO  45


 

 
Por 4 votos a 3 o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) considerou o deputado Paulo Maluf (PP-SP) um “ficha suja” e negou nesta terça-feira (23) o seu registro de candidatura. Apesar da decisão, ele ainda poderá apresentar recursos para seguir com sua campanha.

Para a maioria dos ministros, o fato de Maluf ter sido condenado por improbidade administrativa devido ao superfaturamento das obras do túnel Ayton Senna durante sua gestão à frente da prefeitura, entre 1993 e 1996, o impedem de ser candidato com base na Lei da Ficha Limpa.

Durante o julgamento os debates foram acalorados. O presidente da corte, Dias Toffoli, e os ministros Gilmar Mendes e João Otávio Noronha, disseram que a condenação de Maluf não o torna um “ficha-suja”.

De acordo com a lei, é preciso que o ato de improbidade seja doloso e que importe em lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. O problema é que a condenação de Maluf no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) não afirma que os atos do prefeito foram dolosos, quando há intenção clara de cometer irregularidades.

DOLO E FICHA LIMPA

O grupo de ministros vencedor, no entanto, entendeu que apesar da decisão fazer referências a uma condenação culposa, em nenhum momento ficou completamente afastada a possibilidade de dolo.

Devido a isso, entendeu que o espírito da Lei da Ficha Limpa deveria prevalecer no caso. Ou seja, alguém condenado por improbidade e que está impossibilitado de viajar ao exterior por estar na lista da Interpol não poderia se candidatar.

A relatora e primeira a votar para impedir a candidatura de Maluf foi a ministra Luciana Lóssio. Ela foi seguida pelos ministros Luiz Fux, Admar Gonzaga e Maria Thereza de Assis Moura.

TOFFOLI DEFENDE

No grupo vencido, o presidente Dias Toffoli destacou que a decisão da corte, de barrar Maluf, na prática avançava sobre o TJ-SP, que não o condenou na modalidade dolosa.

Ele disse que, em casos de improbidade, o TSE poderá agora revisar decisões tomadas pela Justiça comum. Como exemplo, destacou que poderá haver casos contrários, em que alguém realmente condenado por improbidade no modo doloso seja absolvido na Justiça Eleitoral.

Segundo ele, a corte poderá “olhar e dizer que foi uma culpinha”, nada intencional, e liberar uma candidatura que deveria ser barrada.
O advogado de Maluf, Eduardo Nobre, disse que irá recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do TSE.
25 de setembro de 2014
Severino Motta
Folha

REVELAÇÃO DE AMANTE FOI GOTA D'ÁGUA PARA DOLEIRO DECIDIU FAZER DELAÇÃO

A FAVOR DA REFORMA POLÍTICA, FISCAL E PREVIDENCIÁRIA, EU VOLTO AÉCIO  45


 
A gota d’água para a decisão do doleiro Alberto Youssef fazer a delação premiada foi a revelação de que ele conseguiu emprego de assessora parlamentar para a amante. Diante da notícia, a família intensificou a pressão em cima do doleiro.
Fragilizado depois de seis meses de prisão num sistema rígido, Youssef avisou para sua defesa que iria fazer a delação.

A notícia de que a amiga íntima do doleiro, Taiana de Sousa Camargo, foi contratada pelo gabinete da deputada Aline Corrêa (PP-SP) para trabalhar no escritório da parlamentar na capital paulista foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo.
A família do doleiro ficou incomodada com a revelação e cobrou de Youssef uma mudança de comportamento para evitar exposição da vida íntima dele.

25 de setembro de 2014
Gerson Camarotti
Do G1

BRANCOS E NULOS VÃO DECIDIR SEGUNDO TURNO ENTRE DILMA E MARINA

CONTRA A DEMOLIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES, EU VOTO AÉCIO  45

       


A capacidade que as duas principais candidatas tiverem no segundo turno para arrebatar para si os eleitores hoje dispostos a anular o voto ou votar em branco deve se constituir no fator essencial capaz de definir qual será a candidata vitoriosa nas urnas de 26 de outubro. Se Dilma Rousseff ou Marina Silva.

Reportagem de Valdo Cruz e Ranier Bragon, publicada na Folha de São Paulo edição de 22, indica esse rumo, analisando-se objetivamente os números de pesquisa do Datafolha nos quais se basearam. Também na segunda-feira passada, a FSP publicou importante entrevista que Natuza Nery e Marina Dias realizaram com João Paulo Capobianco, apresentado como o principal assessor de Marina Silva, a respeito da estrutura política de  um seu possível governo. Mas vamos por etapas.

Valdo Cruz e Ranier Bragon basearam-se nos números da mais recente pesquisa do Datafolha, publicada sexta-feira, e na projeção sobre qual seria, no turno final, o destino dos votos de Aécio Neves no confronto marcado para o próximo dia 5. Vamos recapitular os dados básicos para que as projeções fiquem nitidamente expostas. O Datafolha apontou 37 para Dilma, 30 para Marina, 17% das intenções de voto para Aécio Neves. A pergunta então teve base na hipótese até agora mais viável: como se dividiria a votação de Aécio no segundo turno?
 
DIVISÃO DOS VOTOS DE AÉCIO

O Datafolha acentua que 59% (dos 17%) iriam para Marina Silva e que 22% rumariam para Dilma Rousseff. A fração de 19% (dos 17 pontos) tende a votar em branco ou anular o voto, evidentemente caso o candidato não se classifique para a final. No momento são 13% os que têm intenção de anular ou votar branco. Vale acentuar que os demais oito concorrentes, em seu conjunto, somam apenas 3%.

Com base na projeção das transferências, o panorama tornar-se-ia o seguinte: 1) Dilma Rousseff acrescentaria 3,5 pontos aos 37  que hoje alcança, passando assim a 40,5%. 2) Marina Silva acrescentaria 10,5 pontos aos 30 que atualmente alcança, atingindo também, creio  eu, a mesma percentagem de 40,5. Os nulos e brancos, hoje registrando 13%, somando-se 3,3 (19% de 17), se traduziriam em torno de 16%. Dentro deste esquema, sujeito a mudanças na arrancada final, o empate seria decidido pela capacidade que Dilma Rousseff e Marina tiverem de penetrar mais fortemente nos eleitores indecisos e também junto àqueles ainda não motivados por qualquer das duas alternativas restantes. Vamos aguardar para ver.

Passando ao segundo tema, entrevista de João Paulo Capobianco  a Natuza Nery e Marina Dias, o principal assessor da ex-ministra do Meio-Ambiente, dá uma cartada na busca de motivar quadros partidários representados no Congresso Nacional e que também estarão disputando votos este ano. Afirmou convictamente que um possível governo Marina não fará com o Parlamento o tradicional jogo do toma lá dá cá. Nada disso. A meta política é valorizar os representantes dos partidos na Câmara e no Senado e não supervalorizar os líderes das legendas.

Capobianco destacou: “Existe hoje a hipervalorização dos líderes dos partidos e a interlocução do governo é feita exclusivamente com eles. Eles não controlam suas bases, mas vendem uma liderança caríssima. É patético. É preciso recuperar a interlocução com o Congresso. Ministérios precisam estar abertos aos deputados e senadores. Qualquer parlamentar – acrescentou – quer realizar. Se o governo tem uma agenda positiva, porque não haveria o alinhamento?”

679 DIAS PARA A PUBLICAÇÃO DOS ACÓRDÃOS!!!

CONTRA A ENCHENTE DE MINISTÉRIOS, EU VOTO AÉCIO  45

Celso de Mello, decano do Supremo, leva (em média) 679 dias para publicar seus acórdãos. É estarrecedor!   
       

Celso de Mello, o maior atrasador de acórdãos da História do Supremo

De acordo com artigo publicado em 21 de setembro por Elio Gaspari, sob o título “Um retrato do Supremo Tribunal”, o decano da Suprema Corte, ministro Celso de Mello, chega em média, a levar 679 dias para, simplesmente, publicar seus acórdãos. Um período de tempo inacreditável, que desrespeita a Constituição e a Lei Orgânica da Magistratura.
 
Para quem não sabe, acórdão é o inteiro teor da decisão final proferida em processo julgado por vários ministros de um tribunal superior. Isso quer dizer que depois do julgamento do processo, que já pode levar anos para ser incluído na pauta do Supremo, o ministro-relator do voto, Celso de Mello, ainda consome quase dois anos para publicar o acórdão que enfim produziria algum efeito entre as partes em litígio.
 
Essa grave revelação é produto de pesquisa produzida por uma equipe especializada da Escola de Direito da FGV do Rio, que abrangeu os anos de 1988 a 2013, coincidindo com os 25 anos em que o ministro Celso de Mello atua no STF.
 
Esse trabalho especializado e criterioso, sem dúvida,  deixa exposto o inatacável conceito do órgão máximo do Judiciário e sinaliza que a liberdade dos ministros para entregar a prestação jurisdicional precisa ser revista para não ultrapassar os limites do razoável.
 
ZAVASCKI, O MAIS RÁPIDO
 
A notória lentidão do decano não é exclusiva, mas destoa, significativamente, da maioria dos demais integrantes do STF: por exemplo, Teori Zavascki publica seus acórdãos em 23 dias;  Lewandowski em 55 dias; Luiz Fux em apenas 41 dias; Luís Roberto Barroso em 32; Rosa Weber em 51 dias; Carmen Lúcia em 82 dias; Toffoli em 59 dias; Gilmar Mendes em 82 dias e Marco Aurélio em 173 dias.
 
Em síntese, a estranha morosidade do ministro Celso de Mello, que, como decano, deveria servir de exemplo para os mais novos ministros, compromete a média de produção  do STF, em matéria de publicação de acórdãos, que quase chega a consumir 170 dias. Ou seja, seus acórdãos levam quase dois anos para terem eficácia.
 
Essa estatística nada razoável traz à lembrança o inciso LXXVIII do artigo 5º. de nossa Carta Magna que destaca que a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”.
 
Não fosse Elio Gaspari um dos maiores e mais conceituados jornalistas do país e eu colocaria em dúvida o que li no dia 21 passado: “Celso de Mello é o recordista na média do tempo que levou para publicar seus acórdãos: 679 dias” (entre 1988 e 2013).
 
AFRONTA AO DIREITO
 
No dia-a-dia da atuação do Poder Judiciário, adota conduta típica de litigância de má-fé quem resiste injustificadamente às decisões judiciais transitadas em julgado, o que expressa afronta ao princípio da razoável duração do processo, ofende a dignidade da Justiça e causa prejuízo ao direito da parte vencedora de ver cumprida em prazo suportável as obrigações reconhecidas como definitivas.
 
Porém, o que fazer quando o próprio julgador retarda a mais não poder a implementação do acórdão proferido pelo colegiado, ou seja, a entrega do direito pleiteado há muitos anos?
 
Que tristeza! A Justiça está apodrecida. Nem por isso sou contra o aumento salarial de 25% buscado pelo STF junto ao Executivo. Eles merecem ganhar até mais do que R$ 35 mil por mês, desde que produzam e não comprometam a dignidade do Poder Judiciário, com atrasos inexplicáveis, estarrecedores.
Acordem, ministros! O Brasil anseia por Justiça rápida, isenta, independente.

O HUMOR DO ALPINO

           

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                                                             25 de setembro de 2014


 

DEMÔNIOS QUE JAMAIS SERÃO EXORCIZADOS

A FAVOR DA SAÚDE E CONTRA O SUCATEAMENTO DOS HOSPITAIS PÚBLICOS, EU VOTO AÉCIO

          




Dilma Rousseff ocupa hoje o primeiro microfone das Nações Unidas, quer dizer, como de praxe, cabe ao Brasil o  discurso inicial na abertura da Assembléia Geral. Na aparência, perderá dois dias de campanha pela reeleição,  mas certamente ganhará uma semana de alta exposição na mídia nacional.  Pelo que se sabe, fará um pronunciamento mais de candidata , menos  de análise da  política mundial. Importa pouco,  para ela, alinhar críticas e reflexões a respeito da crise econômica que assola a Europa ou da loucura que tomou conta do Oriente Médio. Melhor será comentar as realizações de seu governo, ainda que inseridas no contexto dos países em desenvolvimento.

Senão uma fraude, ao menos um golpe dado abaixo da linha da cintura de seus adversários. Nem Aécio nem Marina dispõem da tribuna das  Nações Unidas para impressionar o eleitorado nacional, fator que nos leva ao  estrilo  de sempre:   o maior mal que Fernando Henrique causou ao país não foi a supressão de direitos trabalhistas, sequer a entrega de parte de nossa economia ao capital estrangeiro. Foi arrancar do Congresso, até pela compra de votos, a emenda constitucional da reeleição, a começar pela dele mesmo, sem sequer a cláusula da desincompatibilização. No exercício do primeiro mandato, presidentes, governadores e prefeitos estão aptos a disputar o segundo com a caneta e o diário oficial nas mãos.

O singular é que, de  verdade, nenhum partido ou líder de prestígio admite revogar esse  execrável  princípio. Lula o  adotou  e venceu, assim como Dilma agora tenta vencer.Pouco importa se Aécio e Marina se pronunciam contra e prometem mudar as regras do jogo,  patrocinando a revogação do segundo mandato imediatamente seguinte ao primeiro.
É conversa para enganar os trouxas, pois se um dos dois candidatos for eleito em outubro, jamais tocará no assunto.

Quem despreza  a oportunidade de ficar oito anos no poder em vez de quatro? Ou cinco ou seis, se por passe de mágica, como compensação, o Congresso  aprovar a extensão do  mandato único?
Como Dilma viajou  para Nova York? A bordo do avião  presidencial,  com todas as mordomias. Quem custeará as despesas de sua hospedagem num dos mais luxuosos hotéis da maior cidade do mundo?
O tesouro nacional. Nem será o PT, apesar do evidente sentido eleitoral da viagem.  Além de o palácio da Alvorada estar servindo de centro maior da campanha da reeleição, de a peregrinação pelos estados fazer-se com toda a infra-estrutura da presidência da República e da complacência da Justiça Eleitoral, não há como separar a condição de candidata com a de chefe do governo. Fernando Henrique fez assim, o Lula também, e por que Dilma seria diferente?

Se perder a eleição, será pelo esgotamento do uso do poder pelos companheiros, mas tanto Aécio quanto Marina, se chegarem lá, utilizarão os mesmos argumentos e artifícios que  cercarão  a majestade de suas funções.
O mal já foi feito e parece impossível  de remoção. Graças a quem o praticou, despertando demônios nascidos da ambição, que jamais serão exorcizados.
 

VATICANO DECIDE PRENDER ARCEBISPO ACUSADO DE ABUSO SEXUAL E PEDOFILIA

CONTRA AS DROGAS, EU VOTO AÉCIO  45


 
VATICANO – A Igreja Católica abriu ação penal contra o arcebispo polonês Josef Wesolowski, acusado de abuso sexual e pedofilia na República Dominicana. Ele se encontra em prisão domiciliar.
 
É a primeira vez que a Santa Sé toma essa decisão contra alguém de tão elevada hierarquia. Foi o próprio papa Francisco quem exigiu uma decisão drástica sobre o caso, o que levará ao primeiro julgamento de abuso sexual da história do Vaticano, explicou nesta terça-feira, 23, o porta-voz Federico Lombardi.

Há seis meses, a Congregação para a Doutrina da Fé já havia determinado a expulsão do arcebispo do sacerdócio. Wesolowski foi núncio do Vaticano – cargo equivalente ao de um embaixador. Na prática, não poderá mais realizar funções nem se apresentar como sacerdote.

Como diplomata e cidadão do Vaticano, o arcebispo também passou a enfrentar naquele momento as acusações criminais pelo tribunal da Cidade do Vaticano, o que agora resultou em pena de prisão. Enquanto não for julgado, determinou-se que “poderá sofrer restrições de liberdade para não fugir”.

JOVENS DE BAIXA RENDA

Wesolowski havia sido destituído do cargo de embaixador do Vaticano na República Dominicana em agosto do ano passado, após ser acusado pela Procuradoria-Geral da República por pedofilia contra jovens de baixa renda.
Na sequência foram abertas investigações tanto no Vaticano quanto na República Dominicana e na Polônia. O procurador-geral dominicano, Francisco Domínguez Brito, afirmou, à época, que os atos do ex-núncio foram graves. Segundo ele, ao menos sete adolescentes foram abusados.

O caso foi considerado particularmente delicado no Vaticano porque Wesolowski foi ordenado como sacerdote e posteriormente como bispo por seu compatriota polonês, o papa João Paulo II.

25 de setembro de 2014
Deu no Estadão

PREZADO CANDIDATO

A FAVOR DA EDUCAÇÃO, DA SEGURANÇA PÚBLICA, DO EMPREGO E DO SANEAMENTO BÁSICO, EU VOTO AÉCIO  45

        

 
Prezado candidato, a respeito da máxima de que vocês, políticos, só aparecem por aqui em época de eleição, o senhor parece que a vem cumprindo à risca especialmente nestes dias. Nunca nos encontramos com tanta frequência como agora. É evidente que sua presença não é em carne e osso, já que seria impossível o senhor se clonar e se multiplicar como fazem seus avatares, espalhados por todo lugar.
 
Não sei, caro candidato, o que fez nos últimos anos, quais são suas promessas para os próximos quatro nem por que quer se eleger. Sei apenas que é candidato e conheço muitíssimo bem seu rosto e seu número de candidatura.

Sabe, candidato, eu não moro em uma das áreas mais bonitas da cidade. Há poucas árvores, pouco espaço para convivência, as casas não preservam qualquer harmonia de estilo e as pessoas andam espremidas entre as calçadas irregulares, esburacadas, e um trânsito de automóveis a cada dia mais imperativo.

Os cavaletes que o senhor posicionou deram um colorido novo a essa medíocre paisagem urbana. Mas não tiveram a capacidade de embelezá-la. Ao contrário, sua presença a cada cinquenta metros, ao reduzir ainda mais as possibilidades de caminho ao pedestre, enfeia cada cruzamento, cada retorno, enfim, enfeia mais nosso cotidiano.

FEIÚRA MASSACRANTE

Seu rosto desprovido de atrativos estéticos faz justiça ao mau gosto do produto publicitário de cores arregaladas que elaborou e ainda faz par com o material que os adversários também postaram na exiguidade do canteiro central. É uma feiura massacrante, de cem em cem metros, num amontoado de cavaletes. Vocês se tornaram espantalhos da metrópole, dispostos a afugentar alguma ave de agouro da esperança.

Até na porta de casa o senhor chegou, candidato. Não tem sido incomum me deparar na porta com seus santinhos derramados, já sujos e rasgados. Assim consegue o que quer: que eu grave e associe seu nome a seu número e a seu rosto.
Deve ser fundamental para a estratégia, ainda, o maldito jingle que ecoa por minha rua e, sem autorização, alcança-me onde eu estiver dentro da minha casa. Seu maldito carro plotado, feio que dói, espalha por meio do auto-falante uma marchinha chata, invasiva e, claro, de mau gosto.

ONIPRESENÇA

Prezado candidato, sua onipresença é notável, mas o senhor merece consideração mais honesta. Os cavaletes repetidos ao longo da avenida só despertam neste eleitor o desejo de enfiar o pé bem no meio da sua cara, e é um gosto passar por cima dos seus santinhos, jogados na saída da garagem, com as rodas do carro.
A repetição contínua de seu nome, aos olhos e aos ouvidos, determinam duas conclusões: uma, o senhor tem algum privilégio financeiro sobre outros concorrentes que geram desconfiança de sua figura pública; e outra, penso que, se o senhor não demonstra qualquer pudor em emporcalhar a cidade já sofrida, não terá zelo antes de fazer o mesmo com a política.
E uma torcida, caro candidato: que a feiura publicitária e de nascença que se dissemina em meu bairro não se traduza em votos.

(transcrito de O Tempo)

25 de setembro de 2014
João Gualberto Jr.

O DESAFIO DE AÉCIO É MONUMENTAL

CONTRA OS IMPOSTOS ESCORCHANTES, EU VOTO AÉCIO  45

 
Não há diferenças substanciais entre os dados das pesquisas Ibope e Datafolha publicadas semana passada. Pelo contrário, as pequenas diferenças ficam na margem de erro de dois pontos. Os números têm provocado angústias generalizadas porque, aparentemente, indicam um quadro de indefinição quanto ao resultado final.
 
Evidentemente podem ocorrer mudanças no cenário nestes 13 dias finais de campanha, mas é pouco provável que mude o desenho de um segundo turno entre Dilma e Marina.
A reação de Aécio, tímida se considerarmos o pouco tempo restante, fica comprometida pelo seu desempenho em Minas, muito aquém da expectativa inicial, de pelo menos uma maioria em seu berço político.

Para entrar no páreo, com base na última pesquisa Datafolha, Aécio precisaria avançar pelo menos sete pontos, chegando a 24%. Como a posição de Dilma em torno de 35% é consolidada, porque o número se repete desde o início da campanha e guarda perfeita sintonia com a avaliação positiva do governo, também sempre em torno de 35%, não há possibilidade real de que ela caia ainda mais.

Por outro lado, como, estatisticamente, os votos brancos, nulos e indecisos devem se manter em um intervalo entre 10 e 12%, um avanço de 7% de Aécio só pode ocorrer com uma queda similar de Marina.

Como ela tem vantagem em todas as regiões, conforme o Datafolha, para uma posição de empate, Aécio teria que crescer de 9% para 18% no Norte, onde Marina tem 28%; de 8% para 20% no Nordeste, onde Marina tem 32%; de 20% para 26% no Sudeste, onde Marina tem 32%; de 23% para 27% no Centro-Oeste, onde Marina tem 31%; e de 22% para 24% no Sul, onde Marina tem 25%.

Convenhamos, senão impossível, é uma hipótese de baixíssima probabilidade. Às vezes nos atrapalhamos com esta informação porcentual, por isso vamos clarear: 7% representam todo o eleitorado do Centro-Oeste (DF, GO,MS e MT), algo em torno de 10 milhões de votos. Conforme o raciocínio anterior, de que o porcentual de Dilma está consolidado, Aécio terá que buscar esses 10 milhões de votos só no embornal da Marina. Muito complicado.

QUERO OU NÃO QUERO

Vale, por isso, uma avaliação de potencial das duas candidatas na disputa de segundo turno, porque a lógica indica que é isso que irá ocorrer. Comecemos por Dilma. Primeira observação importante é distinguir a disputa em que não há um candidato à reeleição daquela em que um dos contendores busca a manutenção do poder. Neste caso, onde se encaixa Dilma, a escolha do eleitor tem um caráter plebiscitário: quero ou não quero que ela continue no cargo.

Normalmente, com a campanha na rua e, principalmente com o horário eleitoral, o julgamento do eleitor pode mudar, e quase sempre muda, favorecendo o candidato à reeleição, que tem oportunidade de mostrar seus maiores feitos para todo o público. Mas não foi bem o que aconteceu com a candidata Dilma até agora, o que sublinha seu alto índice de rejeição.

Desde as convenções seu desempenho nas várias listas do Ibope e Datafolha se manteve em uma variação pequena, entre 34 e 39%. Durante todo esse tempo cerca de 60% do eleitorado estão dizendo que não querem reeleger a presidente. É o caráter plebiscitário do qual falei acima.
Todavia na simulação de segundo turno contra Marina, Dilma tem avançado bem e os números já mostram uma situação de equilíbrio. Mas isso não basta para ganhar a eleição quando será necessário conquistar eleitores para chegar aos 50%.

O problema para Dilma é que para o segundo turno todas as variáveis lhes são desfavoráveis. Primeiramente, não há perspectivas de receber apoios de partidos que perdem no primeiro turno, caso de PSDB, DEM e PTB, que tenderão a caminhar com Marina.

MARINA FAVORECIDA

Em segundo lugar os resultados das eleições estaduais favorecem Marina, senão vejamos: No Rio Grande do Sul, haverá segundo turno entre Ana Amélia e, provavelmente, Tarso Genro. Por conta da polarização natural, Ana Amélia, em nítida vantagem, deve apoiar Marina.

No Paraná, existe a perspectiva de Beto Richa vencer no primeiro turno, devendo apoiar Marina no segundo. Em Santa Catarina, Raimundo Colombo deve também vencer no primeiro turno e apoiará a reeleição da Presidente no segundo turno.

No Sudeste, o PT deve ganhar no primeiro turno em Minas e o PSDB em São Paulo. Em Minas, no segundo turno Marina poderá contar com o PSDB de Aécio, o que poderia equilibrar a disputa e, em São Paulo, com o desempenho frágil do PT e o distanciamento de Paulo Skaf, se houver empenho do PSDB, Marina pode consolidar uma grande vantagem.

O segundo turno na eleição do Rio, entre Garotinho e Pezão, não ajuda Dilma, porque Pezão é favorito e não deverá se empenhar pela reeleição da presidente. No Espírito Santo, Paulo Hartung se elege no primeiro turno e para o segundo Dilma praticamente não terá ninguém, como não tem agora.

BAHIA E PERNAMBUCO

No Nordeste os adversários de Dilma nos dois maiores colégios eleitorais, Bahia e Pernambuco, devem vencer no primeiro turno e poderão atuar no segundo, com muita força, de forma a reduzir ainda mais a vantagem da presidente hoje na região, que é de apenas 13% (53 a 40%). Nos demais Estados, o resultado do primeiro turno não irá mudar o cenário favorável a Dilma, que ganhará em todos eles.

No norte o quadro é muito favorável para a presidente, porque nos três principais Estados – Pará, Amazonas e Tocantins, a eleição deverá se resolver no primeiro turno, elegendo governadores da campanha de Dilma, de forma que no segundo turno ela manterá nítida vantagem, bom acima de 60% dos votos válidos.
No Centro Oeste, a vantagem de Marina no segundo turno deverá ser ampliada, porque, exceção de Mato Grosso do Sul, seus parceiros que disputarão o governo terão desempenho nitidamente superior no segundo turno, como mostram pesquisas de Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás.
 
Quanto a Marina, aparentemente entra no segundo turno agregando duas vantagens importantes: a simetria no horário eleitoral e o possível apoio de partidos políticos importantes, mal sucedidos no primeiro turno, caso de PSDB e DEM, mas com vitórias importantes no primeiro turno na eleição de governador, casos de São Paulo, Paraná e Bahia.
 
Depois, a oportunidade de, com tempo de televisão reforçado, poder realmente dizer ao País o que pretende. Nessa hora, lhe será vital exibir disponibilidade de quadros confiáveis, ampliados com a natural migração para seu time de pessoas de alta confiabilidade, técnica e acadêmica, hoje com manifesta preferência por Aécio.
 
FUTURO DE MARINA
 
Esta será a questão vital para seu sucesso. Neste final de primeiro turno, por conta de equívocos que se repetiram, seus adversários estão conseguindo desqualificar seu preparo para o cargo e a impossibilidade de atrair quadros competentes para compor seu governo e garantir maioria confiável no Congresso.
 
Se quiser ganhar a eleição, ela terá que desmistificar, com ações concretas, estas duas questões. Para tanto terá que sentar na mesa com os naturais parceiros políticos de seu possível mandato e tentar compor uma proposta de governo comum, eliminando os temores de posições dogmáticas que assustam parcela racional da opinião pública, e demonstrando, ao mesmo tempo, que poderá ter um relacionamento de qualidade com o poder legislativo.
 
Em algumas questões terá, por isso, que arbitrar entre suas convicções pessoais e de seu partido e o senso comum da população e as regras da lei, como chamou a atenção essa semana Roberto Rodrigues para a relação com o Agronegócio.
 
Dependendo de como as coisas correrem no segundo turno, é perfeitamente possível que a vontade de mudar perca para o temor do imponderável.  A atriz principal desse filme se chama Marina Silva”.

25 de setembro de 2014
Saulo Queiroz
Secretário-Geral do PSD

OVERDOSE DE PESQUISAS, COM TRÊS NO MESMO DIA: IBOPE, MDA E VOX POPULI

CONTRA A CORRUPÇÃO, EU VOTO AÉCIO  45



Nova pesquisa Ibope diz que a candidata Dilma Rousseff teria ampliado sua vantagem no primeiro turno, mas segue empatada com Marina Silva no segundo turno, ambas com 41%.

A candidata do PT estaria com 38%, Marina teria 29% e Aécio Neves estaria com 19%. Mais o maior potencial de fixação de votos (eleitores que não pretendem mudar de candidato, em nenhuma hipótese) continua a ser de Marina, embora tenha caído de 65% para 61%, enquanto Dilma subiu de 52% para 54% e Aécio desceu de 55% para 53%.
Marina continua também com baixa rejeição, apenas 17%, enquanto Aécio teria 19% e Dilma 31%.

OUTRA PESQUISA

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) também divulgou nesta terça-feira mais uma pesquisa MDA, em que Dilma Rousseff teve uma pequena queda em relação ao levantamento anterior, passando de 38,1% para 36% das intenções de voto. Marina Silva, do PSB, teve uma queda maior e perdeu 6 pontos percentuais, passando de 33,5% para 27,4%.  Entre os líderes, Aécio Neves apresentou melhora. O candidato do PSDB saiu de 14,7% para 17,6% na pesquisa desta terça-feira.

O cenário se inverte em relação aos últimos levantamentos do CNT/MDA. De agosto para o começo de setembro, Dilma e Marina Silva tinham apresentado crescimento e Aécio tinha caído. Agora apenas o tucano teve um desempenho melhor nos números.
No segundo turno, Dilma e Maria seguem tecnicamente empatadas: 42% e 41%.

MAIS UMA PESQUISA

Também o Vox Populi divulgou pesquisa hoje e, como sempre, seus números são muito favoráveis à candidata do PT. No primeiro turno, Dilma teria 40%, Marina 22% e Aécio 17%. Ou seja, estaria arriscado Dilma até levar no primeiro turno, dependendo de brancos e nulos e da margem de erro.

No segundo turno, o Vox Populi liberou geral e dá Dilma Rousseff eleita com 46% a 39%. Num possível confronto com Aécio, mesmo placar: 46% a 39%.
Tirem suas conclusões.

25 de setembro de 2014
Carlos Newton