"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ARGENTINA APROFUNDA A EXPERIÊNCIA CHAVISTA

Toda essa relação tensa com credores e uma política econômica intervencionista e antiprivatista isolaram a Argentina. A Casa Rosada, porém, passou a se entender com o Fundo Monetário sobre a correta mensuração da inflação — manipulada descaradamente pelo governo — e até se aproximou do Clube de Paris, em que se reúnem os Estados credores, para colocar contas em dia.

A vitória judicial dos fundos em Nova York fez, porém, reverter todos esses avanços, e a Argentina, como em choque por se sentir rejeitada, voltou a heterodoxias econômicas, a se distanciar mais uma vez do mundo. O país voltou ao divã.

A reação do ministro da Economia, Axel Kocillof, um jovem professor universitário marxista, foi sintomática. Por meio dele, o governo de Cristina repetiu o velho estilo de partir para o confronto, quando a sensatez aconselhava o oposto. E assim a Argentina se encontra mais uma vez em default, à margem do sistema financeiro internacional e dos planos de investimentos globais.

Na política interna, a sombra do chavismo, já presente há algum tempo no governo de Cristina K., voltou a aparecer com a aprovação pelo Congresso, sob controle kirchnerista, de nova lei cujo objetivo é intervir no coração das empresas privadas. Afinal, o governo poderá fixar margens de lucro, punir com multas comportamentos que considere maléficos ao abastecimento, e assim por diante. É cópia carbono de políticas adotadas na Venezuela. A crise na economia se agravará e as tensões políticas aumentarão. O governo Dilma, enredado em problemas econômicos, incluindo o comércio exterior, liado ideológico, padecerá ainda mais. Em silêncio, é claro.

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