"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

DEFESA DE CERVERÓ VAI ACUSAR DILMA


 
(Valor) A defesa do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró vai seguir a mesma estratégia apresentada pelo ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e responsabilizar o conselho de administração da companhia à época da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006 - incluindo a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), que presidia o grupo na ocasião. Os advogados de Cerveró vão defender a aquisição, em parecer de 194 páginas preparado por um escritório de advocacia e que será citado por Cerveró em depoimento que deve ser dado hoje. A defesa irá argumentar que, diferentemente do apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a refinaria não dá prejuízo.

O parecer afirma que o conselho da Petrobras, na época composto por oito integrantes, além de Dilma, "reuniu-se na presença da maioria de seus membros" e aprovou por unanimidade "sem nenhum pedido de vistas ou adiamento" a aquisição da refinaria de Pasadena, e que esta registrou lucro líquido de US$ 63,8 milhões no primeiro trimestre de 2014. Segundo o TCU, as perdas somam US$ 792 milhões.

"Tudo isso começou quando a presidente Dilma declarou que adquiriu Pasadena em razão de um resumo executivo técnica e juridicamente falho por desconhecer as cláusulas put option [de saída] e Marlim [que garantia à Astra Oil, sócia da Petrobras, rentabilidade mínima de 6,9% ao ano mesmo com condições adversas de mercado]. Isso não é apenas uma declaração. As pessoas não notaram que isso era a confissão da presidente do conselho de administração da Petrobras na época de que o conselho descumpre o estatuto social da Petrobras", disse Ribeiro ao Valor ontem em Curitiba.

Segundo ele, o TCU foi induzido a erro em razão da declaração de Dilma. Ribeiro diz que a responsabilidade pela aquisição de Pasadena é exclusiva do conselho e, portanto, os integrantes do grupo - e não os diretores da empresa - deveriam os bens congelados porque falharam ao não examinar o contrato. "O estatuto social da Petrobras obriga o conselho, em caso de aquisição de ativos, a examinar o parecer técnico, o jurídico e a decisão da diretoria. São documentos obrigatórios para o conselho."

Os argumentos seguem a mesma linha da defesa de Gabrielli. O jornal "O Estado de S.Paulo" informou nesta semana que a defesa de Gabrielli sustenta junto ao TCU que os integrantes do conselho à época também sejam responsabilizados. Ribeiro diz que Gabrielli falha ao dizer que a responsabilidade da diretoria é "solidária" à do conselho: "A diretoria não tem responsabilidade, seguiu as diretrizes técnicas. E Pasadena não teve prejuízo. O relatório do TCU parte de premissas falsas". 

O parecer jurídico preparado pela banca fluminense Saddy Advogados foi juntado ao processo da Lava-Jato, em que Cerveró é réu em ação por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele está preso há uma semana na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, acusado de participar de esquema de propina em compra de sondas pela Petrobras. Seu advogado nega que Cerveró tenha cometido irregularidades.

22 de janeiro de 2015
Valor
in coroneLeaks
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CERVERÓ VAI CULPAR DILMA, E O PLANALTO TENTA BLINDAR A PRESIDENTE

  



O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso desde quarta-feira da semana passada, ia prestar depoimento esta quinta-feira, na Polícia Federal (PF), sobre a polêmica compra, em 2006, da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Mas seus advogados informaram que a Polícia Federal decidiu cancelar o depoimento dele à PF, alegando “questões técnicas internas” para o adiamento.

Na manhã de ontem, após visitar o cliente na carceragem da PF, em Curitiba, o advogado Edson Ribeiro afirmou que, agora, Cerveró “será contundente”. Ele ressaltou que o ex-diretor vai apontar a responsabilização do Conselho de Administração da estatal e da presidente Dilma Rousseff, que, na época, presidia o colegiado.
O Palácio do Planalto está em alerta. Nos bastidores, existe o temor de que Cerveró traga novas informações e puxe a presidente novamente para o centro do escândalo. Até o fechamento desta edição, a assessoria de comunicação da PF não havia confirmado o horário do depoimento.

De acordo com a defesa, a tese que será defendida pelo ex-diretor é de que, se Dilma diz que tomou a decisão de compra com base em parecer falho, a petista não foi diligente ao analisar os documentos. A compra da refinaria, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), causou um prejuízo de US$ 792 milhões à estatal. Aos que visitam Cerveró na prisão, o ex-executivo tem demonstrado sua mágoa com a maneira como foi tratado pela petista.
“Ele está indignado com a situação. Desta vez, o depoimento será contundente. Ele não teve contundência (contra a presidente Dilma) anteriormente por determinação minha. Por quê? Estávamos num período pré-eleitoral e eu não quis que Nestor fosse usado por um partido ou por outro”, explicou Ribeiro.

O defensor afirmou que Cerveró, ao contrário do que se espalhou em Brasília, não é um homem-bomba. “Ele apenas vai falar a verdade. Quem descumpriu o estatuto social da Petrobras foi o Conselho de Administração. Vai dizer que, se o parecer era falho, a presidente Dilma, que presidia o conselho, tinha obrigação de chamá-lo para tirar todas as dúvidas.”
De acordo com Ribeiro, no depoimento de hoje, Cerveró será bastante objetivo. “Vai apontar o que for para apontar. Essa responsabilização (da presidente) será dita aqui. Ele não tem nenhum trunfo. Só vai dizer o que realmente aconteceu”, declarou.

PLANALTO EM ALERTA
A artilharia voltada para a presidente colocou o Planalto em alerta desde a prisão de Cerveró, no dia 14, quando Edson Ribeiro afirmou que a presidente da Petrobras, Graça Foster, também deveria ter sido presa. Para os palacianos, as acusações soaram completamente fora do tom. A ordem no Planalto é blindar a presidente ao máximo para evitar que essas declarações respinguem em Dilma.

Na terça-feira, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, repetiu o discurso que tem sido adotado quando a presidente ou Graça Foster são citadas em denúncias que envolvam a Petrobras.
Segundo ele, não há nenhuma responsabilização de Dilma, e quem vier a dizer isso terá que provar. O ministro ressaltou que a petista não foi citada por nenhum órgão que investiga ilícitos na Petrobras. Ontem, o Planalto não comentou as novas declarações da defesa de Cerveró.

22 de janeiro de 2015
João Valadares
Correio Braziliense

ESPIRITUALIDADE DE CHICO XAVIER É CONFIRMADA CIENTIFICAMENTE



 
Quando o estudante Jair Presente morreu afogado no interior de São Paulo, em 1974, aos 24 anos, a irmã dele foi com os pais até Uberaba (MG) para buscar notícias com Chico Xavier (1910-2002). A partir desse encontro com Sueli, o médium escreveu uma sequência de 13 cartas atribuídas ao jovem.
Agora, 40 anos depois, uma pesquisa de pós-doutorado da Universidade Federal de Juiz de Fora, em parceria com a USP, confirmou que os dados contidos nessas cartas são verídicos.

“Os médiuns são conhecidos pelo repasse de informações às quais não teriam acesso normalmente. Por isso, a primeira coisa era avaliar se o que havia ali não era genérico”, diz o diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes) da UFJF, o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida.
“Quando alguém perde um ente querido, fica mais propício a aceitar aquelas ideias”, afirma.
Mas segundo o próprio Moreira-Almeida, orientador do estudo, Sueli Presente garantiu aos pesquisadores que não deu nenhuma informação a Xavier.

PRIMEIRA CARTA
Ao analisar a primeira carta, o grupo encontrou referência ao avô do estudante. “Aqui comigo estão o meu avô Basso e um coração de benfeitoria a quem chamo de Irmã Elvira”, diz o texto.

A citação é importante, segundo a pesquisa, não apenas porque o avô materno de Jair era conhecido por esse sobrenome, mas porque se refere ao fato de que ele também estava morto –Vicente Basso morreu em 1962. Já Elvira é uma tia do jovem, também falecida.
“Quando a irmã dele procurou Chico, teria dito apenas que havia perdido um irmão.

Algumas informações, inclusive, nem os parentes dele sabiam e precisaram verificar a veracidade”, diz o psiquiatra, acrescentando que Chico Xavier foi escolhido para a pesquisa por ser considerado um dos médiuns mais importantes do século 20.

“Existem relatos não comprovados de que ele produzia informações verdadeiras, mas não pesquisa científica. Como essas situações aconteceram há décadas e os familiares estão envelhecendo, sentimos a necessidade de fazer o estudo acadêmico”, diz.

NÃO SÃO ESPÍRITAS
Segundo a pesquisadora Denise Paraná, o grupo é interdisciplinar e tem pessoas de diversas vertentes religiosas e filosóficas. “Não é um grupo espírita. Há gente, inclusive, com uma forte formação acadêmica materialista, como eu.”

Nas cartas, os pesquisadores selecionaram informações específicas para análise. Depois, entrevistaram familiares e pessoas que tiveram acesso aos fatos e consultaram recortes de jornal e outros documentos.

“Concluímos que, dos 99 itens de informação identificados, 97 eram dados verídicos e correspondentes a um fato real”, diz o psiquiatra. Segundo ele, no entanto, o estudo não comprova que o conteúdo das cartas foi transmitido por alguém já morto, mas sim que as informações contidas ali são verdadeiras.

Para o psiquiatra, há fortes indícios de uma percepção extrassensorial de Xavier, “fato que continuará a ser analisado e que carece de estudos posteriores”.
Para a pesquisa, foram selecionados vários conjuntos de cartas do médium, e o grupo se prepara agora para as próximas publicações.

22 de janeiro de 2015
Nathália Souza
Folha

O TEMOR E O HUMOR

Sempre publico os artigos de Percival Puggina com algum atraso. Explico o por quê: ele coloca o artigo em um determinado jornal (o de hoje foi o Zero Hora) e na maior parte das vezes o jornal não permite a reprodução nem de parte dos artigos. Aí, eu espero que ele poste o artigo em seu site, que nos é liberado. Então, nos manda um e-mail avisando que está lá (liberado). Como vampiros, voamos nele, porque é sempre um texto de primeira linha. Talvez um dia, haveremos de largar o pirulito e as calças curtas e nos tornarmos um passar a pagar salários para nossos articulistas, editores e redatores…  Expliquei bem o atraso? Perdão, pela demora…


Por Percival Puggina. Artigo publicado em 19.01.2015

Percival Puggina

Percival Puggina

 O ataque à revista Charlie Hebdo foi mais uma entre milhares de ações violentas praticadas por fanáticos muçulmanos contra “infiéis” de outros credos e, principalmente, por muçulmanos contra muçulmanos.

No momento em que escrevo, a contagem de tais atos, iniciada depois do ataque às Torres Gêmeas, registra 24,8 mil eventos. À chacina do Charlie, já se somam outros seis atentados no Paquistão, na Nigéria, no Líbano, no Afeganistão, no Egito e, novamente, na França, dia 9.Obviamente, entre 1,5 bilhão de muçulmanos, é pequena a parcela de fanáticos violentos, jihadistas, dispostos a passar o resto do mundo na espada. No entanto, o mundo está apreensivo. A numerosa concentração de chefes de Estado e de governo nas manifestações de Paris mostra que estamos diante de algo alarmante. Por isso, quero lembrar que, antes de ser um problema mundial, o terrorismo e o fanatismo islâmico violentos são, sobretudo, um tema para o Islamismo, tanto quanto o nazismo foi tema para os alemães, antes de se tornar problema internacional. Religião alguma deve se prestar a uma cultura de intolerância e violência! Não é de causar surpresa, portanto, diante dos fatos que estão em pleno desenvolvimento e motivando insistentes matérias jornalísticas, que já se possa identificar a existência de um temor ao Islã.

Não é inteligente nem sensato negar o óbvio. O mundo sabe. O terrorismo é o mal do século. E o medo cria reações irrefletidas ou insanas. Quem pranteia ou desfila pelos milhares de vítimas silenciosas do Boko Haram?

Reflitamos, agora, sobre a criminosa e repugnante execução dos jornalistas, artistas e humoristas da Charlie Hebdo. Seres humanos foram friamente fuzilados para “vingar a honra do Profeta”. Diante do ocorrido, uniram-se, com razão, as vozes do mundo num coro multilíngue, ecumênico e pluriétnico em favor da vida e da liberdade de imprensa, destacados valores da civilização ocidental. Não esqueçamos, porém, que o humorismo da revista, com frequência, é grosseiro, desrespeitoso e de mau gosto. Comete injúria religiosa, como quando representou graficamente o Pai, o Filho e o Espírito Santo em atos de sodomia. Há diferença entre a blasfêmia privada, para ofender a Deus, e a blasfêmia publicada para ofender a sensibilidade religiosa das pessoas. O ataque à revista tornou oportuno exaltarmos a liberdade de criação e de imprensa como apreciadíssimo valor da nossa cultura. Mas é bom lembrarmos – sem relação nem proporção entre causa e efeito – que o respeito aos demais, a seus valores, crenças e etnias é, também, um valor da civilização ocidental.

ZERO HORA, 18 de janeiro de 2015

 
22 de janeiro de 2015
Anhanguera
in Giulio Sanmartini

DESEDUCAÇÃO

                   

ruth de aquino

Mais uma vez a loira Ruth de Aquino, com sua pena fatal, sai distribuindo “elogios” ao desgoverno petralha. Merecem todos os que podem ser feitos.

Ô paiséco esdrúxulo este em que vivemos. No primeiro mandato da má dama, 3 sinistros de educação.

Quando ela entra no segundo, sem saber o resultado do Enem, sai-se com esse slogan pífio: Brasil, patria educadora. Pois sim.

Concluimos que, como presidente, ela é uma ótima comediante…

Leiam a íntegra do artigo da loira em

A PÁTRIA QUE DESEDUCA

 
22 de janeiro de 2015
Magu
in Giulio sanmartini

PROMOTOR ARGENTINO QUE DENUNCIOU CRISTINA KIRCHNER É ENCONTRADO MORTO EM SEU APARTAMENTO COM MARCA DE TIRO NA CABEÇA


O promotor argentino Alberto Nisman, responsável pela investigação do atentado contra o centro da comunidade judaica Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos. Foto: Veja.
O promotor federal argentino Alberto Nisman foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires na madrugada desta segunda-feira, reporta o jornal Clarín. De acordo com a imprensa argentina, há uma marca de tiro na cabeça de Nisman, que morava em um prédio no bairro de Puerto Madero, área nobre da capital argentina. A polícia investiga o caso e informou que localizou no local um revólver de pequeno calibre.
 
Na última quarta-feira, o promotor denunciou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler Héctor Timerman por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos", referindo-se aos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 18 de julho de 1994.
 
O promotor, encarregado do caso Amia, solicitou abertura de inquérito contra a presidente e o chanceler. Ele iria apresentar os detalhes da denúncia ao Congresso argentino nesta segunda-feira. Nisman acreditava que a Casa Rosada estimulou a impunidade dos acusados por motivos econômicos. Em troca da obtenção de acordos comerciais com o Irã, especialmente para as exportações de carne e oleaginosas, a Argentina – que desde 2004 enfrenta crise energética – receberia petróleo iraniano.
 
"A presidente e seu chanceler tomaram a criminosa decisão de fabricar a inocência do Irã para saciar interesses da República da Argentina", disse Nisman. O promotor argumenta que a cúpula do governo Kirchner negociou e organizou com Teerã "um sofisticado plano" para acobertar participantes do atentado.

Do site da revista Veja
 

SOBRE O JORNALISTA ARGENTINO ALBERTO NISMAN

JORNALISTA ARGENTINO ANALISA O CASO DA MORTE DO PROMOTOR ALBERTO NISMAN E PÕE EM DÚVIDA A VERSÃO DO SUICÍDIO

O vídeo acima é a reprodução do comentário do jornalista argentino Jorge Lanata, a respeito da morte do promotor Alberto Nisman.

Jorge Lanata é um dos mais influentes jornalistas argentinos e possui programa no canal 13. Destaca-se também pelo acompanhamento do atentado terrorista contra o Centro Judaico em Buenos Aires, em 1994, caso investigado pelo promotor Alberto Nisman. A morte de Nisman ocorreu justamente na véspera de sua ida ao Congresso argentino onde, segundo consta, apresentaria um volumoso dossiê contendo material que poderia incriminar a presidente Cristina Kirchner.

Embora o vídeo não esteja legendado em português dá para acompanhar com atenção e compreender, mesmo para aqueles leitores não familiarizados com o idioma espanhol.

Vale a pena ver. O jornalista Jorge Lanata é conhecido pela sua competência, pertinácia e coragem. O vídeo está postado com destaque no site do jornal Clarín, um dos poucos veículos de mídia na Argentina que combate o governo bolivariano de Cristina Kirchner.

ARMA DE ONDE SAIU O TIRO QUE MATOU O PROMOTOR ALBERTO NISMAN NÃO ERA DELE. JORNALÕES ARGENTINOS SÃO PARECIDOS COM OS BRASILEIROS E ALIVIAM PARA O LADO DE CRISTINA KIRCHNER.

Facsímile da chamada principal do site do jornal argentino La Nación. Como se vê, lá como cá, existe por parte de alguns veículos de mídia, se não a maioria, a adesão ao tal "controle bolivariano da mídia". A foto e o texto-legenda falam por si só. A tal "ley de medios" já corroeu boa parte da liberdade de imprensa na Argentina bolivariana. 
Fotomontagem que circula nas redes sociais a partir da Argentina: Cristina Kirchner com a touca ninja armada com uma pistola.
A procuradora Viviana Fein, encarregada de investigar a morte de Alberto Nisman, afirmou nesta segunda-feira que a arma não era de propriedade do promotor. Disse ainda que “não houve intervenção de outra pessoa” no disparo, o que não conclui a investigação.
 
"Poderíamos falar de um suicídio, já que o corpo não foi golpeado nem submetido a maus tratos. Mas não decidimos que esta é a causa", afirmou Viviana à Rádio America, acrescentando que ainda espera o resultado do exame toxicológico.
 
Em uma morte com significado explosivo para a política argentina, há razões para ceticismo em relação às informações que são divulgadas sobre o caso. Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira em seu apartamento em Buenos Aires. Na última semana, ele havia apresentado uma longa denúncia envolvendo a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores, segundo a qual o governo agiu para acobertar iranianos envolvidos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994, que deixou 85 mortos.
 
Nisman havia sido alvo de ameaças – em uma ocasião, um recado foi deixado em sua secretária eletrônica advertindo que ele seria caçado e levado a uma prisão iraniana. Além disso, a denúncia contra Cristina apresentada na quarta-feira e a audiência marcada para esta semana na Câmara dos Deputados com o objetivo de apresentar mais provas representava o coroamento de um trabalho de investigação iniciado há mais de dez anos.
 
Morte duvidosa – “A causa está classificada como morte suspeita, enquanto não se tiver todas as provas, continuaremos a investigar”, afirmou a procuradora. “Estamos checando se um amigo emprestou a arma a ele”, explicou. Nisman morreu em decorrência de um só disparo no rosto feito com uma arma calibre 22 que foi encontrada ao lado do corpo.
 
Ela explicou que a investigação tenta determinar “através de todos os instrumentos coletados, se houve algum tipo de indução ou instigação por meio de ameaças, seja através de telefonemas ou mensagens de texto”.
 
Pela manhã, quando veio à tona a informação sobre a morte de Nisman, a promotora não quis aventar nenhuma hipótese sobre ocaso. Ao contrário da postura do governo, na figura do secretário de Segurança Nacional, Sergio Berni, que não tardou em dizer que “quando se tem um corpo, uma arma e uma cápsula, todos os caminhos levam a um suicídio”.
Do site da revista Veja
 

POVO TOMA AS RUAS NA ARGENTINA PEDINDO JUSTIÇA SOBRE O MISTERIOSO CASO DA MORTE DO PROMOTOR ALBERTO NISMAN

Gigantesca reação popular à misteriosa morte do promotor Alberto Nisman.  Opinião pública não aceita versão do "suicídio". (Fotos do site da revista Veja)
Milhares de pessoas foram às ruas na Argentina na noite desta segunda-feira pedindo justiça, depois que foi encontrado morto o promotor Alberto Nisman, que havia denunciado uma operação do governo de Cristina Kirchner para encobrir os responsáveis pelo atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994.
 
Muitos manifestantes carregam bandeiras da Argentina e cartazes com a frase “Eu sou Nisman” – uma alusão à frase "Je suis Charlie", que marcou os protestos contra o terrorismo depois do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo em Paris.
 
A morte foi alvo de repúdio nas redes sociais e se materializou em marchas e panelaços em frente à residência presidencial em Olivos, a Praça de Maio, e em outros bairros da capital e da Grande Buenos Aires. Em Bariloche, mais de 100 pessoas, entre moradores e turistas, reuniram-se no Centro Cívico com cartazes e cantaram o hino nacional. Também houve "buzinaços" em Punta del Este, no Uruguai, onde um grupo de argentinos se reuniu na praia Brava, informou o jornal La Nación.
 
A convocação para as marchas surgiu nas redes sociais, com chamados para a mobilização “contra o sistema mafioso e assassino" e "a favor da verdade e da transparência política". A manifestação foi respaldada pelo partido União Cívica Radical e outros representantes da oposição.
 
O caso – O promotor Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira em seu apartamento em Puerto Madero, Buenos Aires. Na última semana, ele havia apresentado uma longa denúncia envolvendo a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores, segundo a qual o governo agiu para acobertar iranianos envolvidos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994, que deixou 85 mortos.
 
O promotor havia sido alvo de ameaças – em uma ocasião, um recado foi deixado em sua secretária eletrônica advertindo que ele seria caçado e levado a uma prisão iraniana. Além disso, a denúncia contra Cristina apresentada na quarta-feira e a audiência marcada para esta semana no Congresso com o objetivo de apresentar mais detalhes representava o coroamento de um trabalho de investigação iniciado há mais de dez anos.
 Do site da revista Veja

22 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

GOVERNOS DO PT EMPURRAM O PAÍS PARA O RACIONAMENTO DE ENERGIA

A Maior culpada pelo colapso energético é Dilma Rousseff.
 
Não adianta tapar o sol com a peneira. Dilma Rousseff foi ministra das Minas e Energia justamente pelas suas supostas qualidades em evitar apagões no Rio Grande do Sul. Não eram qualidades. Era marketing pessoal. Ela ficou no ministério de 2003 a 2005. Não fez o mínimo necessário para ampliar a infraestrutura. 
Depois, Dilma foi para a Casa Civil e virou a mãe do PAC, responsável pelas grandes obras, entre as quais as hidrelétricas. Qual foi  o seu legado? Atrasos de mais de dois anos em Jirau, Belo Monte e outros projetos estratégicos de geração e de transmissão. E como presidente da República, no seu primeiro mandato, qual a herança da Dilma?
Hoje as caríssimas termelétricas respondem por 22% do fornecimento de energia elétrica para o país. Em 2010 eram apenas 6%. Ou seja: voltamos a depender da solução paliativa tomada por FHC, lá em 2001 e 2002. Voltamos à estaca zero. Ontem o Operador Nacional do Sistema teve que desligar boa parte do país para evitar um apagão amplo, geral e irrestrito.
O apagão seletivo de ontem, que atingiu dez Estados e o Distrito Federal. Deve se repetir até o fim do verão, para evitar que picos de consumo detonem todo o fornecimento.  Estamos à beira de um colapso energético.
O cenário é pessimista, na análise de especialistas do setor. O parque gerador brasileiro iniciou 2015 muito dependente de chuvas que estão vindo abaixo do esperado.
Se os reservatórios chegarem a abril, fim do período chuvoso, abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, o racionamento será inevitável.
A maior responsável tem nome: Dilma Rousseff. A sua biografia confirma.

22 de janeiro de 2015
in coroneLeaks

PT SOFRENDO DE DUPLA PERSONALIDADE

Quer sentar em duas cadeiras ao mesmo tempo e inicia oposição contra o próprio governo.

Preocupados com o impacto do ajuste fiscal nas eleições municipais de 2016 e na imagem do PT, integrantes da corrente majoritária do partido Construindo um Novo Brasil (CNB) fizeram uma avaliação do cenário eleitoral em reunião na segunda-feira e tentaram afinar um discurso que passe a mensagem ao eleitorado de que não haverá prejuízo aos trabalhadores em meio a crescentes críticas internas contra a nova política econômica.

No encontro de mais de seis horas na sede do partido em Brasília, integrantes da corrente fizeram uma extensa avaliação do cenário eleitoral e demonstraram preocupação com o resultado nas grandes cidades diante de um quadro de recessão que pode aumentar o desemprego e reduzir a renda das famílias.

"Temos que dar atenção especial para os governos municipais. Em 2014 o resultado eleitoral foi ruim para nós. Ganhamos a eleição perdendo. Vencemos a disputa presidencial, mas tivemos regressão no desempenho do PT, com redução das bancadas federal e estaduais e desempenho abaixo do nosso histórico nos grandes centros", afirma o ex-deputado Paulo Ferreira, um dos coordenadores nacionais da CNB.

O cenário tende a se agravar, avaliam petistas, se o ajuste executado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, levar à recessão em 2015, com impacto no emprego e perdas para os trabalhadores. As primeiras ações da nova equipe econômica foram mudanças no seguro-desemprego, abono salarial e pensões por medida provisória (MP), seguidas por aumento de impostos sobre gasolina, movimentações financeiras, importações e cosméticos.

A nova política econômica será um dos principais temas do próximo encontro da direção nacional do PT, no início de fevereiro, em Belo Horizonte. A cúpula da corrente majoritária do partido, a CNB, da qual fazem parte a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, tenta minimizar o descontentamento de parte do partido e pondera que o sucesso eleitoral de 2018 depende da defesa política inequívoca do ajuste de agora. O respaldo a Levy tem partido da Executiva do partido.

Mensagens dissidentes já aparecem dentro da sigla. Integrante do Diretório Nacional do PT, o deputado estadual Raul Pont (RS) diz que as medidas poderão prejudicar o desempenho do PT em 2016. "Essa visão de política econômica do ministro não combina com o que pensamos e defendemos no PT. É uma negação do discurso da presidente", afirma.

Pont, da corrente Democracia Socialista, a mesma do ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin e dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e Pepe Vargas (Relações Institucionais), compara este início de mandato com os dois primeiros anos do governo Lula, quando Antonio Palocci (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central) promoveram uma política de austeridade. "Pagamos um preço enorme por isso nas eleições seguintes, quando o PT teve desempenho ruim nos municípios", diz.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos líderes da tendência Mensagem ao Partido, diz que o PT ainda debaterá as medidas internamente e com Dilma. "O que for efetivamente combate à fraude [na Previdência] terá nosso apoio, mas vamos sugerir mudanças quando se tratar de revogação de direitos", afirma. "Me parece que a formulação inicial da MP precisa ser revista quando passar pelo Congresso", diz, ao negar impacto eleitoral.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT e que fez campanha por Dilma, prepara uma marcha no dia 28, junto com as outras centrais, e um protesto no Congresso em 2 de fevereiro contra as mudanças. "É um governo em disputa. O arco de alianças contém progressistas e conversadores, e nosso papel é cobrar que seja colocado em prática o projeto defendido na campanha", diz o presidente da central, Vagner Freitas (PT). "O governo tem que dizer qual a claramente o que quer. Estamos preocupados com essa política recessiva junto com mudanças no seguro-desemprego."

O ex-ministro José Dirceu, que presidiu a sigla entre 1995 e 2002 e foi cassado no escândalo do mensalão em 2005, retomou reuniões políticas e publicou em ontem seu blog, pelo segundo dia seguido, que o país caminha para uma forte recessão. Citou a redução de 1,4% para 0,3% na previsão de crescimento da economia brasileira neste ano feita pelo FMI e afirmou torcer "para que uma projeção drástica do FMI - de que teremos algum crescimento este ano - se confirme, porque tudo indica que o que vamos ter é uma recessão, e das bravas no Brasil este ano".

A Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT e presidida pelo ex-presidente do IPEA Marcio Pochmann, também destacou ontem, em texto do economista Guilherme Mello, que as medidas "podem afetar a defesa dos ganhos sociais e de empregos dos anos recentes, dado o impacto recessivo". O texto diz que o governo Dilma "parece ver-se obrigado a coadunar parcialmente com os argumentos mercadistas (em particular na esfera fiscal), apesar de manter a orientação de buscar sempre a preservação dos empregos e da renda".

Responsável pela estratégia do PT para as eleições, o secretário de Organização, Florisvaldo de Souza, defende que ainda é cedo para discutir os efeitos das ações do ministro da Fazenda. "É precipitado achar que vai ter impacto nas eleições", diz. " O mais importante é que Dilma não está mexendo nas áreas sociais, que são muito caras ao PT. E não vejo redução dos direitos dos trabalhadores", afirma. "Na verdade o governo está fazendo um ajuste para manter o emprego".

Um Levantamento do Valor nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o segundo turno mostra como é justificada a preocupação do PT com o que pode acontecere ao partido nos grandes centros. Nas cidades com mais de 200 mil eleitores, importantes como polos formadores de opinião e de criação de novas lideranças e por terem os maiores orçamentos, o partido registrou queda com relação à 2010.

Há cinco anos, a presidente Dilma Rousseff (PT) bateu José Serra (PSDB) por 20 milhões de votos a 17 milhões nas médias e grandes cidades. Agora, perdeu para Aécio Neves (PSDB) por 22 milhões a 19 milhões. Ou seja, teve um milhão de votos a menos, mesmo com o eleitorado destes locais crescendo cinco milhões.

O que a salvou a campanha à reeleição de Dilma foram as pequenas cidades, com menos de 200 mil eleitores, em que ela abriu 7 milhões de votos de vantagem em relação ao tucano no ano passado. A perda de influência nas grandes cidades já era sentida em 2012, quando o PT só não reduziu o eleitorado governado por vencer a disputa pela Prefeitura de São Paulo.

22 de janeiro de 2015
Valor
in coroneLeaks

FMI PREVÊ CRESCIMENTO PÍFIO PARA O BRASIL EM 2015






















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O Brasil terá em 2015 um novo ano de estagnação econômica, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório trimestral Panorama da Economia Mundial, divulgado na madrugada desta terça-feira, na China. Após crescimento quase zero em 2014, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi cortada em 1,1 ponto percentual, na comparação com outubro, para alta de apenas 0,3%.

O número está em linha com o mercado _ que pela pesquisa semanal Focus do Banco Central (BC) estima, em média, 0,38%. Porém, é mais pessimista do que a expectativa do governo, de 0,8%, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2016, a recuperação brasileira será modesta, de expansão de 1,5%, 0,7 ponto inferior ao estimado há três meses.

A equipe do Fundo não faz comentários específicos sobre o Brasil no relatório revisado — uma publicação de apenas quatro páginas. Mas o FMI diz que "o potencial de crescimento de muitos países foi revisado para baixo e os efeitos da queda nos preços das commodities, iniciada em 2011, sobre as perspectivas de crescimento da América Latina estão ficando mais claras".

A região só não terá desempenho pior este ano do que a do bloco de ex-repúblicas soviéticas, que, puxado pela retração econômica projetada para a Rússia em 2015 e 2016, registrará recessão no biênio. Na comparação entre as nações que compõem o Brics (grupo dos maiores emergentes), o Brasil só não apresentará resultados piores do que os russos em 2015 e 2016 (queda de 3% e 1%, respectivamente, devido às crises externa e energética).

A China continua desacelerando, de forma ordenada, refletindo a transição da economia dos investimentos para o consumo. O ritmo desta transformação está mais rápido do que estimava o FMI e coloca a expansão chinesa abaixo de 7% no biênio: 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016. Já a Índia segue favorecida por reformas internas feitas nos últimos dois anos, que potencializaram a expansão indiana: 6,3% este ano e 6,5% no próximo. O PIB da África do Sul deverá ter alta de 2,1% e 2,5%, respectivamente. 

Em média, espera-se que as nações emergentes registrem crescimento de 4,3% em 2015 e 4,7% em 2016. — A desaceleração da China reflete uma decisão bem-vinda de reorientar a economia, movendo-se do foco no mercado imobiliário e no shadow banking para o consumo. No entanto, este crescimento mais lento está afetando o resto da Ásia — afirma Olivier Blanchard. 

Essa correlação de forças entre os efeitos de um mesmo desdobramento relevante para a economia internacional é a tônica de 2015, com as influências negativas se sobrepondo neste início de ano, explica Blanchard. Por isso, as projeções para o crescimento este ano e em 2016 foram reduzidas em 0,3 ponto percentual, para 3,5% e 3,7%, respectivamente.

— A economia mundial enfrenta um forte e complexo choque de correntes. Por um lado, economias de porte estão se beneficiando da queda do preço do petróleo. Por outro, em muitas partes do mundo as perspectivas de longo prazo afetam a demanda adversamente, resultando em grande ressaca — disse Blanchard.

O conjunto dos países ricos exemplifica bem estes sinais trocados. Enquanto os EUA avançam mais rapidamente do que projetado anteriormente, a zona do euro permanece patinando, necessitando de estímulos adicionais, ameaçada por conflitos políticos e arriscando uma deflação. E o Japão, diz o economista-chefe do FMI, “foi uma das principais decepções de 2014”, entrando em recessão no fim do ano, após a repercussão inicial positiva da chamada Abenomics.

Olhando adiante, há vários outros riscos no horizonte global. Além das direções opostas entre os países e as regiões, o comportamento do preço do petróleo representa um desafio. A cotação do barril recuou, em dólares, 55% desde setembro, de cerca de US$ 100 para menos de US$ 50. Para países importadores, especialmente os avançados, a mudança libera renda de governos e consumidores. No entanto, afeta investimentos no setor de energia _ como o shale gas/oil nos EUA e o pré-sal no Brasil _ e constrange receitas de países exportadores. Os fatores negativos se sobrepõem.

Ainda, a apreciação global do dólar e a depreciação do iene, do euro e de moedas de emergentes, como o real, vão afetar termos de troca no comércio e níveis de endividamento. Ao aumentar o apetite americano por produtos, porém, pode animar economias parceiras dos EUA, como Japão e as europeias.

Completa o balanço de riscos o aperto das condições financeiras internacionais. Os juros estão em alta em boa parte do mundo — encarecendo investimentos e consumo — e cresceram os riscos de turbulências. Prêmios de risco (custo de captações e financiamentos) já começaram a subir, antecipando elevação da taxa básica dos EUA a partir da virada do semestre, nova política monetária expansionista na zona do euro e os desequilíbrios internos das nações, notadamente emergentes como o Brasil.

O FMI recomenda à comunidade internacional força total na adoção de medidas que elevem crescimento potencial dos países, como investimentos em infraestrutura, reformas estruturais (tributária, trabalhista, previdenciária etc) e simplificação regulatória. "Na maioria das economias, elevar o crescimento potencial é uma política prioritária. Há necessidade urgente de reformas estruturais em várias economias, avançadas e emergentes", diz o FMI. 

Segundo Olivier Blanchard, no curto prazo a única esperança de um cenário mais animador para a economia mundial é que os efeitos positivos da queda do preço do petróleo, contrariando a expectativa, se imponham ao negativos. — Avaliar os efeitos da queda da cotação do petróleo no atual ambiente é difícil. Esse recuo pode acabar sendo um empurrão maior do que o que está implícito em nossas projeções. Em outras palavras, quando divulgarmos as próximas previsões, em abril, nossas projeções (de janeiro) poderão ter sido muito pessimistas. É o que muito espero — disse o economista-chefe do FMI.

22 de janeiro de 2015
O Globo
 

ELE COMEU A CAROLINA !!!

                

Uso muita pimenta, cebola e alho. Desde que me foi proibido o sal, comecei a pesquisar temperos, e esses três se sobrepujaram aos outros. As pimentas que uso eu mesmo planto. E experimento sempre, plantando e provando.  Você sabe quantos tipos de pimenta existem? Nem eu.

Dentre as pimentas capsicum, das quais as mais suaves são o pimentão, a pimenta biquinho, a sweet banana e as cambuci (chapéu de bispo, patinha de cachorro), a mais conhecida é a malagueta.

Quando comecei a mexer com isso, tinha certeza de que a malagueta era muito ardida. Ichhhh, arde feito pimenta malagueta! Depois descobri que era fichinha, tem ardor 7000 na Escala Scotchville, que mede o grau de ardência das pimentas. Até ontem, acreditei que a mais ardida do mundo é a Bhutt Jolokia Chocolate, mas hoje descobri que esta já foi desbancada por uma variedade da Red Scorpion e esta outra perde feio para a CAROLINA REAPER DANGER DEATH MORTE CHALLENGE.  Para ter uma ideia do estrago, o ardor da Bhutt Jolokia é CENTO E CINQUENTA E SETE VEZES o da malagueta ( em torno de 1.100.000 na mesma escala, e o da Carolina Reaper Death é o dobro do da Jolokia. Comer qualquer delas é se prestar à um estágio de quase meia hora no inferno.

Tudo isso é para lhes apresentar um produtor de pimentas, dono do site http://www.viciadoempimentas.com.br, maluco de pedra. Pois bem, comedor inveterado de pimentas, resolveu colocar em vídeo sua experiência – cumprindo todo o ritual de comer a Carolina segundo a tradição dos degustadores da Bhutt Jolokia…  Depois do filme, o youtube mostra também uma americana viciada em pimentas que passa por todas as cores do arco-íris e não acha uma que descreva o que sofreu. Mas suas mãos dizem tudo.

22 de janeiro de 2015

Anhangüera barra

DE CRUZADA E MUÇULMANOS, O IMPORTANTE CONTRAPONTO DO JORNALISMO DIGITAL E DAS REDES SOCIAIS À GRANDE MÍDIA


Como sempre afirmo, a alma de um blog é constituída pelos seus leitores. Inúmeros posts que já escrevi tiveram como insights comentários postados por leitores.

Queiram ou não a internet é responsável pela maior revolução já ocorrida na área da comunicação e talvez o maior impacto decorrente dessa extraordinária reviravolta tecnológica é a possibilidade de  interação online e imediata entre um veículo de mídia e seus leitores, telespectadores ou ouvintes.
 
Evidentemente isto tem causado um impacto muito grande sobre os meios de comunicação tradicionais e seus operadores, os jornalistas. Tanto é que a maioria dos profissionais, e não apenas os mais antigos na profissão, se mostra refratária a incorporar tais mudanças.

Com isto não quero dizer que os paradigmas básicos do jornalismo, que se fundamentam na acurácia, ou seja, o rigor absoluto na apuração de um fato e sua narrativa, devam ser abandonados. Pelo contrário. A internet possibilita o aperfeiçoamento na busca da verdade e pode na maioria das vezes encurtar caminhos.
 
Também não quero dizer que o jornalismo digital pode superar os veículos de mídia tradicional. Quero me referir ao fato de que grandes empresas de comunicação detêm uma extraordinária estrutura em termos tecnológicos e de pessoal mobilizados 24 horas na apuração e transmissão dos fatos.

Com essa estrutura os grandes veículos de mídia evidentemente têm todas as condições de oferecer ao público informação ampla e correta.
Entretanto, apesar de todo esse aparato as empresas de comunicação não estão livres de injunções de ordem política e ideológica.
 
Como os grandes veículos de comunicação formam a opinião pública são permanentes objetos de desejo de poder sobre eles. Não é à toa que há muito tempo as redações dos grandes veículos vêm sendo tomada de assalto pelo jornalismo ideológico vinculado a grupos e partidos políticos esquerdistas. Isto se pode verificar, principalmente, a partir dos anos 60, quando foi desatada em escala global a denominada revolução cultural por meio da teoria da “contracultura” que iria nas décadas seguintes operar uma profunda mudança  comportamental em todos os âmbitos da vida social. 
 
GUERRILHA CULTURAL
A “contracultura” foi e é nada mais nada menos que o estopim para implodir os pilares sobre os quais está assentada a civilização ocidental. Todavia, à diferença de outras revoluções, desta feita, como de fato aconteceu e continua acontecendo, o combate não se dá mais por armas e bombas, mas no âmbito da cultura de modo a operar o transformismo dos conceitos com os quais nominamos os fenômenos políticos e sociais.
A luta, portanto se dá ao nível da informação, isto é, no âmbito da cultura entendida aqui como o conjunto de valores que informa a cosmovisão dominante em dada sociedade.
 
Isto posto, fica evidente a importância fundamental dos veículos de comunicação de massa na operação dessa guerra de guerrilha cultural e a razão pela qual têm sido tomados de assalto pelos guerrilheiros ideológicos. É neste ponto desta minha pequena análise que fica evidenciada a importância da internet que aludi no início, sobretudo as redes sociais e os blogs independentes editados por jornalistas profissionais com razoável experiência. 
 
São esses novos veículos de mídia que fazem o contraponto ao nível informativo em ampla escala. O que está na internet é o que está de fato no mundo. Por isso “mundo virtual” é um conceito capenga deste ponto de vista já que o que está no dito “mundo virtual” é produto não de ação de autômatos, mas de seres humanos concretos. Isto não quer dizer que o que é veiculado por meio de plataformas digitais seja tudo verdade, como também não é verdade absoluta tudo o que os veículos da grande mídia tradicional veiculam.
 
O PODER DA INTERNET
O importante de toda essa reflexão reside substancialmente numa realidade: a possibilidade de qualquer cidadão opinar e veicular uma informação ou ainda se contrapor a algo inverídico travestido de verdade apenas pelo status de determinado veículo de comunicação tradicional que o publica.
O conceito de “comunicação tradicional” aqui deve ser entendido como jornais e revistas impressos, rádio e televisão.
Reafirmo que tais veículos são fundamentais e importantes sem contudo excetuar o fato de que ao longo dos últimos anos têm se transformado nos principais difusores de uma luta insana contra a civilização ocidental.
 
Voltando mais uma vez ao início deste texto, quando exulto aquilo que pode ser chamado de “jornalismo participativo” ou “ativismo jornalístico”, transcrevo em seguida parte de texto postado num blog denominado “Adversus”, reportado por um leitor aqui no blog na área de comentários, com a finalidade de jogar um pouco de luz justamente sobre as trevas que representam o ataque islâmico contra a civilização ocidental.
A dica do leitor refere-se a um estudo profundo sobre as Cruzadas levado a efeito por uma das maiores autoridades mundiais no assunto, o historiador norte-americano Thomas Madden.
 
A LUTA PELA VERDADE
O blog Adversus, que foi encerrado pelo seu autor mas se mantém no ar à disposição dos leitores é taxativo no seu objetivo: Excomungando o charlatanismo, a malícia, a imbecilidade e a barbárie cultural nos meios católicos e fora dele”.
 
Transcrevo, à guisa de conclusão, alguns mitos elencados por Thomas Madden, a partir de uma entrevista reproduzida no blog Adversus. Tem tudo a ver com o que os grandes veículos de mídia e seus articulistas vêm propalando falsamente a respeito das Cruzadas para justificar a chacina perpetrada pelo terror islâmico na França há alguns dias.
 
Com isto, ao mesmo tempo, comprovo a importância do contraponto da internet à grande mídia. O pequeno comentário do leitor forneceu o insight que me levou a escrever este texto.
 
Aqui estão dois mitos sobre as Cruzadas elencados por Madden. Ao final o link para leitura integral do texto no blog Adversus.
 

Mito número 1:
As cruzadas eram guerras de agressões provocadas contra um mundo muçulmano pacífico. Esta afirmação é completamente errônea. Desde os tempos de Maomé os muçulmanos haviam tentado conquistar o mundo cristão. E inclusive haviam obtido êxitos notáveis.

Após vários séculos de contínuas conquistas, os exércitos muçulmanos dominavam todo o norte da África, o Oriente Médio, a Ásia Menor e grande parte da Espanha. Em outras palavras, ao final do século XI, as forças islâmicas haviam conquistado dois terços do mundo cristão.

Palestina, a terra de Jesus Cristo; Egito, onde nasce o cristianismo monástico; Ásia Menor, onde São Paulo havia plantado as sementes das primeiras comunidades cristãs. Estes lugares não estavam na periferia da cristandade, mas eram seu verdadeiro centro. E os impérios muçulmanos não acabavam ali. Seguiram expandindo-se para o Ocidente, para Constantinopla e mais além chegando até os confins da Europa.
As agressões provinham, portanto, da parte muçulmana. Chegados a um certo ponto, a parte que ficava do mundo cristão não tinha mais remédio além de se defender, se não quisesse sucumbir à conquista islâmica.
 
Mito número 2:
Os cruzados levavam crucifixos, mas a única coisa que lhes interessava era conquistar riquezas e terras. Suas intenções piedosas eram só uma cobertura sob a que se escondia uma avidez voraz. Há tempos, os historiadores afirmavam que na Europa se havia produzido um aumento demográfico que levou a um número excessivo de nobres secundários, adestrados nas artes da guerra de cavalaria, mas privados da herança de terras feudais.

As cruzadas, portanto, eram vistas como uma válvula de escape que impulsionava estes homens guerreiros a sair da Europa para terras por conquistar a expensas de outros. A historiografia moderna, com a ajuda da chegada das bases de dados computadorizadas, destruiu este mito. Hoje sabemos que foram mais os primogênitos da Europa os que responderam ao chamado do Papa em 1095 e à conseguinte Cruzada. Ir a uma cruzada era uma operação muito custosa.

Os senhores se viam obrigados a vender ou hipotecar as próprias casas para conseguir fundos necessários. Muitos deles, também, não tinham interesse em constituir um reino de ultramar. Mais ou menos como os soldados de hoje, os cruzados medievais se sentiam orgulhosos de cumprir com seu dever, mas ao mesmo tempo desejavam voltar para casa.

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22 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

OS FATOS E CIRCUNSTÂNCIAS EMPURRAM O PT E O FORO DE S.PAULO PARA UM PROCESSO AUTOFAGICO


Fotomontagem que circula à farta pelas redes sociais
As circunstâncias conspiram, finalmente, contra o PT. Não levo em consideração o que disse Marta Suplicy. Comunistas são useiros e vezeiros em criar confusão e suposta contradição para mais adiante alcançar determinado objetivo político. 
Seja como for, os fatos são fatos que aconteceram e continuam a acontecer e claramente não oferecem bons augúrios para Lula e sua gente. 
 
Há os fatos internos e externos. No plano externo o regime bolivariano de Caracas já está nas cordas, cambaleando, depois que o preço do petróleo desabou. Como é sabido, a Venezuela chavista foi até aqui a financiadora principal do Foro de São Paulo, a organização transnacional fundada por Lula e Fidel Castro destinada a cubanizar todo o continente sul-americano. Os petrodólares oriundos da PDVSA irrigaram muitas eleições que levaram esquerdistas ao poder na América Latina.
 
Até o presente momento é a Venezuela que mantém a luz acesa em Cuba. Serve os Castro semanalmente com toneladas de petróleo. Resta saber agora como fica esta situação, depois que Obama decidiu reatar relações diplomáticas com a Ilha. De repente, os Castro dão um peteleco em Nicolás Maduro? Tudo é possível. O tempo dirá.
O que acabo de afirmar não constitui nenhuma viagem na maionese. São fatos, todos eles negativos para o plano hegemônico do Foro de São Paulo.
 
Acresce a tudo isso a crise que vive o PT, logo ele, a quem cabe a direção do famigerado Foro de São Paulo. Há quase dois anos Lula não se atreve a encarar uma entrevista com jornalistas brasileiros.
Fechou-se em copas depois que explodiu o escândalo Rosemary Noronha, sua namorada, então chefe do escritório de representação do Planalto em São Paulo.
Por isso Lula continua falando por meio de seus ventríloquos e dos jornalistas obsequiosos nas redações da grande imprensa nacional que se esmeram em não deixar a peteca cair. Basta que Lula exagere na dose, deixe escapar um traque para virar notícia. 
 
E a última notícia do PT, além do petrolão e demais escândalos e roubalheiras variadas, diz respeito ao aniversário de 35 anos do próprio PT. Segundo consta, o partido do Lula pretende fazer uma autocrítica com a intenção de evitar sua  auto-desintegração. Digo “auto” porque a rigor não há oposição no Brasil, ou seja, não existe uma ação externa a espremer Lula e seus sequazes.
 
A propóstio o excelente site 'O Antagonista', editado e escrito por Diogo Mainardi e Mario Sabino, nomes que dispensam apresentação, publicou uma nota em cima do lance no que respeita à propalada notícia de que o PT fará uma autocrítica em seu Congresso Nacional.
Transcrevo:
 
"No seu aniversário de 35 anos e no seu Congresso Nacional, o PT resolveu pensar a relação e fazer autocrítica. Caiu a ficha de que o partido quase perdeu a Presidência da República por causa das lambanças nos doze anos do poder. Quem vai liderar o processo será Luiz Inácio Lula da Silva. O partido até cogita chamar pessoas de fora, como jornalistas e gente ligada à cultura, para ouvir o que elas têm a dizer.
 
Os antagonistas Diogo e Mario, que certamente não serão chamados a colaborar, mesmo assim resolveram dar uma mão à autocrítica do PT. O partido deveria reconhecer no mínimo que:
 
a) Roubou deslavadamente dinheiro público para comprar apoio no Congresso, no escândalo do mensalão
 
b) Nunca existiu caixa dois nenhum no mensalão, que essa foi uma invenção de Márcio Thomaz Bastos, para tentar aliviar a barra do governo
 
c)  Lula sabia de tudo e deu a sua aprovação ao mensalão
 
d) O dinheiro do dossiê dos aloprados, 1 750 000 reais em notas de pequeno valor, era oriundo do dízimo de uma igreja evangélica que apoia o PT
 
e)  Os governos Lula e Dilma fracassaram em transformar o Brasil numa economia moderna e abriram caminho para um retrocesso
 
f) O governo Dilma vem maquiando o desastre nas contas públicas
 
g) O partido aparelhou a máquina estatal, para enriquecer militantes e perpetuar-se no poder
 
h) José Dirceu et caterva não são "heróis do povo brasileiro" , mas aproveitadores
 
i)  O partido e os seus aliados saquearam bilhões de reais da maior empresa do Brasil, a Petrobras
 
j) Lula e Dilma sabiam de tudo o que se passava na Petrobras
 
k) O partido chantageou os brasileiros pobres na última eleição, dizendo que a oposição lhes tiraria o Bolsa Família e outros benefícios
 
l) O PT quer controlar a imprensa
 
m) O PT paga, com dinheiro público, mercenários na internet para difamar e caluniar jornalistas honrados
 
n) Os petistas rotulam de extrema-direita pessoas apenas extremamente direitas
 
Uma vez feita a autocrítica de cada um desses, digamos, "erros", Lula encaminharia uma resolução ao Congresso do Partido, pedindo a dissolução da agremiação e registrando a promessa de que ele e a sua turma jamais voltariam a entrar na política.
 
Porque a única autocrítica verdadeira que o PT pode fazer é a sua completa autoeliminação."

22 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

LEGITIMAÇÃO DO MAL

Os recentes atos terroristas perpetrados na França por fundamentalistas islâmicos levam a reflexões importantes, pois envolvem situações globais que atingem indivíduos isoladamente ou mesmo populações inteiras.
 
Para começar lembremos que a liberdade é essencial à vida, uma espécie de oxigênio que permite viver com dignidade. É fruto da sociedade ocidental capitalista, do Estado Liberal que evoluiu para o Estado Democrático de Direito.

É um bem precioso que foi conquistado aos poucos, lembrando que sistemas totalitários como o comunismo e o nazismo extinguiram a liberdade e massacraram os que tentaram exercê-la, assim como os regimes ditatoriais.
Mas existe limite à liberdade de expressão?
Pode a mídia ser antissemita, racista, achincalhar, insultar, tripudiar sobre valores incluindo os religiosos? E não me venham dizer que não posso perguntar isso ou que estou do lado do terror. Tenho direito de me expressar livremente enquanto o ministro petista Berzoine não baixar a cesura total.
 
 
Que fique bem claro de minha parte, que as charges sem graça e de péssimo gosto jamais justificariam a chacina dos chargistas levada a cabo pelos irmãos terroristas Chérif e Said Kouachi, na redação do jornal Charlie Hebdo, em Paris. 

Defender o terrorismo e legitimar o mal é característica da esquerda primitiva e acéfala que culpa os franceses, os Estados Unidos, os judeus, a islamofobia, a direita pelos brutais assassinatos em nome da fé.

Tudo indica que os grupos fundamentalistas sendo totalitários, expansionistas, tribais, medievais atraem irresistivelmente a esquerda que encontra naquelas organizações fanáticas ecos do seu próprio modo de ser, identificando-se com as mesmas.
 
Seguiram-se às mortes dos jornalistas o assassinato de quatro judeus em um supermercado Kosher, pelo terrorista, Amedy Coulibaly e sua amante, Hayat Boumeddiene.
As quatro vítimas chamavam-se: Yoav Hattab, 21, Yohan Cohen, 20 (que salvou uma criança de três anos quando lutou com o terrorista), Philippe Braham, 45 e François Saada, 64.
 
Lembra Gilles Lapouge sobre os judeus na França (O Estado de S. Paulo, 14/01/2015), que “fundidos na sociedade francesa e sentindo-se franceses até a raiz dos cabelos, seus talentos (Bergson, Lévi-Strauss, Mendés France, Léon Blum, Montaigne e outras milhares de centenas de pessoas) levaram à incandescência o gênio da França, à beleza de sua civilização – excluindo, claro, o vergonhoso espetáculo da ocupação nazista (1940 – 44) quando o general Pétain empreendeu uma campanha de perseguição aos judeus”.
 
Contudo, passado um dia ou dois dos ataques terroristas tudo voltou ao normal e as afrontas, as agressões e ameaças aos judeus se multiplicaram. Uma contradição, sem dúvida, pois se milhões de franceses foram às ruas para defender a liberdade de expressão, por que alguns negam a outros a liberdade de existir?
 
Um dos irmãos Kouachi também matou o policial Ahmed Merabet, um mulçumano que ferido e deitado no chão pediu clemência, mas levou um tiro na cabeça. Coulibaly, um dia antes de entrar no Koscher atirou em dois policiais, sendo que a agente Clarissa Jean-Philippe, de 25 anos, morreu.
 
Os franceses acorreram às ruas para defender um valor que lhes é caro, a liberdade ou para defender sua sobrevivência. Afinal, o ato terrorista se seu dentro do seu território e atingiu o chamado Quarto Poder. Porém, há uma legitimação do mal que não é só apanágio da esquerda diante das facções jihadistas ou guerra santa.
Afirmo isso porque houve mais espanto do que manifestações mundiais quando emissários de Bin Laden derrubaram as Torres Gêmeas em 11 de novembro de 2001.
Atualmente ninguém se comoveu com o sequestro e assassinato de três jovens Israelense, ao que tudo indica pelos terroristas do Hamas cujo objetivo é dar fim a israel.

Mulçumanos matam mulçumanos e fica por isso mesmo entre eles. O Boko Haram sequestra jovens que são estupradas, mantidas como escravas, vendidas, além de dizimar populações inteiras a ferro e fogo, algo que parece apenas uma notícia longínqua que não interessa a ninguém.
Outras facções do Islamismo radical seguem atuantes como o Taleban e agora entra em cena o Estado Islâmico com seus degoladores, crucificadores de cristãos, experts em todo tipo de atrocidades. Isso se dá sob a indiferença, legitimação ou aceitação das maiorias que aguardam sua vez de se submeter. Afinal, Islã quer dizer submissão.
 
Está na hora do mundo se movimentar para valer em vez de ficar esperando a ação dos Estados Unidos para depois criticá-la. E nem menciono o Brasil porque aqui a governanta quer diálogo com o terror, como se isso fosse possível, enquanto já se diz que fundamentalistas recrutam jovens em nossas favelas. Só falta Maria do Rosário declarar que terroristas desumanos têm direitos humanos.

22 de janeiro de 2015
Maria Lucia Vitor Barbosa é socióloga.