"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

UMA ESTIMATIVA SOBRE A CONJUNTURA DO BRASIL EM 2015


 

Sem a veleidade de considerar axioma a minha estimativa, este Artigo consubstancia apenas a minha verdade, resultante da análise acurada da realidade, escabrosa e vergonhosa da atual situação nacional.

Inicio a análise, restrita ao âmbito nacional, pelo Parlamento. Vejo-o pouco expressivo, sem brilho, desgastado pela ausência de lideranças notórias no passado pelo espírito republicano demonstrado. Hoje, foi fatiado num número absurdo de Partidos, todos  gravitando em torno do Poder,e ávidos em obter  recompensa, quando da divisão dos cargos existentes nos diferentes escalões da Administração federal.  Repetir-se-á , provavelmente, o cinismo afrontoso  do”é dando que se recebe”.

Na análise sobre o Executivo federal, não encontro lógica, nem racionalidade em acalentar esperança de um melhor futuro, tendo os eleitores renovado o mandato da Presidente da República, pois ela já demonstrou, no exercício do Poder, ser totalmente despreparada  para o desempenho  do cargo.
Faltaram-lhe equilíbrio, cultura, discernimento e conhecimento, na mesma proporção em que lhe sobraram prepotência,autoritarismo,parcialidade, incompetência e miopia administrativa. Se a análise incluir o tema Petrobrás, se me afigura evidente a sua culpa  na desastrada e perniciosa compra da  Refinaria de PASADENA ,lesiva aos interesses da Empresa e do Brasil.

A Operação Lava Jato, comandada com patriotismo, seriedade e eficiência pelo Juiz Sérgio Moro, que atingiu em cheio a Petrobrás, revelando para o Brasil o maior roubo já descoberto no mundo, praticado em conjunto por ladrões integrantes de um enorme esquema, envolvendo políticos  do PT, PP e PMDB, dirigentes das principais Empreiteiras existentes no País e Diretores da Petrobrás, os quais, segundo a mídia,  por diferentes formas, todas lesivas, já roubaram B I L H Õ E S de reais da Empresa, subtraindo e lavando 2% a 3% de cada contrato feito pela Petrobrás.  Evidentemente, sem a participação e aquiescência dos membros da Empresa, não teria havido o dolo.

Impressionante é que tanto a Presidente da Estatal, quanto a Presidente Dilma, falam no assunto como se nada tivessem com o problema.  Como se à primeira não coubesse dirigir a Petrobrás e à segunda o Brasil. Quem Comanda, Chefia ou Preside é direta ou indiretamente responsável por tudo que ocorra ou deixe de ocorrer no âmbito do seu Comando, Chefia ou Presidência.   Segundo a minha ótica, ambas foram descuidadas e omissas no cumprimento do exercício dos cargos. A Presidente, quando presidia o Conselho da Estatal, e a Graças Foster, quando alertada por uma elevada funcionária da Empresa que lhe participou sobre a existência de dolo e irregularidades na Estatal, se omitiu, não tomando providências em relação às denúncias formuladas.

Um País onde a Presidente da República permitiu que o PT, seu Partido político, aparelhasse a Administração Federal, tornando-a exemplo vívido de desorganização, incompetência e protecionismo; onde a cúpula dirigente prestigia e atende conselhos e orientações  emanados de um corrupto do calibre de José Dirceu, já condenado pelo STF, é realmente uma Nação órfã de moralidade.

Um país onde o Exército, decorrido mais de um ano da condenação  de José Genoino  pelo STF, preferiu  omitir-se  em  cumprir a legislação, do que exigir a restituição da comenda  por ele recebida, é verdadeiramente uma Nação,onde o dever se subordina aos interesses e o protecionismo se sobrepõe à seriedade.

Um País estiolado, com a economia em franca marcha para a estagnação, com um PIB  que não responde às necessidades da Nação, hoje já sufocada por uma inflação crescente, ainda que de maneira lenta; com a juventude carente de uma educação eficiente e aberta para os avanços tecnológicos; com uma sociedade acovardada ante o tráfico e a violência ; com brasileiros que aspiram por oportunidades de bons empregos para ascenderem na escala social; com pais atemorizados pela falta de políticas públicas eficientes, confiando que o destino livre os seus filhos das garras do tóxico, é realmente  um absurdo que revolta e uma vergonha que humilha.

Face ao contexto, lógico é concluir ser o Brasil uma Nação portentosa pela sua potencialidade, mas, infeliz, pois nesses últimos quatro anos, contrariando a sua vocação de progresso, foi impedida de trilhar a rota do desenvolvimento, pela demagogia e incompetência do Governo Dilma, que ampliou no país o clima de corrupção e fracasso.

Como a Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi também um dos fracassos do Governo Dilma, não podia ficar fora do tema, face ao mentiroso, pífio, ofensivo, desacreditado e incompetente RELATÓRIO conclusivo apresentado.

Que pensar de um país onde as três Forças Armadas, num silêncio ofensivo por ser aético, mudas, aceitaram as mentiras e exageros constantes do Relatório conclusivo, pleno de parcialidade, da indigna CNV?

Como acreditar numa Comissão designada por uma Presidente da República, ex-terrorista, seguidora das decisões emanadas do Foro de São Paulo, Órgão que congrega representantes da elite das entidades comunistas das Américas?
  
Essa CNV designada para reescrever a História, invertendo os fatos e a atuação dos litigantes, de modo a transformar bandidos, assassinos, seqüestradores, ladrões de armas dos Quartéis e assaltantes de Bancos, os quais, a cada ato criminoso espalhavam panfletos de exortação ao comunismo, em heróis da luta pela Democracia, enquanto os militares, seus vencedores, que com patriotismo e sacrifício garantiram que sobre o horizonte da Pátria continuasse a soprar a brisa da liberdade e da democracia, através de ações mentirosas orquestradas, passassem à condição de criminosos.

O silêncio é abusivo, pois houve desrespeito a figuras honoráveis de falecidos e destacados  Comandantes militares que encaneceram a serviço da Pátria, sempre pautando as suas atitudes e ações pela trilha  do patriotismo, do dever  e da ética.

Os membros da CNV, pela torpeza  e fraqueza moral  demonstradas, ao tentar reescrever a História,  transformando em heróis  bisonhos terroristas, enquanto descreveram os militares como torturadores e  criminosos,na verdade transformaram, apenas, o que deveria ser CNV,  na Máfia da Mentira.

Um país governado com incompetência, sem líderes e sem exemplos de patriotismo, de trabalho e de honestidade, retrata uma Nação carente e moralmente enferma!  Um país onde o caráter, a honestidade e o dever são procrastinados como valores, se comparados à arte de bajular dos cretinos, ao afã de enriquecimento ilícito dos desonestos e à irresponsabilidade dos que elegem incompetentes, faz-me concluir não haver motivos para acalentar esperança de que a conjuntura seja melhor ou menos sofrida em 2015.
                                    
22 de janeiro de 2015
Márcio Matos Viana Pereira é Coronel reformado do EB.

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