"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

SOBRE O JORNALISTA ARGENTINO ALBERTO NISMAN

JORNALISTA ARGENTINO ANALISA O CASO DA MORTE DO PROMOTOR ALBERTO NISMAN E PÕE EM DÚVIDA A VERSÃO DO SUICÍDIO

O vídeo acima é a reprodução do comentário do jornalista argentino Jorge Lanata, a respeito da morte do promotor Alberto Nisman.

Jorge Lanata é um dos mais influentes jornalistas argentinos e possui programa no canal 13. Destaca-se também pelo acompanhamento do atentado terrorista contra o Centro Judaico em Buenos Aires, em 1994, caso investigado pelo promotor Alberto Nisman. A morte de Nisman ocorreu justamente na véspera de sua ida ao Congresso argentino onde, segundo consta, apresentaria um volumoso dossiê contendo material que poderia incriminar a presidente Cristina Kirchner.

Embora o vídeo não esteja legendado em português dá para acompanhar com atenção e compreender, mesmo para aqueles leitores não familiarizados com o idioma espanhol.

Vale a pena ver. O jornalista Jorge Lanata é conhecido pela sua competência, pertinácia e coragem. O vídeo está postado com destaque no site do jornal Clarín, um dos poucos veículos de mídia na Argentina que combate o governo bolivariano de Cristina Kirchner.

ARMA DE ONDE SAIU O TIRO QUE MATOU O PROMOTOR ALBERTO NISMAN NÃO ERA DELE. JORNALÕES ARGENTINOS SÃO PARECIDOS COM OS BRASILEIROS E ALIVIAM PARA O LADO DE CRISTINA KIRCHNER.

Facsímile da chamada principal do site do jornal argentino La Nación. Como se vê, lá como cá, existe por parte de alguns veículos de mídia, se não a maioria, a adesão ao tal "controle bolivariano da mídia". A foto e o texto-legenda falam por si só. A tal "ley de medios" já corroeu boa parte da liberdade de imprensa na Argentina bolivariana. 
Fotomontagem que circula nas redes sociais a partir da Argentina: Cristina Kirchner com a touca ninja armada com uma pistola.
A procuradora Viviana Fein, encarregada de investigar a morte de Alberto Nisman, afirmou nesta segunda-feira que a arma não era de propriedade do promotor. Disse ainda que “não houve intervenção de outra pessoa” no disparo, o que não conclui a investigação.
 
"Poderíamos falar de um suicídio, já que o corpo não foi golpeado nem submetido a maus tratos. Mas não decidimos que esta é a causa", afirmou Viviana à Rádio America, acrescentando que ainda espera o resultado do exame toxicológico.
 
Em uma morte com significado explosivo para a política argentina, há razões para ceticismo em relação às informações que são divulgadas sobre o caso. Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira em seu apartamento em Buenos Aires. Na última semana, ele havia apresentado uma longa denúncia envolvendo a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores, segundo a qual o governo agiu para acobertar iranianos envolvidos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994, que deixou 85 mortos.
 
Nisman havia sido alvo de ameaças – em uma ocasião, um recado foi deixado em sua secretária eletrônica advertindo que ele seria caçado e levado a uma prisão iraniana. Além disso, a denúncia contra Cristina apresentada na quarta-feira e a audiência marcada para esta semana na Câmara dos Deputados com o objetivo de apresentar mais provas representava o coroamento de um trabalho de investigação iniciado há mais de dez anos.
 
Morte duvidosa – “A causa está classificada como morte suspeita, enquanto não se tiver todas as provas, continuaremos a investigar”, afirmou a procuradora. “Estamos checando se um amigo emprestou a arma a ele”, explicou. Nisman morreu em decorrência de um só disparo no rosto feito com uma arma calibre 22 que foi encontrada ao lado do corpo.
 
Ela explicou que a investigação tenta determinar “através de todos os instrumentos coletados, se houve algum tipo de indução ou instigação por meio de ameaças, seja através de telefonemas ou mensagens de texto”.
 
Pela manhã, quando veio à tona a informação sobre a morte de Nisman, a promotora não quis aventar nenhuma hipótese sobre ocaso. Ao contrário da postura do governo, na figura do secretário de Segurança Nacional, Sergio Berni, que não tardou em dizer que “quando se tem um corpo, uma arma e uma cápsula, todos os caminhos levam a um suicídio”.
Do site da revista Veja
 

POVO TOMA AS RUAS NA ARGENTINA PEDINDO JUSTIÇA SOBRE O MISTERIOSO CASO DA MORTE DO PROMOTOR ALBERTO NISMAN

Gigantesca reação popular à misteriosa morte do promotor Alberto Nisman.  Opinião pública não aceita versão do "suicídio". (Fotos do site da revista Veja)
Milhares de pessoas foram às ruas na Argentina na noite desta segunda-feira pedindo justiça, depois que foi encontrado morto o promotor Alberto Nisman, que havia denunciado uma operação do governo de Cristina Kirchner para encobrir os responsáveis pelo atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994.
 
Muitos manifestantes carregam bandeiras da Argentina e cartazes com a frase “Eu sou Nisman” – uma alusão à frase "Je suis Charlie", que marcou os protestos contra o terrorismo depois do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo em Paris.
 
A morte foi alvo de repúdio nas redes sociais e se materializou em marchas e panelaços em frente à residência presidencial em Olivos, a Praça de Maio, e em outros bairros da capital e da Grande Buenos Aires. Em Bariloche, mais de 100 pessoas, entre moradores e turistas, reuniram-se no Centro Cívico com cartazes e cantaram o hino nacional. Também houve "buzinaços" em Punta del Este, no Uruguai, onde um grupo de argentinos se reuniu na praia Brava, informou o jornal La Nación.
 
A convocação para as marchas surgiu nas redes sociais, com chamados para a mobilização “contra o sistema mafioso e assassino" e "a favor da verdade e da transparência política". A manifestação foi respaldada pelo partido União Cívica Radical e outros representantes da oposição.
 
O caso – O promotor Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira em seu apartamento em Puerto Madero, Buenos Aires. Na última semana, ele havia apresentado uma longa denúncia envolvendo a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores, segundo a qual o governo agiu para acobertar iranianos envolvidos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em julho de 1994, que deixou 85 mortos.
 
O promotor havia sido alvo de ameaças – em uma ocasião, um recado foi deixado em sua secretária eletrônica advertindo que ele seria caçado e levado a uma prisão iraniana. Além disso, a denúncia contra Cristina apresentada na quarta-feira e a audiência marcada para esta semana no Congresso com o objetivo de apresentar mais detalhes representava o coroamento de um trabalho de investigação iniciado há mais de dez anos.
 Do site da revista Veja

22 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

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