"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de março de 2017

OPORTUNIDADE IMPERDÍVEL!

O Brasil já está na hora de descer do pódio de campeão dos juros mais altos do planeta.  Para a reversão deste quadro desesperador, surge uma nova oportunidade que passa, necessariamente, por um comprometimento exemplar com a sociedade brasileira e que não depende exclusivamente do Banco Central. O sinal foi enviado pela Instituição, ao mencionar no último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) que o declínio do denominado juro estrutural (mais um conceito econômico abstrato de algo que possa ser medido concretamente) seja condição para ampliar significativamente as reduções da taxa nominal. 

Parece-me que, no momento, esta foi a melhor forma encontrada pelo Banco Central para pressionar o Congresso e sensibilizar alguns segmentos estratégicos do atual governo. Clarificando melhor o “recado”: sinalizaram que o país necessita de reformas notadamente de natureza fiscal, as quais são indispensáveis a fim de termos uma economia eficiente, permitindo que os juros possam ser consideravelmente menores, com favorecimento fundamental do crescimento econômico sustentável.

A taxa estrutural ou “neutra”, como também é conhecida, é aquela que gera o máximo de crescimento com inflação dentro da meta, além de ser representada por um número teórico que vai ser testado durante meses ou até anos. Segundo analistas econômicos, atualmente está sendo estimada entre 4% a 5% e pode atingir até 3%, dependendo essencialmente da consistência apresentada na efetivação das reformas, uma melhor composição do crescimento, com mais investimentos e menos consumo.

Diante disso, eles admitem que a Selic (taxa básica de juros, um dos instrumentos utilizados para influenciar a atividade econômica e, conseqüentemente, a inflação) venha declinando para 8% até o final do próximo exercício. Como vimos no último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) realizado em 22.02.17, a taxa básica da economia foi reduzida em 0,75% situando-se em 12.25%, embora ainda esteja num patamar elevadíssimo. 
A decisão foi unânime e ficou alinhada ao consenso de mercado, que esperava uma repetição do ritmo adotado na reunião de janeiro, a primeira do ano.

Provavelmente não deveremos conviver tão cedo com juros excepcionalmente baixos como vemos nos países desenvolvidos, que chegam até a praticar taxas negativas, mas, pelo menos, poderemos ter juros reais mais próximos aos dos países considerados emergentes. Com certeza, a taxa neutra poderá ser reduzida e, com isso, no futuro, deveremos ter juros civilizados e bem accessíveis disponíveis na economia.

Considerando um cenário básico, com as reformas parciais sendo aprovadas, mesmo enfrentando algumas dificuldades até o final deste ano, existem projeções apostando numa Selic de aproximadamente 9,5% em dezembro de 2017. 
Se, por acaso, o Congresso conseguir consolidar as reformas antes do prazo estabelecido, o corte dos juros poderá ser mais robusto e, logicamente, ser feito antes do previsto pelo mercado.  Com a polêmica reforma da Previdência sendo aprovada com a requerida abrangência e sem apelos casuísticos nas questões fundamentais ou, pelo menos, sem grandes alterações no texto encaminhado pelo governo, a Selic poderá surpreender, com chances de chegar a 8,5%, ainda no decorrer do segundo semestre deste ano.

Como vimos, o juro neutro tem boas probabilidades de atingir 3%, sendo importantíssimo e indispensável que além das reformas da Previdência e trabalhista, os estados também façam a sua parte, ajustando suas contas como complemento das reformas previstas em andamento.  Atualmente, diante das previsões para a taxa neutra chegar no máximo a 5%, o Banco Central tem espaço para acelerar o corte da Selic para 01 ponto percentual, possivelmente na próxima reunião do Copom em 12.04.17.

Não podemos deixar de considerar o risco “político” que, a meu ver, não é desprezível, dentro de um cenário delicado que prosseguirá volátil em função de um Congresso “viciado”, corporativista, influenciado por falsas lideranças, grande ninho de envolvidos em inúmeros crimes graves e sérios escândalos investigados pela Operação Lava Jato, no qual a maioria dos parlamentares está sempre privilegiando os seus interesses pessoais. 
Portanto, podemos assistir mais uma “oportunidade imperdível” sendo desperdiçada como tantas outras que passaram por nós, em muitas crises que vivenciamos ao longo das últimas décadas, podendo nos deixar, mais uma vez, fora do equilíbrio econômico desejável.

08 de março de 2017
Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador)

É UM ESPANTO O CINISMO DESSA GENTE!!! E CABRAL APLAUDE, FELIZ DA VIDA...

VEJA COMO OS POLÍTICOS ENGANAM O POVO Joice Hasselman e ... 

https://www.youtube.com/watch?v=SVxtcBrhBpA
15 horas atrás - Vídeo enviado por Jair Messias Bolsonaro
VEJA COMO OS POLÍTICOS ENGANAM O POVO Joice Hasselman e Nando MouraVEJAM ISSO ...

08 de março de 2017
postado por m.americo

JAIR BOLSONARO QUEBROU PAU EM ENTREVISTA

GRAVÍSSIMO! A "JUSTIÇA" BRASILEIRA RECEBE ORDENS DE UM COMANDO QUE NÃO PERTENCE AO NOSSO PAÍS

PATRIOTA MANDA RECADO IMPORTANTE PARA JAIR BOLSONARO

BILIONÁRIO COM AJUDA DOS APOSENTADOS DA XAIXA E DA PETROBRAS

SALVADORES DA PÁTRIA...

LIVE URGENTE! JAIR BOLSONARO SERÁ O LEOPOLDO LOPEZ DO BRASIL, SE NÃO TOMARMOS UMA PROVIDÊNCIA

URGENTE! JANOT PODE SUSPENDER DIAS TOFFOLI DE INVESTIGAÇÕES DO STF

A REDE GLOBO TENTA ENGANAR, MAS NÃO TEM JEITO...A VERDADE SEMPRE APARECE

LULA ACREDITA QUE SERÁ PRESO DURANTE DEPOIMENTO E CONVOCA MILITÂNCIA PARA CURITIBA

STF DECIDE QUE MESMO 'LEGAL' DOAÇÃO É PROPINA

DECISÃO CONTRA RAUPP ACABA LOROTA DAS 'DOAÇÕES LEGAIS'
SEGUNDA TURMA DO STF, PRESIDIDA POR GILMAR MENDES, SINALIZA QUE "DOAÇÃO LEGAL" PODE SER PROPINA, COMO ACREDITA A FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO.


A decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), tornando réu o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), pode criar um precedente que complica políticos citados na Lava Jato e que alegam terem recebido “doações legais”. Raupp recebeu doação “legal” de R$ 500 mil da empreiteira Queiroz Galvão interpretada como “propina” pelo Ministério Público Federal. Pela primeira vez, os ministros concordaram com isso. A 2ª Turma, que tornou Raupp réu, será a mesma que o julgará. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Confirmado o precedente, qualquer doação eleitoral, mesmo declarada à Justiça Eleitoral, pode ser interpretada como propina.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a “doação eleitoral” de empresas fornecedoras do governo é “propina disfarçada”.

Valdir Raupp virou réu no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é o quarto parlamentar réu no exercício do mandato.

Em seu voto, o decano do STF Celso de Mello disse que usar a doação como propina é uma “engenhosa estratégia” para lavar dinheiro.



08 de março de 2017
diário do poder

TODA OBRA DA ANDRADE NO RIO TINHA PROPINA PARA CABRAL, DIZ EXECUTIVO

SERGIO CABRAL VIROU UMA ESPÉCIE DE 'SÓCIO' DE EMPREITEIRA

ALBERTO QUINTAES CONFIRMOU AO JUIZ SÉRGIO MORO QUE CONTRATO DO COMPERJ E TODAS AS OUTRAS OBRAS DA EMPRESA, COMO MARACANÃ, COMPLEXO DE MANGUINHOS E METRO DE COPACABANA, TIVERAM CORRUPÇÃO (FOTO: RODRIGO FELIX/GAZETA DO POVO)

O executivo da Andrade Gutierrez Alberto Quintaes afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato em primeira instância, em Curitiba, que toda obra da empreiteira no Rio de Janeiro tinha um percentual de propinas para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) – preso desde 17 de novembro de 2016. Cabral era praticamente um "sócio" da empreiteira nas obras que seu governo contratava. Cabral é acusado nesse processo de receber propina de R$ 2,7 milhões nas obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).

“Quando eu entrei na construtora para assumir o Estado do Rio de Janeiro (2006), tinha algumas obras em andamento e eles me passaram, o João Marcos (ex-chefe) me passou uma planilha que ele tinha um controle, e não me lembro exato de cabeça todas, mas que todo faturamento feito dele tinha um percentual”, afirmou Quintaes.

“Percentual de quê?”, quis saber o procurador da República Athayde Ribeiro Costa.

“De obra, no Rio de Janeiro. De propina.”

Sérgio Cabral se tornou réu em ações penais abertas no Rio, decorrente da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato deflagrada em 17 de novembro, e em Curitiba. No processo aberto por Moro, Cabral é acusado pelo acerto de R$ 2,7 milhões de propinas com a Andrade Gutierrez nas obras do Comperj.

Questionado pelo Ministério Público Federal sobre siglas anotadas por um dos alvos do processo, o executivo da Andrade Gutierrez confirmou se tratar das obras e percentuais de propinas destinadas a Cabral.

Falou do Maracanã, “5%”. “5% de toda medição recebida da parte da Andrade Gutierrez deveria ser repassado.” Confirmou ainda 7% de propinas na obra Mergulhão, em Caxias, do Metro de Copacabana, 5%, do Complexo de Manguinhos, 3%, e do Arco Metropolitano do Rio. Confirmou ainda propinas nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

As propinas pagas nessas outras obras são alvo da ação aberta pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio.

As denúncias contra Sérgio Cabral apontam que ‘era incumbência’ do então secretário de governo Wilson Carlos fazer ‘o controle e a cobrança em nome’ do peemedebista. Cabia a Carlos Miranda, identificado como ‘o homem da mala’ do ex-governador, pegar o dinheiro, segundo os investigadores.


08 de março de 2017
diário do poder

FUNDOS DE PENSÃO

OPERAÇÃO DA PF QUE INVESTIGA FUNDOS DE PENSÃO PRENDE EMPRESÁRIO
EMPRESÁRIO MARIO CELSO LOPES É PRESO POR GESTÃO FRAUDULENTA


A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta quarta-feira (8) a segunda fase da Operação Greenfield, cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário Mário Celso Lopes e seu filho Mário Celso Lincoln Lopes, sócios da Eucalipto Brasil. No caso de Mário Celso Lopes, também foi cumprida uma ordem de prisão temporária, por cinco dias.

As medidas têm o objetivo de recolher provas de que os envolvidos praticaram crimes como gestão fraudulenta de Fundos de Pensão que realizaram investimentos no Fundo de Investimentos em Participação (FIP) Florestal. O FIP recebeu cerca de R$ 550 milhões dos fundos de pensão Petros e Funcef e, por isso, é um dos alvos da investigação iniciada em 2014, pelo MPF.
MARIO CELSO LOPES É O PRINCIPAL ALVO DA 2ª FASE.

Investigações da Operação Greenfield revelaram que Mário Celso Lopes participou da constituição da Florestal S/A (atual FIP Florestal). Na época, o empresário era o principal sócio da MCL Empreendimentos e Negócios LTDA, que se aliou ao Grupo J&F Investimentos para a formação da companhia que, posteriormente, entre os anos de 2009 e 2010, recebeu os aportes financeiros de Petros e Funcef.

Para justificar o pedido de prisão de Mário Celso, o MPF relatou à Justiça a descoberta de movimentações recentes como a assinatura de contrato cujo objetivo seria o de dificultar as investigações. As medidas judiciais foram autorizadas pela 10ª Vara Federal, em Brasília, e estão sendo cumpridas nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Em novembro, após a primeira fase da Greenfield, a Eldorado firmou um contrato de R$ 190 milhões com a empresa Eucalipto Brasil S/A. 
Chamou a atenção dos investigadores o fato de, menos de um mês após o fechamento do negócio, ter ocorrido a retirada de uma cláusula do contrato. 
A alteração beneficiou Mário Celso em detrimento da Eldorado e dos sócios minoritários: Funcef e Petros. 

O MPF suspeita que a medida tenha sido uma articulação com o propósito de comprar o silêncio de Mário, já que este conhecia as irregularidades envolvendo o recebimento dos recursos dos fundos de pensão. 

Além disso, para os investigadores, todas as movimentações acionárias e negociações que viabilizaram os investimentos feitos pelos dois fundos de pensão beneficiaram Mário Celso Lopes e seu filho e sócio Mário Celso Lincoln Lopes

Dinheiro de fundos de pensão

A empresa Eldorado Celulose passou a ser investigada pela Operação Greenfield após a descoberta de indícios de irregularidades no processo de escolha da empresa para receber recursos dos fundos de pensão. Para os investigadores, os responsáveis pelos investimentos no FIP Florestal atuaram ilicitamente e admitiram a superavaliação dos ativos que foram objeto de investimento. 
Com isso, mesmo fazendo um grande aporte de capital próprio (cada fundo investiu R$ 275 milhões) e assumindo grandes riscos, Funcef e Petros não tiveram o controle da empresa Florestal.

Outro indício de irregularidade apontado pelo MPF ocorreu no momento da fusão entre a Florestal e a Eldorado. Com o propósito de reduzir ainda mais a participação acionária de Funcef e Petros na nova companhia, houve uma nova superavaliação, desta vez dos ativos da Eldorado. 
“Os investigados Joesley Mendonça Batista (e seu irmão Wesley Batista) e Mário Celso Lopes (assim como seu filho e sócio Mário Celso Lincoln Lopes) conseguiram o controle de uma nova grande empresa sem precisar ter realizado o investimento condizente com o valor de tal empresa. 

A partir de então, tiveram o porte necessário para obter, junto ao FGTS e Caixa Econômica Federal (entre outros bancos), financiamentos e empréstimos que permitiram alavancar ainda mais o valor da Eldorado, gerando a empresa que hoje é uma das líderes do mercado de celulose no Brasil”, descreve um dos trechos da petição.

Bloqueio de bens e ativos

Além das buscas e apreensões e da prisão temporária de Mário Celso, o MPF pediu o bloqueio dos bens, ativos, contas bancárias e investimentos pertencentes a MCL Empreendimentos e Negócios, MCL Participações, Mário Celso Lincoln Lopes , Mário Celso Lopes e Eucalipto Brasil S.A. Solicitou ainda o sequestro de bens como imóveis e cotas sociais dos envolvidos.

A intenção dessas medidas, segundo o Ministério Público Federal, é assegurar – em caso de condenação - a recomposição do prejuízo causado aos fundos. 
Atualmente, o valor está estimado em R$1,7 bilhão. 
A Justiça também acatou o pedido de afastamento dos sigilos bancário, fiscal, telefônico, telemático de todos os documentos apreendidos na operação.


08 de março de 2017
diário do poder

JUSTIÇA NEGA PEDIDO DE HABEAS CORPUS PARA EIKE BATISTA

COMO PERDEU NO TRF-2, A DEFESA PRETENDE RECORRER AO STJ
EIKE ESTÁ PRESO NO COMPLEXO DE GERICINÓ, ZONA OESTE DO RIO, DESDE O DIA 30 DE JANEIRO (FOTO:REGINALDO PIMENTA/ESTADÃO CONTEÚDO)


O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou, nesta quarta-feira (8), o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do empresário Eike Batista. O pedido foi negado pela maioria dos desembargadores da 1ª Turma do tribunal.

O pedido foi negado pelo desembargador Abel Gomes, acompanhado do voto do presidente da turma, desembargador Paulo Espírito Santo. O desembargador Ivan Athié votou favorável a liberdade para Eike.

O advogado do empresário, Fernando Martins, informou que vai recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça.

Entre as razões citadas pelos desembargadores pela manutenção do encarceramento de Eike, está a viagem dele aos Estados Unidos pouco antes da decretação de sua prisão, o que poderia ter representado uma tentativa de fuga.

O empresário Eike Batista foi preso por agentes da Polícia Federal no dia 30 de janeiro, na 34ª fase da Operação Lava Jato, após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, procedente de Nova York. Eike está preso no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de janeiro.

Proprietário do grupo EBX, Eike é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que também está preso.


08 de março de 2017
diário do poder

DONO DE GRÁFICA "FANTASMA" JURA QUE PRESTOU SERVIÇO À CAMPANHA DE DILMA E AÉCIO

PT DEU R$16 MILHÕES A GRÁFICA QUE 'FUNCIONA' EM UMA SALA


A VTBP FUNCIONA AQUI, E 30 METROS QUADRADOS.

Beckenbauer Rivelino de Alencar Braga, um dos sócios da gráfica VTBP, reafirmou nesta quarta-feira, 8, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ter prestado efetivamente serviços à campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014 por meio de duas outras gráficas terceirizadas, a Ultraprint e Margraf. A VTPB recebeu R$ 16 milhões da campanha petista em 2016, segundo o empresário. A empresa funciona em uma sala de 30 metros quadrados, alugada por R$600, na zona norte de São Paulo.

Segundo Beckenbauer, a prática é comum porque as principais empresas do setor gráfico se recusam a aceitar encomendas de candidatos por medo de calote.

Ao TSE, Braga afirmou já ter comprovado a prestação dos serviços à campanha petista à Receita Federal. Em agosto de 2016, ele apresentou ao TSE documento da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo atestando que "de fato ocorreu efetiva atividade da VTPB no agenciamento, administração e distribuição das encomendas" feitas pela campanha de Dilma.

De acordo com pessoas que tiveram acesso ao depoimento, o empresário disse também ter prestado serviços a outros candidatos, como o senador tucano Aécio Neves (MG) e Eduardo Campos (PSB, morto em um desastre de avião em agosto daquele ano) na campanha de 2014. Ele disse que trabalha com campanhas eleitorais há décadas desde que seu pai prestou serviços ao governador Orestes Quércia (morto em 2010) na década de 1990.

O depoimento faz parte da ação movida pelo PSDB pedindo a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE.

08 de março de 2017
diário do poder

RECUPERAR O CRESCIMENTO DO PIB REPRESENTA O GRANDE DESAFIO PARA TEMER



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Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
De fato, retomar o crescimento do Produto Interno Bruto, que vem de dois recuos em 2015 e 2016, é o grande desafio que o governo Michel Temer tem pela frente, sobretudo como forma de recuperação da economia e refortalecimento do mercado de emprego. Em 2016, o PIB recuou 3,6%. No ano anterior 2015 o recuo foi de 3,8%. Nesses dois anos a população cresceu em torno de 2% e assim passamos a ter um produto menor a ser dividido por uma população maior. Resultado: a renda per capita retraiu-se, refletindo no mercado de emprego, cujo problema cresceu.
O próprio presidente da República sustentou que a meta do governo é retomar o crescimento econômico assegurando a expansão do mercado de trabalho. A dificuldade baseia-se, assim, na compatibilização de um programa de investimentos capaz de sustentar-se, sem um programa de financiamento capaz de onerar a capacidade de investir. Verifica-se um desafio muito grande, resultado da crise econômica que teve sua origem no governo Dilma Rousseff.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA – A dificuldade maior será enfrentar essa crise ao lado da reforma da Previdência, sobretudo nos termos em que está colocada, criando-se obstáculos a obtenção do seguro social, não mais condicionada ao tempo de serviço e contribuição, mas pelo que tem sido publicado nos jornais, à base de uma idade mínima de 65 anos.  Um complicador, sem dúvida, para que tal direito seja plenamente alcançado. Isso de um lado.
De outro, como compatibilizar a redução dos encargos previdenciários com os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras? É preciso levar-se em conta as jornadas de trabalho realizadas fora dos empregos, como é o caso da mão de obra feminina nas atividades domésticas, incluindo a assistência às famílias. Mas não é apenas esta questão. A atividade produtiva não se esgota aí. Há também tarefas complementares que precisam ser levadas em conta.
É necessário observar também a diferença que resultará da aposentadoria até agora em vigor e aquela que vai vigorar após aprovada a reforma desejada pelo Planalto.
MAIS OBSTÁCULOS – Num momento em que a preocupação é retomar o crescimento perdido em 2015 e 2016 no PIB, crescem em importância também os obstáculos que virão se somar em consequência de uma reforma previdenciária inevitavelmente mais restritiva do que as condições hoje existentes.
Logicamente, a renda das famílias vai se encolher e esse fenômeno proporcionará como consequência um fator impeditivo na retomada do próprio processo econômico e social. Assim, o desafio de o desenvolvimento reagir favoravelmente à tendência registrada em 2015 e 2016 tornar-se-á naturalmente mais difícil. O desafio aí está.

08 de março de 2017
Pedro do Coutto