"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O LEGADO DE OBAMA


OS IDIOTAS QUE DUVIDARAM DE DONALD TRUMP





Os Idiotas Que Duvidaram de Donald Trump | Crítica Nacional


https://criticanacional.wordpress.com/.../os-idiotas-que-duvidaram-de-donald-trump/

4 dias atrás - share. 😂 HILÁRIORelembre quem RIU de TRUMP🇺🇸. Publicado por ... Agora que Donald Trump é oficialmente o presidente dos Estados ...

Agora que Donald Trump é oficialmente o presidente dos Estados Unidos, é conveniente lembrar as figuras públicas brasileiras e internacionais que fizeram papel de idiota e duvidaram de Donald Trump e até mesmo o ironizaram , afirmando que ele nunca seria eleito presidente dos Estados Unidos. Entre os idiotas brasileiros desse time de palpiteiros de geopolítica estão José Serra, Reinaldo Azevedo, Caio Blinder e o blog O Antagonista, entre outros. O vídeo acima exibindo esses idiotas nacionais e estrangeiros é uma produção da equipe do Juntos Pelo Brasil.
Por outro lado, nós do Crítica Nacional não só apoiamos como afirmamos desde o início que Donald Trump iria vencer as eleições americanas, como pode ser constatado em nossos artigos anteriores. E essa afirmação não se tratava de uma aposta nem de uma torcida, mas sim de análise política feita com competência e seriedade com base em informações sólidas sobre o que era e o que foi de fato a campanha eleitoral americana: uma realidade muito distinta daquela mostrada pela grande imprensa nacional mentirosa e enganadora.
Também nos orgulhamos de ter ajudado a organizar e divulgar o Ato de Apoio a Donald Trump, realizado aqui em São Paulo um pouco antes das eleições. Ato esse que foi organizado pelo grupo Direita São Paulo, pelo movimento Juntos Pelo Brasil e pelo editor do Crítica Nacional, e que em nossa opinião foi o evento político mais ousado que a direita brasileira organizou nos últimos anos, o que pôde ser medido pela ampla repercussão que teve na imprensa nacional e estrangeira.
Com este vídeo bem humorado, encerramos aqui a cobertura feita pelo Crítica Nacional das cerimônias de posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Agradecemos a Angélica Ca pelo apoio de produção, e agradecemos principalmente ao público que prestigiou nosso trabalho. Nesse sábado publicaremos um artigo mais detalhado analisando o discurso de posse do novo presidente americano.

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Os organizadores do Ato de Apoio a Donald Trump realizado em São Paulo em novembro passado. 

24 de janeiro de 2017
critica nacional

BAIXARIA TOTAL DA MÍDIA ESTÁ TRANSFORMANDO DONALD TRUMPEM UMMÁRTIR CONTRA O ESTABLISHMENT



Essa é a opinião de Roger Roberto, como vemos a seguir:

O que a mídia fez com Donald Trump o transformou em mártir. E o pior é que ele é, agora, um mártir sem ter feito absolutamente nada além de dizer algumas verdades que poucos tiveram coragem de dizer.

A propaganda contra o Republicano foi feita de forma tão suja e tacanha que agora, não importa o que aconteça ou o que ele faça, toda crítica feita pela imprensa será automaticamente lida pelas pessoas como mais uma notícia falsa ou coisa similar. As pessoas vão pensar que toda vez que a imprensa o atacar, significa que ele está certo, mesmo que não esteja.

É o mesmo caso no Brasil com Bolsonaro. O sujeito não vale a água da louça, mas o fato de ter sofrido ataques extremamente desonestos da mídia, em especial da imprensa esquerdista, serve para fortalecer sua imagem icônica de alguém “perseguido”. O que acontece, agora, é que se Bolsonaro se envolver em algum escândalo, tenha ele razão ou não, os jornais vão noticiar e as pessoas não vão mais querer saber se é verdade, vão apenas dizer que é mais uma mentira contra o deputado.

Neste ponto, a esquerda perdeu. Ela tentou usar artifícios que funcionaram, de fato, por muitos anos. Ela achou que poderia repetir a mesma estratégia milhares de vezes e continuaria dando certo. Foi um erro causado pela soberba, pela arrogância em achar que todos são idiotas de acreditarem nas mesmas mentiras para sempre.

Com Temer não será diferente. Quando sites como a Folha de São Paulo publicam algo contra ele, as pessoas automaticamente ficam a favor.

Eu não concordo com a análise de Roger sobre Bolsonaro – na verdade, eu o acho uma pessoa de bons valores e caráter, e apenas o questiono em termos táticos -, mas, em linhas gerais a análise sobre o resultado que pode ser conquistado com o volume de baixeza da mídia.

O site Implicante também faz outra análise interessante, quase na mesma linha:

A imprensa comparou imagens de momentos e contextos distintos para vender que a posse de Donald Trump teve uma comparecimento menor do que a de Barack Obama oito anos antes. Porque o republicano não segurava a mão da primeira-dama numa das fotos exigidas no protocolo, vendeu que o democrata seria mais “cavalheiro”. Enquanto trata a advogada Michelle Obama como tendência na moda, vende a modelo Melania Trump como alguém de gosto ultrapassado. Até mesmo Barron Trump, caçula do novo presidente dos Estados Unidos, uma criança que já foi explorada pela militância que diagnosticou nele um caso de autismo, vem sendo alvo de pautas de gosto bem duvidoso no jornalismo do mundo todo.

A imprensa está histérica. E isso só prejudica a imagem da própria imprensa. Quanto mais o jornalismo se comportar assim, mais o jornalista será visto como o golpista que tenta arrancar uns trocados de suas vítimas no meio da praça. E Donald Trump será lido como a figura pública perseguida por este comportamento perverso.

Se continuar assim, Trump buscará a reeleição com larga vantagem. Pois essa postura já não deu certo em 2016. Mas só a imprensa se recusa a acreditar.

Novamente, tendo a concordar com a análise de contexto e dos impactos da atitude da mídia.

Agora o trabalho deve ser colocar ainda mais força no desmascaramento da grande mídia, em um volume até maior do que os petistas fizeram contra o que chamaram de PIG.

Este trabalho deve ser feito contra a grande mídia em geral. Aliás, é por isso que digo que, diante da grande mídia, o objetivo já não deveria ser ocupar espaços lá dentro, mas colocar tudo abaixo.

Isso pode ser feito com a demolição contínua da reputação da mídia – o que não é complicado de fazer, mas é preciso de disciplina e volume de desmascaramento -, ao ponto de que elas passem a perder cada vez mais público para a mídia independente digital.

Em suma, um de nossos objetivos deveria ser, assim como os iluministas fizeram contra os monarcas, botar tudo abaixo. Não é mais momento de “negociar com a mídia”, mas de derrubá-la. E isso não e por Trump, ou por Farage, ou por Theresa May, ou por Doria, mas contra o establishment.

Em tempo: os leitores sabem que eu não era o maior fã de Trump e duvidei várias vezes de sua candidatura. Mas confesso que ele foi me impressionando positivamente a partir de outubro (quando prestei mais atenção) e agora que ele realmente encampou a coisa num nível de “ou vai ou racha”, está recebendo deste blog o merecido apoio.


24 de janeiro de 2017
ceticismo político

GLOBO PASSA A PERNA EM AUTOR DE BEST-SELLER PARA ATACAR DÓRIA E FAZER PROPAGANDA PRÓ-PT



João Doria foi escolhido como alvo preferido da imprensa nacional desde que decidiu concorrer nas eleições. Tal onda de ataques se intensificou tão logo ele derrotou Haddad em uma votação humilhante. Depois que ele assumiu, no começo deste ano, a coisa toda foi muito mais longe do que o habitual. No entanto, tudo já era esperado.

A grande sacanagem de hoje partiu da BBC Brasil. O jornal publicou há algumas horas uma entrevista feita com o autor americano Robert Greene, escritor do excelente livro “As 48 leis do poder” – aliás, uma leitura recomendável, junto com outra obra sua, “As 33 Estratégias de Guerra”. Na entrevista, a BBC dá a entender que Greene “ataca” João Doria, que em seu discurso de posse citou o escritor.

Contexto:

No começo do ano, quando assumiu a prefeitura, Doria lembrou uma das “leis” de Robert Greene, mais especificamente a de número 28, que diz: “Sejamos ousados; qualquer erro cometido com ousadia é facilmente corrigido com mais ousadia. Todos admiram os corajosos. Ninguém louva os covardes.” Se observada a trajetória do empresário, dá para notar que ele faz jus a esta regra.

A matéria da BBC, entretanto, arrancou de Greene o seguinte comentário:

“Diria que em vez de se fantasiar de gari, de pedreiro, que ele entregue mais. Se fantasie menos e entregue mais. Precisa se comprometer e ser muito prático – e não viciar na atenção que você acaba tendo ao dizer coisas ousadas.”

O G1 e o portal Terra, com seu baixo nível, mantendo seu jornalismo de esgoto habitual, reproduziram a notícia. Tudo isso, desde a BBC, foi feito com a manchete mais tendenciosa possível.

O único “problema” é que há um detalhe muito importante que todos estes canais “esqueceram” de mencionar: o que o escritor americano realmente sabe sobre a realidade brasileira, especialmente a realidade paulistana? Será que a BBC, ao entrevistá-lo, deu a ele as informações verdadeiras, como o fato de que o tucano está na prefeitura há menos de um mês e que inclusive já resolveu problemas da gestão anterior, ou os “jornalistas” teriam apenas dito que Doria se veste de gari para “chamar atenção”?

É evidente, pelo comentário do escritor, que ele não tem todas as informações, tanto que nem mencionou os fatos da gestão Doria em sua entrevista. Certamente nem faz ideia de que o prefeito anterior, do PT, passou quatro anos na prefeitura sendo o exato oposto de Doria, agindo com o máximo da prepotência e tratando os paulistanos como seus servos, motivo pelo qual foi chutado com gosto nas urnas. Com certeza Roberto Greene, autor de um excelente livro sobre política, entenderia perfeitamente a estratégia de Doria se tivesse acesso a todos os detalhes, incluindo a campanha.

Background:

De onde surgiu a ideia de entrevistar Robert Greene? Quem pensou nessa tática?

Aí é que está, caro leitor. Há pelo menos dois sites assumidos de extrema-esquerda que, antes desta matéria da BBC, já haviam batido na tecla. O blog esquerdista El País, por exemplo, postou em 9 de janeiro um artigo cujo título é “Doria Gray e as leis do poder”, fazendo menção ao personagem Dorian Gray, da obra de Oscar Wilde (ver aqui).

Em termos de guerra política, a matéria do El País é ótima. Eles pinçaram trechos do livro que foi citado por Doria, especialmente aqueles mais controversos, e deram a entender que o prefeito é alguém que manipula as pessoas para se dar bem, fazendo ainda uma relação com Donald Trump. Em outro trecho da matéria, disseram o seguinte:

“Doria, que parece acreditar ser uma versão atual de “Príncipe”, citou um autor que já foi chamado de o “novo Maquiavel”’

A intenção até aí já estava clara. Contudo, outro blog escancaradamente petista, o Pragmatismo Político, deu continuidade ao assunto no dia 16, reproduzindo na íntegra esta mesma matéria do jornal El País, mas com título diferente: “Livro de cabeceira de João Doria explica quem é o novo prefeito de São Paulo.” O objetivo de tudo isso foi gerar uma base para atacar o prefeito, e esta base foi aproveitada pela BBC, pelo G1 e pelo Terra. Certamente será aproveitada por outros portais da esgotosfera esquerdista brasileira.

É importante frisar que Robert Greene provavelmente não tem nada a ver com o rolo. Ele deve ter sido usado. Provavelmente os jornalistas lhe enviaram uma pauta pré-fabricada e o induziram ao erro. Como ele certamente desconhece a realidade brasileira, e como provavelmente nem sabe nada sobre a trajetória de João Doria, restou ao escritor se pautar naquilo que ele tinha ao seu alcance: a informação dada pelos seus próprios entrevistadores.

O que esses jornais como BBC e G1 fizeram, na prática, foi uma trapaça para tentar queimar a imagem de Doria, fazendo-o parecer tolo ao citar um autor e ser criticado por ele. A quem esse tipo de coisa interessa, senão aos petistas paulistanos?

24 de janeiro de 2017
ceticismo político

DESARMAMENTO: CONTRA OU A FAVOR?

Desarmamento - Contra ou a Favor - 03/02/2013 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=CltWfSy05iE
4 de fev de 2013 - Vídeo enviado por TV Cultura Digital
Para abordar a questão do desarmamento um dos convidados é o sociólogo e jornalista Antonio Rangel ...

Desarmamento: contra ou a favor? - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=eMuv93lfBwI
12 de nov de 2015 - Vídeo enviado por Tambaú 247
Debate sobre a Revogação do Estatuto do Desarmamento - Prof. ... Estatuto doDesarmamento ...

Desarmamento Contra ou a Favor 03 02 2013 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=9kvXet_pIJ0
17 de set de 2016 - Vídeo enviado por Direita Elegante
Um debate elegante sobre o desarmamento. ... Desarmamento Contra ou a Favor 03 02 2013 ...

DESARMAMENTO - você é a favor ou contra? - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=zqejzH5fVI0
18 de mai de 2015 - Vídeo enviado por Professor Maro
Enquanto que a bandidagem toma conta do Brasil, o governo federal se preocupa em desarmar o ...

Análise Direta: "Desarmamento: Contra ou a favor?" - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=25AAkwV_-2U
28 de jan de 2015 - Vídeo enviado por Análise Direta RIT
CONVIDADO: Bene Barbosa - Presidente do Movimento Viva Brasil APRESENTAÇÃO: Patrícia Biasi ...

Debate: Contra e a Favor ao desarmamento - Jovem Pan - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=-FRLmdeNDlU
14 de jun de 2016 - Vídeo enviado por O Incomum
Mais uma vez os desarmamentistas se mostram despreparados, mente e é humilhado por Bene Barbosa ...

DESARMAMENTO! VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR? - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=7c7101TP-XE
21 de out de 2013 - Vídeo enviado por LM21
NÃO SE SINTA OFENDIDO OU INFLUENCIADO PELAS IDEIAS E OPINIÕES DESTE VÍDEO E ASSISTA ...

24 de janeiro de 2017
postado por m.americo

NOVE CONTRADIÇÕES DE QUEM DEFENDE UM ESTADO PROVEDOR

Você consegue escapar de alguma?



O estado, quando analisado despido de toda a retórica daqueles que o defendem, nada mais é do que uma máquina de confisco e transferência de dinheiro. O velho adágio segue impávido: não há nada que o estado possa fornecer sem que, antes, ele não tenha tomado de alguém.

O estado é redistribuição. Há aqueles que pagam mais do que recebem, e há aqueles que recebem mais do que pagam.

Sendo assim, se você defende um estado provedor, isto é, se você acredita que o estado deve ajudar os mais pobres, prover saúde e educação para todos, previdência social, lazer e subsídios para empresas, então você inevitavelmente incorre nestas nove contradições (que podem ser divididas, de acordo com sua importância, em três grupos):

Contradições básicas
1. Não faz sentido ajudar a todos cobrando impostos de todos.

Mesmo os mais pobres que recebem transferências do governo também pagam impostos — os quais estão embutidos em qualquer bem ou serviço que consomem — para sustentar todo esse esquema de redistribuição.

2. Se você acredita que é possível ajudar a todos cobrando impostos apenas dos ricos, então você desconhece a realidade do mundo.

Não há, em nenhuma sociedade, um número grande o bastante de ricos que possam custear sozinhos os gastos efetuados pelos estados assistencialistas ocidentais. É ingenuidade crer que as pessoas mais ricas irão simplesmente quedar inertes e aceitar pagar alíquotas mais altas. No mínimo, sairão do país.

3. Programas sociais e de redistribuição universal de renda geram incentivos perversos: entre os recebedores, desestimulam as pessoas a trabalhar, a poupar e a se precaverem para o futuro; entre os pagadores, a maior carga tributária desestimula a geração de riqueza.

Quanto mais "generosos" os programas, piores os efeitos colaterais sobre os beneficiados: maiores os custos para os produtores de riqueza e piores os efeitos sobre a moral e a ética dos beneficiados.

4. As políticas, por piores que sejam, são julgadas muito mais por suas intenções do que por seus resultados.

"Ajudar os pobres" é algo que soa bem; "estimular a cultura" é algo bonito; "educação e saúde para todos" é algo ao qual só desumanos se oporiam. Já uma expressão como "incentivos perversos" soa desagregadora e reacionária.

E dado que os seres humanos se concentram muito mais na sonoridade e na beleza dos nomes dos programas, e não em seus reais resultados, governos se tornam inerentemente propensos a adotar e manter programas que não passariam em um simples teste de custo-benefício. Veja a saúde pública, a educação pública e o cinema nacional.

Contradições médias


5. É bem possível articular uma defesa da obrigação moral de se ajudar todas aquelas pessoas que são extremamente pobres por motivos alheios às suas responsabilidades. Por exemplo, pessoas cegas e pessoas nascidas com alguma grave deficiência mental.

Por outro lado, é impossível articular uma defesa ética sólida de outros tipos de redistribuição.

Se um você está passando fome porque nasceu cego ou tem deficiência mental, isso é moralmente problemático. Se você está passando fome porque bebe demais, isso é problema exclusivamente seu.

Da mesma forma que eu não posso roubar o carro do meu vizinho só porque ele tem dois e eu não tenho nenhum, eu também não posso roubar uma fatia do salário dele só porque ele tem um emprego bom e eu não tenho nenhum e nem quero ter.

No entanto, os programas sociais dos estados de bem-estar modernos se concentram exatamente nestes últimos casos. No atual estado de riqueza do Ocidente, pessoas "extremamente pobres" são poucas. E nem todos os pobres o são por motivos totalmente alheios às suas responsabilidades. Há muitos que possuem comportamentos irresponsáveis (embora seja politicamente incorreto falar isso).

6. Paradoxalmente, o estado de bem-estar é utilizado como justificativa, pelos seus próprios defensores, para restringir a imigração de pobres oriundos de países miseráveis. "Eles estão vindo para se aproveitar de nossa saúde pública, de nossa educação gratuita, de nosso seguro-desemprego!".

Pior ainda são aqueles que dizem querer ajudar os pobres, mas são contra a imigração destes porque "eles irão roubar nossos empregos!". Dizem ser a favor da ajuda aos pobres, mas querem impedir que eles cresçam por conta própria com um emprego assalariado.

Contradições principais

7. Toda e qualquer ambiguidade nos termos "pobreza absoluta" e "comportamento irresponsável" deveria sempre ser resolvida em prol dos pagadores de impostos, e não dos beneficiados. Nenhuma coerção pode ser aceita quando sua justificativa é discutível. Princípio da liberdade: in dubio, pro libertate.

No entanto, ao não se permitir esse debate, muitos trabalhadores pobres seguem sendo espoliados para sustentar quem não quer trabalhar.

8. Se a caridade privada pode se ocupar daquelas pessoas que estão em pobreza absoluta por motivos totalmente alheios às suas responsabilidades, então não há motivos para que o governo faça esse serviço. Este é o princípio básico da subsidiariedade.

A melhor maneira para se mensurar a eficácia da caridade privada é abolindo os programas sociais existentes e observar como a caridade fará o serviço. No entanto, os defensores do estado provedor proíbem que tal experimento seja sequer mencionado.

9. Ajudar a todos os desconhecidos pode ser uma virtude moral (ato super-rogatório), mas não é uma obrigação jurídica (ato obrigatório). Há pessoas que, por motivos sensatos, têm objeções éticas e morais a serem forçadas a ajudar pessoas que têm um estilo de vida que não aprovam ou programas com os quais não concordam.

No entanto, esse tipo de debate foi proscrito pelos defensores do estado provedor.

Em quais desses posicionamentos você se encontra?


24 de janeiro de 2017
Juan Ramon Rallo

A ECONOMIA EM UMA ÚNICA PÁGINA

Estes são os princípios básicos da economia e de uma política econômica sensata



O que faz da economia algo fascinante é que seus princípios fundamentais são tão simples, que podem ser escritos em uma única página, de modo que qualquer um consiga entender. No entanto, são poucos os que entendem. — Milton Friedman

A declaração acima feita por Friedman me fez pensar: seria possível resumir os princípios básicos da economia em uma única página? Afinal, Henry Hazlitt já nos deu um magnífico resumo dos princípios sólidos da ciência econômica em seu livro Economia em uma Única Lição. Poderiam esses conceitos ser reduzidos a uma página?

Sim, os princípios da economia são simples: Oferta e demanda. Custo de oportunidade. Vantagens comparativas. Lucros e prejuízos. Concorrência. Divisão do trabalho. E por aí vai.

Com efeito, um colega até chegou a sugerir que a economia pode ser resumida a uma única palavra: preço. Ou talvez ao seu sinônimo: custo. Tudo tem um preço; tudo tem um custo.

Adicionalmente, políticas econômicas sensatas são óbvias, diretas e claras: é a livre interação entre as pessoas (ou seja, o mercado), e não os burocratas do estado, quem deve determinar preços e salários. Mantenha o governo longe da política monetária. Os impostos deveriam ser reduzidos ao mínimo. O governo deve se manter exclusivamente por meio de suas arrecadações. Leis e regulamentações devem ser as mesmas para todos. Tarifas de importação e barreiras comerciais deveriam ser eliminadas ao máximo possível. Em suma, o governo que melhor governa é aquele que menos governa.

Infelizmente, os economistas tendem a se esquecer desses princípios básicos, e com grande frequência perdem tempo criando modelos esotéricos, teorias bobas, pesquisas acadêmicas desnecessárias e importando modelos matemáticos da física. O grande Armen Alchian dizia que 95% de tudo o que é publicado em jornais acadêmicos de economia ou está errado ou é irrelevante.

A seguir, a minha tentativa de resumir os princípios básicos da economia e de uma política econômica sensata.

Economia em uma página


1. Interesse próprio: o desejo de melhorar nossa condição já vem em nós desde o útero e jamais nos abandona até irmos para o túmulo (Adam Smith). O indivíduo sempre age visando a melhorar sua situação. Ele trabalha, empreende e consome tendo como objetivo supremo a melhora de sua condição de vida. Uma consequência de tudo isso é que ninguém gasta o dinheiro dos outros com a mesma cautela e sabedoria com que gasta o próprio dinheiro. Principalmente burocratas do governo.

2. Crescimento econômico: o segredo para um padrão de vida mais alto é expandir a poupança, a acumulação de capital, a educação e a tecnologia.

3. Comércio: Em todas as trocas voluntárias, nas quais as informações são previamente explicitadas, tanto o comprador quanto o vendedor ganham. A transação não ocorreria caso um dos lados não se beneficiasse dela. Consequentemente, um aumento no comércio entre indivíduos, grupos ou populações beneficia ambos os lados. Por definição.

4. Concorrência: Dado que os recursos existentes (mão-de-obra, matéria-prima, máquinas e ferramentas) são limitados, e dado que os desejos e necessidades a serem saciados são ilimitados, a concorrência sempre existirá em todas as sociedades, e não pode ser abolida por decretos do governo.

5. Cooperação: Uma vez que a esmagadora maioria dos indivíduos não é auto-suficiente, e praticamente todos os recursos naturais precisam ser trabalhados e transformados a fim de se transformarem em bens úteis, todos os indivíduos — trabalhadores, proprietários de terra, capitalistas e empreendedores — devem trabalhar conjuntamente para produzir esses bens e serviços valiosos e desejados.

6. Divisão do trabalho e vantagens comparativas: Cada indivíduo é único. As diferenças de talento, de inteligência, de conhecimento, de destreza e de propriedade geram especialização. Consequentemente, cada indivíduo ou grupo de indivíduos, ao se concentrarem naquilo que fazem melhor, adquirem uma vantagem comparativa em relação aos outros. Quando indivíduos especializados em um serviço e usufruindo uma vantagem comparativa nesse serviço transacionam com outros indivíduos especializados em outro serviço e com vantagem comparativa nesse outro serviço, o crescimento econômico e as vantagens do comércio são maximizados.

7. Dispersão do conhecimento: As interações diárias entre milhões de indivíduos produzem uma multiplicidade de informações que são impossíveis de serem apreendidas e processadas por apenas um seleto grupo de seres humanos. As informações sobre o mercado — isto é, sobre as demandas dos consumidores e a escassez relativa (ou abundância relativa) de algum bem ou serviço, bem o conhecimento sobre como atender a essas demandas — são tão diversas, dispersas e ubíquas, que não podem ser capturados e calculados por uma autoridade central.

8. Lucro e prejuízo: a ocorrência de lucros e prejuízos é o mecanismo de mercado que guia os empreendedores e mostra o que deve e o que não deve ser produzido no longo prazo.

9. Custo de oportunidade: tempo e recursos são bens limitados. Consequentemente, sempre haverá escolhas e concessões. Se você quer fazer algo, você terá de abrir mão de outras coisas que também gostaria de fazer. O preço de fazer uma atividade equivale ao custo de outras atividades das quais você abriu mão.

10. A teoria dos preços: Preços são determinados pelas valorações subjetivas de compradores (demanda) e vendedores (oferta), e não por algum custo objetivo de produção. O valor de bens e serviços não é determinado pelo valor dos insumos (como mão-de-obra e matéria prima); o valor dos insumos é que é determinado pelo valor dos bens e serviços que eles ajudam a produzir. E o valor dos bens e serviços é determinado subjetivamente pelos consumidores. Quanto maior o preço, menor a quantidade que os compradores estarão dispostos a comprar e maior a quantidade que os vendedores estarão dispostos a colocar à venda.

11. Causalidade: Para cada causa há um efeito. Ações efetuadas por indivíduos, empresas e governos têm um impacto sobre outros agentes da economia, impactos estes que pode ser previstos, muito embora o nível de previsibilidade dependa da complexidade das ações envolvidas.

12. Incerteza: sempre há um grau de risco e incerteza quanto ao futuro, pois as pessoas estão continuamente reavaliando seus planos, aprendendo com seus erros, e mudando de idéias. Tudo isso torna muito difícil prever qual será o comportamento das pessoas no futuro.

13. Salário e mão-de-obra: salários maiores só podem ser alcançados no longo prazo se houver um aumento da produtividade. E maior produtividade só é possível quando há bens de capital que tornam o trabalho humano mais eficiente e produtivo. O desemprego crônico ocorre quando os custos da mão-de-obra impostos pelo governo e pelos sindicatos (salários e encargos sociais e trabalhistas) estão acima do valor de mercado.

14. Controles governamentais: controles de preços, de salários e de aluguéis podem beneficiar alguns indivíduos ou grupos, mas não a sociedade como um todo. Ao final, eles criam escassez, mercados paralelos e uma deterioração da qualidade e dos serviços. Não existe almoço grátis. E nem subsidiado.

15. Dinheiro: tentativas deliberadas de se desvalorizar a moeda do país, reduzir artificialmente as taxas de juros, e adotar políticas de crédito farto e barato inevitavelmente se degeneram em aumento de preços, desarranjos e crises econômicas. O mercado, e não o estado, é quem deveria determinar o que é o dinheiro e como deve ser o crédito.

16. Finanças públicas: Eis os quatro mandamentos básicos que devem nortear qualquer administração pública: (1) O governo não deve gastar mais do que arrecada; (2) O governo não deve fazer nada que a iniciativa privada possa fazer melhor; (3) Se os benefícios marginais não forem maiores que os custos marginais, então tal medida não deve ser implantada; e (4) aqueles que se beneficiam de um serviço devem pagar por ele.

24 de janeiro de 2017
Mark Skousen

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Leia também:

As dez leis fundamentais da economiaAs dez leis fundamentais da economia (versão expandida e ampliada)