"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

GLOBO PASSA A PERNA EM AUTOR DE BEST-SELLER PARA ATACAR DÓRIA E FAZER PROPAGANDA PRÓ-PT



João Doria foi escolhido como alvo preferido da imprensa nacional desde que decidiu concorrer nas eleições. Tal onda de ataques se intensificou tão logo ele derrotou Haddad em uma votação humilhante. Depois que ele assumiu, no começo deste ano, a coisa toda foi muito mais longe do que o habitual. No entanto, tudo já era esperado.

A grande sacanagem de hoje partiu da BBC Brasil. O jornal publicou há algumas horas uma entrevista feita com o autor americano Robert Greene, escritor do excelente livro “As 48 leis do poder” – aliás, uma leitura recomendável, junto com outra obra sua, “As 33 Estratégias de Guerra”. Na entrevista, a BBC dá a entender que Greene “ataca” João Doria, que em seu discurso de posse citou o escritor.

Contexto:

No começo do ano, quando assumiu a prefeitura, Doria lembrou uma das “leis” de Robert Greene, mais especificamente a de número 28, que diz: “Sejamos ousados; qualquer erro cometido com ousadia é facilmente corrigido com mais ousadia. Todos admiram os corajosos. Ninguém louva os covardes.” Se observada a trajetória do empresário, dá para notar que ele faz jus a esta regra.

A matéria da BBC, entretanto, arrancou de Greene o seguinte comentário:

“Diria que em vez de se fantasiar de gari, de pedreiro, que ele entregue mais. Se fantasie menos e entregue mais. Precisa se comprometer e ser muito prático – e não viciar na atenção que você acaba tendo ao dizer coisas ousadas.”

O G1 e o portal Terra, com seu baixo nível, mantendo seu jornalismo de esgoto habitual, reproduziram a notícia. Tudo isso, desde a BBC, foi feito com a manchete mais tendenciosa possível.

O único “problema” é que há um detalhe muito importante que todos estes canais “esqueceram” de mencionar: o que o escritor americano realmente sabe sobre a realidade brasileira, especialmente a realidade paulistana? Será que a BBC, ao entrevistá-lo, deu a ele as informações verdadeiras, como o fato de que o tucano está na prefeitura há menos de um mês e que inclusive já resolveu problemas da gestão anterior, ou os “jornalistas” teriam apenas dito que Doria se veste de gari para “chamar atenção”?

É evidente, pelo comentário do escritor, que ele não tem todas as informações, tanto que nem mencionou os fatos da gestão Doria em sua entrevista. Certamente nem faz ideia de que o prefeito anterior, do PT, passou quatro anos na prefeitura sendo o exato oposto de Doria, agindo com o máximo da prepotência e tratando os paulistanos como seus servos, motivo pelo qual foi chutado com gosto nas urnas. Com certeza Roberto Greene, autor de um excelente livro sobre política, entenderia perfeitamente a estratégia de Doria se tivesse acesso a todos os detalhes, incluindo a campanha.

Background:

De onde surgiu a ideia de entrevistar Robert Greene? Quem pensou nessa tática?

Aí é que está, caro leitor. Há pelo menos dois sites assumidos de extrema-esquerda que, antes desta matéria da BBC, já haviam batido na tecla. O blog esquerdista El País, por exemplo, postou em 9 de janeiro um artigo cujo título é “Doria Gray e as leis do poder”, fazendo menção ao personagem Dorian Gray, da obra de Oscar Wilde (ver aqui).

Em termos de guerra política, a matéria do El País é ótima. Eles pinçaram trechos do livro que foi citado por Doria, especialmente aqueles mais controversos, e deram a entender que o prefeito é alguém que manipula as pessoas para se dar bem, fazendo ainda uma relação com Donald Trump. Em outro trecho da matéria, disseram o seguinte:

“Doria, que parece acreditar ser uma versão atual de “Príncipe”, citou um autor que já foi chamado de o “novo Maquiavel”’

A intenção até aí já estava clara. Contudo, outro blog escancaradamente petista, o Pragmatismo Político, deu continuidade ao assunto no dia 16, reproduzindo na íntegra esta mesma matéria do jornal El País, mas com título diferente: “Livro de cabeceira de João Doria explica quem é o novo prefeito de São Paulo.” O objetivo de tudo isso foi gerar uma base para atacar o prefeito, e esta base foi aproveitada pela BBC, pelo G1 e pelo Terra. Certamente será aproveitada por outros portais da esgotosfera esquerdista brasileira.

É importante frisar que Robert Greene provavelmente não tem nada a ver com o rolo. Ele deve ter sido usado. Provavelmente os jornalistas lhe enviaram uma pauta pré-fabricada e o induziram ao erro. Como ele certamente desconhece a realidade brasileira, e como provavelmente nem sabe nada sobre a trajetória de João Doria, restou ao escritor se pautar naquilo que ele tinha ao seu alcance: a informação dada pelos seus próprios entrevistadores.

O que esses jornais como BBC e G1 fizeram, na prática, foi uma trapaça para tentar queimar a imagem de Doria, fazendo-o parecer tolo ao citar um autor e ser criticado por ele. A quem esse tipo de coisa interessa, senão aos petistas paulistanos?

24 de janeiro de 2017
ceticismo político

Nenhum comentário:

Postar um comentário