O relatório apresentado pela Polícia Federal na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer na disputa de 2014 concluiu que parte dos recursos pagos pela campanha às três gráficas que são alvo da investigação não se destinava a cobrir gastos da corrida presidencial. Segundo a PF, o dinheiro tinha como destino último, na verdade, pessoas físicas e jurídicas, além de fornecedores e subfornecedores. O documento foi entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta-feira da semana passada.
BOLA DE CRISTAL – Ministros do STF reclamam do elevado grau de imprevisibilidade de Cármen Lúcia, presidente da corte, sobre quem substituirá Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato. Os poucos magistrados que arriscaram palpites nesta segunda-feira (dia 23) ecoaram a ideia de deslocar o ministro Edson Fachin para tocar a operação no Supremo.
O Palácio do Planalto está certo de que Cármen Lúcia não decidirá o impasse durante o recesso do Judiciário, percepção compartilhada por integrantes do tribunal. A definição, portanto, ficaria para fevereiro.
A ministra telefonou para Michel Temer na segunda-feira. Reconheceu o apoio dado pelas Forças Armadas nas horas seguintes à queda do avião.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É importantíssima esta nota de Natuza Nery. Mostra o grau de promiscuidade institucional neste estranho país dos trópicos. Na quarta-feira o TSE recebeu o apimentado relatório da Polícia Federal. No sábado, o ministro Gilmar Mendes, presidente do tribunal, almoçou com Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e no domingo jantou com o presidente Michel Temer no Palácio Jaburu. E ainda querem que acreditemos na isenção do Judiciário. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É importantíssima esta nota de Natuza Nery. Mostra o grau de promiscuidade institucional neste estranho país dos trópicos. Na quarta-feira o TSE recebeu o apimentado relatório da Polícia Federal. No sábado, o ministro Gilmar Mendes, presidente do tribunal, almoçou com Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e no domingo jantou com o presidente Michel Temer no Palácio Jaburu. E ainda querem que acreditemos na isenção do Judiciário. (C.N.)
24 de janeiro de 2017
Natuza Nery
Folha
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