Há alguns anos os cientistas americanos começaram a desenvolver novas tecnologias para extrair petróleo do xisto. E foi no primeiro período do mandato de Obama que se iniciaram os ensaios para a extração do gás de xisto. Nessa época houve uma gritaria geral dos ecochatos que vivem encalacrados nessa história de 'aquecimento global'.
A fabulosa inovação que traria, como de fato trouxe, a independência dos Estados Unidos em relação a esse insumo energético é uma realidade. Por muito tempo continuará garantindo o desenvolvimento econômico e o bem-estar dos seres humanos. Calcula-se a população da Terra em torno de 7 bilhões de habitantes devendo chegar a 8 bilhões no final deste século. E todos os terráqueos precisam de energia.
Para os ecochatos a extração do gás de xisto teria um impacto ambiental demolidor. Inicialmente, Obama namorou com a ideia ecochata, reação comum de qualquer comunista. Obama é comunista e, como comunista, é ecochato, já que o ambientalismo é uma variante do comunismo do século XXI.
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Com o advento do gás de xisto, Obama já desistiu de ressuscitar Karl Marx... |
O berreiro dos ambientalistas não deteve um milímetro o avanço do projeto do gás de xisto. Obama e o Partido Democrata também silenciaram quem sabe vislumbrando mais adiante a possibilidade de bater no peito e afirmar que foram eles que deram aos Estados Unidos a possibilidade da autossuficiência na produção de petróleo que se confirmou nesta quarta-feira, 10 de junho de 2015. Veremos isso, quem sabe, na campanha eleitoral presidencial americana que já está em campo a todo vapor.
Sorry, ex-potentados árabes. Como é sabido, tirante Israel, o resto do Oriente Médio depende exclusivamente das exportações de petróleo. Essas ditaduras não produzem sequer uma agulha. Importam tudo. Enquanto lideraram a produção de petróleo podiam dar murros nas mesas de negociação. Nos anos 70 do século passado deflagraram a crise do petróleo por meio da famigerada Opep.
Com a autossuficiência norte-americana na produção de petróleo os malucos de toalha na cabeça se verão privados dos dólares. Se avizinha tempos difíceis para aquela região. O mesmo impacto será sentido pelo Irã dos aiatolás. Petróleo só enche barriga quando se transforma em dólares que compram bens e serviços, sobretudo produtos alimentícios.
Outro detalhe importante é que os Estados Unidos também não comprarão mais petróleo da Venezuela bolivariana. Ao contrário, poderão se tornar exportadores de petróleo.
Vislumbra-se no horizonte da geopolítica uma mexida fantástica com reflexos variados e impensáveis até mesmo no curto prazo.
Por isso que peguei no rádio no meu carro por volta do meio dia desta quarta-feira a Míriam Leitão em desabalada falação no programa do Sardenberg na Rádio CBN, prevendo o fim dos combustíveis fósseis ainda neste século. Só de raiva eu acelerava o meu carro. Naquele momento não poderia intuir que à noite estaria escrevendo estas linhas com incontida felicidade. Ave! Estados Unidos!
Transcrevo como segue matéria do site da revista Veja noticiando que os Estados Unidos se tornaram nesta quarta-feira, dia 10 de junho de 2015, no maior produtor de petróleo do mundo. Sorry, periferia bolivariana. Leiam:
Os Estados Unidos se tornaram o maior produtor de petróleo do mundo pela primeira vez desde 1975, ultrapassando a Arábia Saudita, graças ao óleo de xisto. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pela companhia de petróleo britânica BP. A empresa apresentou também dados sobre a produção mundial de petróleo, afirmando que a oferta da commodity nunca cresceu tanto como no ano passado, com avanço de 2,1 milhões de barris por dia. Este aumento é explicado, principalmente, pelo crescimento de 1,6 milhão de barris por dia de produção americana. A produção de petróleo cresceu 15,9% nos Estados Unidos no ano passado, enquanto a do Brasil avançou 2%, mostra a BP.
Segundo o relatório, esta é a primeira vez que um país consegue aumentar sua oferta em mais de 1 milhão de barris por dia durante três anos consecutivos. "Os Estados Unidos ultrapassaram a Arábia Saudita e a Rússia como o principal produtor de petróleo pela primeira vez desde 1975", disse Bob Dudley, diretor executivo da BP. "As implicações da revolução de xisto americano são profundas", disse ele.
Um exemplo dessas mudanças é o fato de os Estados Unidos terem reduzido significativamente suas importações, a ponto de ceder à China o lugar de maior importador. Isso ocorre apesar da desaceleração econômica que fez a demanda chinesa cair a apenas 2,6% em 2014, muito menos do que a média anual de 6,6% nos últimos 10 anos.
O óleo de xisto é um substituto do petróleo, cuja técnica de extração envolve a injeção de água sob alta pressão e perfuração em rochas localizadas a entre 1.500 a 2.400 metros de profundidade (por meio da técnica de fraturação hidráulica). Esta técnica tem expandido as possibilidades de extração de petróleo e é uma ameaça para o domínio dos produtores tradicionais.
10 de junho de 2015
in aluizio amorim