"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

AGENDA POSITIVA DO GOVERNO DEVERIA SER "VERGONHA NA CARA"



Ministro reconhece que governo não sabe como combater a corrupção















Por incrível que pareça, o governo Dilma Rousseff ainda não desistiu da marquetagem política, continua acreditando que a salvação é fabricar factóides, para criar o que eles chamam de “agenda positiva”.
O primeiro factóide “positivo” foi a compra da bike importada, para a presidente ser fotografada como uma cidadão comum, tipo “vejam, eu sou gente boa, igual a vocês!”, numa imitação do marketing esportivo de Collor, pois só faltou escreverem alguma frase na camiseta.
USANDO A CORRUPÇÃO…
Agora, surge a segunda peça de marquetagem política visando a transformar num fato positivo a corrupção que corrói o governo, vejam a que nível de desfaçatez chegamos. A manobra começou com a criação de mais um órgão governamental, reunindo representantes de Executivo, Legislativo e Judiciário, com denominação tão extensa que não deu para formar uma sigla – o Gabinete de Gestão Integrada da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro.
E este tal gabinete já criou um grupo de trabalho, formado por representantes do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, do Ministério da Justiça, da Controladoria-Geral da União, da Advocacia-Geral da União e da Ordem dos Advogados do Brasil, vejam como este povo não tem mais o que fazer, mas para participar do troféu Piada do Ano fingem que vão acabar com a corrupção.
CONSULTA PÚBLICA
Numa demonstração pública de que o governo não sabe como combater a corrupção, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que comanda o tal gabinete e o tal grupo de trabalho, acaba de lançar uma consulta pública, aberta a todos os cidadãos, para receber até o dia 8 de julho sugestões pelo e-mailhttp://participacao.mj.gov.br/anticorrupcao:
Bem, já que é assim, vamos fazer algumas propostas:
1) Não haverá prescrição para crimes de corrupção.
2) Os inquéritos e processos envolvendo em corrupção e lavagem de dinheiros os políticos, governantes e dirigentes de estatais serão feitos em rito sumário e terão penas superiores aos de crimes comuns.
3) Os processos para bloqueio de bens e ressarcimento do erário também tramitarão em rito sumário.
4) Haverá investigações rigorosas e com rito sumário para qualquer cidadão que demonstre enriquecimento ilícito sem comprovação.
5) Para maior eficiência do combate à corrupção e lavagem de dinheiro, haverá entrosamento e trabalho conjunto da Polícia Federal, Ministério Público e Receita Federal, com apoio dos órgãos especializados dos governos estaduais e municipais.
6) Para ocupar cargos técnicos, o governo deve nomear especialistas e não apadrinhados políticos.
7) Os partidos não podem receber doações de pessoas físicas ou jurídicas. Devem se manter com os repasses do Fundo Partidário, sem gastar fortunas em campanhas eleitorais.
8) As campanhas eleitorais passarão a ser feitas exclusivamente pelo rádio e televisão, nos horários gratuitos, mas com igualdade de oportunidades e de tempo de exposição, para que cada candidato se apresente ao eleitorado de forma simples e direta, sem produções de alto custo, sem gravações externas e efeitos especiais.
9) Haverá realização de debates obrigatórios para eleições majoritárias, transmitidos por rádio e TV, simultaneamente.
Por fim, lembremos a lição imortal de Capistrano de Abreu, um dos maiores historiadores brasileiros: “Eu proporia que se substituíssem todos os capítulos da Constituição por este artigo único: Todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha na cara.”

10 de junho de 2015
Carlos Newton

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