"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 23 de março de 2015

"COXINHAS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS"

Ou: Depois da Guerra dos Mascates e da Revolta dos Alfaiates, o grito libertador da 'Revolução dos Coxinhas'



Algumas revoltas se tornaram famosas no Brasil. Há, por exemplo, a Guerra dos Mascates, que opôs, em 1710 e 1711, senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses de Recife, chamados, pelos adversários, de "mascates". 
Houve a "Revolta dos Alfaiates", ou Conjuração Baiana, de 1798, um movimento de caráter emancipatório e republicano, influenciado pela Revolução Francesa. 
O país assistiu, em 1835, até a uma revolta que misturava a luta contra a escravidão com questão religiosa: a Revolta dos Malês, em Salvador, liderada por escravos muçulmanos. 
Cito apenas três movimentos entre muitos ocorridos no Brasil colonial ou já independente. 

Em 2015, nem mascates, nem alfaiates nem malês! Assistimos, nestes dias, à inédita "Revolução dos Coxinhas".

Não há por que fugir do rótulo. Ao contrário: que seja este um traço a unir os manifestantes. 
"Eu sou co-xi-nha/ com mui-to or-gu-lho/ com mui-to a-mo-or."

O coxinha trabalha? Viva o coxinha!
O coxinha estuda? Viva o coxinha!
O coxinha gera os impostos que viram caridade pública? Viva o coxinha!
O coxinha não gosta que lhe batam a carteira? Viva o coxinha!
O coxinha quer pagar menos imposto? Viva o coxinha!
O coxinha é contra a violência? Viva o coxinha!
O coxinha é contra a depredação de patrimônio público? Viva o coxinha!
O coxinha é contra o ataque à propriedade privada? Viva o coxinha!

Os coxinhas, ao longo da história, fizeram a riqueza das nações. Geraram os excedentes que permitiram à humanidade ir além do reino da necessidade. Já os utopistas deram à luz todas as ideias que matam muitos milhões - de direita ou de esquerda. E antes ainda que essa terminologia pudesse ser empregada.

Atenção, meus caros! A Revolução dos Coxinhas - uma revolução sem armas - é hoje majoritária porque expressa a vontade da esmagadora maioria dos brasileiros. Mas ela também é contramajoritária porque é alvo da fúria dos aparelhos ideológicos e de pensamento dominados pelas esquerdas.
Onde é que os manifestantes, os "coxinhas", mais apanham hoje em dia? Na academia, especialmente nas universidades públicas, que concentram a suposta elite intelectual do país. 
Também é grande o rancor contra os manifestantes em setores importantes da imprensa. Hoje, até jornalistas se dedicam a uma espécie de "caça às bruxas da direita", que estariam estimulando os protestos.

E, no entanto, pergunto: que grande ofensa à democracia está nas ruas? Grupelhos sem nenhuma importância, que defendem um governo militar, são vaiados pelos coxinhas em cena aberta. 
O que as esquerdas não suportam é que muitos milhares, milhões talvez, possam ocupar o espaço público e pedir democracia e moralidade vestindo as cores nacionais, sem portar as tradicionais bandeiras vermelhas das esquerdas, que democráticas nunca foram porque a esquerda, a esquerda de verdade, nunca quis democracia - a menos que alguém me exiba um texto teórico em que um esquerdista autêntico defenda o regime democrático.

É a direta que está na rua? Aqui já se disse: são as pessoas direitas, inclusive as de direita - e com todo o direito de sê-lo, a menos que alguém me cite um fundamento da Constituição e das leis que evidenciem que as ruas são um monopólio das esquerdas.

Os que trabalham cansaram de ser governados por aqueles que só pensam em distribuir o fruto do esforço alheio. Uma distribuição que não busca fazer justiça social, mas alimentar um aparelho partidário que tenta se impor na base do grito e da trapaça - inclusive a eleitoral.

Os coxinhas vão hoje às ruas contra a pregação de intelectuais, contra a pregação dos aparelhos universitários, contra a pregação esquerdista de boa parte da imprensa - que o petismo ainda tem o topete de chamar de "golpista" para justificar o financiamento da pistolagem dos blogs sujos, confessado por um documento da Secom.

Esses tais coxinhas, em suma, formam hoje a maioria do povo brasileiro, mas são tratados como seres desprezíveis, crias do reacionarismo, ignorantes rematados que estariam preocupados apenas em proteger seus privilégios - como se a defesa do mérito e do esforço significasse uma agressão aos direitos humanos.

O dia 12 de abril vem por aí. Outro domingo! É que os coxinhas trabalham e estudam nos demais dias da semana. Não recebem pensão de partido. Não estão no comando de nenhuma ong ligada à legenda. Não ocupam cargo público por indicação política. Não compõem a diretoria de aparelhos sindicais. Não vivem do leite de pata que alimenta os ditos movimentos sociais.

Dilma pode dar um murro na mesa e ordenar que os petistas façam seus milicianos enfiar a viola no saco, deixando a democracia correr livre, leve e solta, sem hostilidades desnecessárias. Ou pode deixar que os companheiros, mais uma vez, tenham a ideia asnal de promover seu "antiato" antes do ato. Nesse caso, quem sabe estimulem a reunião não de dois milhões de coxinhas, mas de quatro milhões…

O petista André Singer vê na rua a "nova direita" e diz tratar-se de uma "reação" ao lulismo. Entendo: ele não consegue pensar fora da camisa de força da dialética, a dama de honra de todo esquerdista errado. Singer ainda não aprendeu que, para que assim fosse, os que agora se manifestam precisariam ter construído uma "contra-utopia" para se opor à do petismo. Ocorre que pessoas saudavelmente conservadoras - e os coxinhas são saudavelmente conservadores - não têm utopia nenhuma que não seja um governo eficiente, honesto e que não encha o seu saco.

O diabo é que o governo do PT não é eficiente, não é honesto e enche o saco! No mundo lulocêntrico de Singer, Lula cria até a sua própria contradição. Que coisa triste!

Não sei quantas pessoas haverá nas ruas no dia 12. Não fiz previsões antes e não farei agora. Uma coisa eu sei: os coxinhas vieram para ficar. Contra a vontade da academia. Contra a vontade da imprensa esquerdizada. Contra a vontade dos que achavam que o assalto ao estado brasileiro coincidia com o fim da história e que nada mais de novo iria acontecer.
Vai acontecer. Já está acontecendo! Pra cima com a viga, coxinhas!

23 de março de 2015
Reinaldo Azevedo

COMO GANHAR MUITO DINHEIRO PÚBLICO FABRICANDO CONSENSO PARA O PT


Começou a maior batalha midiáticados últimos 14 anos. O tucanato quer ir a fundo, somente agora, na questão de quem paga aos chamados “blogueiros progressistas”, ou “do campo social” —para que defendam cegamente Dilma e Lula.

O Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), protocolou nesta sexta (20/3) representação junto à Procuradoria da República do Distrito Federal para a abertura de inquérito civil contra o ministro Thomas Traumann (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) por prática de improbidade administrativa. Entre as sanções, caso Traumann seja condenado, está a perda da função pública. 

Segundo o tucanato, “a ação baseia-se em documento produzido pela própria SECOM, que evidencia o uso da Secretaria para a promoção pessoal da presidente Dilma, bem como para viabilizá-la eleitoralmente. Nesse mesmo documento, aparecem análises sobre as estratégias das campanhas da presidente Dilma de 2010 e 2014, além de propostas para “virar o jogo” eleitoral, dividindo responsabilidades, exclusivas da Pasta, com pessoas alheias à administração pública, como o PT, o Instituto Lula e blogueiros”.
Finalmente alguém tocou na ferida.
***
Qualquer um que trabalha com jornalismo tem um amigo circunscrito nesse estado de coisas. Geralmente, pessoa de meia idade. Sonhadora em ser “barão de mídia”. Saiu de uma “grande redação”. Bateu na porta de ministro ou ministra. Recebeu fortunas, seja para sua ONG ou blog. Está feliz. Entra dinheiro “bagaray”, trabalha de casa. E tudo o que tem a fazer é reangular as notícias da “velha mídia” ou dos “tubarões milionários da mídia” no sentido de favorecer os interesses do governo federal.

Não vejo problema em se ganhar dinheiro no capitalismo. Não vejo problema em que blogueiros sujos mamem nas tetas do PT, para poder terem o nivel de vida pequeno burguês com o qual sempre sonharam. Esquerda caviar é isso aí. Josué de Castro, recifense, escreveu o seu “Geografia da Fome” e se cevava nos melhores restaurantes de Paris…

O problema é que essa gente recebe fortunas do PT para mentir. Não fazem reportagem. Não investigam. Não vão para as ruas. Tomam fortunas do PT e dão em troca mal-traçadas, cheias de advérbios de modo. O PT paga fortunas a essa gente para que devolvam ao governo uma antologia de adjetivos contra os inimigos do partido.
Basta ver o quanto midiaticamente se alinhou essa gente para atacar meu amigo Fernando Rodrigues —somente porque ele resolveu investigar a lista do HSBC, cruzar dados e não cometer injustiças…

***
Há nessa fórmula dos jornalistas tomadores de grana pública uma contradição bem interessante, A pior droga, tecnicamente falando, não é o crack ou a metanfetamina: é o poder do oxímoro. Vejamos: o Pink Floyd fez fortuna com uma música que falava mal do capitalismo: a famosa “Money”.

O PT paga fortunas a blogueiros para que esses, entre outras coisas, ataquem o capitalismo. Ganha-se muito dinheiro da viúva falando mal do dinheiro: viva o oxímoro!
Quer enriquecer no Brasil? Fale mal do dinheiro em seu blog.
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A fórmula tem também pitadas de sofisticação. E passa pela teoria da “fabricação de consenso”, que Noam Chomsky adotou de Walter Lippmann.
Fabricar consenso é: investir grana pública pesada em ONGs, blogs e sites ditos “progressistas”. Pautá-los para que as demandas do governo federal sejam atribuídas (excogitadas) ao povo. Criar a ilusão de que as vontades mais orgânicas, trambiques e sinecuras do governo sejam travestidos como “vontade do povo”.
***
Vejamos um caso: eu e Romeu Tuma Junior lançamos, na data cabala de 11/12/13, o best seller “Assassinato de Reputações”. Entre bombas correlatas, Tuma, ex-secretário nacional de Justiça, revela que Lula era informante da ditadura.

Bastou sair o livro, meia dúzia de sites pagos pelo PT manchetaram que a obra mentia: e que Tuma Junior era menor de idade quando Lula esteve preso no Dops —portanto não poderia ter sido o agente que protegia Lula lá.

Fomos atrás da Wikipedia de Romeu Tuma Junior: sua data de nascimento fora alterada. A operação deixou rastros: quem falsificou a data, mostrava a Wikipedia, era um colaborador de 3 sites progressistas, tutelados com anúncios federais….

*** 

Os tucanos estão errados em litigarem contra a “fabricação de consenso” na área civil.
Isso é área criminal, senhores tucanos.
Está em qualquer vulgata de direito criminal a tipificação do crime:

“Os verbos núcleos do tipo são “apropriar” ou “desviar” valores, bens móveis, de que o funcionário tem posse justamente em razão do cargo/função que exerce. A pena para este crime é de reclusão, de 2 a 12 anos, sendo a mesma caso o funcionário público não tenha posse do dinheiro, valor ou bem, mas o subtraia ou concorra para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, em virtude da facilidade decorrente do cargo que ocupa. 

O peculato é um crime próprio do funcionário contra a administração, diferentemente de apropriação indébita que é praticada por qualquer pessoa contra o patrimônio.”
Em tempo: quer saber porque os ditos jornalistas do “campo social” se alinharam para bater em Fernando Rodrigues, no caso do HSBC? Porque Fernando lhes expôs publicamente o cofre.


23 de março de 2015
Claudio Tognolli

QUE PAÍS É ESSE?


Depois das manifestações de domingo passado, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi preso no Rio. A operação tem o nome “Que país é esse?”. É uma alusão à frase de Duque quando foi preso pela primeira vez: que país é esse? Mesmo sem saber ainda que país é esse, na prisão de agora houve uma certeza temporal: era o primeiro dia depois que milhões de brasileiros foram para as ruas contra a corrupção, gritando “Fora Dilma”, “Fora PT”.

A reação do governo foi patética. Desde o princípio, fonte oficial espalhou que o movimento não tinha foco, era dispersivo.

Só mais tarde, na entrevista dos dois ministros, um de barba, outro sem barba, um deles reconheceu que havia uma luta contra a corrupção. E veio com a história de que ninguém mais do que o governo do PT combateu a corrupção.

Interessante é que, na coletiva, não se perguntou: como um movimento contra a corrupção pode, ao mesmo tempo, pedir a queda de um governo que a combateu mais do que tudo?

Volto à questão do foco. Quem trabalha com imagem, pelo menos, sabe que não é uma questão de muita controvérsia. Dez pessoas diante da imagem desfocada tendem a dizer que ela está fora de foco. O governo desfocou propositalmente as imagens de “Fora Dilma”, “Fora PT”, como se os manifestantes tivessem ido à rua apenas para tratar da corrupção de forma abstrata.

Até pesquisas surgiram para afirmar que as manifestações foram, principalmente, contra a corrupção, e não contra o governo. Como se esses elementos não estivessem entrelaçados e pudessem ser servidos em compartimentos estanques.

Se levarmos mesmo a sério tudo o que dizem, passaremos todo o dia batendo panelas. Dilma apareceu na versão sandálias da humildade. O tom era o mesmo. A mesma arrogância: nossa política econômica foi correta, posso ter errado na dose, cometi um pecadinho com o financiamento estudantil. Só faltou dizer: muito apressada, esqueci de fechar a torneira do banheiro por um minuto. É muito difícil sair de uma crise quando não se leva em conta a realidade. É impossível a esquerda manter sua base com um ajuste econômico rigoroso. É impossível conquistar os adversários com ajuste econômico porque seu tema também é a corrupção.

Correndo por fora de toda a cena de reforma política, a prisão de Renato Duque joga o foco na participação do PT. O tesoureiro João Vaccari já foi indiciado. Promotores demonstraram com cruzamento de datas propinas e doações. E revelaram o mecanismo de lavagem de dinheiro através das contas de campanha.

Renato Duque e João Vaccari negam tudo, disciplinadamente protegem o partido. Mas até quando? Independente do que falem ou deixem de falar, os dados recolhidos até agora indicam que dinheiro do petrolão circulou pelas campanhas de Dilma. Tudo isso trará mais tensão à atmosfera política. O problema é que precisamos de algum tipo de ajuste econômico para não cair mais no buraco.

É um momento em que certas espertezas não podem turvar mais o quadro nebuloso. O presidente da Câmara é investigado no petrolão. O presidente do Senado também, assim como dezenas de parlamentares. Como dizer então que a corrupção está apenas no governo?

O que se pode dizer é que ela está principalmente no governo, que detém, em última análise, o controle da estatal saqueada. O PMDB percebeu o momento do PT e procura ocupar o centro da cena. É uma ilusão achar que uma simples mudança na configuração da aliança possa alterar a crise de legitimidade.


Fernando Henrique e Marina afirmam que o impeachment não é a saída. Mas sua reação revela como a crise é profunda; em termos normais, líderes apontam caminhos; no momento, limitam-se a dizer por onde não se deve ir. Apontar ou rejeitar saídas a médio prazo é quase impossível. Mas há algumas variáveis que podem definir seu curso. A primeira delas é a reação da própria Dilma à sua improvável capacidade de autocrítica e energia para recolocar o governo de pé.

A segunda variável é a do ajuste fiscal, que depende, na verdade, mais do governo do que do próprio Congresso. É quase unânime a ideia de que o ajuste fiscal é uma condição para o crescimento. Mas afirmar que basta para a retomada divide opiniões.

A terceira variável é o curso da Operação Lava-Jato. O que predomina até agora é a negação, apesar de tantas evidências apresentadas pelos promotores. No mensalão, Dilma refugiou-se na condição de presidente para escapar do assunto. Tudo o que aconteceu na Petrobras diz respeito ao seu governo, muitas das propinas podem ter irrigado suas campanhas presidenciais. Nesse caso não cabe nenhum tipo de reinvenção, exceto dizer adeus.

“Que país é esse?” na música da Legião Urbana tem um tom de crítica e desencanto. Outro país pode surgir se tudo for investigado e a sociedade obtiver mudanças imediatas. Quem sabe a energia na mudança política seja o componente que falta para um ajuste econômico necessário?

23 de março de 2015
Fernando Gabeira

CRISE INSTITUCIONAL


O País pode estar rumando para uma crise institucional. A velocidade dos acontecimentos políticos tem sido surpreendente. O governo dá mostras visíveis de perda de controle, sem que se saiba ao certo quem manda no País. Em linguagem hobbesiana: quem decide em última instância?
Até um ministro, o da Educação, chega a ser demitido por um anúncio do presidente da Câmara dos Deputados, como se não coubesse à presidente da República essa decisão. O próprio ministro, num tipo de jogada ensaiada, opta, com estardalhaço público, por sair do governo como se esse fosse um barco naufragando.
Estamos diante de uma situação completamente nova. O panelaço nem uma tradição nacional é. Importamos da Argentina. Tem, contudo, um profundo significado: as pessoas não mais querem escutar a presidente ou seus mensageiros - no caso, ministros. Não importa o que tenham a dizer. Não mais gozam de confiança e, nesse sentido, nem mais merecem ser escutados. Medidas paliativas como a reforma política ou o projeto contra a corrupção nem dignos de atenção são. O mesmo já foi dito em 2013.
As manifestações do dia 15 de março foram um marco nacional. Reuniram em torno de 2 milhões de pessoas! A população nacional disse nitidamente "Fora Dilma" e "Fora PT". O partido e seus movimentos sociais perderam completamente a rua. Já tinham sido enxotados em 2013.
Mesmo assim, jogaram uma carta temerária, a de organizarem uma manifestação própria dois dias antes, na sexta-feira. Ainda vivem na ilusão de acreditar em sua capacidade de mobilização. Ledo engano. Reuniram, no máximo, 150 mil pessoas e, ainda sim, com muitas delas pagas. O fracasso foi total. O contraste é gritante!
As manifestações de 2013 foram a expressão genérica e abstrata de uma revolta contra tudo o que está aí, concentrando-se, enquanto estopim, na questão da mobilidade urbana e no preço das passagens de ônibus. Agora, ao contrário, há uma proposta positiva que aglutina: é exigida a saída de Dilma do governo, assim como do PT.
O isolamento da presidente é manifesto. Mais do que isso, ele revela que ela está perdendo progressivamente as condições de exercício do poder. O PT, por sua vez, vê-se cada vez mais distante da sociedade e os políticos não quererão como aliada uma presidente que aparece como fraca.
O Congresso, ele também, tenderá ainda mais a não seguir as orientações governamentais, devolvendo medidas provisórias, "negociando" projetos de lei e tornando a vida da presidente ainda mais difícil. O ajuste fiscal pode ser, nessa perspectiva, prejudicado. A lógica política primaria sobre todo o resto.
Aqui, no entanto, pode surgir um elemento que sinalize republicanamente para o País impedir sua queda na anomia, podendo tornar-se um pária das finanças internacionais. O PMDB acena com apoio às medidas de ajuste fiscal, no que deveria ser seguido por outros partidos, seja de oposição ou o próprio PT. O que está em jogo é o País, enquanto bem coletivo, situado acima dos bens partidários particulares.
O PSDB hesita em seguir nesta direção, embora reconheça a importância de uma completa reformulação das condições econômicas. Coloca-se numa posição de recolher os dividendos políticos do que considera, com razão, um estelionato eleitoral. A presidente e o PT disseram uma coisa antes da eleição, acusando o seu adversário de pretender fazer tudo aquilo que estão, agora, efetivamente fazendo. A mentira foi o instrumento político da vitória e a descoberta da verdade, a expressão de profunda crise governamental.
A presidente da República não sabe o que fazer. Medidas políticas são requentadas, como se as ruas pudessem ser assim atendidas. Inimigos imaginários são culpados pela crise atual, como se fossem o mercado externo e a seca os responsáveis pelos erros governamentais. A realidade cobra o seu preço. Os erros nem são reconhecidos, o que se torna um obstáculo a toda interlocução com a sociedade. Um país cristão poderia reconhecer-se em quem erra, arrepende-se e pede perdão. Certamente não se reconhecerá na arrogância.
O PT é uma nave sem rumo. Não defende as medidas de ajuste econômico por considerá-las "neoliberais", como se fosse "neoliberal" o bom senso na administração das contas públicas. Imaginem se um(a) chefe de família gastasse indiscriminadamente sem atentar para o orçamento doméstico. Teria de cortar gastos se quisesse sobreviver. Seria, por isso, "neoliberal"?
O partido, porém, está radicalizando. O campo e a cidade já se encontram em tensão. A ofensiva do MST e de seu braço urbano, os sem-teto, está claramente delineada. Diga-se, a seu favor, que acreditaram no discurso eleitoral. São eles, porém, os bolivarianos do Brasil, pretendendo implantar o "socialismo do século 21". Embora não contem com o apoio da população, não deixam de fazer um jogo extremamente perigoso.
Invasões e depredações no campo, ocupações de rodovias e ruas das principais cidades já se estão tornando "normais", numa "anormalidade" que pode vir a ameaçar as instituições. Os que os estão apoiando e insuflando jogam gasolina no fogo. Não reclamem depois das consequências.
Não havendo uma recuperação da economia, uma recomposição governamental de sua base parlamentar, um afastamento da imagem da presidente do esquema do petrolão e um arrefecimento de ânimos dos movimentos sociais, poderemos viver uma crise institucional. E uma crise institucional significa a falência da capacidade de a presidente da República governar o País, havendo paralisia decisória e comprometimento do funcionamento de nossas instituições democráticas.
Sem condições, a presidente Dilma, nesse cenário, poderá cair. A sua continuidade no cargo, em determinado momento, poderá vir a ser interpretada por congressistas e pela população em geral como uma "ameaça existencial" à vida republicana. Trata-se de um cenário extremo, porém não descartável, dada a rapidez com que o cenário se está deteriorando no País.
23 de março de 2015
Denis Lerrer Rosenfield

OS REAIS ASSALTANTES


A Petrobras carrega no DNA fortes traços de simbologia nacionalista. Afinal, surgiu, no início da década de 50, de um amplo movimento político de que tiveram participação muito ativa os militares, conhecidos por esta característica ideológica. Grupos de esquerda também aderiram, porque se tratava de combater o “imperialismo ianque".

Passam-se os anos e a estatal, devido à sua história, continua a se prestar a toda sorte de manipulações quando grupos e corporações que se beneficiam de alguma forma da companhia se sentem ameaçados. Basta se cobrir com a bandeira do Brasil, subir em carro de som, e denunciar “conspirações” tenebrosas contra a empresa. Sempre haverá quem acredite, principalmente se alguma máquina partidária e sindical estiver por trás da manobra.

É o que acontece agora no escândalo do petrolão, cujo principal protagonista é o PT, partido que, junto com o PP e PMDB, está no centro de um gigantesco esquema montado na empresa a fim de desviar dinheiro para os partidos e candidatos das legendas.

Os relatos dos desfalques — praticados com empreiteiras que superfaturavam contratos assinados com a estatal com o objetivo de ajudar os partidos — são avassaladores. Entre os ex-dirigentes implicados no golpe, dois firmaram acordos de delação premiada, pelos quais se beneficiam de atenuação de penas ao ajudar nas investigações.

Os relatos conhecidos até agora feitos por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, e Pedro Barusco, gerente-geral da diretoria de Serviços, e a prisão de Renato Duque, apadrinhado pelo PT, mas ainda em silêncio, confirmam o tamanho do escândalo. Enquanto os testemunhos transcorrem, milhões de dólares e euros têm sido bloqueados em contas no exterior. Apenas Barusco confessou ter desviado US$ 97 milhões —, pois as pessoas físicas de diretores também participaram da festa. É com base no próprio roubo que ele estima que o PT tenha recebido desse assalto algo entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões, dos quais US$ 50 milhões captados pelo próprio João Vaccari Netto, tesoureiro da legenda.

Num conhecido truque de punguismo de rua, o lulopetismo, enquanto assaltava a empresa, gritou “pega ladrão!”. E se envolveu na bandeira brasileira.

Mas os verdadeiros inimigos da Petrobras são os partidos que articularam o petrolão, com o lulopetismo à frente, representado pelo militante José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal em quase todo o período dos saques aos cofres da empresa.

O resultado, até agora, é que a empresa perdeu o crédito no sistema financeiro global e teve a nota de risco rebaixada. E não demonstra a mínima condição de exercer o monopólio na operação nas áreas do pré-sal e deter 30% de todo consórcio formado para explorá-las. Num paradoxo, o mesmo lulopetismo que restaurou parte do monopólio estatal da companhia quase a faliu por forçá-la a subsidiar o consumo interno de combustível. E ao depená-la.
23 de março de 2015
O Globo
in horácio cb

"O HOMEM MAIS ODIADO DO SENADO"

Ted Cruz, 'homem mais odiado do Senado', anuncia candidatura à Presidência dos EUA

Conservador é primeiro republicano a declarar intuito de representar seu partido nas eleições presidenciais de 2016

REDAÇÃO ÉPOCA
  • Ted Cruz, senador, primeiro republicano a declarar candidatura à Presidência dos EUA para 2016 (Foto: Getty Images)

Ted Cruz, senador pelo Texas, é o primeiro republicano a apresentar candidatura à Presidência dos Estados Unidos. Filho de imigrante cubano, nascido no Canadá, ele pertence à ala mais conservadora do partido, o Tea Party, e vai tentar convencer demais republicanos a deixá-lo representá-los nas eleições de 2016. “É hora da verdade, é hora da liberdade, é hora de reivindicar a Constituição dos Estados Unidos”, discursou, em fala reproduzida pelo New York Times.

Ainda em seu primeiro mandato como senador, Cruz é visto por republicanos e democratas como um divisor em Washington. Em abril de 2013, perfil feito pela revista Foreign Policy lhe apelidou como “o homem mais odiado do Senado”
Meses depois, em outubro do mesmo ano, ele paralisou o governo americano com sua batalha contra o Obamacare, lei de saúde que o atual presidente, o democrata Barack Obama, colocou em vigor no país em 2010. Ele conseguiu a antipatia não só de democratas, mas da ala moderada dos próprios republicanos.

No anúncio da candidatura, o senador pediu para “imaginar um presidente” que repelisse o Obamacare e “defendesse a santidade da vida humana e apoiasse o sagrado matrimônio”. Discursos assim são controversos, mas têm apelo entre muitos conservadores e religiosos.
Acompanhado das duas filhas e da mulher, Heidi, Cruz abriu o discurso com biografias não dele próprio, mas dos parentes. Falou da história da mãe, a “pequena garota” que nasceu em Delaware e se tornou “pioneira em programação de computadores”, e do pai, guerrilheiro cubano que lutou ao lado de Fidel Castro e fugiu para os Estados Unidos aos 18 anos. 
O senador falou das brigas entre os pais e do abuso do álcool cometido por eles para justificar que a história da família dele o enche de “esperança”. Ele próprio teve de trabalhar em dois empregos desde a adolescência para pagar US$ 100 mil em empréstimos estudantis.

23 de março de 2015
RCN

ESPIÕES CUBANOS TRAVESTIDOS DE MÉDICOS COM O AVAL DO GOVERNO BRASILEIRO





Ronaldo Caiado

Espiões cubanos travestidos de médicos com o aval do governo brasileiro. É isso que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai ter que explicar na próxima terça (24), às 14 horas, em audiência pública aqui no Senado. Consegui aprovar a inclusão na pauta e agora vou tratar diretamente da revelação do áudio da reunião entre governo brasileiro e membros da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) discutindo como entrariam 50 espiões cubanos sem que fosse levantado suspeita. A Opas, como alertamos, serviu de navio negreiro para transportar esses médicos cubanos que foram negociados como mercadoria. Na reunião eles falam de uma determinação do ministro Marco Aurélio Garcia em que foi definido: 60% para o governo cubano e 40% para os médicos, como se estivessem negociando um quilo de carne, um quilo de feijão. O governo do PT vai ter que prestar contas ao povo brasileiro por esse desserviço ao país. Vamos até o fim e vamos pedir o ressarcimento de todo o dinheiro enviado à Opas para que fosse repassado à ditadura cubana. Chega de usar do Itamaraty e do Ministério da Saúde para fazer política de padrinho com aliados ideológicos do PT. É uma política de compadres e é preciso investigar se parte desse valor retornou ao Brasil em forma de caixa 2 para campanhas do PT.





23 de março de 2015
in graça no país das maravilhas

MURAL PITORESCO

Brasileiro, o Otário que se Acha Esperto

A burocracia brasileira é o retrato do brasileiro típico: burro, ignorante, estúpido, arrogante, boçal, incompetente, e inútil. Vejam um exemplo de livro texto: Na semana passada, o Diário Oficial da União estampou gloriosamente a nomeação de Marcos Barros para o (calma, respire fundo antes de prosseguir) cargo em comissão de Chefe de Divisão na Coordenação Geral de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura Continental em Estabelecimentos Rurais, no Departamento de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura em Estabelecimentos Rurais e Áreas Urbanas, na Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura deste Ministério
(Será que dá para colocar no crachá?)

O Ditador a la Ramsay: Morre Lee Kuan Yew

Lee Kuan Yew é o único ditador da história que deu certo. Transformou uma ilhota equatorial pantanosa imunda, Singapura, em uma das nações mais prósperas do mundo. O feito é ainda mais notável porque Singapura é uma mistura tremenda de picaretas indianos, chineses e malaios.

Lei Rouanet: Dinheiro Público para a Arte, a Arte do Cinismo e Cara de Pau

Nomes como o do apresentador Jô Soares, dos atores Maitê Proença, Claudia Raia e Edson Celulari, além da família de Jorge Amado e o cineasta Andrew Waddington, com seu irmão Ricardo Waddington, que hoje é diretor da TV Globo, foram citados no caso Swissleaks; com exceção de Jô Soares e Ricardo Waddington, os artistas e intelectuais listados nas planilhas do HSBC de Genebra, desenvolveram ou participaram de trabalhos financiados, em parte, por dinheiro de fomento à cultura, por meio da Lei Rouanet

Tombini Tá Serto! Detona Pastore

Pastore é um daqueles economistas da USP que tem fama de bão. A realidade mostra que ele não entende porra nenhuma de economia, tendo sido um presidente do Banco Central do gordão, Delfim Netto, durante a Dilma dois da ditadura [Figueiredo] e duplicado a inflação de 3 dígitos durante a sua tenure. Mas vocês sabem como as coisas funcionam na selva, quanto mais incompetente é o sujeito, maior a sua reputação, por isso Pastore critica Tombini… Tombini, corretamente, dá uma marretada no paulista que está dando uma de economista.

A Ofensiva do Estado Islâmico

Semana tenebrosa, os amigos da Dilma do Estado Islâmico fazem dois ataques terroristas, um na Tunísia e outro, mais sangrento e brutal, no Yemen.

23 de março de 2015
in selva brasilis

CID GOMES FOI HERÓI POR UM DIA, PARA DIREITA E PARA A ESQUERDA

Trazemos hoje para a Coluna do Leitor um artigo enviado por Fernando Henrique. Ele fala sobre a passagem ruidosa de Cid Gomes na Câmara Federal essa semana:
Cid Gomes foi herói por um dia, para direita e para a esquerda


Cid Gomes conseguiu nessa semana um feito digno da Família Gomes. Ciro, seu irmão mais velho, deve estar orgulhoso. E para tal Cid não precisou de muito: emulou a arrogância do irmão, quase tão bem quanto o próprio, e, fingindo-se de rogado, acusou os deputados da nação, veja só!, daquilo que muitos deles realmente são: achacadores. E usou ainda outros adjetivos piores.

E para enobrecer ainda mais seu ato, fez isso na Câmara, numa das tribunas da Câmara, com seus alvos a sua frente e ao seu lado.

Lá, em certo momento, quando dizia que deputados da base aliada deveriam sempre votar com o Governo, o exasperado Cid disse que aqueles que não o fizerem deveriam “largar o osso”! Para ele, muitos deputados aliados (300? 400?) são oportunistas que apreciam o enfraquecimento do Governo, pois assim fica mais fácil a barganha, fica mais fácil acharcar, sugar, obter cargos e tudo o mais que se faz, sabemos, nos bastidores da política brasileira – não sem a leniência do Executivo, claro, que enfraquecido ou não é partícipe de quaisquer maracutaias que ocorram, como bem evidencia os escândalos de corrupção investigados pelo Polícia Federal recentemente.

Louco? Corajoso? Se tratando de um Gomes, do Ceará, os donos do Ceará, prefiro acreditar nalgum tipo de cálculo político. Daqueles que não funcionam tão bem e só Ciro Gomes poderia arquitetar. Mas, antes de aventar as motivações para o inusitado fato, e ainda imaginar os resultados que podem trazer, para os Gomes, para o PT e para a nação, voltemos ao fato em si, e como ele se deu.

O até então ministro da educação do governo Dilma, Cid Gomes, havia ido ao plenário da Câmara, convocado por uma Comissão Geral, exatamente para esclarecer uma fala anterior, que vazou, proferida numa palestra para estudantes na Universidade Federal do Pará, onde havia dito que 300, 400 deputados da república não passam de achacadores. A ideia da convocação era esfriar os ânimos, quem sabe ele não se desculpava. Ledo engano.

Ora, foi uma participação inusitada porque não é toda dia, nem todo ano, quiçá década, que se vê alguém ir a Câmara dos Deputados apontar o dedo para o presidente da Câmera dos Deputados. Ainda mais sendo este Eduardo Cunha. Ainda mais sendo Cunha do PMDB. Líder do PMDB. 

Ainda que o acusador seja um ministro, ex-governador e o escambau, e muitos deputados sejam mesmo achacadores, é uma coisa que não se faz – até se pensa, mas não se faz, não se diz. Cid fez. Cid disse. E o Plenário caiu na sua cabeça. Lembraram de seus podres – alugou jato particular para viajar e se divertir pela Europa, com a esposa e a sogra, às custas do governo do Ceará; suposto superfaturamento de um show de Ivete Sangalo, na inauguração de um Hospital -, de como ele era também, como não?, um achacador. E não se contentaram apenas em respondê-lo a altura, quiseram a sua pele.

Antes mesmo do fim da sessão, Cunha, que havia contemplado o dedo em riste de Cid, e sido xingado nominalmente de achacador, através da “cúpula do PMDB” comunicou a um auxiliar da presidente Dilma que Cid deveria cair. Ou caía o ministro, ou o PMDB saía do Governo. Esse foi o recado. Caiu o ministro, claro. Numa clara demonstração de força, Cunha (e o PMDB) ameaçou a presidente e expôs sua fraqueza, indigna não para um presidente, mas para um gestor ou líder qualquer. Com isso, a relação entre Legislativo e Executivo acirrou-se de vez.

Pulou a esquerda, pulou a direita. A esquerda não petista, diga-se, aquela que pensa no PT como um traidor da causa revolucionaria-comunista-socialista por ter se aliado aos burgueses e não ter acirrado a luta de classes e avançado rumo a um regime (mais) socialista – é, este mesmo pessoal desinformado que não entendeu como sobrevive o “comunismo moderno”, aos moldes chineses. 
E também a esquerda “Tico Santa Cruz”, que odeia o PMDB e vê no partido todo o mal da política brasileira. Pois bem, estes saudaram o socialista, ou social-democrata, dá no mesmo, Cid Gomes como herói, antes mesmo dele ter descido da tribuna. Românticos, viram no ato suicida do ministro, que expôs a presidente e animou a direita que pede seu impeachment, um ato de bravura. Só poderia ser bravo aquele adentra um antro de ladrões e os chama do que são. Ou burro.


Ministro da Educação vai ao Congresso e é demitido em seguida

Burro Cid não é, mas talvez o sejam aqueles que, estando à esquerda, aplaudiram seu ato. É um problema da visão romântica e idealizada, sempre descompromissada com o mundo real. Mais corretos foram os direitistas, aquele pessoal que saiu às ruas de verde e amarelo outra dia e gritou “Fora Dilma!”, ao comemorar o salseiro. A atitude do ex-ministro da educação serviu de motivo para apontarem a incompetência do governo, que escolhe mal seus ministros, através de acordos políticos (Cid é hoje do PROS), e sua instabilidade.

É mesmo um feito agradar com um mesmo ato grupos tão heterogêneos. Teria sido o acaso, ou o destempero, capaz de produzi-lo? Saberemos ao observar os Irmãos Gomes daqui por diante. 
Veremos se esta não foi uma maneira de saírem de um governo que consideram falido, ou um ato em nome de Lula – de quem sempre foram próximos -, que segundo algumas interessantes teorias, deseja fritar Dilma para se apresentar como oposição em 2018 – o PT bom que se opôs ao PT mau, que governou mal e agora precisa dar vez ao PT bom, este sim, que muito fez pelo Brasil; não duvido de mais nada. 
O tom que empregará Ciro, mestre em retórica como bem sabe Rodrigo Constantino, daqui por diante, contra o governo, será a medida para escolhermos algumas das vias citadas ou nos certificarmos de que realmente Cid não tem o mesmo talento do irmão, tendo feito uma burrada sem propósito algum.

23 de março de 2015
in reaçonaria

CANA DURA PARA OS CORRUPTOS


JUSTIÇA MANDA BAIANO, DUQUE E MAIS 12 RÉUS PARA PRESÍDIO
JUIZ SERGIO MORO MANDA DOZE RÉUS DO PETROLÃO PARA O PRESÍDIO





FERNANDO BAIANO, OPERADOR DO PMDB, ESTÁ ENTRE 
RÉUS QUE SERÃO TRANSFERIDOS PARA PRESÍDIO (FOTO: AE)

A Justiça Federal no Paraná determinou a transferência de 12 presos da Operação Lava Jato da Custódia da Polícia Federal em Curitiba para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana da capital paranaense. Entre os presos que serão transferidos estão o ex-diretor de Serviços da Petrobrás, Renato Duque, elo do PT na estatal, e o lobista Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, operador do PMDB na Diretoria de Internacional da Petrobrás.

A decisão é do juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato. Moro atendeu um pedido da PF, que alegou não ter mais espaço nas dependências da custódia e ante a iminência de novas prisões ocorrerem no âmbito da investigação sobre corrupção e propinas na Petrobrás. A carceragem da PF tem apenas seis celas.

Moro não autorizou a remoção do ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró, porque ele está recebendo acompanhamento de psicólogos na PF. Cerveró foi preso em janeiro. O juiz também manteve na Custódia da PF o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, a pedido da Procuradoria da República. Pessoa está “em tratativas” para fazer delação premiada.

Entre os que serão transferidos, além de Renato Duque e Fernando Baiano, estão o engenheiro Adir Assad e os empresários Léo Pinheiro, da OAS, e Erton Fonseca, da Galvão Engenharia, e o lobista Mário Góes.

VEJA A LISTA DOS RÉUS QUE SERÃO TRANSFERIDOS

1) Adir Assad;
2) Agenor Franklin Magalhães Medeiros;
3) Erton Medeiros Fonseca;
4) Fernando Antônio Falcão Soares;
5) Gerson de Mello Almada;
6) João Ricardo Auler;
7) José Aldemário Pinheiro Filho;
8) José Ricardo Nogueira Breghirolli;
9) Mario Frederico Mendonça Goes;
10) Mateus Coutinho de Sá Oliveira;
11) Renato de Souza Duque; e
12) Sergio Cunha Mendes.


23 de março de 2015
diário do poder

OS MELHORES CARTAZES DO 15 DE MARÇO... UMA GALERIA DO HUMOR/VERDADE PARA MANIFESTAÇÃO NENHUMA BOTAR DEFEITO!

SE VOCÊ AINDA NÃO RIU DA VERDADE, O QUE É REALMENTE MUITO DIFÍCIL, AGORA TERÁ A OPORTUNIDADE DE FAZÊ-LO. RIA À VONTADE DA VERDADE QUE O POVO GRITOU COM MUITO, MUITO HUMOR NA MANIFESTAÇÃO.
HUMOR TAMBÉM CORTA A CARNE DOS CRETINOS...
CLIQUE PARA AUMENTAR E DIVIRTA-SE!


Se após a campanha eleitoral de 2014 mostramos o lado nefasto e somente depois o lado engraçado daquilo tudo, agora que passou o 15 de março já trouxemos a parte ruim mas ainda não a parte divertida. 
E como não podemos nos esquecer e nem deixar de nos orgulhar do que houve no último domingo, trazemos agora cartazes e manifestações criativos e bem-humorados. O Brasil bom não é a demência do DCEzão, mas a alegria dessa gente.




Lembrança de que nossa presidente pediu diálogo com o ISIS


Harry Potter anti-PT


Lula foi promovido ou rebaixado? Karl Marx foi elogiado ou criticado?


Obviamente montagem


Fora Valdívia


Elite Branca


Desrespeito


Dilma é encarcerada pelos manifestantes


Coxinha vs PasTel


Bordão popular


Reaçonaria na Paulista


Programa social




Reginaldo Rossi deveria estar entre nós


Solução retroativa


Contra o petista que mandou insatisfeitos lavarem privada em Miami


Contra manifestante de esquerda


Trocadilhos


Palavreado pesado


Humildade e reconhecimento,000




23 DE MARÇO DE 2015
in reaçonaria

PIOR AVALIAÇÃO DA HISTÓRIA


60% DOS BRASILEIROS QUEREM O IMPEACHMENT DE DILMA
APROVAÇÃO DE DILMA NA 127ª PESQUISA CNT/MDA É A PIOR DA HISTÓRIA




APROVAÇÃO DE DILMA NA 127ª PESQUISA CNT/MDA 
É A PIOR DA HISTÓRIA


A aprovação da presidente Dilma Roussef na 127ª Pesquisa CNT/MDA, divulgada hoje (23), é a pior da história. Pela pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), apenas 18,9% da população está de acordo com a condução dos rumos do País, enquanto 77,7% dos brasileiros condenam Dilma. A avaliação positiva do governo é ainda pior. Apenas 10,8% disseram aprovar as decisões tomadas pelo Executivo.

De acordo com o levantamento, 59,7% dos eleitores são favoráveis ao impeachment da presidente da República e 66,9% não acreditam que as medidas do governo contra a crise vão surtir efeito.

Lava Jato

68,9% consideram a presidente culpada pela corrupção na Petrobras e 67,9% culpam o ex-presidente Lula. 90,1% dos entrevistados que disseram acompanhar o escândalo envolvendo a Petrobras acreditam que os políticos citados na lista de Janot estão envolvidos em corrupção, mas a descrença na Justiça é preocupante, pois 65,7% acreditam que os envolvidos não serão punidos.

Sobre as expectativas para o futuro, a maioria das pessoas acredita que a situação vai ficar igual ou piorar. Confira:


Emprego
Melhorar: 13,9%
Ficar igual: 45%
Piorar: 37%

Renda
Aumentar: 14,3%
Ficar igual: 33,4%
Diminuir: 49,3%

Saúde
Melhorar: 13,3%
Ficar igual: 44,5%
Piorar: 40,1%

Educação
Melhorar: 15,4%
Ficar igual: 40,1%
Piorar: 42,2%

Segurança
Melhorar: 13,1%
Ficar igual: 46,8%
Piorar: 37,7%


23 de março de 2015
diário do poder

QUEM VOCÊ GOSTARIA DE VER NA FOTO? O PATO DONALD? O PLUTO? OU O TIO PATINHAS?

Clique para aumentar

23 de março de 2015



AFAGO EM TEMER, PÉ NA BUNDA DO MERCADANTE

Lula pede a Dilma um afago em Temer e um pontapé no traseiro de Mercadante.

 

(Extraído do Valor) Nos dois últimos encontros que teve com a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aconselhou a recompor a aliança com o PMDB, principal partido da base aliada ao governo depois do PT. Lula sugeriu que o vice-presidente Michel Temer, do PMDB, ocupe um "lugar especial" no governo, de preferência no "centro do poder". O ex-presidente acha também que a presidente deveria mudar a articulação política e, na economia, antecipar para este semestre os leilões de concessão de serviços públicos.

Lula acha que Dilma foi induzida a cometer dois grandes "equívocos" na relação com o PMDB. O primeiro foi ter estimulado o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, do PSD, a aglutinar em torno de seu partido as pequenas legendas que apoiam o governo para fazer um contrapeso ao PMDB. O plano, atribuído ao ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, era relativizar a importância dos peemedebistas. 

O segundo erro cometido pela presidente, considerado "primário" por Lula e também atribuído a Mercadante, foi fazer campanha para tentar derrotar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na eleição para a presidência da Câmara. "Acreditar que Cunha fosse perder aquela disputa é coisa de quem não conhece o Congresso", comentou um interlocutor da presidente.

Aparentemente, a presidente ouviu seu mentor. Reconheceu, no episódio que resultou na demissão sumária do aliado Cid Gomes do Ministério da Educação, a necessidade de se recompor com o PMDB; admitiu os erros do primeiro mandato; e estaria inclinada a mexer na articulação política e em outros ministérios. "Ela vai trocar o Pepe Vargas [ministro, filiado ao PT e responsável pela articulação]", revelou uma fonte graduada. Para a função, estariam cotados o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), que presidiu a Câmara entre 2013 e 2015, e o atual ministro dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB). Há pressão também para que Dilma tire Aloízio Mercadante da Casa Civil.

Lula também sugeriu a Dilma que vá mais "às ruas", algo que ela começou a fazer recentemente. Embora esteja, mais uma vez, tentando ajudar a presidente, Lula tem duvidado, em conversas com alguns interlocutores, da eficácia dos contatos que tem com a presidente. Apesar disso, assegura um interlocutor dos dois, "não há hipótese de Lula brigar com ela". As conversas recentes entre os dois teriam sido "boas", na opinião do ex-presidente, porque Dilma estaria ouvindo o que ele diz, embora, na hora de tomar a decisão, faça apenas o que deseja.

23 de março de 2015
in coroneLeaks