Eduardo Cunha já caiu. A presidente Dilma, cairá em poucos dias. Outros, na sequência, tomarão o mesmo rumo.
A única certeza é que há um Poder Judiciário que funciona, mais pela República de Curitiba do que propriamente por meio do Supremo Tribunal Federal.
A razão não é fácil de enxergar.
Vamos aos fatos:
O Ministério Público Federal há tempo já havia indiciado o Deputado Eduardo Cunha por meio de vários inquéritos, oito ou nove, enfim.
Também está indiciado em vários inquéritos e há muito mais tempo o Senador Renan Calheiros. Ocorre que por meio de uma liminar, que poderia ter sido já deferida outrora, apenas neste momento o Min. Teori Zavascki decidiu afastar o presidente da Câmara dos Deputados de suas atribuições, mais e sobretudo, do seu exercício parlamentar, embora não deixe ele de ser considerado como tal, eis que manterá residência oficial, carro oficial, avião da FAB, salário de parlamentar e prerrogativa de foro, o melhor de todas as benesses, além de outras mais. Os demais parlamentares, tal como Renan, não correm esse risco, pelo menos neste momento. Acontece que a decisão gestada na madrugada de quarta para quinta-feira foi em razão de uma outra demanda, esta com um viés mais venenoso nas entrelinhas, cujo alcance seria inquinar de nulidade o processamento do impeachment na Câmara dos Deputados, ora em apreciação na CEI do Senado e, sendo assim, por consequência, a permanência de Dilma Rousseff na Presidência da República.
Esta referida ação, aviada pela Rede Sustentabilidade, uma ADPF, relatada pelo Min. Marco Aurélio e, segundo informações da imprensa, com o fito de acolher aquele vitupério, vinha sendo macomunada com o Ministro Enrique Lewandowski, certamente, e aí vai a inferência, com o apoio de Marina Silva e Renan Calheiros, óbvio, cuja pretensão, quiçá, a hipótese de novas eleições antecipadas, imaginando ela, Marina, sair vencedora nas urnas. Viu-se que armou e se deu mal, mais ainda, porque revelou a que veio, fazendo tudo e mais o diabo, para antecipar as eleições, sobretudo, porque o seu eterno guru, o Lulla, também está sob a mira de Sérgio Moro.
Pois bem e o que se extrai de todo este episódio?
O salve-se quem puder; cada um por si, e já nem se pode dizer que Deus está por todos, pois se assim estivesse não chegaríamos a esse estado de coisas, salvo, se nós, seres mortais, não estejamos enxergando um futuro melhor para o Brasil, depois de todos esses deletérios episódios.
O que temos, então? Uma incógnita. Sabe-se lá o que virá. Ademais, a enxergar um poder submetendo o outro, quando se haveria de ter harmonia, nada mais há que se possa prognosticar com segurança, mesmo porque a própria segurança está ameaçada por esta intromissão ilegal do Judiciário perante o Legislativo. Uma violência sem precedentes, movida por uma suspeita entre os pares, mais rasteira ainda.
Na próxima semana, é provável, teremos Michel Temer na Presidência, já falei sobre isto, mas nesta oportunidade recupero a fala de Aécio que mencionou na mídia o receio de que se trate de uma mera baldeação. É possível que seja; tomara que não, mas, e se assim for? Resta-nos acreditar que este ativismo judicial esteja preparado para o suposto equilíbrio da Nação, contudo, duvido que dê certo, pois, juízes, não são parlamentares, que a despeito de todas as mazelas e todos os desvios, todas as maleficências, ao fim e ao cabo, são os que trazem a essência do povo, detentor do efetivo poder e que nos representam, ora, e se demandam melhor qualidade é o que todos estamos precisando, pois é unânime, é evidente e de clareza solar que do modo como estamos conduzindo a Nação não iremos a lugar nenhum, aliás, andaremos para trás, por isso precisamos mudar e exigir de cada um de nós e dos nossos representantes, melhor reflexão e correção de rumo e a hora é agora.
07 de maio de 2016
André Braga
A única certeza é que há um Poder Judiciário que funciona, mais pela República de Curitiba do que propriamente por meio do Supremo Tribunal Federal.
A razão não é fácil de enxergar.
Vamos aos fatos:
O Ministério Público Federal há tempo já havia indiciado o Deputado Eduardo Cunha por meio de vários inquéritos, oito ou nove, enfim.
Também está indiciado em vários inquéritos e há muito mais tempo o Senador Renan Calheiros. Ocorre que por meio de uma liminar, que poderia ter sido já deferida outrora, apenas neste momento o Min. Teori Zavascki decidiu afastar o presidente da Câmara dos Deputados de suas atribuições, mais e sobretudo, do seu exercício parlamentar, embora não deixe ele de ser considerado como tal, eis que manterá residência oficial, carro oficial, avião da FAB, salário de parlamentar e prerrogativa de foro, o melhor de todas as benesses, além de outras mais. Os demais parlamentares, tal como Renan, não correm esse risco, pelo menos neste momento. Acontece que a decisão gestada na madrugada de quarta para quinta-feira foi em razão de uma outra demanda, esta com um viés mais venenoso nas entrelinhas, cujo alcance seria inquinar de nulidade o processamento do impeachment na Câmara dos Deputados, ora em apreciação na CEI do Senado e, sendo assim, por consequência, a permanência de Dilma Rousseff na Presidência da República.
Esta referida ação, aviada pela Rede Sustentabilidade, uma ADPF, relatada pelo Min. Marco Aurélio e, segundo informações da imprensa, com o fito de acolher aquele vitupério, vinha sendo macomunada com o Ministro Enrique Lewandowski, certamente, e aí vai a inferência, com o apoio de Marina Silva e Renan Calheiros, óbvio, cuja pretensão, quiçá, a hipótese de novas eleições antecipadas, imaginando ela, Marina, sair vencedora nas urnas. Viu-se que armou e se deu mal, mais ainda, porque revelou a que veio, fazendo tudo e mais o diabo, para antecipar as eleições, sobretudo, porque o seu eterno guru, o Lulla, também está sob a mira de Sérgio Moro.
Pois bem e o que se extrai de todo este episódio?
O salve-se quem puder; cada um por si, e já nem se pode dizer que Deus está por todos, pois se assim estivesse não chegaríamos a esse estado de coisas, salvo, se nós, seres mortais, não estejamos enxergando um futuro melhor para o Brasil, depois de todos esses deletérios episódios.
O que temos, então? Uma incógnita. Sabe-se lá o que virá. Ademais, a enxergar um poder submetendo o outro, quando se haveria de ter harmonia, nada mais há que se possa prognosticar com segurança, mesmo porque a própria segurança está ameaçada por esta intromissão ilegal do Judiciário perante o Legislativo. Uma violência sem precedentes, movida por uma suspeita entre os pares, mais rasteira ainda.
Na próxima semana, é provável, teremos Michel Temer na Presidência, já falei sobre isto, mas nesta oportunidade recupero a fala de Aécio que mencionou na mídia o receio de que se trate de uma mera baldeação. É possível que seja; tomara que não, mas, e se assim for? Resta-nos acreditar que este ativismo judicial esteja preparado para o suposto equilíbrio da Nação, contudo, duvido que dê certo, pois, juízes, não são parlamentares, que a despeito de todas as mazelas e todos os desvios, todas as maleficências, ao fim e ao cabo, são os que trazem a essência do povo, detentor do efetivo poder e que nos representam, ora, e se demandam melhor qualidade é o que todos estamos precisando, pois é unânime, é evidente e de clareza solar que do modo como estamos conduzindo a Nação não iremos a lugar nenhum, aliás, andaremos para trás, por isso precisamos mudar e exigir de cada um de nós e dos nossos representantes, melhor reflexão e correção de rumo e a hora é agora.
07 de maio de 2016
André Braga