DOCUMENTOS DA MOSSACK FONSECA ESTARÃO ABERTOS A CONSULTA PÚBLICA NA SEGUNDA
O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) anunciou que vai publicar na internet, na segunda-feira, os dados de cerca de 200 mil companhias offshore vinculadas ao escritório de advocacia Mossack Fonseca, especializado na abertura de empresas de fachada em paraísos fiscais. Essas informações estão entre as que basearam a investigação jornalística conhecida como Panama Papers, que reuniu 376 jornalistas de 76 países e 109 órgãos de mídia.
O banco de dados trará, além dos nomes de empresas, trusts e fundações, os das pessoas que estão por trás dessas entidades, quando essa informação estiver disponível. Os registros se referem a 21 paraísos fiscais nos quais a Mossack Fonseca atuava. Os clientes são de mais de 200 países.Haverá um sistema de buscas e uma ferramenta interativa de visualização para mostrar as conexões entre empresas, intermediários e pessoas físicas.
Nem todos os documentos em poder do ICIJ serão publicados. Apenas jornalistas autorizados continuarão tendo acesso total à base, que inclui registros com informações pessoais, como contas de bancos, e-mails, números de telefone e cópias de passaportes.
Foco. Nas listagens há 1.399 empresas relacionadas ao Brasil. Elas estão ligadas a quase 2.000 pessoas, que aparecem como beneficiários, procuradores ou acionistas. Centenas desses nomes foram objeto de reportagens publicadas desde o dia 3 de abril por UOL, Estado e RedeTV!, que integram o consórcio internacional de que investigou os documentos por mais de um ano.
No Brasil, foram checados os nomes de pessoas conhecidas no mercado financeiro como “PEPs” – pessoas politicamente expostas, na sigla em inglês.A base de dados foi confrontada com os nomes de 551 políticos que exerceram o cargo de deputado federal em algum momento desde fevereiro de 2015 e de 248 senadores e suplentes da atual legislatura.
Também passaram pela checagem a atual presidente da República e todos os seus antecessores vivos, além de seus parentes; ministros e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal e de todos os tribunais superiores; todos os candidatos a governador e à Presidência da República em 2014; os 1.061 deputados estaduais eleitos em 2014; e 424 vereadores das 10 maiores cidades brasileiras.
Tudo teve início em 2015, quando uma fonte anônima procurou o jornal alemão Süddeutsche Zeitung e demonstrou estar de posse de cerca de 11.5 milhões de documentos da Mossack Fonseca. A partir daí, o jornal alemão compartilhou os dados com o ICIJ, que coordenou por mais de um ano o grupo internacional de jornalistas encarregado de analisá-los. (AE)
07 de maio de 2016
diário do poder
DOCUMENTOS DA MOSSACK FONSECA ESTARÃO ABERTOS A CONSULTA PÚBLICA NA SEGUNDA. FOTO: PANAMA PAPERS / MOSSACK FONSECA |
O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) anunciou que vai publicar na internet, na segunda-feira, os dados de cerca de 200 mil companhias offshore vinculadas ao escritório de advocacia Mossack Fonseca, especializado na abertura de empresas de fachada em paraísos fiscais. Essas informações estão entre as que basearam a investigação jornalística conhecida como Panama Papers, que reuniu 376 jornalistas de 76 países e 109 órgãos de mídia.
O banco de dados trará, além dos nomes de empresas, trusts e fundações, os das pessoas que estão por trás dessas entidades, quando essa informação estiver disponível. Os registros se referem a 21 paraísos fiscais nos quais a Mossack Fonseca atuava. Os clientes são de mais de 200 países.Haverá um sistema de buscas e uma ferramenta interativa de visualização para mostrar as conexões entre empresas, intermediários e pessoas físicas.
Nem todos os documentos em poder do ICIJ serão publicados. Apenas jornalistas autorizados continuarão tendo acesso total à base, que inclui registros com informações pessoais, como contas de bancos, e-mails, números de telefone e cópias de passaportes.
Foco. Nas listagens há 1.399 empresas relacionadas ao Brasil. Elas estão ligadas a quase 2.000 pessoas, que aparecem como beneficiários, procuradores ou acionistas. Centenas desses nomes foram objeto de reportagens publicadas desde o dia 3 de abril por UOL, Estado e RedeTV!, que integram o consórcio internacional de que investigou os documentos por mais de um ano.
No Brasil, foram checados os nomes de pessoas conhecidas no mercado financeiro como “PEPs” – pessoas politicamente expostas, na sigla em inglês.A base de dados foi confrontada com os nomes de 551 políticos que exerceram o cargo de deputado federal em algum momento desde fevereiro de 2015 e de 248 senadores e suplentes da atual legislatura.
Também passaram pela checagem a atual presidente da República e todos os seus antecessores vivos, além de seus parentes; ministros e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal e de todos os tribunais superiores; todos os candidatos a governador e à Presidência da República em 2014; os 1.061 deputados estaduais eleitos em 2014; e 424 vereadores das 10 maiores cidades brasileiras.
Tudo teve início em 2015, quando uma fonte anônima procurou o jornal alemão Süddeutsche Zeitung e demonstrou estar de posse de cerca de 11.5 milhões de documentos da Mossack Fonseca. A partir daí, o jornal alemão compartilhou os dados com o ICIJ, que coordenou por mais de um ano o grupo internacional de jornalistas encarregado de analisá-los. (AE)
07 de maio de 2016
diário do poder
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