"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 16 de julho de 2016

MORDOMIA ILEGAL: FILHA DE DILMA TEM OITO CARROS OFICIAIS À SUA DISPOSIÇÃO


Mordomia: carros oficiais a serviço da família de Dilma
Genro de Dilma usa ilegalmente os blindados da Presidência















Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula levanta cedo da cama com o tilintar do despertador. Não raro, o marido, Rafael, já está de olhos abertos. Pela manhã, ela mantém uma rotina nada estranha à maioria das pessoas de classe média. Vai ao cabeleireiro, faz compras para abastecer a despensa de casa, reserva uns minutos para o pilates e uma ida rápida à clínica de estética, e, eventualmente, dá uma passadinha no pet shop. Depois de almoçar, leva o filho à escola. À tarde, dirige-se ao trabalho, obrigação já cumprida pelo marido de manhã. Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula seria apenas mais uma brasileira se não carregasse em sua assinatura o sobrenome Rousseff.
Perante à lei, filhos de presidente da República são iguais a todos. Ombreiam-se aos demais cidadãos. Não deveriam merecer distinção ou receber tratamento especial, salvo em alguns casos de excepcionalidade. Mas a filha de Dilma, que hoje se encontra afastada, ou seja, nem o mandato de presidente exerce mais, não se constrange em cultivar uma mordomia ilegal.
OITO CARROS OFICIAIS – Diariamente, Paula Rousseff Araújo desfruta de uma regalia. A máquina do Estado a serve, bem como ao seu marido e filhos. As atividades narradas acima, como uma frugal ida ao cabelereiro, ao pilates e ao pet shop, são realizadas a bordo de um carro oficial blindado com motorista e segurança. Em geral, um Ford Fusion. Acompanha-os invariavelmente como escolta um Ford Edge blindado com dois servidores em seu interior, um deles um agente de segurança armado. O mesmo se aplica ao genro de Dilma, Rafael Covolo, e aos dois netos. No total, oito carros e dezesseis pessoas integram o aparato responsável pela condução e proteção da família da presidente afastada. Trata-se de um serviço VIP.
Quem banca essa estrutura é o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Ou seja, o contribuinte.
ROTINA DE LUXO –Nas últimas semanas, reportagem de ISTOÉ flagrou os carros oficiais entrando e saindo do condomínio Vila de Leon, zona sul de Porto Alegre, onde moram os familiares de Dilma, para levá-los a compromissos do dia a dia. A rotina dos Rousseff segue um padrão. O 6 de julho dos descendentes da presidente afastada não foi muito diferente dos dias anteriores. Às 18h30, uma quarta-feira, o Fusion blindado escoltado pelo Ford Edge também à prova de balas trouxe a família de volta ao lar, depois de transportá-la para uma série de atividades pessoais.
No dia seguinte, às 9h da manhã, os mesmos carros já estavam de prontidão na porta da casa da filha de Dilma para mais uma jornada por Porto Alegre. No dia 12/07 às 13h40, Rafael Covolo, marido de Paula, foi buscar um dos filhos na escola. Como de praxe, com o carro oficial. Um automóvel pago com dinheiro público os escoltou até o retorno para casa.
PLACAS FRIAS – O Fusion levava a placa IVF – 3267 (normalmente é esta ou a IVG – 1376) e o Edge IUF – 3085. Se consultados nos registros do DETRAN, os prefixos figurarão como “inexistentes”. Sim, são placas frias ou vinculadas, inerentes aos chamados carros oficiais de representação.
Nos locais frequentados por Paula Rousseff, em geral, há um alvoroço quando ela desembarca com o carro oficial e os seguranças em volta. Embora a filha da presidente afastada tente manter a discrição, não há como não reconhecê-la. O aparato em torno dela desperta a atenção dos funcionários. O atendente da unidade do “Bicho Pet Store”, localizada no bairro Menino de Deus, zona sul de Porto Alegre, diz que Paula é uma cliente assídua.
Costuma levar para procedimentos de banho e tosa um cachorro de pequeno porte, semelhante a um shitzu. “A filha da presidente sempre vem ao petshop acompanhada de um monte de seguranças”. O mesmo serviço de transporte vip bancado pelo governo, composto por carro oficial e escolta, a conduz até o “Studio Martim Gomes Pilates”, na Vila Assunção. “Dona Paula vem aqui com freqüência. É nossa cliente”, atesta um funcionário da clínica.
A equipe do salão Oikos Hair, também no bairro da Vila Assunção, é mais comedida ao falar de Paula. Questionada por ISTOÉ, uma secretária disse: “A Dilma já veio aqui também. Parou de vir faz tempo (…) Sobre a dona Paula …por razão de segurança não posso desmentir nem confirmar nada”.
PRIIVILÉGIO ILEGAL – A mordomia de Paula Rousseff e Rafael Covolo, além de constituir inaceitável privilégio, é também uma benesse totalmente ilegal. A legislação é clara. Reza o artigo 3º do decreto 6.403 de março de 2008, baixado pelo ex-presidente Lula: os veículos oficiais de representação – como os que transportam a família de Dilma – são utilizados exclusivamente pelo presidente da República, pelo vice-presidente, pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e por ex-presidentes da República.
A única exceção que permitira que filhos de presidente desfrutassem desse privilégio é se fossem usados os chamados carros oficiais de transporte institucional. Com um condicionante: “se razões de segurança o exigirem”.
Não é o caso, definitivamente. Primeiro porque carro institucional não possui escolta armada nem placa vinculada ou fria, como os veículos que servem a família de Dilma. Ainda de acordo com instrução normativa do Contran, veículo institucional é identificado com a expressão “governo federal” na cor amarelo ouro e tarja azul marinho. Nenhum dos carros usados por Paula e Rafael Covolo exibe esta inscrição.
BARREIRA LEGAL – Mesmo que eles utilizassem esse tipo de veículo, haveria uma outra barreira de cunho legal. Os Rousseff só poderiam ser enquadrados nessa situação totalmente excepcional se: 1) Comprovassem a existência de riscos à sua integridade física e 2) Fossem familiares de presidentes em exercício. Quer dizer, hoje o deslocamento da filha, genro e netos de Dilma a bordo de veículos oficiais compõe um mosaico de irregularidades.
Se a mamata já seria desnecessária e ilegal com a presidente Dilma no pleno exercício do cargo, em se tratando da chefe do Executivo federal afastada a regalia ofertada à Paula Rousseff, Rafael Covolo e filhos afronta sobejamente a legislação em vigor.
DILMA ASSINOU… – Por ironia, o decreto que estabelece regras para a utilização dos carros de governo foi reeditado com pequenas alterações por Dilma em outubro do ano passado, com o objetivo, segundo ela, de “racionalizar o gasto público no uso de veículos oficiais”. A racionalização, claro, não alcançou sua família, como se nota.
Os serviços de transporte e segurança dos Rousseff em Porto Alegre estão a cargo de uma empresa terceirizada contratada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República: a Prime Consultoria e Assessoria Empresarial, conforme documentos aos quais IstoÉ teve acesso.
Todo mês, a Prime encaminha ao Palácio do Planalto um relatório de abastecimento dos veículos. A última nota foi emitida no dia 1º de julho. Na prestação de contas estão listados os veículos, suas especificações, bem como as respectivas placas vinculadas, sem registro no DETRAN, e os motoristas responsáveis por atender aos familiares da presidente afastada na capital gaúcha. Em junho, por exemplo, foram gastos só com combustível R$ 13,8 mil.
NÃO HÁ NECESSIDADE – Os familiares de Dilma não precisariam de carros oficiais para o cumprimento de suas tarefas diárias. Paula Rousseff é procuradora do trabalho no Rio Grande do Sul. Entrou no Ministério Público do Trabalho em 2003 por meio de concurso público. Atualmente, recebe salário de R$ 25.260,20. Para quê a mordomia com dinheiro público? Por que o genro de uma presidente afastada precisa usar carro oficial para a execução dos afazeres cotidianos?
Na política, se não forem estabelecidos limites, necessários à liturgia do cargo, a família tem grande potencial para gerar constrangimentos. Sobretudo porque eventuais privilégios desfrutados por filhos dizem mais sobre os pais do que os próprios herdeiros. No Brasil, um País de oportunidades desiguais, regalias a parentes de políticos chamam muita atenção e, em geral, são consideradas inaceitáveis e despertam indignação e sensação de injustiça na população. Quando a prática é ilegal, a situação se agrava. Por constituir vantagem ilícita a terceiros e atentar contra os princípios da administração pública, o episódio em questão pode até render um processo contra Dilma por improbidade.
Procurado por IstoÉ, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência afirmou que “permanece realizando a segurança da Presidenta Dilma e de seus familiares, de acordo com o disposto no inciso VII do Art 6º da Lei 10.683, de 28 de maio de 2003”. O problema é que o referido “amparo legal” não prevê o uso de carros oficiais para fazer o transporte da família da presidente afastada. Em tese, apenas a escolta para segurança seria permitida.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como a matéria é muito longa, publicamos apenas a primeira parte. Daqui a pouco a gente volta com a nota fiscal dos gastos de combustível. Só em junho, foram R$ 13,8 mil. (C.N.)

16 de julho de 2016
Sérgio Pardellas
IstoÉ

O QUE ELES NÃO TE DIZEM DO ATAQUE TERRORISTA EM NICE? - PAUL JOSEPH


16 DE JULHO DE 2016
IN LIBERTATUAM

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

O Brasil pode sofrer um "turco-circuito"?


Atropelando seus Generais, 29 Coronéis do Exército da Turquia tentaram ontem uma tomada de poder. Intervenção Militar teve o objetivo de "proteger a ordem democrática e manter os direitos humanos". Acabou rapidamente debelada a revolta, depois de tiroteios, explosões, toques de recolher centenas de mortos (161 e aumentando) e 1440 feridos, principalmente em Ancara e Istambul. Denunciado publicamente por detonar a liberdade de imprensa e por perseguir jornalistas e juízes, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan determinou a prisão de mais de 2000 militares, além de destituir cinco Generais e os coronéis rebeldes. O primeiro-ministro Binali Yildirim classificou o movimento de "tentativa idiota de golpe".

No alvoroço das redes sociais, muita gente chegou a celebrar o episódio turno como um fenômeno que pode ser copiado no Brasil, em ritmo de ruptura institucional. É quase nula a chance de algo semelhante acontecer por aqui. Os militares brasileiros cansam de repetir que não querem repetir 1964, tomando diretamente o poder. Alguns só admitem "intervenções pontuais", caso sejam acionados pelo Presidente da República, com a devida autorização do Congresso Nacional, atendendo a pedidos de governadores dos estados da federação. Outros até aceitam que pode haver uma intervenção se houver uma explosão de violência que provoque uma ruptura que abale as tais "instituições democráticas" (ficção sociológica em Bruzundanga).
Confirma essa versão a recente resposta a um e-mail enviado ao Comando Militar do Leste pelo advogado e sociólogo Sérgio Alves de Oliveira (articulista deste Alerta Total), apenas pedindo que os militares analisassem um texto em que defende a aplicação do artigo 142 da Constituição Federal. O missivista gaúcho ficou pt da vida com o que classificou de "incompreensão castrense da intervenção militar" em artigo que publicou neste site. Sérgio enviou o texto "As Forças Armadas podem intervir?", veiculado em 2 de maio de 2015, e recebeu uma resposta nada animadora da Subseção de Relações Públicas do CML:

"Prezado Cidadão, Em resposta à sua solicitação, o Comando Militar do Leste esclarece que são falsas quaisquer mensagens sobre o tema "Intervenção Militar" que envolvam este Comando Militar de Área. O Exército Brasileiro, como uma instituição de Estado, com atribuições perfeitamente definidas na Constituição Federal, e também nas leis complementares, tem pautado suas ações em três pilares básicos: estabilidade, legitimidade e legalidade".

"Todo e qualquer emprego das Forças Armadas estará, absolutamente, condicionado aos dispositivos legais. Esse emprego sempre ocorrerá por iniciativa de um dos poderes, como estabelece a redação do artigo 142 da Constituição Federal do país. Hoje, o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas".

"Os quartéis seguem nas suas atividades normais, e os militares da Força Terrestre estão empenhados em contribuir para a manutenção da estabilidade do nosso país. Portanto, o Exército Brasileiro está disciplinado e coeso, cumprindo o seu papel constitucional".
A ponderação do CML reflete o pensamento público do Comando do Exército. No entanto, a cúpula militar reconhece, no silêncio quase obsequioso da caserna, que o Brasil tem até uma pequena chance, na avaliação deles "remota", de assistir a uma inédita "Intervenção Cívica Constitucional" - que nada tem a ver com a tradicional figura desgastada do "golpe militar convencional", no formato "caudilhesco" ou "roamnticamente tenentista". Tudo vai depender da crescente pressão direta popular por mudanças - que hoje opera no campo do imponderável.
O brutal atentado na França deixou os militares brasileiros em sinal de alerta máximo, faltando poucos dias para a Olimpíada no Rio de Janeiro. Eles terão a responsabilidade direta de garantir a segurança nos jogos, em uma das cidades (lamentavelmente) mais violentas do Brasil, no meio de uma brutal crise econômica que compromete a qualidade e eficiência da segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. Os militares vão agir com todo rigor, em esquema de pente-fino, para tentar coibir o risco concreto de um "atentado terrorista" - que pode ser praticado por estrangeiros ou pelas nossas facções criminosas locais. A tensão nunca foi tão grande.

Lamentavelmente, é preciso repetir por 13 x 13 até o brasleiro acordar: A corrupção e o terror não vão acabar. Geram lucros bilionários, junto com prejuízos irreparáveis para as pessoas lesadas ou assassinadas por ambos. Corrupção e terror são instrumentos de controle sobre as sociedades - sobretudo as subdesenvolvidas ou contaminadas pelos genes da desumanidade. No Brasil da corrupção sistêmica, nosso terrorismo não-declarado assassina uma média de 60 mil pessoas por ano. É muito cadáver para nosso caminhão de incompetência e permissividade com o crime institucionalizado.

Resumindo: a tensão é altíssima. No entanto, a não ser que algo extremamente violento e trágico aconteça, os militares brasileiros não desejam que ocorra um "turco-circuito" (trocadilho bem empregado pelo nosso colunista Carlos Maurício Mantiqueira). Melhor não brincar com fogo, porque a "tocha entra" - como diria o filósofo Negão da Chatuba - filho adotivo do jovem apolinho Washington Rodrigues...

O Nióbio é nosso!




Será que os militares brasileiros estão cumprindo seu papel de defesa da soberania nacional em relação à questão do Nióbio?
Veja a resposta no artigo de Antônio José Ribas Paiva: 
Os crimes contra o Nióbio Brasileiro
.
Efeito tocha

Provocação da juíza Yedda Ching San Filizzola Assunção, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em sua página do facebook:

"Qual a chance da tocha olímpica ser roubada quando chegar na Baixada?".

O questionamento é complementado por um outro comentário do apresentador da Rede Record, Marcos Hummel, também no Facebook:

"A civilização em xeque. Relatório da inteligência do Governo Francês diz que o Estado Islâmico planejou atentado contra franceses durante olimpíadas no brasil. E eles não conseguiram prever que no maior evento dentro do país poderia acontecer uma tragédia. Para essa nova doença, parece, não há cura. Deus nos proteja".

Recados dados



Do Ênio Mainardi, no Facebook, recados para o Prefeito petista de São Paulo e para o ex-Presidentro que o inventou:

"Haddad, O Orelhudo, não perde uma chance de fazer inimigos. Agora quer proibir a bandeira nacional na manifestação do dia 31 na avenida Paulista. Baixa as orelhas, burro!".

"Lula diz que não admite ser chamado de bandido. Como eu não tenho certeza...vou perguntar pro Moro".

Confraria do Garoto na Rio 2016



Nelson Couto, o Xerife, lidera seus confrades em mais um evento de exaltação à alegria carioca, no Aeroporto Santos Dumont, recepcionando os turistas e quem chega para ver ou trabalhar Olimpíada do Rio de Janeiro.



Orloff da marketagem




Gratidão de canhota




Oportunismo na cabeça




Bola fora




Efeito colateral




Exigência nacional





Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


16 de julho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 15/07/2016


16 de julho de 2016

O OCASO DE LULA E MUITO MISTÉRIO...






Acima Lula chegando em Caruaru, no agreste de Pernambuco. Abaixo fotos do jatinho executivo de luxo Gulfstream G200, de alta performance, similares ao modelo em que Lula usou para viajar a Caruaru. É igual àquelas aeronaves utilizadas pelas empreiteiras durante tempo da ladroagem do petrolão.

Às 7h50 da última quarta-feira, um segurança do ex-presidente Lula chegou ao Aeroporto Oscar Laranjeira, em Caruaru, no agreste de Pernambuco. 
Diligente, comunicou que um Gulfstream G200, avião executivo de luxo e alta performance, estava a caminho da cidade. 
Minutos depois, dois representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) estacionaram seus carros no local. 

Estavam apreensivos, porque não havia militantes para oferecer uma recepção calorosa a Lula. 
“Eles vão chegar. Pode ficar tranquilo”, disse um dos líderes do MST ao segurança, tentando amenizar a tensão. 

Uma hora mais tarde, só oito pessoas aguardavam o ex-presidente. 
“Vamos partir para o plano B. Acho melhor receber o Lula no hotel. Manda o pessoal para lá”, ordenou o guarda-costas. 
Em seguida, ele trancou a porta de entrada do saguão do aeroporto, que é público, para evitar que alguém fotografasse o deserto que aguardava Lula, aquele que já foi um dos políticos mais populares do mundo. 
“O cara”, como disse o presidente americano Barack Obama, numa ocasião em que se encontraram.

SAINDO PELOS FUNDOS

Lula desembarcou às 9h13 acompanhado do senador Humberto Costa (PT-PE). 
Driblou as poucas pessoas curiosas que o aguardavam e deixou o aeroporto pelos fundos. 
“Pensei que ele fosse ao menos pegar na minha mão e me cumprimentar”, reclamou Augusto Feitosa, funcionário do aeroporto. 

Os tempos são outros. A popularidade e o prestígio de Lula também. Caruaru é testemunha dessa transformação. 
Em 27 de agosto de 2010, o então presidente desembarcou no mesmo Oscar Laranjeira ao som de uma orquestra formada por estudantes de uma escola pública. 
O saguão estava lotado. Sorridente, Lula abraçou eleitores e posou para fotos ao lado de autoridades como Fernando Haddad, então ministro da Educação, hoje prefeito de São Paulo, e a então primeira-­dama do Estado de Pernambuco, Renata Campos. 

Em seu último ano de mandato, Lula beneficiava-se do crescimento econômico, que atingiu 7,5% em 2010. Nem o céu parecia lhe servir de limite. 
“Se a gente continuar mais dez anos do jeito que está, daqui a pouco chega a Caruaru e pensa que está em Paris, em Madri, de tão chique.”

Caruaru continua Caruaru. Figura entre as doze piores cidades para viver no Brasil. E Lula deixou de ser Lula. Lidera no quesito rejeição entre os nomes cotados para disputar a Presidência em 2018. 

Na quarta-feira passada, Lula discursou em Caruaru num auditório com capacidade para setenta pessoas. A plateia era formada por militantes do MST e da CUT, que preferiram tomar o café da manhã do hotel a esperar o petista no aeroporto. 
A programação previa uma coletiva de imprensa. Não ocorreu. Só Lula e áulicos falaram. Mas o ex-presidente mantém um fotógrafo e uma equipe de documentaristas, sempre a postos para captar as melhores cenas.

A GARRAFA FATÍDICA

Enquanto estava no hotel, um militante rompeu o cerco de seguranças e tirou uma foto com Lula, mas a equipe do ex-presidente o obrigou a apagá-la. 

A imagem mostrava uma garrafa de uísque ao fundo. Não pegaria bem nas redes sociais, foi a justificativa apresentada.
Depois do evento, Lula saiu pela garagem, num carro com os vidros fechados, e percorreu um trajeto de apenas 400 metros até o trio elétrico que o esperava para um novo discurso. 
“Ele parece estar meio distante do povo, com um olhar desconfiado”, observou a funcionária pública Conceissão Pessoa. 

Em cima do trio elétrico Pantera Fashion, Lula discursou para 2.000 pessoas. Cinco ônibus, com capacidade para cinquenta passageiros, foram fretados por 1.000 reais cada um, pagos em dinheiro vivo, para postar a claque diante da estrela petista. 

A programação da semana passada, por exemplo, previa uma passagem pela cidade do Crato, no Ceará, onde ele receberia o título de doutor honoriscausa da Universidade Regional do Cariri. A segurança fora informada de que estava sendo organizado um protesto de alunos contra a concessão da honraria. A visita foi cancelada.

CACHAÇA E ÁGUA

Em Caruaru, Lula foi ainda a um assentamento agrário do MST. Uma banda de pífanos, também contratada por cerca de 1.000 reais, animou a festa. 
À mesa, famílias convidadas puderam se servir de macaxeira, jerimum, cuscuz, carne guisada e suco de acerola. Lula bebia cachaça e água. 
Estendia o braço direito para o alto, com o punho cerrado, e discursava contra o “golpe” que derrubou Dilma. 

No fim da tarde, às 17 horas, o ex-presidente partiu para o Recife no avião de prefixo PR-WTR, o mesmo que as empreiteiras Odebrecht e OAS usavam para transportá-lo ao exterior. 
À noite, na capital pernambucana, num evento em praça pública, Lula criticou o presidente interino Michel Temer e o juiz Sergio Moro, que em breve julgará um pedido de prisão contra ele. 

Falou à plateia e também à equipe que produz um documentário sobre o “golpe”. Com a chuva, os militantes começaram a se dispersar, e Lula teve de encerrar o espetáculo. 

PROIBIR BANDEIRA DO BRASIL NA FIESP É CRIME DE TRAIÇÃO NACIONAL (MARCO ANTONIO VILLA)




16 de julho de 2016
movcc

BOLSOS CHEIOS... E VIVA O FUNDO PARTIDÁRIO!!! MAIS UMA EXCRESCÊNCIA NACIONAL QUE ACHACA O CONTRIBUINTE!!!

EM SÓ 6 MESES, PARTIDOS LEVAM R$368,8 MILHÕES
É QUANTO OS PARTIDOS JÁ EMBOLSARAM PELO FUNDO PARTIDÁRIO EM 2016


EXPECTATIVA É QUE PARTIDOS EMBOLSEM ATÉ R$ 819 MILHÕES ESTE ANO


Os partidos políticos tomaram R$ 368,78 milhões do contribuinte, entre janeiro e junho deste ano, a pretexto de “fundo partidário”. 

O PT de Dilma e Lula foi o partido que mais embolsou nosso dinheiro em 2016: R$49,03 milhões; seguido pelo PSDB de Aécio, com R$40,4 milhões e pelo PMDB do presidente interino Michel Temer, com R$ 39,4 milhões. 
Ainda assim parlamentares aprovaram, em 2015, triplicar o fundo.

A expectativa é que os partidos políticos brasileiros com representação na Câmara dos Deputados levem R$819 milhões apenas este ano.

O relator do Orçamento na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), emplacou uma emenda de sua autoria que elevava o fundo para R$600 milhões

Até 2015, o Fundo Partidário pagava cerca de R$ 300 milhões para os mais de 25 partidos políticos com representação na Câmara.

Além dos milhões do fundo, o PT ainda arranca grana de trouxas com a “vaquinha” para viagens de Dilma. 
Já faturou quase R$1 milhão.


16 de julho de 2016
diário do poder

ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO... MAIS UM PARA O CURRÍCULO DO BRASIL.

EM GRAVAÇÃO, VICE-GOVERNADOR REVELA ESQUEMA DE PROPINA NO DF
ESQUEMA FOI REVELADO POR RENATO SANTANA A SINDICALISTA DA SAÚDE

RENATO SANTANA, VICE, E O GOVERNADOR DO DF, RODRIGO ROLLEMBERG.


Adicionar legenda


Durante uma conversa gravada entre o vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana, com a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde, Marli Rodrigues, o político afirma ter conhecimento de um esquema de pagamento de propina no âmbito da administração da qual faz parte, precisamente na Secretaria da Fazenda. A gravação foi revelada em reportagem de Ary Filgueira para a revista IstoÉ que circula neste fim-de-smana. Eis a sua íntegra:

Tão logo recebeu das mãos do Agnelo Queiroz (PT) a faixa de governador, Rodrigo Rollemberg (PSB) marcou uma entrevista para expor a situação de insolvência do Governo do Distrito Federal. Naquele 1º de janeiro de 2015, segundo o socialista, havia em caixa módicos R$ 64 mil. Para turbinar a arrecadação, Rollemberg anunciou medidas impopulares como aumento de tributos. Mesmo assim, não conseguiu tirar o governo da paralisia. Até agora, o governo do DF não inaugurou nenhuma obra digna de celebração. Pior: sem poder contratar novos servidores, a administração não consegue executar nem serviços básicos, como fechamento de buraco em asfalto, poda de mato ou limpeza de esgoto.

Apesar da falta de recursos para áreas estratégicas da administração, parece sobrar dinheiro para a corrupção. É o que indica uma gravação, em poder do Ministério Público, ao qual IstoÉ teve acesso. No áudio, o vice-governador, Renato Santana (PSD), admite ter conhecimento de um esquema de pagamento de propina dentro do governo de Brasília. Segundo ele, acontece hoje na secretaria de Fazenda o repasse de comissão de 10% por fechamento de contratos com empresas que prestam serviços ao GDF. Este flagrante pode ser o início de mais um escândalo na administração pública de Brasília. No diálogo, o vice-governador não deixa claro quem são os beneficiários do esquema, mas, sem citar nomes, diz que “ele autorizou” os pagamentos. Este sujeito indefinido terá que ser revelado.

O áudio tem duração de 1h27. No diálogo, quem conversa com o vice-governador é a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde de Brasília (Sindsaude), Marli Rodrigues. O encontro ocorreu fora do gabinete da Vice-Governadoria, no Palácio do Buriti, sede do Governo do DF. Teve como palco um apartamento de Águas Claras – cidade de classe média no Distrito Federal, onde Santana ouvia as críticas de Marli sobre o projeto de Rollemberg de entregar parte dos hospitais da capital federal para as chamadas Organizações Sociais (OSs). Ela também reclamava da dificuldade para ser atendida pelo secretário de Saúde, Humberto Fonseca. “Não entende nada de saúde. Não conversa com a gente”, afirmou a sindicalista, referindo-se a Fonseca. Em solidariedade, Santana disse que não participava do processo na área da saúde. “Você quer saber qual é o timing que nós temos para colocar as OSs funcionando?”, pergunta Santana. “Dois meses”, responde Marli. E ele completa: “Rodrigo (Rollemberg) tá f*. Se não tem grana…”, comenta ele, demonstrando a impossibilidade de cumprir o compromisso dentro do prazo por falta de recursos.

Clique abaixo para ouvir a gravação.


Áudio exclusivo: vice-governador fala em esquema de propina no GDF


www.metropoles.com › Distrito Federal › Política
11 horas atrás - Reprodução/Youtube .... Em uma gravação, o vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana, ... Uma quadrilha estaria desviando recursos da Secretaria de Fazenda destinados à pasta da Saúde. ... algum na gestão do Distrito Federal e revela conhecer o esquema de propina, que seria de 10%.

16 de julho de 2016
Revista ISTOÉ

MORDOMIAS DA FAMÍLIA DILMA... ( E A VAQUINHA PARA ARRECADAR GRANA PARA AS VIAGENS DE D.DILMA, COMO VAI, VAI BEM? )

FAMÍLIA DE DILMA USA ILEGALMENTE OITO CARROS OFICIAIS EM PORTO ALEGRE
'ISTOÉ' REVELA FARRA ILEGAL DE CARROS OFICIAIS EM PORTO ALEGRE


O GENRO DE DILMA, RAFAEL COVOLO, BUSCO O FILHO NA ESCOLA COM O CARRO OFICIAL DISFARÇADO, E O OFICIAL DO EXÉRCITO USADO COMO EMPREGADO PARTICULAR.


Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula levanta cedo da cama com o tilintar do despertador. Não raro, o marido, Rafael, já está de olhos abertos. Pela manhã, ela mantém uma rotina nada estranha à maioria das pessoas de classe média. Vai ao cabelereiro, faz compras para abastecer a despensa de casa, reserva uns minutos para o pilates e uma ida rápida à clínica de estética, e, eventualmente, dá uma passadinha no pet shop.
Depois de almoçar, leva o filho à escola. À tarde, dirige-se ao trabalho, obrigação já cumprida pelo marido de manhã.
Como tantas outras Paulas filhas deste País, Paula seria apenas mais uma brasileira se não carregasse em sua assinatura o sobrenome Rousseff.

Perante à lei, filhos de presidente da República são iguais a todos. Ombreiam-se aos demais cidadãos. Não deveriam merecer distinção ou receber tratamento especial, salvo em alguns casos de excepcionalidade. Mas a filha de Dilma, que hoje se encontra afastada, ou seja, nem o mandato de presidente exerce mais, não se constrange em cultivar uma mordomia ilegal.


Diariamente, Paula Rousseff Araújo desfruta de uma regalia. A máquina do Estado a serve, bem como ao seu marido e filhos. As atividades narradas acima, como uma frugal ida ao cabelereiro, ao pilates e ao pet shop, são realizadas a bordo de um carro oficial blindado com motorista e segurança.


Em geral, um Ford Fusion. Acompanha-os invariavelmente como escolta um Ford Edge blindado com dois servidores em seu interior, um deles um agente de segurança armado. O mesmo se aplica ao genro de Dilma, Rafael Covolo, e aos dois netos. No total, oito carros e dezesseis pessoas integram o aparato responsável pela condução e proteção da família da presidente afastada.
Trata-se de um serviço VIP.



Quem banca essa estrutura é o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Ou seja, o contribuinte.
Nas últimas semanas, reportagem de ISTOÉ flagrou os carros oficiais entrando e saindo do condomínio Vila de Leon, zona sul de Porto Alegre, onde moram os familiares de Dilma, para levá-los a compromissos do dia a dia.
A rotina dos Rousseff segue um padrão. O 6 de julho dos descendentes da presidente afastada não foi muito diferente dos dias anteriores.
Às 18h30, uma quarta-feira, o Fusion blindado escoltado pelo Ford Edge também à prova de balas trouxe a família de volta ao lar, depois de transportá-la para uma série de atividades pessoais.
No dia seguinte, às 9h da manhã, os mesmos carros já estavam de prontidão na porta da casa da filha de Dilma para mais uma jornada por Porto Alegre.
No dia 12/07 às 13h40, Rafael Covolo, marido de Paula, foi buscar um dos filhos na escola. Como de praxe, com o carro oficial. Um automóvel pago com dinheiro público os escoltou até o retorno para casa.
O Fusion levava a placa IVF – 3267 (normalmente é esta ou a IVG – 1376) e o Edge IUF – 3085. Se consultados nos registros do DETRAN, os prefixos figurarão como “inexistentes”.
Sim, são placas frias ou vinculadas, inerentes aos chamados carros oficiais de representação.

Nos locais freqüentados por Paula Rousseff, em geral, há um alvoroço quando ela desembarca com o carro oficial e os seguranças em volta. Embora a filha da presidente afastada tente manter a discrição, não há como não reconhecê-la.
O aparato em torno dela desperta a atenção dos funcionários. O atendente da unidade do “Bicho Pet Store”, localizada no bairro Menino de Deus, zona sul de Porto Alegre, diz que Paula é uma cliente assídua. Costuma levar para procedimentos de banho e tosa um cachorro de pequeno porte, semelhante a um shitzu. “A filha da presidente sempre vem ao petshop acompanhada de um monte de seguranças”.


O mesmo serviço de transporte vip bancado pelo governo, composto por carro oficial e escolta, a conduz até o “Studio Martim Gomes Pilates”, na Vila Assunção. “Dona Paula vem aqui com freqüência. É nossa cliente”, atesta um funcionário da clínica. A equipe do salão Oikos Hair, também no bairro da Vila Assunção, é mais comedida ao falar de Paula.
Questionada por ISTOÉ, uma secretária disse: “A Dilma já veio aqui também. Parou de vir faz tempo (…) Sobre a dona Paula …por razão de segurança não posso desmentir nem confirmar nada”.

A mordomia de Paula Rousseff e Rafael Covolo, além de constituir inaceitável privilégio, é também uma benesse totalmente ilegal. A legislação é clara. Reza o artigo 3º do decreto 6.403 de março de 2008, baixado pelo ex-presidente Lula: os veículos oficiais de representação – como os que transportam a família de Dilma – são utilizados exclusivamente pelo presidente da República, pelo vice-presidente, pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e por ex-presidentes da República.


A única exceção que permitira que filhos de presidente desfrutassem desse privilégio é se fossem usados os chamados carros oficiais de transporte institucional. Com um condicionante: “se razões de segurança o exigirem”.
Não é o caso, definitivamente. Primeiro porque carro institucional não possui escolta armada nem placa vinculada ou fria, como os veículos que servem a família de Dilma. Ainda de acordo com instrução normativa do Contran, veículo institucional é identificado com a expressão “governo federal” na cor amarelo ouro e tarja azul marinho. Nenhum dos carros usados por Paula e Rafael Covolo exibe esta inscrição.
Mesmo que eles utilizassem esse tipo de veículo, haveria uma outra barreira de cunho legal.

Os Rousseff só poderiam ser enquadrados nessa situação totalmente excepcional se: 1) Comprovassem a existência de riscos à sua integridade física e 2) Fossem familiares de presidentes em exercício. Quer dizer, hoje o deslocamento da filha, genro e netos de Dilma a bordo de veículos oficiais compõe um mosaico de irregularidades.


Se a mamata já seria desnecessária e ilegal com a presidente Dilma no pleno exercício do cargo, em se tratando da chefe do Executivo federal afastada a regalia ofertada à Paula Rousseff, Rafael Covolo e filhos afronta sobejamente a legislação em vigor.
Por ironia, o decreto que estabelece regras para a utilização dos carros de governo foi reeditado com pequenas alterações por Dilma em outubro do ano passado, com o objetivo, segundo ela, de “racionalizar o gasto público no uso de veículos oficiais”.
A racionalização, claro, não alcançou sua família, como se nota.

Os serviços de transporte e segurança dos Rousseff em Porto Alegre estão a cargo de uma empresa terceirizada contratada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República: a Prime Consultoria e Assessoria Empresarial, conforme documentos aos quais ISTOÉ teve acesso. Todo mês, a Prime encaminha ao Palácio do Planalto um relatório de abastecimento dos veículos. A última nota foi emitida no dia 1º de julho. Na prestação de contas estão listados os veículos, suas especificações, bem como as respectivas placas vinculadas, sem registro no DETRAN, e os motoristas responsáveis por atender aos familiares da presidente afastada na capital gaúcha. Em junho, por exemplo, foram gastos só com combustível R$ 13,8 mil. Os familiares de Dilma não precisariam de carros oficiais para o cumprimento de suas tarefas diárias. Paula Rousseff é procuradora do trabalho no Rio Grande do Sul. Entrou no Ministério Público do Trabalho em 2003 por meio de concurso público. Atualmente, recebe salário de R$ 25.260,20. Para quê a mordomia com dinheiro público? Por que o genro de uma presidente afastada precisa usar carro oficial para a execução dos afazeres cotidianos?

Na política, se não forem estabelecidos limites, necessários à liturgia do cargo, a família tem grande potencial para gerar constrangimentos. Sobretudo porque eventuais privilégios desfrutados por filhos dizem mais sobre os pais do que os próprios herdeiros. No Brasil, um País de oportunidades desiguais, regalias a parentes de políticos chamam muita atenção e, em geral, são consideradas inaceitáveis e despertam indignação e sensação de injustiça na população. Quando a prática é ilegal, a situação se agrava. Por constituir vantagem ilícita a terceiros e atentar contra os princípios da administração pública, o episódio em questão pode até render um processo contra Dilma por improbidade.

Procurado por ISTOÉ, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência afirmou que “permanece realizando a segurança da Presidenta Dilma e de seus familiares, de acordo com o disposto no inciso VII do Art 6º da Lei Nr 10.683, de 28 de maio de 2003”. O problema é que o referido “amparo legal” não prevê o uso de carros oficiais para fazer o transporte da família da presidente afastada. Em tese, apenas a escolta para segurança seria permitida.

Diz o inciso VII do Art 6º da Lei Nr 10.683: ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete zelar, assegurado o exercício do poder de polícia, pela segurança pessoal do Presidente da República, do Vice-Presidente da República e respectivos familiares, dos titulares dos órgãos essenciais da Presidência da República e de outras autoridades ou personalidades, quando determinado pelo Presidente da República, bem como pela segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presidente da República e do Vice-Presidente da República.

Três dias antes de deixar a Presidência, em 2010, Lula fez questão de assegurar aos seus filhos a dispensável regalia do passaporte diplomático. Revelada pela imprensa, a esperteza engoliu o dono. Em novembro de 2013, a Justiça determinou a apreensão dos passaportes e o recolhimento dos mesmos pelo Itamaraty. Depois do impeachment de Dilma, o tema voltou à baila com a apimentada discussão sobre eventuais mordomias a que a presidente teria direito afastada do cargo. Uma ação civil pública questionou o uso por Dilma de aviões da FAB. A Justiça até permitiu o deslocamento com os jatos da Força Aérea Brasileira, desde que custeados pela própria mandatária afastada. Recentemente, apoiadores do PT se cotizaram para bancar as viagens. Pela trilha da carruagem, hoje já abóbora, haja crowdfunding militante (a popular vaquinha) para sustentar os privilégios de petistas e congêneres que ainda insistem em se refestelar com as benesses do Estado.



“É ilegal, mas eles usam mesmo assim”

Na quinta-feira 14, IstoÉ conseguiu fazer contato com um dos responsáveis pela frota de carros oficiais que serve a família da presidente Dilma Rousseff em Porto Alegre. Com medo de retaliação, ele pediu para não ser identificado

IstoÉ – Quantos carros oficiais a família de Dilma tem à disposição?
São oito carros blindados de fábrica. Quatro para o transporte e mais quatro que fazem a escolta armada. É um serviço VIP. No carro oficial e no veículo de escolta há um motorista e um segurança. No total, são quatro pessoas envolvidas para cada dupla de carros.

IstoÉ – Desde quando a filha, o genro e os netos da presidente afastada contam com o serviço de transporte e segurança pago pelo governo?
Há pelo menos cinco anos. São carros de representação com placa vinculada ou placa fria para não serem identificados. Se você consultar no DETRAN, aparece como placa inexistente.

IstoÉ – Além de se tratar de uma mordomia, a utilização de carros de representação por familiares de presidente da República é ilegal.
Sim. É ilegal. Mas eles usam mesmo assim. Eles até poderiam usar uma escolta. Não sou PMDB nem nada. Mas, por exemplo, a Marcela Temer (atual primeira-dama) usa a escolta para segurança. É normal. Mas sabemos que, quando morava sozinha em São Paulo, ela ia para compromissos pessoais com o carro dela. Não com carro oficial. Isso que a família de Dilma faz contraria a lei.

IstoÉ – Nossa reportagem apurou que a filha de Dilma leva o filho à escola, vai para o pilates, pet shop, clínica de estética e até ao cabelereiro com os veículos pagos pelo governo. O genro também usa os carros oficiais para atividades semelhantes. O sr. confirma essa informação?
Confirmo. Os carros oficiais os levam para atividades do dia a dia.



16 de julho de 2016
Sérgio Pardellas (IstoÉ)
(Colaborou Pedro Marcondes de Moura, com fotos de Lucas Uebel e Itamar Aguiar)

"DEFESA DE DILMA NÃO TEM ARGUMENTO" - DIZ JANAÍNA PASCHOAL

EXCLUSIVO: JANAÍNA PASCHOAL CRITICA ESTRATÉGIA DA DEFESA DE DILMA


EXCLUSIVO: JANAÍNA PASCHOAL CRITICA ESTRATÉGIA DA DEFESA DE DILMA

Ela é reconhecida como a responsável pelo afastamento de Dilma Rousseff do poder, mas trata o processo de impeachment como apenas mais uma das centenas de causas defendidas em sua vasta carreira como advogada. 

Essa é Janaína Paschoal, que apresentou um pedido de impeachment contra Dilma, no fim do ano passado, juntamente com o fundador do PT Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, e virou o centro das atenções.

No Senado, quando está defendendo seu processo de acusação, tira selfies com fãs no pequeno intervalo que tem durante as sessões. Recebe, também, famílias que precisam de ajuda e, com toda atenção, conversa e passa o telefone pessoal para conversarem com mais calma no escritório de São Paulo.

No corredor da Ala Teotônio Vilela, no Senado, após ouvir testemunhas de defesa de Dilma por quatro horas, Janaína Paschoal recebeu com exclusividade a reportagem do Diário do Poder. Na entrevista, a jurista diz que o processo "já passou do razoável" e que ela espera que os senadores confirmem o afastamento de Dilma Rousseff. Confira na íntegra:

Entre os vários pedidos que a Câmara recebeu, a senhora achou que o da senhora especificamente seria escolhido?

Não... Eu não achada nada. Eu sei que a gente fez um pedido extremamente bem fundamentado e quando eu vim trazer, junto a filha do Dr Hélio Bicudo, eu senti que o nome dele, a participação dele, além da questão jurídica, da peça estar bem fundamentada, fez muita diferença. Todas as pessoas, de todos os partidos, receberam a filha dele com carinho, respeito. Acho que foi um conjunto: a fundamentação jurídica com a presença dele e a respeitabilidade do Dr. Hélio Bicudo.

Com toda essa repercussão do pedido, a senhora está satisfeita com o processo do impeachment até aqui?

Eu acho que o processo não poderia ser tão longo. Não precisaria ser tão longo. Pelo que prevê a lei, pelo que foi o próprio rito do Collor, então eu acho que passou um pouco do razoável, em termos de tempo. Porém, a prova toda que está sendo produzida está confirmando a acusação. Então sob esse aspecto está sendo saudável porque está todo mundo vendo que nós temos razão. Mas que o processo já passou do tempo razoável eu não tenho a menor dúvida.

Por que a defesa de Dilma Rousseff insiste no discurso do golpe, de que não houve crime?

Porque eles não têm argumento jurídico para fazer frente à nossa acusação. Se eles tivessem eles não precisariam ficar com esse discurso.

No plenário do Senado, a senhora acha que a presidente afastada tem a possibilidade de voltar?
Nós estamos em um processo. Advogado nenhum fala: olha, o resultado vai ser esse. Nosso Código de Ética nem permite. Então tem que aguardar. Os juízes da causa é que vão dizer.

Mas o que a senhora espera?
Eu espero que eles confirmem o afastamento. Porque é isso que as provas mostram, determinam, indicam. Agora, nós temos que aguardar...



16 de julho de 2016
Elijhonas Maia
diário do poder

A RESSURREIÇÃO DA POLÍTICA





Lula matou a política; Eduardo Cunha tratava de enterrá-la. Um era a exata contrapartida do outro e a remoção do último, na sequência da quase remoção do primeiro, completa a reversão do desvio mortal em que o Brasil entrou. 
Está reaberto o caminho para a volta da política sem a qual não se vai a lugar nenhum.

Essas mudanças são como as manobras dos grandes navios. O acionamento dos comandos não vence imediatamente a inércia. Está aí, ainda, o cirquinho “silogístico” de escárnio à inteligência nacional do PT sob a batuta de Jose Eduardo Cardoso, Gleisi Hoffmann e cia., par perfeito do “regimentismo” bandalho de Eduardo Cunha; está aí, ainda, aquele STF que solta e arrebenta legalizando para si mesmo, em plena Lava-Jato, o duto das “palestras” para partes nos litígios que julga, como as de Lula à Odebrecht, e garantia de segredo para o valor do mimo recebido. Mas tudo isso, depois da votação de quinta-feira, deslocou-se para mais perto da porta do passado.

Entrou ar. E onde entra ar qualquer infecção volta a ter chance de cura. Ha outro STF dentro daquele STF; ha outra política dentro dessa em que o lulismo transformou a nossa. O Brasil que não se alinha ao crime volta a ter no que se agarrar e isso faz muita diferença.



Sem ilusões, porém.

Ha uma dimensão percebida dos nossos vícios, e outra que já é cultura e nos move por baixo do nível da consciência. 
Para a primeira tornam-se mais favoráveis as perspectivas. Antes de mais nada porque não ha alternativa para o caminho certo. É agir ou morrer. E logo. 

Rodrigo Maia tem formação econômica. Sabe que a alternativa fácil não dobra a esquina. É o homem certo no lugar certo para reger esse debate. 
Michel Temer, que se apruma com essa vitória, também passa a poder, mais que antes, agir certo em vez de apenas falar certo. 
Assim alterado o clima, o comando da Comissão de Impeachment bem pode, também, passar a olhar antes para o Brasil que se esvai manietado e a resistir com alguma galhardia às manobras espúrias que vem engolindo sem engasgar pois até para o STF será mais complicado, agora, dançar fora da nova batida do bumbo. 

Se o Brasil deixar claro que é o que quer todo mundo se afina, ao menos no discurso. Ou não foi assim que o país inteiro virou “Lava-Jato desde criancinha” e a votação de quinta-feira deu no que deu?


A outra dimensão é que é mais difícil de lidar. 
O lulismo foi a chegada do primeiro produto P.O. (“puro de origem”) do peleguismo getulista ao posto mais alto da Nação. 
Ao fim de quase 80 anos de uso contínuo essa droga de tão potente efeito necrosante não ha brasileiro que, direta ou indiretamente, não tenha sido mutilado por ela. 
A maioria de nós – o próprio Lula notoriamente – sequer tem consciência de como foi afetado. Simplesmente não sabe como é viver de outro jeito.

É juntar três ou quatro amigos, fundar um “sindicato” que o Estado se encarregará de impor a um dos lotes do condomínio nacional do trabalho onde não se entra sem alvará e fincar na veia o cateter do imposto sindical. 
Para o resto da vida, tudo que há a fazer depois disso é não permitir que algum aventureiro o arranque do seu braço, o que é fácil de garantir desde que as “eleições” se deem por “aclamação”, sempre arrancável pela intimidação, seja pela negação de trabalho, seja pela violência física. Daí para a política. É essa a escola.


Para esmagar resistências ao longo do caminho; para garantir esse “Eu sou, mas quem não é?” em que tudo se dissolve sempre no debate político nacional desde o “Mensalão”, acrescentou-se à receita a socialização da corrupção por essa “justiça trabalhista” que sustenta a legião de profissionais do achaque encarregada de moer a consciência da Nação soprando diuturnamente, de ouvido em ouvido, o mantra sinistro: “Minta, traia, falseie que o governo garante”...

E lá se foi o Brasil dessensibilizando-se até admitir que o método fosse estendido a todos os níveis do seu sistema representativo – partidos políticos, associações de classe, ONGs, etc. – e parecesse nada mais que lógico e natural impô-lo, afinal, como o regime político mesmo da Nação à força de decretos presidenciais e remendos judicantes sob a égide do “excesso de democracia” à venezuelana.


É essa a feição “moderna” que assumiu o absolutismo monárquico à brasileira que a Republica nunca superou depois que entregou intactos os poderes do Imperador sem mandato aos novos imperadores com mandato. 

O abacaxi que Michel Temer e o Congresso de Rodrigo Maia têm de descascar é velho como o Brasil de d. João VI e os miasmas que dele emanam são fortes o bastante para levar até o “dream team”, em questão de semanas, a passar das juras de amor eterno ao controle dos gastos públicos ao namoro com mais um porre de impostos, só que sorvido aos “golinhos”. 

É que por baixo das diferenças manifestas nos extremos mais distorcidos do “Sistema” derrotados quinta-feira, eles continuam sendo, antes e acima de tudo, “A Côrte”; uma casta para a qual ha leis especiais, tribunais especiais, regimes de trabalho, salários e aposentadorias especiais e até juros bancários especiais extensíveis a quem quer que um de seus “excelentes” pares houver por bem resgatar deste vale de lágrimas. E, de cunhas a grazziotins, "A Côrte" reage sempre com unanimidade monolítica quando o que está em jogo é montar nas nossas costas para aliviar as próprias.

É disso que se trata mais uma vez agora. Tornar as suas prerrogativas um pouco menos "especiais" para que, explorados e exploradores, sigamos todos com os narizes 1 cm acima da linha d'água é o melhor que, em sã consciência, pode-se esperar desses brasileiros dispensados de viver no Brasil que eles próprios criam. 
Mais, só quando o Brasil se der conta de que é ele quem manda e adotar finalmente a democracia, obrigando-os a viver no mesmo país em que vivemos nós, sujeitos às mesmas leis, aos mesmos ventos e às mesmas tempestades. Aí sim, eles tratarão de consertá-lo.



16 de julho de 2016
vespeiro, Estado de S.Paulo