
21 de setembro de 2013
Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
Na década de 90, Alvin Toffler escreveu "Guerra e Antiguerra", no qual defendia a tese de que as guerras futuras serão ganhas não por generais em campo de batalha, mas pelos serviços de inteligência. Em eventual conflito, quem dispuser de mais informações, prevalecerá.
Os serviços de inteligência, por muitos denominados de espionagem, buscam ter as informações necessárias para que os governos possam decidir as políticas a serem adotadas perante eventuais adversários, criminosos ou inimigos externos. Até mesmo perante nações amigas.
Tem o governo federal seus serviços de inteligência nas Forças Armadas, na Receita Federal, na Polícia Federal e na Abin (Agência Brasileiro de Inteligência), que oferecem dados relevantes para determinar as suas ações.
É bem verdade que o direito à privacidade é uma cláusula pétrea no Brasil (artigo 5º, incisos X, XI e XII), mas até mesmo essa cláusula pétrea pode ser oficialmente quebrada mediante autorização judicial. Infelizmente, não poucas vezes é quebrada pelas mais variadas ações públicas e privadas (hackers). Quando descobertas pela imprensa, tornam-se escândalo público.
De rigor, com a evolução da informática, o direito à privacidade tornou-se, melancolicamente, um segredo de polichinelo, tendo, por exemplo, a Receita Federal mais informações sobre a vida econômica de cada contribuinte do que o próprio contribuinte. E legalmente.
No plano internacional, podem as nações defender-se por meio de serviços de inteligência contra potenciais inimigos, aliados ocasionais ou movimentos subversivos internos ou externos com o aprimoramento de seus serviços de inteligência.
Depois do dia 11 de setembro de 2001 --quando os serviços de inteligência americanos detectaram a possibilidade de ataque, mas as autoridades não avaliaram com o devido cuidado as informações de que dispunham--, toda a estratégia dos Estados Unidos, que, a partir da guerra da Coreia em 1952, tinha sido consideravelmente valorizada e alicerçada nesses serviços secretos, foi definitivamente erigida como elemento chave na defesa da nação.
Por variados motivos que não cabe aqui analisar, tornou-se a nação preferencial de ataques no próprio território ou no exterior.
É, pois, natural que cada país, nos limites de sua tecnologia, busque ter informações sobre seus vizinhos ou potências adversárias.
Os serviços de inteligência, portanto, estão na essência da segurança do Estado e sabe-o não só a presidente da República, como todos os órgãos responsáveis por garanti-la.
O encarregado da embaixada brasileira na Bolívia arriscou-se a tirar de lá o senador exilado havia um ano e meio, porque detectou os riscos concretos de sua permanência.
No Velho Testamento (livro de Josué), os hebreus derrotaram Jericó depois de enviarem dois espiões até a cidade e, tendo obtido informações de uma prostituta, trouxeram-nas para que Josué pudesse invadir a cidade, preservando, inclusive, a vida da informante.
É de se lembrar que, o combate à criminalidade, no Brasil e no mundo, faz-se a partir de serviços de inteligência. Parece-me, pois, inviável a proposta da presidente Dilma de um Código de Ética da Espionagem, a ser levada ao G-20, porque, até o fim dos tempos, os serviços de inteligência (espionagem) continuarão a representar o sistema de segurança de qualquer país.
Por essa razão, nenhum espião pede autorização do espionado para espionar e todas as nações sempre negam que espionam, a não ser quando descobertas. É tão utópico acabar com a espionagem quanto acabar com a corrupção no poder.
21 de setembro de 2013
Ives Gandra da Silva Martins, Advogado, é é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra.
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A compra de votos de partidos e parlamentares venais foi o caminho expedito e eficaz engendrado pela cúpula revolucionária do PT para desmoralizar o Parlamento e a Democracia, a fim de acelerar o processo de tomada total do poder em que está engajada, para transformar nosso País em mais uma republiqueta socialista na América Latina, de acordo com o planejamento sombrio do Foro de São Paulo. Essa a essência do mensalão.
O sofrido povo brasileiro teve, assim, desviadas importantes parcelas dos impostos que paga para ter do Estado a contrapartida adequada de serviços de saúde e saneamento, educação, segurança, habitação, infraestrutura de transportes, energia e comunicações, cultura, lazer..., que foram gastas para o propósito nefasto de aparelhar o Congresso Nacional, em suas Duas Casas, tornadas de fato meros apêndices do Executivo, a fim de garantir a ampliação da base aliada, necessária para acompanhar o governo nos seus desígnios. Estava, desse modo, configurado o crime grave de corrupção com o propósito real de subversão da ordem vigente.
Depois de longos anos, eis que o rumoroso processo do mais escandaloso caso de corrupção, no país que se transformou, para nosso desgosto, no paraíso dos escândalos, da corrupção e dos atentados ao Bem Comum, é julgado no Supremo Tribunal Federal. O resultado, com a condenação dos principais envolvidos na trama, todos figuras poderosas política ou financeiramente, encheu de esperança a cidadania, ávida de melhores dias para o Brasil. Em que imperassem a paz , a justiça e o direito. Finalmente, não só os pobres e desvalidos seriam alcançados pelo braço da lei!
Houve intensa felicidade entre as pessoas de bem, e o STF, pela imagem e a ação do Presidente Joaquim Barbosa e dos Ministros que o acompanharam na condenação aos réus, passou a ser o abençoado e último bastião de resistência à avalanche destruidora, até então irresistível, pois que sem encontrar qualquer resistência em seu caminho.
Ontem foi o Dia D, ansiosamente esperado, em que seria selada a sorte da apreciação dos chamados embargos infringentes. A participação dos novos membros do tribunal, que não haviam participado do julgamento, levara a questão a empate: 5x5! Seria, pois, decisivo o voto do decano, cercado de expectativa ampliada pela semana de intervalo.
O Ministro Celso de Mello luziu seus conhecimentos jurídicos. Percebia-se nitidamente a enorme satisfação e a veemência com que exibiu seus argumentos, em tom professoral e definitivo. Até para os Tratados Internacionais e a Convenção dos Direitos Humanos apelou, num processo cujos réus eram tão poderosos e ricos, que puderam contratar os mais caros advogados do país para suas defesas, quando se sabe que tantos condenados pobres e anônimos nunca têm a chance de ter alguém invocando direitos humanos em seu favor, mesmo quando injustamente levados às barras da lei!
O Ministro foi academicamente brilhante e deve estar muito feliz e satisfeito consigo mesmo. A letra da lei foi primorosamente defendida, mas e o espírito da lei, que manda punir os criminosos, com o rito mais sumário possível quando mais poderosos sejam e mais nefasta a repercussão dos seus delitos, para preservar a paz social e o atendimento do anseio geral por justiça?
Há uma enorme frustração por todo o país, que sente que perdeu seu referencial STF e a esperança de que os criminosos graúdos sejam punidos pela Lei justa para todos. Mas, que fazer, se os Srs. Ministros declaram não ser pautados pelo ruído das ruas e pelo ferido clamor por justiça da multidão? Vem-me Maria Antonieta à lembrança...
À medida que o tempo passar, com as mudanças inexoráveis na composição do STF e do Ministério Público, corremos o risco de que, em novas interpretações, os atuais réus sejam redimidos de culpa. E se for, para nossa desgraça, afinal vitorioso o esquema de modificação da ordem vigente, que gerou o mensalão, venham a ser heróis condecorados da Revolução Socialista Brasileira!
21 de setembro de 2013
Sergio Tasso Vásquez de Aquino, Vice-Almirante, reformado, é membro da Academia Brasileira de Defesa e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.
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