"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
06 de setembro de 2013


DIRCEU É O ANFITRIÃO DE CONVESCOTE JURÍDICO-BOTÂNICO


Em falta de coisa melhor para fazer, Zé Dirceu reuniu ontem a fina flor da petralhada no salão de festas do prédio onde mora para acompanhar pela TV - com direito a telão e tudo o mais - o julgamento dos embargos do mensalão pelo STF.

Compareceram, além de familiares e ex-mulheres, o escritor Fernando Morais, o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, a diretora de cinema Tata Amaral, a jornalista Hildegard Angel, o deputado estadual Adriano Diogo (PT), o ex-prefeito petista de Osasco Emídio de Souza, o crítico de cinema Jean-Claude Bernardet e, não podiam faltar, o presidente da CUT, Vagner Freitas, e o chefão do MST, João Pedro Stedile.
 
Foi um verdadeiro convescote jurídico-botânico: trepadeiras e parasitas aos montes.
 
06 de setembro de 2013

NA BUSCA DA REELEIÇÃO, O GOVERNO DO PT ENTREGA CADA VEZ MAIS EMISSORAS DE TV AOS PASTORES EVANGÉLICOS


A legislação em vigor determina que haja concorrência para outorga de concessões de televisão.

Essas normas acautelatórias foram criadas ainda no regime militar. Silvio Santos, por exemplo, teve de se virar para conseguir derrotar a editora Abril e o Jornal do Brasil, na licitação aberta pelo governo João Figueiredo, conseguiu ganhar suas primeiras concessões e iniciou assim a formação da rede nacional do SBT.

Na redemocratização, o governo Sarney começou a bagunçar o setor das comunicações, distribuindo concessões de rádios e televisões para políticos da base aliada, que é uma espécie de gangrena que suga eternamente o Poder, mas tendo sempre o cuidado de mantê-lo vivo, para não exaurir a fonte.
A prática inaugurada por Sarney continuou no governo FHC e também foi adotada pelo PT, é claro. A justificativa é de que a legislação somente se refere a emissoras abertas, porque na época em que foi baixada não existiam canais por assinatura. E como isso legalizou-se o protecionismo, como se a lei tivesse sido revogada.

EMISSORAS ABERTAS
 
Ocorre que, de lá para cá, o conceito de emissora aberta mudou muito. Hoje, os aparelhos de televisão captam mais de 100 estações, incluindo os antigos canais da TV aberta (que iam apenas do 2 ao 13, lembram?) e os demais, por sistema UHF, como a MTV, a NGT, a TV Justiça, a TV Câmara e por aí em diante. Um verdadeiro festival.
 
Pois bem. Em busca de sua perpetuação no Poder, a tática do PT tem sido a de fortalecer os pastores evangélicos. Assim, além da Rede Record, que apóia o governo incondicionalmente e se formou com base na riqueza da Igreja Universal do Reino de Deus, estão sendo fortalecidas pelo Ministério das Comunicações (leia-se: Paulo Bernardo, um dos ministros ainda leais a Dilma)  mais duas poderosas cadeias de emissoras evangélicas – uma da Igreja Internacional, do pastor R.R. Soares, e a outra do apóstolo Valdemiro Santiago, ambos egresso da Igreja Universal.
 
R.R. Soares aluga espaço na Rede Bandeirantes, já tem sua própria operadora de TV por assinatura (“Nossa TV”) e controla mais 60 emissoras abertas, espalhadas pelo país. Agora, acaba de conseguir da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a permissão para comprar mais três operadoras de serviço especial de TV por assinatura do grupo Abril.
 
APÓSTOLO CALOTEIRO
 
Correndo por fora, desponta o líder da Igreja Mundial, Valdemiro Santiago, que se autodenomina “apóstolo”. Ele segue o caminho trilhado por R.R. Soares e também já ganhou do governo um grande número de concessões de emissoras abertas. Desde 2008, arrenda o canal Rede 21, do grupo Bandeirantes, e aluga espaço na RedeTV! durante a madrugada e o início da manhã.
 
Recentemente, Valdemiro que se diz milagreiro e apto a curar quase todas as doenças, entrou em negociações para comprar a rede MTV. A informação foi confirmada pelo deputado do PSC do Paraná, Ricardo Arruda, administrador de empresas e gestor financeiro ligado à Igreja. Mas ninguém sabe se há veracidade nessa informação, porque Valdemiro alugava 10 horas diárias na CNT e saiu em maio, dando um cano na emissora da família Martinez.
 
Detalhe importante é que Valdemiro está sendo atropelado pela Igreja Universal. Além de comprar os horários do “apóstolo” na CNT, a Igreja Universal está procurando as outras emissoras que alugam espaços para o dono da igreja Mundial. Chegou a oferecer o dobro do valor e conseguiu  tirar o rival do ar em horário nobre da RedeTV!. E tudo isso em plena crise da Record, com centenas de demissões nos últimos meses.
 
No meio da confusão, a presidente Dilma está confiante de que terá apoio dessas três maiores seitas evangélicas, que trariam as outras de roldão. Mas as coisas não parecem simples assim. Os líderes das igrejas evangélicas são malandríssimos e gostam de apoiar quem vai ganhar (ou já ganhou) a eleição. Por isso, não fazem acordos e ficam em cima do muro até a undécima hora, como se dizia antigamente.

06 de setembro de 2013
 Carlos Newton

ALGUNS MINISTROS DO STF MUDARAM SEUS VOTOS PARA PERMITIR NOVOS RECURSOS AOS MENSALEIROS

 

Armação ilimitada – Truque. Eis a palavra mais adequada para definir a sessão de quinta-feira (5) do Supremo Tribunal Federal que terminou a análise dos embargos de declaração apresentados pelos condenados na Ação Penal 470, o Mensalão do PT.

Ao todo quatro ministros mudaram seus votos em relação aos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Foram eles: Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, José Antônio Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Com isso, os advogados de alguns réus tentarão apresentar novos recursos, possivelmente de caráter infringente, com base na tese de que pelo menos quatro ministros votaram pela modificação das penas.

Trata-se de uma manobra sórdida e de encomenda, mas esperada, uma vez que a sessão encerrada ontem serviu apenas para a análise e julgamento dos embargos de declaração, instrumento jurídico que serve apenas para elucidar e eventualmente modificar algumas questões no título condenatório que não ficaram claras no acórdão.

Isso mostra que a discussão sobre a admissibilidade, por parte do STF, dos embargos infringentes, que começou no final da sessão e foi adiada para a próxima quarta-feira (11) será longa e extremamente tensa, pois já é grande e velado o esforço de alguns magistrados para tentar salvar alguns mensaleiros, em especial os do núcleo político.
A proposta de adiamento partiu do ministro Luís Roberto Barroso, estreante na Corte, que alegou ser longo o seu voto. O mesmo deve acontecer com o voto do ministro Lewandowski, revisor da Ação Penal 470 e que por diversas vezes ao longo do julgamento se desentendeu com o relator Joaquim Barbosa.

O Brasil não mais suporta a demora que marca esse julgamento, mas é preciso estar preparado para, na melhor das hipóteses, a decisão ficar para o dia 19 de setembro. Porém, se o Supremo decidir pela admissibilidade dos embargos infringentes, o melhor é preparar a mesa para servir a pizza, pois pelo menos mais dois anos de julgamento teremos pela frente.
Até lá, alguns dos crimes tipificados no Mensalão já estarão prescritos. Se isso acontecer, o Brasil estará à porta de uma ditadura esquerdista, como a que levou a vizinha Venezuela ao caos.

06 de setembro de 2013
ucho.info

ESPELHO DA REALIDADE NACIONAL, INFLAÇÃO VOLTA A SUBIR EM AGOSTO E ANULA O DISCURSO UFANISTA DE DILMA

 

Para cima – De acordo com informe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (6), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial brasileira é serve de base para as metas do governo, voltou a subir, saltando de 0,03%, em julho, para 0,24%, em agosto.

Com esse resultado, o IPCA acumulado no ano (janeiro a agosto) está em 3,43%, enquanto que em doze meses o índice alcança a marca de 6,09%, dentro da meta de inflação fixada pelo governo, mas muito próximo do teto.

O interessante nessas pesquisas do IBGE, que por determinação autoritária do governo da petista Dilma Rousseff passam pelo crivo dos palacianos antes de serem divulgadas ao público, é que sempre há um culpado. Desta vez, o vilão foi o leite longa vida. Na verdade, a culpa por esse assustador descontrole da economia é de um desgoverno que há muito azedou por conta da incompetência de seus integrantes.

Enquanto as autoridades economi8cas do governo continuam blasfemando acerca da crise, a inflação real, aquela que os cidadãos encontram tão logo saem de casa, gravita na órbita de 20% ao ano.
O PT, que chegou ao poder central como a derradeira solução para os problemas do universo, conseguiu a proeza de destruir a economia nacional em apenas uma década, mas a soberba da “companheirada” sempre empurra a responsabilidade para o colo do Tio Sam, que como sempre é culpado por nove entre dez desacertos econômicos ao redor do planeta.

Em julho, em uma de suas muitas viagens pelo Brasil, até porque a campanha pela reeleição já está em marcha, Dilma Vana Rousseff, a gerentona inoperante, exaltou o fato de a inflação ter se aproximado de zero naquele mês.
Os brasileiros estão cansados da bazófia oficial e os atuais inquilinos do Palácio do Planalto já deveriam ter sido despejados, mas a falta de uma oposição de fato faz com que esses bandoleiros da política verde-loura continuem arruinando uma nação que tem tudo para viver sob o manto da tranquilidade econômica.

06 de setembro de 2013
ucho.info

NOVO E RUMOROSO ESCÂNDALO COMEÇA A RONDAR A SEARA CONTURBADA DA QUASE DEMITIDA GLEISI HOFFMANN

 

Cronômetro acionado – Ainda ministra-chefe da casa Civil, a petista Gleisi Hoffmann tem enorme dificuldade no momento de escolher auxiliares. Não bastasse a prisão do deliquente sexual Eduardo Gaievski, assessor especial da petista e investigado por 23 estupros de meninas de 12 a 14 anos, o subchefe de Monitoramento da Casa Civil, Luis Antonio Tauffer, teve a carteira cassada depois de furar um bloqueio policial em Brasília.

Já o subchefe de assuntos jurídicos, Ivo Corrêa, precisa dar explicações à Comissão de Ética da Presidência por suas ligações profissionais com o Google.

Contudo, outro escândalo envolvendo auxiliar de Gleisi Hoffmann está para explodir. O castelo de areia de Carlos Carboni, que era chefe de gabinete de Gleisi até 2012, começou a desmoronar quando a revista Época descobriu e divulgou (em setembro de 2011) que era marido de Lucimar Carboni, dona de empresa que prestava consultorias a prefeituras do Paraná que vão à capital dos brasileiros em busca de dinheiro federal.

O problema é que uma das fontes mais importantes desse dinheiro são as emendas do Orçamento. A lista das emendas efetivamente pagas sai da Casa Civil, que faz a triagem a partir da qual os ministérios efetuam os pagamentos por meio de empenhos, que seguem para a Caixa Econômica Federal, que finaliza a operação. A posição de Carboni, ao lado da ministra, poderia facilitar as atividades da empresa da mulher.

A demissão do assessor alarife, em novembro de 2012, aparentemente teria encerrado o caso. Ocorre que Carboni ficou no posto quase dois anos e nesse período a empresa “Consultoria e Assessoria Empresarial Carboni Ltda.”, sediada em um prédio residencial na cidade de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, teve tempo para agir.

O caso está para ser reaberto e a possibilidade de se transformar em escândalo é grande e tem preocupado os assessores da presidente Dilma Rousseff. Na Casa Civil – conhecida em Brasília como “Casa da Mãe Joana”, a avaliação é que a ministra Gleisi Hoffmann já esgotou sua cota de desastres políticos.

As ligações de Carboni com Gleisi, assim como as de Gaievski com a ministra, são profundas. Carboni coordenou a campanha da ministra ao Senado em 2010. Gaievski tinha sido escalado para coordenar a campanha de Gleisi ao governo do Paraná em 2014. Gaievski, quando não estava ocupado em molestar meninas, era considerado um articulador eficiente. Em março passado levou para Brasília, para um encontro com Gleisi, 80 prefeitos do interior do Paraná. A reunião foi realizada nos moldes de uma típica festa política.

06 de setembro de 2013
ucho.info

PEDRO SIMON AFIRMA QUE "SENADO DEVE APROVAR JÁ E SEM EMENDAS O FIM DO VOTO SECRETO"

 

Pé no acelerador – O senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou nesta sexta-feira (6) que pedirá preferência para votação, no plenário do Senado Federal, da PEC 349/2013 da Câmara dos Deputados que acaba com o voto secreto em todos os níveis parlamentares, do municipal ao federal.

A proposta foi aprovada pela unanimidade dos 453 deputados presentes à sessão da Câmara da última terça-feira (3).

“Se houver emendas no Senado a proposta volta para a Câmara, e não se sabe quando termina esse debate”, afirmou Simon, que discorda da tese do “fatiamento” da PEC que acaba com o segredo apenas nos casos de cassação de mandatos parlamentares.

A estratégia repete a adotada na aprovação, pelo Senado, da Lei da Ficha Limpa, que evitou que o projeto, se emendado, voltasse para a Câmara onde poderia ser arquivado. Vale destacar que diante da repercussão da manutenção do mandato do presidiário Natan Donadon, a Câmara ressuscitou a PEC de autoria do então deputado Fleury Filho (SP) e que foi aprovada em primeiro turno em 2006. Desde então, a matéria estava engavetada, sem que ninguém mais se lembrasse da mesma.

A ideia do “fatiamento” da PEC é do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, que de chofre quer votar apenas a parte que diz respeito ao fim do voto secreto em caso de cassação de mandato. Acontece que a PEC não faz distinção e estabelece o fim do voto secreto em todas as votações, inclusive nas de vetos presidenciais e indicação de autoridades, como, por exemplo, ministros das instâncias superiores do Judiciário nacional.

Na opinião de Pedro Simon, esta é uma providência que deve ser aprovada pelo Congresso imediatamente, sem margem para discussões que servirão apenas para adiar o que é inadiável. “Mais tarde, com a reflexão que o tema requer, podemos discutir a conveniência de estabelecer uma ou outra exceção à regra, que deve sempre obedecer à suprema soberania de quem elege os representantes num Estado Democrático. Voto secreto, só o do eleitor”, destaca o senador.

06 de setembro de 2013
 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA HELIO FERNANDES

O pior crime da justiça e dos governos: precatórios. O Senado já deixa entrever e até garantir, pelo seu ínclito presidente: ‘Vamos examinar, sem pressa, o projeto que veio da Câmara’. Joaquim Barbosa continua com o processo do Fundo Aerus. O Sete de Setembro da Síria (e o resto do mundo?) pode ser no dia 9.



Amanhã é 7 de Setembro, pelo Calendário Gregoriano e pelo das ruas. O primeiro, imutável, foi implantado por causa da confusão geral. Ninguém se entendia, os países tinham suas próprias datas e comemorações. Todos aceitaram imediatamente, menos o Império Britânico.

Este levou 12 dias para aprovar. Assim, Shakespeare, que morreu num determinado dia de 1541, é citado na História com a morte 12 dias depois.

Miguel de Cervantes (glorioso criador do “Don Quixote”), morreu no mesmo dia do gênio do Império Britânico. E aparece com a data histórica correta, porque a Espanha ratificou no mesmo dia o Calendário Gregoriano.

QUE O CALENDÁRIO DAS RUAS, AMANHÃ, SEJA BREVE, BREVE, COINCIDÊNCIA COM A COMUNIDADE

Dominando as ruas, surpreendentemente, desde o já inesquecível 6 de junho, o país espera que o 7 de Setembro de amanhã tenha características, objetivos, protestos, reivindicações e manifestações como as que foram tão aplaudidas quando surgiram.

Milhões podem e devem ir às ruas (de onde o povo jamais sai, desprezado, humilhado e ignorado) exigindo pela voz e pelo povo, que sejam feitas as modificações imperiosas e importantes.

A confusão que levou ao protesto das ruas, é geral e total, perniciosa, miserável, inaceitável. E pelo descaso das chamadas autoridades, altamente PERIGOSA.

Assim, é preciso que os protestos sejam direcionados para o trivial ou o constitucional. Às vezes as duas coisas são coincidentes, ou melhor, apenas mascaram e mistificam as necessidades e os direitos de toda a população.

Que isso seja explícito e explicado com bastante clareza, firmeza, segurança, mas sem violência. Um só exemplo do comportamento altamente positivo: o “fim” da PEC 37 (retaliação que seria aprovada por unanimidade), que com medo das ruas foi votada no mesmo dia, também por unanimidade, mas lógico, vetada, deixou de existir.

REIVINDICAÇÃO IMPRESCINDÍVEL, IMEDIATA E APLAUDIDA

A Reforma Política está no alto e no alvo de todas as mudanças, mas como deixaram passar mais de 30 anos, e o próprio Congresso é que terá que fazer modificações, ficará um pouco (podem exigir o mais VELOZ possível) mais difícil. É preciso insistir e pressionar cada vez mais duramente.

Mas quatro pontos que devem representar PRIORIDADE total, podem ser mudados em um dia ou dois, por simples emenda constitucional, eficiente e urgente.

1 – Fim do voto OBRIGATÓRIO, execrável.

2 – Liquidação imediata do voto PROPORCIONAL, pelo qual o cidadão-contribuinte-eleitor sai de casa para votar em Pedro, elege uma porção de “Joãos”, como Garrincha denominava as vítimas de sua genialidade.

3 – Acabar com o suplente, na Câmara e no Senado, isso não leva nem um dia. (O ladrão Donadon está preso, não foi cassado, assumiu logo alguém que nem foi votado nem eleito, teve mais ou menos 8 mil votos).

4 – Implantação imediata do VOTO DISTRITAL, repressão ao VOTO DE LISTA, excrescência. Se já existisse o Distrital, muita coisa não teria acontecido. Voto Distrital é sinônimo de TRANSPARÊNCIA.

(Dona Dilma tentará capitalizar a dor, o clamor e o fervor do povo nas ruas, sem sucesso. Seu comportamento é típico e característico de gabinete, não conhece as ruas, nem nominalmente).

É PRECISO MARCAR VITÓRIA AMANHÃ

É lógico, claro e evidente que esses 4 pontos não são os únicos na pauta de exigências. Mas que avanço. E mais: o Congresso ATENDERÁ com toda a pressa possível, o que mostrará ao país que modificações inadiáveis são possíveis, parlamentares não poderão se manter impassíveis.

Em suma: exijam, sejam claros e imperiosos, nessas imprescindíveis exigências. Mas não esqueçam que o sofrimento, o descaso, o desprezo e o desrespeito com o povo são CONSEQUÊNCIA do desinteresse dos governos.

Aqui basta uma lembrança, lamentável, que exige protesto, punição e reviravolta de comportamento. Falamos do miserável “tratamento” que é dado pelos concessionários de transportes, diariamente, ao povo do Brasil inteiro.

Cobram caro, usam velharias (ônibus, trens, metrôs) não cumprem horário, submetem a população a vexames de toda ordem.

E quando um desses veículos para, o que acontece todo dia, o povão fica chorando no chão, sem saber o que fazer.

PS – Cadeia imediata para esses c-o-n-c-e-s-s-i-o-n-á-r-i-o-s. Liberdade para eles? Só quando o povão não precisar desperdiçar diariamente 3 horas para ir trabalhar e voltar para casa.

PS2 – Esses “concessionários” deveriam ser obrigados a usar diariamente o mesmo “transporte” que sonegam a quem paga.

PS3 – Podem comprar quantos carros quiserem, que ficarão nas garagens. Terão que sofrer com o povão que exploram e enriquecem com essa exploração.

O DIA 9 DA SÍRIA

Por enquanto, todos esperam. A Rússia garante: “Posso até apoiar os EUA, se eles tiverem provas do uso de armas químicas”. Novamente seus torpedeiros em alto mar, perto de tudo. Não vai usá-los.
A China, mais comedida e longe de ser atingida, dá apenas nota oficial: “A guerra da Síria pode afetar a economia global”.

A França informa que está totalmente apoiando a guerra da Síria, firme com os EUA, “não recuaremos”.

A Síria, no momento no centro de tudo, tenta mostrar que é potência, bem longe da impotência que acreditam. Fala sempre pelo próprio Bashar Al Assad: “Podemos até provocar a Terceira Guerra Mundial, não hesitaremos, não recuaremos nem nos entregaremos”.

Mas logo depois, ele mesmo pede à ONU que “comande negociações político-diplomática, ainda há tempo”.

E OBAMA, ONDE ESTÁ E E QUEM ESTÁ COM ELE?

Já recuou tudo o que não previa, podia ou pretendia. Sua vontade (proclamada publicamente) era ter atacado sexta passada. Chegamos a outra sexta-feira, o mistério, a decisão ou incógnita permanecem. Retumbou: “Minha palavra é definitiva”. Ele mesmo disse e desdisse, resolveu “esperar” o Congresso.

Na Câmara são 435 votos, maioria Republicana, apenas um representante não pertence a Democratas ou Republicanos, não precisa de partido. (Também era assim no Brasil até 1934).

O presidente da Câmara, Republicano, apoia Obama, 150 estão silenciosos. No Senado, de maioria (precária) Democrata, autorização para o ataque.

Sobre a posição da “opinião pública”, pesquisas para todos os gostos, vantagens e desvantagens à vontade do “cliente”.

De qualquer maneira, Obama atacará. Continua insistindo: “Nada igual ou parecido com Iraque e Afeganistão”. Duas guerras que começaram quando ele nem pensava ou acreditava que pudesse ser presidente.

ESQUECERAM DE EINSTEIN

Seria bom lembrar as palavras e análises do gênio da Relatividade: “Se houver a Terceira Guerra Mundial, a quarta será travada com paus e pedras, é o que sobrará”.

O MAIS VERGONHOSO  É O PRECATÓRIO 

Você tem toda razão, Lourenço Moreira Lima, de assinalar que, comentando a barbaridade do país ter 92 MILHÕES  de processos, com mais de 75 MILHÕES sem decisão, não ter falado no ainda mais vergonhoso e criminoso, que é esse chamado precatório.

Por que é mais grave ainda? É que essa palavra enquadra processos tidos e havidos como consumados, retirando-os da lista dos não resolvidos. Só que inacreditavelmente entram na relação que os governos federais, estaduais e municipais NÃO PAGAM ou levam anos para AMORTIZAR. Crime em cima de crime.

Obrigado, Lourenço, agora sou eu que pergunto, por uma questão sentimental, de coração e admiração: o teu Moreira Lima tem ligação ou parentesco com o grande brigadeiro Moreira Lima?

JOAQUIM BARBOSA AINDA NÃO DEVOLVEU O PROCESSO DO AERUS

Luiz Marques, excelente a tua informação: o presidente do Supremo ainda não devolveu o processo do Fundo Aerus. O Carlos Newton já reformou, informou e retificou, a mim cabe apenas ratificar. Eram dois processo, ele devolveu um ficou com o outro, nem se incomoda ou “sofre” com o fato de centenas de milhares, ou de milhões, terem que esperar a vida inteira.

Como eu disse, sem salário, sem aposentadoria, perderam parte da vida pela mistificação do que chamam de justiça. Agora se transformaram em idosos, esperavam viver do que recolheram mensalmente por mais de 30 anos, são impiedosamente desprezados pelos poderosos, que não ligam para o direito dos outros.

Obrigado, Luiz Marques, pela tua lembrança, podemos exigir do presidente do Supremo: JOAQUIM BARBOSA, DEVOLVA O PROCESSO DO AERUS.

06 de setembro de 2013

REDE RECORD VIROU MAIS UM VEÍCULO DE PROPAGANDA DO PT




Basta assistir à TV Record para saber que aquilo virou um veículo de propaganda petista. Aqui mesmo em Brasília, quem tenta sobre podridões no governo local de Agnelo Queiroz, do PT, tem que mudar de canal.

O Edir Macedo, para conquistar, ou melhor, ficar livre de problemas com o governo federal, adotou um discurso pró-aborto e silencioso sobre o movimento gay.  Mas, para quem não sabe, Macedo já foi ferrenho crítico de Lula.

Elogiando o governo petista, Edir Macedo, de conhecida reputação, não corre mais quaisquer riscos. Aliás, já recebeu até condolências de Lula, que afirmou ser solidário ao “sofrimento” de Edir Macedo, citando a prisão do “bispo” em 24 de maio de 1992, acusado de charlatanismo e curandeirismo. Em junho do mesmo anos, depois de contratar por 500 mil dólares o advogado Márcio Thomaz Bastos, Macedo teve o habeas corpus concedido.

E A VEJA?

Quando a Veja publicava os descalabros do Governo Collor, era “queridinha” do PT em 1992. Agora que o PT de extinta ética, e agora recheado de quadrilheiros, tem seus assaltos ao Erário publicados pela mesma revista, então, isso vira coisa de PIG (Partido da Imprensa Golpista).

Já fui um aguerrido petista, até que o governador Agnelo, do PT aqui de Brasília, não me deixou mais dúvidas de que era verdade mesmo tudo o que a revista Veja e demais órgãos de imprensa publicavam sobre a esquerda brasileira. Toda ela. Desde o PSDB, PT até o PSOL.
Acordei, e agora fazendo o trabalho inverso, que tive para arrebanhar pessoas para a causa petista, e que ainda estão anestesiados desde a década de 80. Vai demorar um pouco, mas se conseguimos mostrar que no passado o PT seria a “salvação” do Brasil, os fatos mostrarão de per si que, tudo era mentira!

FONTE:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/revelacoes_de_edir_macedo
 

LIVRE PENSAR É SÓ PENSAR


SINTOMAS DO FRACASSO ANUNCIADO: INTOLERÂNCIA E INABILIDADE POLÍTICA


 
Tempos atrás, ainda neste ano e antes das manifestações que demoliram a popularidade dos políticos, escrevi que o governo Dilma Rousseff colocava o seu imenso favoritismo para 2014 em xeque.
 
Na ocasião, Dilma tinha mais de 60% da preferência eleitoral na corrida presidencial e as percepções de fracasso na economia ainda não haviam se cristalizado.
 
No fim do artigo, eu concluía dizendo que o maior adversário de Dilma é seu próprio governo e seu estilo de gestão. Sobretudo a incapacidade de transformar sucesso econômico e popularidade em poder político.

Era uma situação que defini como de fracasso assintomático. O artigo foi escrito em fevereiro deste ano e publicado no “Brasil Econômico”. Pois bem, de lá para cá, passaram-se alguns meses. E o que era assintomático transformou-se em fracasso evidente.

Os cinco problemas que apontei no início do ano somente se agravaram. A rigor, os problemas já existiam antes das manifestações de junho. De fevereiro para cá, tudo piorou.

A relação do Planalto com o mercado financeiro nunca esteve tão ruim desde o início da era Lula. A confiança do empresariado no governo está em baixa histórica. O apoio sindical ao governo está rachado como nunca antes. O diálogo com os movimentos sociais é precário, assim como o diálogo com o mundo político.

SEM ASSESSORIA

Quando o prestígio de Dilma despencou, Lula teria recomendado que ela promovesse diálogos semanais com seu conselho político. A iniciativa foi retomada, mas logo as reuniões deixaram de se realizar.

A intolerância e a inabilidade política do governo estão conseguindo transformar em realidade duas velhas aspirações do Congresso que o Executivo sempre quis evitar: a iminente aprovação do Orçamento impositivo e a rápida votação dos vetos presidenciais. O Orçamento Impositivo foi aprovado pela Câmara com ampla margem de votos e agora está sob análise do Senado. Os vetos presidenciais serão analisados todo mês pelo Congresso Nacional. Já houve reunião dos congressistas em agosto, e a próxima acontece no dia 17 de setembro.

Para piorar, em que pese a honestidade da presidente, o governo fraqueja em evitar escândalos graves e negociatas que ocorrem – nas barbas do Ministério Público – dentro dos ministérios e das empresas estatais. A famosa faxina do início do mandato deixou de prosseguir.

Paradoxalmente, Dilma continua favorita. Seus erros e inconsistências, apesar de tudo, ainda não a retiraram dessa condição. Contribui para isso o caráter amador-juvenil de nossas oposições.

RESSENTIMENTOS…

Como bem disse Elio Gaspari, “o PSDB tem mais ressentimentos do que planos e mais queixas do que projetos”. A presidente, conforme última pesquisa Ibope (15 e 18 de agosto), começa a recuperar parte da popularidade perdida. Os que avaliam o governo da presidente ótimo ou bom subiram de 31%, em julho, para 38% em agosto.

Outro aspecto paradoxal é o fato de que a receita testada e aprovada de Lula para criar consensos foi descaradamente abandonada para se estabelecer um jogo voluntarista de perde-perde.

Não ganha o governo, já que está cercado de dificuldades políticas. Não ganha a base política, por conta do relacionamento precário com o governo. Não ganha a sociedade civil, que perdeu espaços de negociação. Perde, sobretudo, a cidadania, que vê os poderes públicos claudicando justo quando temos, provavelmente, as melhores condições financeiras e fiscais da história econômica do país.

Ultimamente, Dilma resolveu se mexer e viajar pelo Brasil. Porém, não adianta só buscar a “foto do dia” na imprensa. Dilma deve cuidar daqueles que podem multiplicar as boas novas do governo. A receita é simples: bastar ter vontade de ouvir e de conversar.

06 de setembro de 2013
Murillo de Aragão

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 06/09
 
 
06 DE SETEMBRO DE 2013


O GRITO DO IPIRANGA

 
06 de setembro de 2013




 

LIBERDADE, NOVA LIBERDADE


Há uma nova liberdade nas ruas do meu país que ainda não tomou o jeito da esperança que se alcança sem monitores, sem donos, sem caudilhos, sem um comandante.

Há, pressinto, uma nova liberdade nos ares do meu país que pela voz das ruas começa a ensinar que democracia é, muito mais do que fazer apenas aquilo que as leis permitem; é fazer que o sonho de justiça e de igualdade social seja possível.

Há, pode-se ver, uma nova liberdade latente nas ruas do meu país, que me mostra a dura e triste realidade de que há, nesses tempos de democracia da Silva, ainda que pincelada de falsa ternura, tanta baixeza e servilismo, quanto nos anos de desportismo.

Há, uma nova liberdade nas ruas do meu país, de homens livres que não querem dominar os outros; que não têm ânsia de mando, nem aspiração pelo poder que não é mais do que um espírito de submissão, já que o dominador é aquele que não se sente cidadão nem gente, senão em razão de oprimir o dominado.

Há uma nova liberdade no meu país, eu a pressinto, na forma como a moral se manifesta de maneira simples, espontânea, de dentro pra fora, de baixo pra cima, no ato simples de sair às ruas e desfrutar do direito de cada um usar a própria esperança como ponto de referência para que todos tenham os mesmos direitos, as mesmas oportunidades.

Há uma nova liberdade nas ruas do meu país, eu a pressinto no ar, eu a navego nas ondas das redes sociais, uma nova liberdade que revela a dura verdade de que a corrupção no Brasil é o grande sintoma da doença constitucional desta nação. Ela mostra que o organismo público brasileiro está enfermo, em estado terminal.

Há uma nova liberdade no meu país, que escancara o mal que transformou a Constituição-Cidadã de 1988 em um mero formulário de receitas para salvar a fome de poder e a sede insaciável da pandilha de dominadores; uma moléstia política que supre a ganância individual dos seus intérpretes oficiais.

Há uma nova liberdade no ar do meu país que já descobriu o quanto tem sido fácil para os poderes constituídos legalizar de tudo um pouco, sem que nada seja legitimado.

Essa nova liberdade que sai às ruas do meu país, não tem dono, não tem patrão, não tem compadrios, não tem feitio de partidos, não tem ranço de políticos profissionais, não tem medo de ninguém, nem de nada; tem a razão como ânimo e a verdade como companheira.

Há uma nova liberdade no ar do meu país. Eu a pressinto; eu a sinto. Já tem forma de gente. Mais que a velha, usada e abusada liberdade dos festivos dias 7 de Setembro. Esta nova é independente.

Mas essa nova liberdade que vejo pelas ruas e pelas redes sociais do meu país, ainda está no ar.
 
06 de setembro de 2013
sanatório da notícia

MENSALÃO: O LADRÃO INSULTA O JUIZ




NA SUA MEDIOCRIDADE, DILMA TROCA O RESTO DO MUNDO PELA ARGENTINA E ASSINA DOCUMENTO CONTRA O LIVRE-COMÉRCIO


 
O governo petista surpreendeu mais uma vez, conseguiu superar-se e atingiu um novo patamar de incompetência diplomática, ao se alinhar, em São Petersburgo, ao conhecido e desmoralizante protecionismo argentino. Em mais um vergonhoso pas de deux, a delegação brasileira uniu-se à Argentina, na quarta-feira, para se opor à inclusão, no documento final da reunião de cúpula do Grupo dos 20 (G-20), de um compromisso a favor do livre-comércio.
 
Desde a primeira reunião, em 2008, no começo da crise, líderes das maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento têm reafirmado a intenção de evitar novas medidas protecionistas. A atitude brasileira é duplamente desastrada. Além de confirmar a vocação protecionista do governo, pode ser embaraçosa para o novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo.
 
Eleito para chefiar uma entidade global, com 159 países-membros, ele está proibido, assim como a francesa Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, de agir em nome dos interesses de seu país. Mas nunca deixará de ser lembrado como um diplomata brasileiro, apoiado por seu governo, como todos os concorrentes, na disputa do cargo. Como agirá na administração do sistema comercial, poderão perguntar autoridades de outros países, um funcionário eleito com o apoio de um governo abertamente protecionista? A única defesa de Roberto Azevêdo, diante do embaraço, é a reputação conquistada por seu esforço nos anos de atuação diplomática na OMC.
 
De qualquer ponto de vista é indefensável a posição brasileira, em São Petersburgo, em relação ao compromisso comercial. As promessas formuladas em reuniões do G-20 nem sempre têm sido cumpridas. Mas a multiplicação de barreiras, nos últimos cinco anos, foi menor, segundo especialistas, do que se poderia temer numa fase de estagnação e até de recessão nos maiores mercados. Brasil e Argentina estiveram entre os campeões do protecionismo, nesse período. Mas nunca haviam chegado a renegar oficialmente, perante a comunidade internacional, a prioridade do livre-comércio de mercadorias.
 
Brasil, Argentina, Rússia e Ucrânia aparecem com destaque num relatório da União Europeia sobre medidas protecionistas adotadas a partir de 2008. O relatório é especialmente comprometedor quando se refere ao período mais recente. De acordo com o documento, 154 novas barreiras foram impostas entre maio de 2012 e maio de 2013 e o Brasil seria responsável por mais de um terço, seguido por Argentina e Índia.
 
Nem toda elevação de tarifas contraria as normas internacionais. O Brasil ainda tem espaço para aumentar tarifas, argumenta a delegação brasileira. Mas nem por isso a ampliação de restrições deixa de ser prejudicial ao comércio, especialmente num período de baixo dinamismo internacional. Curiosamente, a economia brasileira foi muito mais prejudicada pelo protecionismo argentino, a partir de 2008, do que pelas barreiras encontradas nos mercados mais desenvolvidos e mantidas, na maior parte, sem alteração.
 
As barreiras impostas pelo vizinho continuarão em vigor pelo menos por mais dois anos, como anunciou há poucos dias o governo da presidente Cristina Kirchner. Esse mesmo governo pretende prolongar o regime de comércio administrado para o setor automobilístico. Esse regime foi prorrogado várias vezes, com adaptações sempre ditadas pelos argentinos.
 
As autoridades brasileiras sempre aceitaram as imposições de cabeça baixa e ainda recomendaram atitude semelhante aos industriais brasileiros. A mesma atitude prevaleceu quando se decidiu suspender o Paraguai do Mercosul para facilitar o ingresso da Venezuela bolivariana.
 
Também nas negociações com a União Europeia o governo brasileiro se curvou ao protecionismo argentino. Essa é uma das causas principais do emperramento dessas negociações. Em São Petersburgo, no entanto, a diplomacia petista levantou a costumeira bandeira da mediocridade com vigor surpreendente até para os mais pessimistas.
 
06 de setembro de 2013
Editorial do Estadão, intitulado "Vexame em São Petersburgo".

SENADORES JÁ RECEBERAM R$ 14,5 MILHÕES EM VERBA INDENIZATÓRIA NESTE ANO


 

 
Além do salário de R$ 26,7 mil e do auxílio-moradia no valor de R$ 3,8 mil para os parlamentares que não ocupam imóveis funcionais, os senadores ainda têm direito ao ressarcimento dos gastos com passagens aéreas para os estados de origem, locação de automóveis e imóveis para escritório, entre outros. Este ano, os 81 senadores já receberam R$ 14,5 milhões em verba indenizatória.
 
Formalmente chamada de Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores (CEAPS), cada parlamentar tem direito a receber mensalmente o somatório da verba indenizatória pelo exercício de atividade parlamentar (R$ 15 mil) e do valor correspondente a cinco trechos aéreos, ida e volta, da capital do Estado de origem a Brasília.
 
De acordo com a legislação, a CEAPS destina-se ao ressarcimento das despesas efetuadas com o aluguel de imóvel destinado à instalação de escritório de apoio à atividade parlamentar, compreendendo as despesas de locação e demais serviços para o funcionamento do local; a aquisição de material de consumo para uso no escritório e a locação de meios de transportes destinados à locomoção dentro do Estado de origem, hospedagem e alimentação do parlamentar ou de servidores comissionados e efetivos lotados em seu gabinete.
 
A verba indenizatória ainda pode ser utilizada para a compra de combustíveis e lubrificantes; a contratação de consultorias, assessorias, pesquisas, trabalhos técnicos e outros serviços de apoio ao exercício do mandato parlamentar; o pagamento de serviços de segurança prestados por empresa especializada; a divulgação da atividade parlamentar e a aquisição de passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais.
 
Ainda segundo a norma, não são objetos de ressarcimento os pagamentos efetuados a pessoa física, salvo quando se tratar do pagamento pelas locações expressamente previstas, em razão da hospedagem de senador no Distrito Federal e a aquisição de material permanente. A utilização da CEAPS também não é permitida para ressarcimento de despesas relativas a bens oferecidos ou serviços prestados por empresa ou entidade da qual o proprietário ou detentor seja o senador ou parente dele até o terceiro grau.
 
O valor ressarcido com passagens aéreas aos parlamentares foi de R$ 4,4 milhões até o dia 3 de setembro. Esse tipo de despesa é a mais ressarcida aos senadores, visto que estes precisam viajar frequentemente para os estados de origem. Em segundo lugar, entre as despesas pagas através de verba indenizatória, estão os gastos com locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes. Foram ressarcidos R$ 3,6 milhões aos senadores este ano.
 
Logo atrás, estão os ressarcimentos relativos ao aluguel de imóveis para escritório político, compreendendo as despesas internas. Os senadores receberam R$ 2,6 milhões para as locações. Completam a lista os gastos com divulgação da atividade parlamentar (R$ 1,7 milhões), contratação de consultorias e assessorias (R$ 1,3 milhões), aquisição de material de consumo (R$ 550,3 mil) e segurança privada (R$ 232,5 mil).
 
Maiores ressarcimentos
 
O senador João Capiberibe (PSB), do Amapá, lidera a lista dos parlamentares que mais foram ressarcidos em 2013. O senador já reembolsou R$ 310,4 mil do governo federal. Segundo Capiberibe, o alto valor pode ser explicado pelas constantes viagens para a região Norte do país. “O fato de ser um representante do Amapá faz com que os gastos relativos a passagens aéreas, aquáticas e terrestres onerem em muito o orçamento. Em julho, por exemplo, chegamos a comprar uma passagem aérea Brasília-Macapá por R$2.377,55, um único trecho, pela TAM”, explica o senador.
 
Em relação a medidas de contenção dos gastos, o senador afirma que procura executar 100% do orçamento, em atividades estritamente parlamentares. “Não admitimos desperdícios e nem a utilização para atividades que não sejam do exercício do parlamentar. Procuro viajar sozinho sempre que posso. Claro que há situações em que não posso abrir mão de minha assessoria para me auxiliar. Tentamos comprar passagens com o máximo de antecedência, o que barateia em muito, mas quase nunca é possível”, enumera Capiberibe.
 
O senador disse ainda que o escritório político em Macapá e de propriedade própria, o que elimina o gasto com aluguel. “Para circular em Brasília, dispensei o carro oficial e o motorista - é mais econômico me locomover de taxi”, explica. Em relação aos parlamentares que dispensam ou utilizam pouco a verba indenizatória, Capiberibe diz manter uma desconfiança: “Um mandato atuante, verdadeiramente representativo, com assessoria produtiva e escritório ativo no estado, precisa de gastos”, completa.
 
Além de Capiberibe, Jader Barbalho (PMDB/PA), Aníbal Diniz (PT/AC), Wellington Dias (PT/PI) e José Pimentel (PT/CE), completam a lista dos senadores que mais foram reembolsados em 2013. Os senadores receberam respectivamente: R$ 303,3 mil, R$ 293 mil, R$ 288,4 mil e R$ 279,8 mil.
 
A assessoria do senador Wellington Dias informou que o parlamentar visita em média oito municípios por fim de semana e às vezes precisa utilizar taxi aéreo para chegar a determinadas cidades, o que aumenta os gastos. Ainda de acordo com a assessoria, todos os gastos são feitos de maneira transparente e da forma mais econômica possível.
O gabinete do senador José Pimentel se limitou a dizer que os “gastos estão restritos ao exercício da atividade parlamentar” e que utiliza os recursos da cota parlamentar “sempre observando os princípios da legalidade, razoabilidade e eficiência no exercício da atividade”.
 
Segundo o senador Aníbal Diniz, o motivo dos gastos elevados é a distância do Acre, estado que possui uma das passagens aéreas mais caras do país. “Minhas atividades parlamentares são 100% custeadas pelas verbas rescisórias, conforme autorizado pelo Senado, não dispondo o mandato de outra fonte”, afirma o senador. Segundo o parlamentar, a redução de despesas é uma preocupação constante do mandato.
A assessoria do senador Jader Barbalho foi contatada, mas não respondeu as solicitações do Contas Abertas até o fechamento da reportagem.
 
Sem verba indenizatória
 
Três senadores optaram por não fazer uso da verba indenizatória este ano. São eles, Cristovam Buarque (PDT/DF), Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) e Eunício Oliveira (PMDB/CE). Embora trabalhem e residam na capital do país, os senadores do DF também têm direito à verba indenizatória. Além dos R$ 15 mil, o valor das passagens é o mesmo destinado ao representante de Goiás.
 
06 de setembro de 2013
Marina Dutra
Do Contas Abertas


 
 
 
 

 

 
 
 

QUADRILHA DOS PATRIOTAS QUE FOI EMPRESTAR SEU APOIO A JOSÉ DIRCEU, O LARÁPIO

“Preso político” em democracias ou é terrorista ou é golpista
 

No Brasil, algumas coisas são santas, e, diante delas, a gente deve se persignar: opiniões do Caetano Veloso, do Chico Buarque e do Wagner Moura; defensores do aborto e da legalização das drogas; os apocalípticos do aquecimento global e inimigos do agronegócio; os militantes em favor da ampliação das reservas indígenas (que já ocupam 13% do território nacional, para abrigar menos de 600 mil índios — uma parcela dos que se identificam assim não vive em reservas) e, deixem-me ver… Lembrei!
 
É preciso também curtir “aquele japonês” de vez em quando — refiro-me a um restaurante, claro! Se a ideia de comer peixe cru com nabo ralado não excita a sua inteligência, meu amigo, é inútil esperar que seja o paladar a fazê-lo. E é preciso também chamar todos esses burgueses dos capital alheio, que atendem pelo nome de “movimentos sociais”, de “defensores da democracia”.
 
Os movimentos sociais, com algumas exceções, são apenas uma das fachadas de um partido político — no caso, o PT. As exceções ficam por conta dos movimentos sociais que são fachada do PSOL, do PSTU e de outros menos cotados e votados. Vale também para boa parte dos sindicatos. Vejam o caso da deputada estadual Janira Rocha, do PSOL do Rio. A valente confessa que usou dinheiro do Sindsprevi para financiar a sua campanha eleitoral, a campanha eleitoral de outros colegas de legenda e para criar o próprio partido. Mas isso tudo a propósito de quê?
 
O quadrilheiro José Dirceu, também condenado como corruptor, reuniu nesta quinta, no salão de festas do prédio em que mora, uma legião de bravos. Estavam lá para assistir à sessão do STF, assim como pessoas de bem se encontram para acompanhar a premiação do Oscar ou os jogos da Seleção durante a Copa do Mundo. Compareceram, além de familiares e ex-mulheres, o escritor Fernando Morais, o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, a diretora de cinema Tata Amaral, a jornalista Hildegard Angel, o deputado estadual Adriano Diogo (PT), o ex-prefeito petista de Osasco Emídio de Souza, o crítico de cinema Jean-Claude Bernardet e, não podiam faltar, o presidente da CUT, Vagner Freitas, e o chefão do MST, João Pedro Stedile. Este vive meio às turras com o PT e o governo Dilma, mas não é burro.
 
Que fauna curiosa! Tirem dali os sindicalistas que sempre foram tentáculos do PT e os que costumam depender da boa vontade de verbas púbicas para existir (Stedile inclusive) e vejam o que sobra. Nada! Nem mesmo os familiares e ex-mulheres podiam ser computados nesse resto desinteressado, já que Dirceu, como é sabido, é a cornucópia que expele as condições materiais que garantem à grei a vida confortável.
 
João Pedro Stedile, por intermédio do Levante Popular da Juventude — que é, assim, uma espécie de “ala jovem e contemporânea” do MST; eles estão quase chegando à década de 60; com mais uns 40 anos, vão se aproximar dos CPCs da UNE… —, promoveu dia desses uma manifestação em São Paulo contra a Siemens e coisa e tal. Entendi. João Pedro Stedile põe os seus abduzidos para protestar contra o que ainda é uma acusação de corrupção, mas vai prestar à sua solidariedade a Dirceu, um condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha.
 
É a quadrilha dos patriotas.
 
Se Lewandowski tivesse conseguido liderar, nesta quinta, o levante em favor da redução da pena de formação de quadrilha, livrando Dirceu do regime fechado, haveria uma festa e declarações grandiloquentes em favor da resistência. Se o julgamento tivesse acabado, confirmando a pena que levará à prisão, então, cercado desses bravos, Dirceu se declararia, como sugeriu que o fará, um preso político.
 
“Preso político” em regime democrático? Só conheço duas modalidades: golpistas da democracia e terroristas. Considerando a natureza do mensalão, talvez o marketing do martírio faça
 
06 de setembro de 2013
Reinaldo Azevedo - Veja

"A INFLAÇÃO NÃO É NEUTRA"

 
 
O pessoal do Banco Central acha agora que a máquina de torrar dinheiro que funciona no Ministério da Fazenda e arredores não colide com o controle da inflação. No dizer dos técnicos, a política fiscal petista caminha para uma "zona de neutralidade” que ninguém consegue enxergar. Trata-se de uma espécie de "ata Tiririca”: pior do que está não fica. O risco, com isso, é deixar de atacar com o ímpeto necessário o mal maior: a inflação que a todos penaliza.
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Ata do Comitê de Política Monetária (Copom) é um dos assuntos mais chatos que existe. Mas, diante do giro de 180 graus que o Banco Central exprimiu no documento divulgado ontem, comentá-la torna-se imperativo. Até porque a montanha de jargões usados pelos técnicos trata de um aspecto crucial para a vida de cada brasileiro: a inflação.

Nos últimos meses, o BC vem desempenhando importante papel na guerra contra o descontrole dos preços. A autoridade monetária deixou de lado uma postura dúbia e vacilante e passou a tratar a necessidade de domar inflação com a dose de severidade que a situação exige.

Neste processo, promoveu quatro altas seguidas na taxa básica de juros, fazendo a Selic saltar de 7,25% em março para 9% em agosto. E sinaliza que o processo ainda deve continuar até lamber o patamar próximo a 10% ao ano.

Ao mesmo tempo em que o BC afiou suas garras de falcão, num outro ponto de Brasília o Ministério da Fazenda deu asas à pomba dos gastos. Ao esforço de um correspondeu a leniência do outro, na forma de esforços fiscais cada vez mais frouxos, despesas correntes cada vez mais altas e investimentos públicos cada vez mais minguados.

Apenas para se ter uma ideia: de janeiro a julho últimos, o aumento da despesa primária do governo federal foi de R$ 57,8 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto nestes mesmos sete meses o investimento cresceu apenas R$ 26 milhões.

As mais recentes atas do Copom denunciavam discrepâncias como estas. Apontavam o caráter "expansionista” da política fiscal e seu efeito deletério sobre a inflação. Foi um momento de integridade do BC, que, pelo que se revelou no texto divulgado ontem, luziu mais rápido do que raio em dia de céu claro.

Agora, o pessoal do BC acha que a máquina de torrar dinheiro que funciona no Ministério da Fazenda e arredores não colide com o controle da inflação. No dizer dos técnicos, a política fiscal petista é condizente para que "o balanço do setor público em posição expansionista se desloque para a zona de neutralidade”. Ninguém entendeu tão radical guinada.

Entre julho e agosto, as condições fiscais do país não apresentaram melhora alguma que justificasse a mudança do BC. O superávit feito para pagar juros neste ano já será menor que o maquiado resultado de 2012. E, pior, o de 2013 será ainda mais rasteiro, descendo ao patamar mais baixo em 12 anos, conforme proposta de Orçamento enviada ao Congresso na semana passada.

Segundo Claudia Safatle, analista privilegiada do Valor Econômico, uma "leitura possível” da guinada das avaliações do BC "é que o superávit primário já caiu o que o governo acha que podia cair”.

Do segundo semestre de 2012 até julho, o superávit primário caiu praticamente à metade, de quase 3% do PIB para cerca de 1,5% do PIB. Assim, poderíamos chamar o documento divulgado ontem pela autoridade monetária de "Ata Tiririca”: pior do que está não fica. Será?

O mais importante são os efeitos que esta política zonza pode ter sobre o controle da inflação, já que o BC é, institucionalmente, o guardião da nossa moeda. Hoje de manhã saiu o IPCA de agosto, com alta de 0,24%. Embora tenha vindo em linha com o estimado pelos analistas, o índice representa elevação considerável em relação ao 0,03% registrado em julho.

No acumulado em 12 meses, o índice oficial de inflação passou de 6,27% para 6,09%, segundo o IBGE. Caiu, mas ainda é muito, muito alto para um país que cresce quase nada e tem preços relevantes – como os da gasolina e da energia – crassamente manipulados pelo governo. A inflação brasileira está bem acima dos padrões aceitáveis no mundo, e muitíssimo distante da meta de 4,5%, que o BC disse ontem que só será atingida daqui a dois anos...

Há um temor de que a nova visão expressa pelo Banco Central indique que a espinha da autoridade monetária se dobrou diante de outras conveniências, forçando a política monetária (juros) a dizer amém à política eleitoral. O risco, com isso, é deixar de atacar com o ímpeto necessário o mal maior: a inflação que a todos penaliza. Neste jogo, não há neutralidade possível.
 
06 de setembro de 2013
Instituto Teotônio Vilela