14 DE JUNHO DE 2014
Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
sábado, 14 de junho de 2014
COM A BOCA NA BOTIJA
PF identifica depósitos feitos por fornecedores da Petrobras em conta de laranja do doleiro Youssef
Engana-se quem pensa que chegaram ao fim as prisões decorrentes da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. De acordo com as investigações policiais, empresas que têm contratos com a Petrobras fizeram depósitos em contas bancárias abertas na Suíça em nome de um cítrico preposto do doleiro Alberto Youssef, que encontra-se preso em Curitiba. Entre as empresas que fizeram os tais depósitos estão a Sanko Sider e a empreiteira OAS, como provam documentos apreendidos pela PF.Autoridades suíças bloquearam uma conta com saldo de US$ 5 milhões e que suspeita-se que tenha sido abastecida com dinheiro desviado da petroleira verde-loura. A criminosa lavanderia financeira comandada por Youssef teria movimentado aproximadamente R$ 10 bilhões.
A Sanko Sider é a maior fornecedora de tubos da Petrobras, enquanto a OAS mantém vários contratos com a estatal. Os depósitos foram feitos em contas de empresas sem qualquer tipo de operação e que integram o esquema de Alberto Youssef.
Vale lembrar que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, também preso em Curitiba, passou a prestar consultoria aos fornecedores da petroleira após deixar a empresa. Ele voltou a ser preso, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, por causa da possibilidade iminente de fuga e por manter na Suíça uma dúzia de contas bancárias com saldo total de US$ 23 milhões, montante devidamente bloqueado.
Em depoimento à CPMI da Petrobras, Costa negou que a empresa seja um balcão de negócios ou uma organização criminosa. De igual modo, o ex-dirigente afirmou que na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, não houve superfaturamento. Acontece que o custo inicial da refinaria pernambucana foi estimado em R$ 6 bilhões, mas já consumiu muito mais e a conta final deve chegar a R$ 42 bilhões.
Uma força-tarefa montada integrada pela Polícia Federal, Justiça Federal e Ministério Público, com servidores altamente capacitados e experientes em crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, está debruçada sobre o escândalo que vem tirando o sono de muitos dos frequentadores da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Isso porque Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa são verdadeiros arquivos vivos, assim como também deixaram rastros de suas lambanças.
O ucho.info vem acompanhando os desdobramentos da Operação Lava-Jato e já identificou que novas prisões podem acontecer em breve. Pessoas ligadas a Youssef que ainda não foram incomodadas pela PF estão acuadas e podem soltar o verbo a qualquer momento. A Polícia Federal vem monitorando diuturnamente o segundo escalão do esquema criminoso operado pelo doleiro. Fora isso, o site teve a cesso a informações bombásticas que ainda não foram repassadas às autoridades que investigam o caso. (Matéria ampliada às 19h01)
- Nenhuma empresa do Grupo Sanko-Sider tem ou teve, em qualquer época, conta no Exterior. Somos uma empresa importadora, que paga aos seus fornecedores nos bancos por eles indicados, das mais variadas bandeiras, em todo o mundo; todos esses pagamentos são corretos, tributados, registrados, acompanhados, autorizados e aprovados pelas autoridades e instituições competentes, após completa análise. Não há nenhum centavo dessas remessas que não esteja totalmente documentado.
- Todas as remessas feitas pelo Grupo Sanko-Sider ao Exterior são única e exclusivamente destinadas ao pagamento de fornecedores. Não há nenhum pagamento em aberto. Todos os pagamentos geraram a entrada dos produtos pagos no país. O câmbio é sempre fechado via Banco Central do Brasil. Todas as operações são realizadas por intermédio de bancos comerciais brasileiros, após a devida anuência, liberação e homologação do Banco Central, com conhecimento da Receita Federal. Compramos os tubos, flanges e conexões, fazemos os pagamentos, recebemos os tubos, flanges e conexões. Todas as remessas que fazemos ao Exterior são comerciais, para este fim. As remessas ocorrem da seguinte forma:
1 – Todas as operações com Swift bancário (especificando o destinatário);
2 – Todas as operações com contrato de câmbio (que comprova a origem lícita dos valores);
3 – Todas as operações possuem suas respectivas Comercial Invoice, Proforma Invoice, BLs Bill of Lading;
4 – Todos esses documentos são rechecados na Receita Federal do Brasil, tanto no registro da DI no Siscomex, e Emissão da CI na Alfândega.
Não há nenhum centavo dessas remessas que não esteja totalmente documentado.
- Todos os papéis, pagamentos, saídas de dinheiro autorizadas, recebimento dos materiais importados, com pagamento de todas as taxas e impostos, estão em documentos que desfarão qualquer ilação criminosa como essas de que temos sido vítimas, e que prontamente esclareceremos às autoridades, caso formos notificados ou chamados.
No entanto, pediríamos à imprensa, antes de precipitar-se em publicar acusações equivocadas, que verifiquem nossas informações junto ao Banco Central e a Receita Federal, que poderão comprová-las. Não há, repetimos e insistimos, e o comprovaremos no foro adequado, a Justiça, nenhum centavo dessas remessas que não esteja totalmente documentado.
Somos uma empresa com 18 anos de mercado, um nome e uma marca a zelar. Confiamos na Justiça e nas investigações que comprovarão nossa lisura.
GRUPO SANKO-SIDER
13 de junho de 2014″
14 de junho de 2014
ucho.info
MAL CONTADO
Fala desconexa da presidente da Petrobras desmorona com a prisão de Paulo Roberto Costa
Se a Copa do Mundo da FIFA, que de forma desnecessária acontece no País, deixará legados é a principal discussão do momento, mas pelo menos um deles já se conhece. E ficou muito claro na Arena Corinthians, em São Paulo, palco da cerimônia de abertura do evento e do jogo de estreia. Esse legado é o efeito anestésico do mundial no raciocínio da opinião pública, que já começa a acreditar que o Brasil é o país de Alice.Como depois da ressaca futebolística a vida continua, a ordem é retomar a discussão sobre as barbáries que imperam na política nacional. Assim, o ucho.info começa pelo depoimento da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, na quarta-feira (11), aos membros da CPMI que investiga os muitos escândalos que tiveram a petroleira nacional como cenário.
Graça Foster, como gosta de ser chamada a presidente da Petrobras, admitiu durante o depoimento que a empresa pode ter cometido “todos os erros” no planejamento da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo orçamento inicial era de R$ 6 bilhões, mas já beira a incrível marca de R$ 42 bilhões. Contudo, Foster garantiu que os projetos da refinaria foram elaborados de forma “técnica” e aprovados pela diretoria da estatal.
“Essa fase um [da construção de Abreu e Lima] foi aprovada pela diretoria da Petrobras em setembro de 2005. Em seguida, passamos para as fases dois e três. Foi um trabalho muito importante. Podemos ter cometido todos os erros, mas foi um trabalho técnico”, declarou a presidente da Petrobras.
Ora, há muitas declarações desconexas nessa fala, que acompanhada de forma contemplativa pela chamada base aliada, a qual não se importa com o contínuo assalto ao bolso do contribuinte. Se o projeto da refinaria Abreu e Lima seguiu critérios técnicos, alguém cometeu erros imperdoáveis na elaboração do mesmo. Ou, então, a diretoria que aprovou o projeto agiu de má fé diante de algo estapafúrdio.
A Polícia Federal, por sua vez, investiga, na esteira da Operação Lava-Jato, a atuação criminosa de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, em especial nos contratos da refinaria pernambucana. Após deixar a petroleira, Costa passou a prestar consultoria às empresas que participam da construção da bilionária refinaria Abreu e Lima.
A fala desconexa de Maria das Graças Foster, que estava visivelmente nervosa e não convenceu, foi reforçada pela nova prisão de Paulo Roberto Costa, que, de acordo com a Justiça Federal, mantém US$ 23 milhões em uma conta bancária secreta na Suíça e poderia fugir a qualquer momento do País.
14 de junho de 2014
ucho.info
EM CIMA DO MURO?
Que confusão! Política com torcida! Só poderia mesmo dar nisso… confusão geral!
Se tem algo que brasileiro sabe fazer é Carnaval! Falem o que quiser, mas disso ninguém duvida. Brasileiro tem gingado, tem samba no pé. Brasileiro trabalha o ano inteiro por uma fantasia que será usada em apenas quatro ou cinco dias do ano seguinte e jura que vale a pena. Brasileiro se endivida para sambar.E, na hora de mostrar ao mundo talvez a única coisa que sabemos fazer com excelência – tratando-se de povo enquanto nação, no todo e não na competência individual -, vem uma belga e acaba com nossa imagem um tanto já arruinada pelos nossos próprios erros.
Será que precisamos dos estrangeiros ou da FIFA para cavar mais ainda nossa sepultura diante das câmeras que mostram ao mundo que país é esse?
Não sabemos votar. Não conseguimos varrer a corrupção do nosso solo verde, amarelo e azul, não conseguimos sequer garantir que nossas crianças sejam alfabetizadas, não temos competência para andarmos em segurança nas nossas ruas, não somos capazes de cuidar de nossos doentes…
Será mesmo que precisávamos de uma belga para mostrar ao mundo que também não sabemos fazer nosso melhor, que seria dar um espetáculo no centro de um gramado justamente quando não seria com a bola no pé? Exatamente quando todos os holofotes estavam iluminando o nosso Brasil?
Repórteres usando capacetes para fazer seu trabalho. E saem feridos. Somente em guerra se vê este cenário. E isso não é uma guerra civil? Se vândalos atacam patrimônios e profissionais, o que aparece é a força policial usada em demasia? Ora, sem hipocrisia, povo! Cada um no seu papel! Senão, permaneceremos nesse mundo hipócrita em que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Desçamos do muro, todos nós!
O povo sai para trabalhar sem saber se vai andar sabe-se lá quantos quilômetros porque, além de uma greve ilegal, o transporte público continua um caos?
Ontem, estive com um grupo de amigas em um local muito bem situado, repleto de estrangeiros, para um café da manhã. Ao pedir ao garçom, com toda educação que me trouxesse uma colher, ele teve a petulância de me dizer que havia colher no buffet, lá naquela mesa! Só me restou a vontade de lhe dizer, no momento da gorjeta, que o dinheiro estava no banco. E, lógico, relatei o fato ao responsável.
A questão não está no fato de eu ser brasileira, pois no meu lugar poderia estar uma estrangeira. A questão é que todos devemos servir maravilhosamente bem e sermos servidos tão maravilhosamente bem quando somos consumidores. Que imagem estamos mostrando?
Brasileiro é acolhedor, alegre, prestativo. Somos tudo isso sim! Uns poucos milhares que estragam a nossa imagem não podem aparecer mais do que nós, que gostamos do nosso país, temos a honra de vestir as cores da nossa bandeira. Emoções como a do povo cantando o Hino Nacional deve ter mais repercussão na mídia do que aquele fiasco de abertura da Copa do Mundo ou dos marginais depredando nosso patrimônio.
É hora de um pouco de alegria para um povo sofrido de tantos roubos, de tanta corrupção. Por outro lado, foi um alívio ouvir um estádio inteiro contra a presidenta, absolutamente acovardada diante do mundo.
Calou-se após um pronunciamento em cadeia nacional em que teve a coragem de dizer que o valor gasto com os estádios é muito menor do que a verba para a Educação. Até poderia ser verdade, caso não houvesse desvio! Eu a ouvi dizer também que a Copa seria, para os brasileiros, motivo de orgulho!
Começamos bem, hein? Falou também sobre a Copa da Inclusão, da tolerância e do diálogo. Piada! Inclusão de quê? Brasileiros à frente em um projeto científico magnífico, o chute na bola pela força do pensamento, a Neurociência dando um espetáculo e o mundo nem percebeu!
Qual a responsabilidade do país ao aceitar tanto descaso com quem determinou apenas aqueles míseros segundos de transmissão de tal conquista científica?
Sim! Estamos encrencados mesmo! Mas querem saber? Somos todos culpados por anos de omissão! Só que agora é o momento de recebermos bem os nossos visitantes estrangeiros, de cuidarmos deles com atenção e educação, porque não ganharemos nada além de piorar nossa imagem caso o caos aumente. Agora é bola no pé e na rede, com alma de brasileiro, carinho e acolhida de brasileiro.
Nossa revolta precisa transformar o país e isso será nas urnas. Um dia de cada vez. Agora é hora de muita vibração, de uma torcida não pela bola na rede, mas pelo gol que precisamos fazer contra a corrupção, contra a nossa imagem desgastada.
Não é, de jeito nenhum, ferindo pessoas, atendendo mal os consumidores, impedindo o direito de ir e vir do cidadão que faremos do Brasil um país melhor.
O caminho é a acolhida, a alegria, o servir com educação, atender com prontidão. Não porque estrangeiros estão nos vendo, mas porque precisamos disso para nós mesmos. Nós, brasileiros, precisamos cuidar de nós mesmos. Por que não?
14 de junho de 2014
Lígia Fleury é psicopedagoga, palestrante, assessora pedagógica educacional, colunista em jornais de Santa Catarina e autora do blog
O "RESPEITO AO CARGO" SURGE APENAS QUANDO INTERESSA
O deputado Jean Wyllys foi mais um que engrossou o coro dos indignados com o ataque verbal sofrido pela presidente Dilma na abertura da Copa.
Há que se ter respeito à representante de uma instituição, ele disse. O mesmo deputado, porém, havia chamado o Papa Bento XVI de “hipócrita” e “potencial genocida”.
Onde estava o respeito ao representante de uma instituição com mais de um bilhão de fiéis?
Há que se ter respeito à representante de uma instituição, ele disse. O mesmo deputado, porém, havia chamado o Papa Bento XVI de “hipócrita” e “potencial genocida”.
Onde estava o respeito ao representante de uma instituição com mais de um bilhão de fiéis?
Duplo padrão moral é o melhor resumo para a esquerda hipócrita. Essa gente simula um conservadorismo aos costumes que simplesmente não possui, apenas quando é de seu interesse.
Não é exclusividade nossa. Os artistas de Hollywood também adotam o duplo padrão: atacar Bush era patriotismo; atacar Obama é falta de respeito ao cargo de representante máximo da nação. Mostrei isso com um caso concreto em Esquerda Caviar:
Não é exclusividade nossa. Os artistas de Hollywood também adotam o duplo padrão: atacar Bush era patriotismo; atacar Obama é falta de respeito ao cargo de representante máximo da nação. Mostrei isso com um caso concreto em Esquerda Caviar:
Whoppi Goldberg
A atriz de Ghost é uma raivosa defensora dos “progressistas”. Quando participou de um debate na televisão, em que seu oponente atacou (com argumentos) o presidente Obama, Whoopi Goldberg perdeu a linha. Aquilo era demais da conta. Como alguém ousava criticar Obama?!
Sem ter meios de rebater as críticas, partiu ao que a esquerda caviar faz melhor: atacou as intenções do oponente e blindou seu guru de qualquer crítica, afirmando: “Quando você mostra esse desrespeito insano ao presidente de seu país, outros países pensam que somos idiotas”.
Curioso, já que a própria atriz fora uma das vozes mais desrespeitosas quando o presidente era George W. Bush!
Um peso, duas medidas. Quando os “progressistas” amigos de Goldberg chamaram Bush de Hitler, ninguém viu a atriz surgir revoltada, alegando que esse tipo de desrespeito era prejudicial aos próprios americanos.
Um peso, duas medidas. Quando os “progressistas” amigos de Goldberg chamaram Bush de Hitler, ninguém viu a atriz surgir revoltada, alegando que esse tipo de desrespeito era prejudicial aos próprios americanos.
Pelo visto, ser um “dissidente” é patriótico apenas quando algum Republicano está na Casa Branca; quando é um Democrata, deve-se ter “respeito ao ofício” em homenagem aos valores democráticos e ao patriotismo.
Talvez a explicação esteja nos critérios ideológicos da atriz. Afinal, Whoopi já afirmou que não vê o comunismo como algo ruim, de forma alguma. Muito pelo contrário: citou sua própria experiência de vida, nos anos 1980, na Alemanha Oriental, como ponto positivo para o regime.
Lembremos que o lado oriental era aquele com o muro que impedia a saída do próprio povo…
Lembremos que o lado oriental era aquele com o muro que impedia a saída do próprio povo…
Foi Olavo de Carvalho quem melhor resumiu a incoerência quase esquizofrênica dessa turma, que fomenta o desrespeito a todos os valores e tradições, e depois se quer blindada do mesmo tipo de ataque:
O PT vem semeando vento há décadas, e agora colhe a tempestade.
14 de junho de 2014
14 de junho de 2014
Rodrigo Constantino
EIS AÍ O "MORENINHO" QUE LULA QUERIA!
O ex-presidente Lula, no ápice da cretinice, não só disse que Dilma tem “cara de pobre” como reclamou que não havia um só “moreninho” no estádio durante a abertura da Copa, confessando que o governo gastou bilhões dos trabalhadores para uma festa exclusiva das “elites”. Mas não é bem assim.
Eis aí o “moreninho” que Lula queria! Segundo sua ótica racista, ele deve ter “cara de pobre” também. Mas de pobre o homem não tem absolutamente nada! É ninguém menos do que Desiré Delano Bouterse, líder militar socialista do Suriname, acusado, entre outras coisas, de participação no tráfico de drogas. Vejam a importância do homem pela proximidade da presidente Dilma:
Uma figura incrível, não? Vamos de Wikipedia mesmo, só para ter uma noção da reputação ilibada do “companheiro”:
Bouterse foi uma figura de destaque na guerra civil ocorrida no Suriname após a independência, e é responsável pelos célebres “Assassinatos de Dezembro”, de 1982, e de eventos semelhantes na aldeia quilombola (Marron) de Moiwana, em 1986. Desde então foi acusado por diversas vezes de envolvimento com o tráfico de drogas; em julho de 1999 foi condenado in absentia nos Países Baixos por tráfico de cocaína. O país europeu emitiu um mandado internacional para a sua prisão, o que tornou praticamente impossível que ele abandone o Suriname, que por sua vez não pode extraditá-lo por ser um ex-chefe de Estado.
É isso aí. O que dizer a mais? Lula já tem um “moreninho” para chamar de seu, e com certeza ele não participou da vaia direcionada à presidente Dilma. Não! Pelo contrário: o cara só tem a agradecer ao PT por lhe dar a oportunidade de se fingir de chefe de estado importante, em vez de um traficante de drogas condenado pelos Países Baixos. Cada um com seus camaradas.
Mas: diga-me com quem andas que te direi quem és…
14 de junho de 2014
14 de junho de 2014
Rodrigo Constantino
A CRETINICE DE LULA
O ex-presidente Lula é mesmo uma das pessoas mais cretinas deste país. Uso o termo aqui em seu sentido patológico: Lula tem uma compulsão pela mentira, pelo desrespeito à inteligência alheia, aos fatos, à coerência. O uso que ele fez do episódio do xingamento na abertura da Copa é algo da ordem do absurdo, mesmo já se esperando o pior vindo dele. É uma afronta a todos os brasileiros que têm Q.I. acima de 50 e conseguem somar 2 com 2.
Apelar para a vitimização é o que o PT sempre soube fazer. Mas Lula passa sempre de qualquer limite. Ele disse que as vaias foram “a maior vergonha que o país já viveu”. Aproveitando-se de forma extremamente oportunista da coisa, deu uma rosa branca à Dilma, mulher mais poderosa do país transformada imediatamente em símbolo do “sexo frágil” contra o machista. Foi um ato contra a “cretinice” dos torcedores do estádio. Para não deixar por menos, a presidente Dilma respondeu, “emocionada”:
Agradeço essa rosa e agradeço às mulheres do PT de Pernambuco. Hoje é um dia emocionante. Acho que esse gesto do presidente Lula e da Tereza Leitão [presidente do PT em Pernambuco] são simbólicos do que nós somos. Somos guerreiros. Temos essa tradição de militância guerreira. Temos valores, respeitamos a dignidade.
Guerreiros, sim. Lutam pelo comunismo há décadas. Valores? Respeito à dignidade? Nem aqui, muito menos em Cuba! Que valores o PT defende? Aqueles representados na figura de Paulo Maluf? Ou seria Sarney? O PT que defende criminosos presos na Papuda, julgados pelo STF cujos ministros o próprio PT apontou? São esses valores?
A dignidade do mensalão, que tentou comprar o Congresso todo? Ou seria a dignidade dos infindáveis escândalos de corrupção? O PT que destruiu a Petrobras, que a transformou em um duto de dólares ilegais para a Suíça, esse mesmo partido vem falar agora em valores e dignidade? Que tipo de idiota cai nessa?
Lula e Dilma esperam que seja o idiota totalmente alienado, pois é para ele o recado dos dois: tudo isso não passou de ingratidão da elite sem educação! Os ricos, brancos e de olhos azuis: são esses os responsáveis pela “maior vergonha do país”. Para Lula, quem quer ir de metrô até o estádio é “babaca” e quem vaia a presidente é “cretino”. Vejam o que disse Lula, após concluir que o público da vaia era formado por “gente bonita e que sempre comeu”:
Você viu que não tinha ninguém com a cara de pobre, a não ser você, Dilma. Não tinha nenhum pelo menos moreninho. Era a parte bonita da sociedade, que comeu a vida inteira e chegou ao estádio para mostrar que educação a gente aprende em casa, vem de berço. Eu duvido que um trabalhador desse país, que uma mulher ou que um homem tivesse coragem de falar 1% dos palavrões que eles destilaram, de uma cretinice fomentada por uma parte da imprensa brasileira.
Dilma tem cara de pobre? Pode ter cara de poste, de intragável, de arrogante, mas de pobre? Com aqueles cabelos que gastam milhares de reais todo mês para ficar daquele jeito? Não tinha ninguém “moreninho”? Isso não seria… racismo de Lula? Aliás: se o PT diz agora que só tinha elite ali, então ele assume que gastou bilhões do povo trabalhador para realizar um evento para as elites apenas? Isso é uma confissão?
Sim, educação vem de berço, e Lula claramente não teve uma decente. Lula duvida que um trabalhador tivesse coragem de falar 1% dos palavrões ditos ali? Há quanto tempo ele não convive mais com trabalhadores de verdade? Que figura é essa abstrata do “trabalhador” que o oportunista criou só para segregar ainda mais o povo brasileiro entre “trabalhadores” e “elite”? Conheço gente da elite, funcionários públicos e artistas ou empresários, que se venderam para o PT e defendem toda essa indecência de governo; e conheço gente pobre, humilde, trabalhadora, que abomina o PT. Como fica?
Eu vou dizer qual é a maior vergonha que o país já viveu: ter Lula como presidente! Ter Dilma como presidente! Ter o PT no poder há 12 anos destruindo esse país! Ter tido o mensalão, Dirceu no ministério, petistas atacando o presidente do STF, inclusive com base em sua “raça”, só para defender criminosos. A volta da inflação elevada. O aparelhamento da máquina estatal por militantes vagabundos. Os escândalos de corrupção que nem a imprensa dá conta de acompanhar. Isso dá vergonha! O PT é uma vergonha para aqueles seres pensantes deste país!
Outra coisa que talvez seja a maior vergonha que esse país já viveu é justamente a tentativa de uso político do futebol, algo que o PT faz como ninguém, colocando no chinelo até os militares. Dilma usou uma prerrogativa de estado para fazer campanha eleitoral e se apropriar da paixão do brasileiro pelo esporte. Isso é indecente, muito mais do que alguns xingamentos no estádio. Mas Lula culpa os bodes expiatórios de sempre: as “elites” e a imprensa. Canalhice pura.
Não havia apenas membros das elites brasileiras no estádio, não foram apenas as alas VIPs que xingaram a presidente, e não é nada desprezível o significado político do que aconteceu naquela tarde em São Paulo. A presidente Dilma tem um problema sério pela frente, pois é evidente a má vontade dos paulistas com seu governo e com o PT, provavelmente turbinado pela gestão medíocre do prefeito Fernando Haddad na capital paulista.
[...]
Dias antes, a presidente Dilma havia se aproveitado de seu cargo para, em cadeia nacional de rádio e televisão, num abuso de poder, defender-se das críticas a seu governo, sem que houvesse possibilidade de contestação. A conta chegou no jogo de estreia do Brasil, quando a multidão presente ao estádio soube distinguir perfeitamente o que é nacionalismo real daquele patriotismo forçado pelos políticos que fez o escritor e pensador inglês do século XVIII Samuel Johnson dizer que “o patriotismo é o último refúgio dos canalhas”.
A presidente Dilma havia mandado que sua imagem não aparecesse no telão do estádio, para não ficar exposta à ira dos torcedores. Mas, num gesto demagógico, colocaram-na no telão ao comemorar o gol de empate do Brasil, ao lado do vice Michel Temer. Foram impiedosamente vaiados.
O torcedor presente ao Itaquerão aplaudiu a bandeira do Brasil sempre que ela surgiu em campo, fosse na cerimônia de abertura ou na entrada dos times, cantou o Hino Nacional à capela num emocionante e espontâneo rasgo de patriotismo, e entoou cânticos populares exaltando o fato de ser brasileiro.
[...]
Essa exacerbação dos sentidos não ajuda a democracia, mas é preciso salientar que esse clima de guerra permanente foi instalado pelo PT, que não sabe fazer política sem radicalização e que precisa de um inimigo para combater. A prática do “nós contra eles” acaba levando a radicalizações como a de quinta-feira. A vaia é um problema da presidente Dilma e do PT.
Quem tem boca vaia Roma. E quem tem cérebro vaia o PT. Tentar tratar a vaia como uma implicância de uma elite sem educação e ingrata é algo tão absurdo, que só mesmo o PT ousaria fazer. Quando o assunto é cretinice, o partido é simplesmente imbatível, e Lula lidera a horda dos cretinos. Essa gente faz muito mal ao Brasil. Até quando?
PS: O que Lula tem a dizer sobre essa cretinice dos militantes petistas, incitados por José Dirceu, que atacaram não verbalmente, mas fisicamente um Mário Covas com câncer?
Rodrigo ConstantinoA FIFA NA SUIÇA
Sede da Fifa na Suíça se torna alvo de manifestantes contrários à realização da Copa do Mundo.
14 de junho de 2014
Estadão
in movcc
VEJAM O CONVIDADO DE HONRA...
OLHEM BEM A FOTO, E GRAVEM NAS SUAS MEMÓRIAS
Sabem quem é o carequinha de óculos na frente da Dilma? Chama-se Desiré Delano Bouterse, líder militar e presidente do Suriname. Esse cara, é um narcotraficante de 70 anos com prisão decretada no Brasil e em mais meia centena de países, a pedido da Holanda, onde está condenado a 16 anos de prisão por tráfico de cocaína. Vitor Vieira ( Jornalista)
http://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14756543/prisao-preventiva-para-extradicao-ppe-319-hl-stf
14 de junho de 2014
movcc
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Se bem me lembro ou bem me engano, o carequinha esteve no Brasil na vinda do Papa Francisco.
m.americo
E NO ITAQUERÃO QUEM TEM BOCA VAIA DILMA
Como diz o velho ditado... "Quem tem boca vai.a Dilma.
Após a "calorosa" recepção que a torcida Tupiniquim deu a PresidANTA Dilmarionett Dentuça, o mundo dos políticamente corretos e coxinhas da imprensa amestrada desabou.
Após a "calorosa" recepção que a torcida Tupiniquim deu a PresidANTA Dilmarionett Dentuça, o mundo dos políticamente corretos e coxinhas da imprensa amestrada desabou.
Vivemos uma profusão de críticas de jornaleiros fuleiros, sociólogos de botequim, Madres Tereza de puteiro.
As vaias e os xingamentos à presidANTA foram o que restou do nada institucional que ela representa.
É o resultado da intolerância e da "falta de educação" do povo contra uma presidANTA, fraca, sem carisma, constantemente elevada a adjetivos ufanistas para mostrar o que ela não tem, não sabe, não fez, não é, e nunca foi.
Uma pessoa sem educação com seus subordinados, sem compromisso com o povo que vai sair do governo para cair na história como o desastre que só fez atrasar uma nação que caminhava a passos largos para a projeção mundial.
Uma presidANTA que a unica obra de porte que inaugurou em seu mandato foi um porto em CÚba. A herdeira maldita de um boquirroto que sempre se comportou muito pior do que a torcida que xingou no estádio, mas sempre foi tratado com fidelidade canina por jornaleiros vagabundos e vendidos.
E o povo sem cultura, que troca voto por comida ficou fora dos estádios por não ter condições de comprar ingressos caríssimos, que por sinal, nenhum dos que hoje acusam os torcedores "hostis" teve culhões de peitar a FIFA e defender a popularização dos ingressos e dar a chance dos não brancos da elite também participarem da Copa. Hipócritas.
O mais bizarro é ver comentaristas esportivos (isso é uma praga que cresce em progressão geométrica no país do futebol), bem, comentaristas esportivos e jornaleiros de renome criticaram a "elite branca" sem educação que vaiou a presidANTA, logo eles, aqueles que trabalham em canais por assinatura onde só a "elite branca", tem acesso.
Cospem no prato que comem para manter o politicamente correto de plantão funcionando ou mostrar uma condição de elevação social e cultural, uma "elite branca" das redações. Porque, cá entre nós, existem muito poucos jornalistas ou comentaristas esportivos negros.
Dizer que uma "elite branca" de São Paulo estava no estádio é de uma obtusidade sem precedentes e cria um odioso "apartaide" ideológico. Vão querer dizer que no Itaquerão só haviam paulistas? Mas culparam apenas o povo paulista pela manifestação. Outro estelionato politico!!
Já vemos há algum tempo o DESgoverno dos ratos vermelhos criando essa cizão entre a sociedade Tupiniquim, criaram cotas e acusaram os loiros de olhos azuis de algumas mazela mundiais.
Dizer que não haviam negros no estádio é de uma má fé e estupidez sem precedentes, criar um racismo barato e vagabundo para justificar o protesto contra o DESgoverno e com o estado em que se encontram as instituições do país. E ao mesmo tempo uma tentativa sem vergonha de angariar a simpatia de uma parcela da sociedade que não é branca. Os negros "oprimidos" que votam.
A vaia e o xingamento foram uma resposta a covardia eleitoreira que a presidANTA que se "orgulha" de vender a imagem de ter enfrentado e lutado, e ter sido presa e torturada de araque durante a ditadura.
A prova dessa não coragem foram a tentativa de ficar invisivel no estádio e o pronunciamento ufanista dois dias antes da abertura em rede de TV e rádio só fizeram acirrar ainda mais os ânimos do povo.
A presidANTA do povo com aprovação popular recorde iria fazer o discurso de abertura nos braços do povo, se não foi assim, é prova de que a verdade é bem diferente do que tentam enfiar goela abaixo da população.
E depois dizer que o comportamento dos torcedores que "hostilizaram" a figura da presidANTA no estádio não é o comportamento do povo brasileiro é outro estelionato ideológico e cultural que promovem em ano de eleição.
As vaias e xingamentos, seja da "elite branca", seja do povo pobre e negro são sim o comportamento de um povo que não crê mais na classe política e sabe que se bobear serão encabrestados pelo Bananal Çoçialista do século XXI. E por falar em "elite branca" as famílias de todos os que estão ou estiveram no poder são o que mesmo?
A presidANTA vem à TV e diz que os protestos são legítimos na democracia, só que a turma dela coloca baderneiros no meio do povo para fazer com que a "elite branca" e opressora saia das ruas e deixe de protestar legitima e democraticamente.
Manobras vagabundas em jogar a população de um lado para o outro a bel prazer dos que estão no poder, e quando a situação sai do controle, colocam seus cães para latir o políticamente correto vagabundo e coxinha.
O que me chamou atenção de verdade foi a falta de um negro junto azautoridade no Itaquerão. Pelé, o boquirroto esportivo que passou mais de ano vomitando sandices e insanidades conclamando o povo a esquecer as sacanagens nos preparativos da Copa e pensar apenas na festa. Não estava lá!!!
Ronaldo gorducho também não...
E o EX presidente, o Boquirroto de Garanhuns, aquele que não havia desencarnado do poder e que só faz discurso para plateias amigaveis também não estava lá...Será que o jegue que o levaria para o estádio atrasou? Ou ele como sempre, se acovardou e largou a "bichinha palanqueira" aos lobos?
O que sei, é que o povo está no limite com a baderna que se instalou no país e o que sobrou como forma de mostrar essa condição foi o que vimos na abertura do mundial.
E muitos dos que vaiaram e xingaram a presidANTA votaram nela. Acreditem.
E como dizem os "intelectuaus" de plantão.
"Dilmarionett foi eleita democraticamente."
E foi democraticamente vaiada!!!
E no mais...
14 de junho de 2014
omascate
NÚMEROS RUINS
A esse saldo negativo soma-se o fato de que a presidente permanece no menor índice de aprovação possível para a reeleição, na faixa que indica, segundo pesquisas de estudiosos, dificuldades para obter um novo mandato.
Outro dia fiz referência a essa pesquisa do cientista político Alberto Carlos de Almeida, do Instituto Análise, sobre a qual já escrevera anteriormente, e muitos leitores espantaram-se com o fato de a presidente Dilma estar em primeiro nas pesquisas eleitorais e ao mesmo tempo correr o risco de perder a eleição.
Conforme já escrevi aqui, a taxa de aprovação de seu governo está “no limbo”, na definição do cientista político Alberto Carlos Almeida. Ele tem um estudo que mostra que, em 46 de 104 eleições para governador realizadas entre 1994 a 2010 em que havia um candidato à reeleição, todos os que chegaram à eleição com o índice de ótimo e bom igual ou maior do que 46% foram reeleitos.
Ao contrário, os que disputaram a reeleição com a soma de ótimo e bom igual ou menor do que 34% foram derrotados.
Como, na ocasião a presidente Dilma tinha 35% de ótimo e bom, segundo pesquisa do Ibope, estaria em situação delicada, à beira da reeleição ou da derrota, segundo a forma como os números se comportarem durante a campanha.
Hoje, a mais recente pesquisa do Ibope detectou que esse índice já caiu para 31%, e na pesquisa mais recente do Datafolha ele estava em 33%.
Nesse mesmo estudo, o cientista político Alberto Carlos Almeida mostra que 40% a 43% dos candidatos à reeleição nos governos dos estados que chegaram às urnas com índices de ótimo e bom entre 35% e 45% se reelegeram, o que demonstra que a derrota é mais provável nessa faixa de avaliação, embora não uma certeza.
Uma ressalva importante que Alberto Carlos Almeida faz é que é possível melhorar a avaliação no decorrer da campanha. Dilma terá três vezes mais tempo de propaganda eleitoral que o tucano Aécio Neves e sete vezes mais que Eduardo Campos, do PSB.
O fato negativo para a presidente é que quanto mais ações ela faz para reequilibrar sua candidatura, mais ela cai nas pesquisas eleitorais, o que pode indicar que, como disse o candidato oposicionista Aécio Neves, não há marqueteiro no mundo que consiga reeleger a presidente Dilma.
Evidentemente esta é uma linguagem de campanha eleitoral e ainda é muito cedo para decretar a derrota da incumbente.
Ao contrário, ela continua à frente das pesquisas e há algumas até, como a do Vox Populi, que mantém a aposta em uma vitória no primeiro turno.
Esse instituto, que faz pesquisas para a revista situacionista Carta Capital, é o preferido dos petistas, que desconfiam dos números do Datafolha e do Ibope.
Os dois institutos, no entanto, têm um histórico de acertos melhor do que o do instituto do sociólogo Marcos Coimbra, que ficou famoso quando dirigiu a campanha vitoriosa de Collor, seu primo, à presidência.
Um outro detalhe da pesquisa do Ibope, que merece ser acompanhado de perto nas próximas, é que a presidente Dilma começa a perder fôlego nas capitais nordestinas, região em que mantém ampla margem de vantagem para seus adversários.
Se for uma tendência sustentável, é provável que essa perda de substância se alastre pelo interior, o que pode ser uma ameaça à posição de Dilma, que deve sua eleição em 2010 substancialmente à votação que teve no norte e no nordeste.
14 de junho de 2014
Merval Pereira
GOVERNO DO PT MULTA QUEM DESPEDE VAGABUNDOS E AGITADORES EM TENTATIVA DE PRESERVAÇÃO DA RAÇA
Vontade de vomitar. Por isso deixo Reinaldo Azevedo falar por mim.
Governo Dilma agradece com multa, acreditem!, a ação de Alckmin para manter o Metrô em funcionamento e a Radial Leste desobstruída! A vaia e o xingamento não vêm de graça!
Chega a ser asqueroso, mas é verdade. O governo Dilma, por intermédio do Ministério do Trabalho em São Paulo, cumpriu a ameaça e decidiu mesmo aplicar uma multa no Metrô por ter demitido 42 pessoas que, durante a greve, atentaram contra a segurança do sistema. Segundo a empresa, as dispensas não aconteceram porque fizeram greve - fosse assim, a lista seria muito maior.
Para o auditor fiscal do Trabalho Renato Bignami, “eles [Metrô] apenas alegaram, não comprovaram, essa justa causa. Embasaram as demissões num artigo do Código Penal, de forma bastante genérica. O que mais chama a atenção é que os demitidos estavam envolvidos diretamente com a greve”.
Não me diga, sr. Bignami! Isso faz supor que pudesse haver funcionários envolvidos com atos criminosos no Metrô, mas não diretamente envolvidos com a greve. É o fim da picada!
Essa autuação - de R$ 8 mil; ainda cabe recurso - já estava decidida antes de qualquer avaliação. O ex-deputado Luiz Antonio Medeiros, chefão do Ministério do Trabalho em São Paulo, participou da assembleia dos metroviários - aquela que decidiu pela volta ao trabalho - e já ali anunciou a multa.
Antes, essa gente havia perdido a vergonha. Depois, as coisas foram piorando.
Não fosse a responsabilidade que o governador Geraldo Alckmin tem com os cinco milhões de usuários do sistema e com o direito que têm os paulistanos de ir e vir, deveria ter deixado o Metrô parado, permitindo que a Radial Leste fosse ocupada. Aí nós veríamos o que aconteceria com o jogo de abertura da Copa.
Um petista pragmático poderia dizer que haveria menos gente para participar daquele coro que premiou a presidente com o monossílabo tônico, sem acento, em “u”…
14 de junho de 2014
Ricardo Froes
MESMO APÓS VAIA, LULA GARANTE DILMA COMO TITULAR
Dilma fará pronunciamento na TV para
responder aos xingamentos
CAJUEIRO - Confiante na vitória, o técnico Luiz Inácio da Silva anunciou que nada muda na escalação para a corrida presidencial de 2014 mesmo após as vaias e xingamentos. "Dilma está apenas atravessando uma má fase", assegurou o ex-presidente em exercício.
Aturdida, a presidenta parecia não esperar tamanha bola entre as pernas.
"Os estádios foram entregues dentro dos prazos e orçamentos previstos. Os aeroportos estão tinindo. O legado será vastíssimo. Aldo Rebelo é o melhor Ministro dos Esportes de todos os tempos. Essa é a Copa das Copas, meus filhos", disse, enquanto subia em sua carruagem.
Artilheiros da oposição entraram com um recurso na justiça denunciando xingamento eleitoral antecipado. "Impressionante como o PT se utiliza da máquina pública para construir estádios que possam divulgar o nome da presidente até no exterior", reclamou Aécio Neves.
Presente na abertura da Copa, Michel Temer ficou contrariado. "Cadê as vaias do PMDB?", reclamou, abatido.
14 de junho de 2014
The Piauí Herald
CAJUEIRO - Confiante na vitória, o técnico Luiz Inácio da Silva anunciou que nada muda na escalação para a corrida presidencial de 2014 mesmo após as vaias e xingamentos. "Dilma está apenas atravessando uma má fase", assegurou o ex-presidente em exercício.
Aturdida, a presidenta parecia não esperar tamanha bola entre as pernas.
"Os estádios foram entregues dentro dos prazos e orçamentos previstos. Os aeroportos estão tinindo. O legado será vastíssimo. Aldo Rebelo é o melhor Ministro dos Esportes de todos os tempos. Essa é a Copa das Copas, meus filhos", disse, enquanto subia em sua carruagem.
Artilheiros da oposição entraram com um recurso na justiça denunciando xingamento eleitoral antecipado. "Impressionante como o PT se utiliza da máquina pública para construir estádios que possam divulgar o nome da presidente até no exterior", reclamou Aécio Neves.
Presente na abertura da Copa, Michel Temer ficou contrariado. "Cadê as vaias do PMDB?", reclamou, abatido.
14 de junho de 2014
The Piauí Herald
NÃO PRECISA SER GORDO
Feitos do técnico brasileiro de sumô
"Vamos parar para comprar anti-inflamatório assim que a gente sair”, comenta
o pai do garoto que acaba de entrar pela primeira vez na vida em um
dojô. O quadrado feito de terra batida funciona como ringue para a
prática do sumô.
O novato, muito magro, mostra sinais de exaustão logo no aquecimento e parece sambar dentro do mawashi, aquela cinta protetora que lembra uma fralda grande. “Comentei que ele queria fazer algum esporte e o Juba disse para eu trazer ele aqui”, contou o pai.
Juba é o apelido de Giuliano Tussato, professor de sumô no Centro Esportivo e Cultural Brasil–Japão, em São Paulo. Ele é também, desde dezembro do ano passado, o responsável por treinar os lutadores que representam o Brasil na modalidade. Em agosto tem campeonato mundial em Taiwan, e Juba tentará levar os dezesseis brasileiros classificados a uma posição digna. Foi sob seu comando que o até então desacreditado time da Venezuela ficou em sexto lugar no último mundial. O Brasil sequer apareceu na classificação final.
O mau desempenho, entretanto, não vem da falta de tradição no esporte. A milenar luta nipônica é praticada aqui desde que os imigrantes japoneses começaram a chegar, em 1908. O país já conquistou o mundial de sumô em duas categorias e, até os anos 90, contava com muito mais praticantes. “Hoje a gente deve ter uns 700”, calcula Juba. “A popularidade diminuiu porque, além de os jovens descendentes de japoneses não darem mais muita atenção à cultura tradicional, muitos lutadores foram embora do Brasil.”
Os feitos de Juba como professor e treinador, porém, são recentes. Antes, o mestiço de brasileiro, japonês e italiano fez de tudo um pouco: lutou profissionalmente no Japão durante quase nove anos; foi dono de uma movimentada casa noturna, o Bar Mania, em Roppongi, bairro boêmio de Tóquio; trabalhou como “babá” de marines americanos metidos em brigas e bebedeiras na noite japonesa; virou ele mesmo um marine, combateu no Iraque. E são apenas 40 anos de idade.
O sumô tem um objetivo simples: empurrar o adversário para fora do círculo demarcado no dojôou fazer com que encoste no chão qualquer parte do corpo que não seja a sola dos pés.
“É o que eu falo: tenho 40 anos, estou aleijado e mesmo assim os caras não conseguem me tirar do lugar”, brinca Juba ao exemplificar a diferença entre alguém que já foi profissional de sumô e um amador. Hoje com 180 quilos, ele chegou a pesar mais de 200 depois de várias lesões no joelho e de um acidente de carro que destroçou sua perna direita. Seus alunos, porém, divergem do estereótipo do “gordão de fralda”.
Exceção feita a um menino um pouco acima do peso, os demais presentes a uma aula no início de maio eram dois garotos magros e três mulheres em ótima forma.
“Claro que, quanto mais pesado você for, mais difícil será te tirar do lugar. Mas ser gordo não é regra”, esclarece o treinador. Para provar seu ponto de vista, ele mostra vídeos do YouTube que revelam uma luta muito técnica. E violenta. Além da agarração para derrubar o adversário, o sumô profissional admite golpes poderosos dados com os punhos. Em uma das lutas, um magro de 1,70 metro vence seu monstruoso oponente de mais de 2 metros com ginga e sangue-frio.
Os praticantes de sumô no Brasil estão concentrados em cinco estados – São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pará e Rio Grande do Sul. Juba calcula que metade deles não tenha ascendência japonesa.
A falta de dinheiro impede que muitos evoluam no esporte. “Teríamos um participante do Rio Grande do Sul no mundial, mas ele não teve grana para ir.”
Decacampeão brasileiro e campeão sul-americano, o paulistano Willian Takahiro, proprietário de um bar no reduto japonês da Liberdade, precisou organizar uma rifa para viajar ao último campeonato mundial. “Até arranjar uniforme é complicado. Eu uso o mesmo há uns dez anos. Quando consegui falar com a fornecedora de material esportivo dos atletas olímpicos do Brasil, não só me trataram mal como perguntaram se íamos levar assessoria de imprensa para o mundial. Pô, se nem uniforme a gente tinha!”, contou Takahiro.
Para Juba, a modalidade no país precisa de um banho de marketing. A Confederação Brasileira de Sumô e suas afiliadas vivem basicamente da contribuição de alguns integrantes. “Temos que mostrar que o sumô é bacana”, disse o treinador. Ele pretende criar uma Oscip, ou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – na qual empresas podem investir e obter isenções fiscais –, para promover as lutas no Brasil.
Se depender da obstinação de Juba, o sucesso da iniciativa é plausível. Ele se tornou profissional no Japão quando tinha 16 anos. Longe da família e sem falar japonês, acordava às quatro e meia da manhã para começar um treino que incluía até cinquenta lutas diárias. Na academia onde viveu na época, dividia espaço com mais de quarenta adeptos do sumô. Entre provocações e punições que incluíam surras com pedaços de pau, não escapou do bullying dispensado aos iniciantes. “Cheguei no inverno e nos primeiros dias fiquei com a cueca dura de tanto barro do dojô. O chuveiro era frio e eu não conseguia me limpar com aquela água gelada. Isso até descobrir que desligavam o aquecimento para me sacanear”, recorda o treinador.
Juba chegou à terceira categoria de lutadores profissionais do Japão (a elite está na quinta). Hoje, além de atuar como treinador, trabalho pelo qual diz não receber nada, Juba voltou ao entretenimento noturno. Ele acaba de abrir um bar, o Pé na Jaca, na Vila Madalena.
A intimidade com a noite pode parecer estranha para um aficionado do nobre esporte japonês, mas os registros do período em que Juba foi dono de boate em Tóquio evidenciam que lhe falta vocação para renunciar aos prazeres mundanos. As fotos mostram japonesinhas com roupas minúsculas, machos alcoolizados caídos no banheiro, e Juba interagindo entusiasticamente com clientes e funcionários. “Tinha de tudo lá. Prostituta, marine, turista, mafioso. E celebridades que fizeram coisas que eu nem posso contar. A Courtney Love, por exemplo, vomitou no meu banheiro todo.”
14 de junho de 2014
Daniel Lisboa, Piauí
O novato, muito magro, mostra sinais de exaustão logo no aquecimento e parece sambar dentro do mawashi, aquela cinta protetora que lembra uma fralda grande. “Comentei que ele queria fazer algum esporte e o Juba disse para eu trazer ele aqui”, contou o pai.
Juba é o apelido de Giuliano Tussato, professor de sumô no Centro Esportivo e Cultural Brasil–Japão, em São Paulo. Ele é também, desde dezembro do ano passado, o responsável por treinar os lutadores que representam o Brasil na modalidade. Em agosto tem campeonato mundial em Taiwan, e Juba tentará levar os dezesseis brasileiros classificados a uma posição digna. Foi sob seu comando que o até então desacreditado time da Venezuela ficou em sexto lugar no último mundial. O Brasil sequer apareceu na classificação final.
O mau desempenho, entretanto, não vem da falta de tradição no esporte. A milenar luta nipônica é praticada aqui desde que os imigrantes japoneses começaram a chegar, em 1908. O país já conquistou o mundial de sumô em duas categorias e, até os anos 90, contava com muito mais praticantes. “Hoje a gente deve ter uns 700”, calcula Juba. “A popularidade diminuiu porque, além de os jovens descendentes de japoneses não darem mais muita atenção à cultura tradicional, muitos lutadores foram embora do Brasil.”
Os feitos de Juba como professor e treinador, porém, são recentes. Antes, o mestiço de brasileiro, japonês e italiano fez de tudo um pouco: lutou profissionalmente no Japão durante quase nove anos; foi dono de uma movimentada casa noturna, o Bar Mania, em Roppongi, bairro boêmio de Tóquio; trabalhou como “babá” de marines americanos metidos em brigas e bebedeiras na noite japonesa; virou ele mesmo um marine, combateu no Iraque. E são apenas 40 anos de idade.
O sumô tem um objetivo simples: empurrar o adversário para fora do círculo demarcado no dojôou fazer com que encoste no chão qualquer parte do corpo que não seja a sola dos pés.
“É o que eu falo: tenho 40 anos, estou aleijado e mesmo assim os caras não conseguem me tirar do lugar”, brinca Juba ao exemplificar a diferença entre alguém que já foi profissional de sumô e um amador. Hoje com 180 quilos, ele chegou a pesar mais de 200 depois de várias lesões no joelho e de um acidente de carro que destroçou sua perna direita. Seus alunos, porém, divergem do estereótipo do “gordão de fralda”.
Exceção feita a um menino um pouco acima do peso, os demais presentes a uma aula no início de maio eram dois garotos magros e três mulheres em ótima forma.
“Claro que, quanto mais pesado você for, mais difícil será te tirar do lugar. Mas ser gordo não é regra”, esclarece o treinador. Para provar seu ponto de vista, ele mostra vídeos do YouTube que revelam uma luta muito técnica. E violenta. Além da agarração para derrubar o adversário, o sumô profissional admite golpes poderosos dados com os punhos. Em uma das lutas, um magro de 1,70 metro vence seu monstruoso oponente de mais de 2 metros com ginga e sangue-frio.
Os praticantes de sumô no Brasil estão concentrados em cinco estados – São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pará e Rio Grande do Sul. Juba calcula que metade deles não tenha ascendência japonesa.
A falta de dinheiro impede que muitos evoluam no esporte. “Teríamos um participante do Rio Grande do Sul no mundial, mas ele não teve grana para ir.”
Decacampeão brasileiro e campeão sul-americano, o paulistano Willian Takahiro, proprietário de um bar no reduto japonês da Liberdade, precisou organizar uma rifa para viajar ao último campeonato mundial. “Até arranjar uniforme é complicado. Eu uso o mesmo há uns dez anos. Quando consegui falar com a fornecedora de material esportivo dos atletas olímpicos do Brasil, não só me trataram mal como perguntaram se íamos levar assessoria de imprensa para o mundial. Pô, se nem uniforme a gente tinha!”, contou Takahiro.
Para Juba, a modalidade no país precisa de um banho de marketing. A Confederação Brasileira de Sumô e suas afiliadas vivem basicamente da contribuição de alguns integrantes. “Temos que mostrar que o sumô é bacana”, disse o treinador. Ele pretende criar uma Oscip, ou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – na qual empresas podem investir e obter isenções fiscais –, para promover as lutas no Brasil.
Se depender da obstinação de Juba, o sucesso da iniciativa é plausível. Ele se tornou profissional no Japão quando tinha 16 anos. Longe da família e sem falar japonês, acordava às quatro e meia da manhã para começar um treino que incluía até cinquenta lutas diárias. Na academia onde viveu na época, dividia espaço com mais de quarenta adeptos do sumô. Entre provocações e punições que incluíam surras com pedaços de pau, não escapou do bullying dispensado aos iniciantes. “Cheguei no inverno e nos primeiros dias fiquei com a cueca dura de tanto barro do dojô. O chuveiro era frio e eu não conseguia me limpar com aquela água gelada. Isso até descobrir que desligavam o aquecimento para me sacanear”, recorda o treinador.
Juba chegou à terceira categoria de lutadores profissionais do Japão (a elite está na quinta). Hoje, além de atuar como treinador, trabalho pelo qual diz não receber nada, Juba voltou ao entretenimento noturno. Ele acaba de abrir um bar, o Pé na Jaca, na Vila Madalena.
A intimidade com a noite pode parecer estranha para um aficionado do nobre esporte japonês, mas os registros do período em que Juba foi dono de boate em Tóquio evidenciam que lhe falta vocação para renunciar aos prazeres mundanos. As fotos mostram japonesinhas com roupas minúsculas, machos alcoolizados caídos no banheiro, e Juba interagindo entusiasticamente com clientes e funcionários. “Tinha de tudo lá. Prostituta, marine, turista, mafioso. E celebridades que fizeram coisas que eu nem posso contar. A Courtney Love, por exemplo, vomitou no meu banheiro todo.”
14 de junho de 2014
Daniel Lisboa, Piauí
DEITANÇAS ARMORIAIS
Antes do ar, o chão
Um mês antes, uma foto de Suassuna estirado junto ao portão de embarque no aeroporto de Brasília tirou o sossego dos familiares. Um passageiro avistou um idoso de terno branco, com aquele corpo comprido de mapa do Chile, deitado no chão. Com a boca aberta, os olhos cerrados e as mãos retesadas sobre o peito, o sujeito trazia uma das pernas dobrada, formando um triângulo com o solo; a outra estava largada.
Sob a cabeça, a mala preta 007 servia de travesseiro. De longe, lembrava uma estátua de mármore de igreja medieval. O rapaz se aproximou e reconheceu o autor de O Auto da Compadecida. Na condição de legítimo espécime dos tempos modernos, como guardar aquela cena só para si? Em um minuto ele a postava no Instagram.
Antes que o escritor pisasse no Recife, a notícia já havia corrido o país. A foto fora reproduzida em sites da imprensa, por blogueiros e internautas. Foram mais de 200 mil visualizações e quase mil compartilhamentos em menos de 48 horas. “Virou um inferno, o telefone não parava de tocar, era jornalista ligando, povo querendo saber se eu estava doente, machucado, se era atraso do avião”, contou. “Eu estava era cansado!”
O site The Guide to Sleeping in Airports, que faz um ranking de melhores e piores aeroportos do mundo no quesito “dormir quando o voo atrasa ou a conexão é perdida”, corrobora a impressão do escritor. A usuária Miel, que deu apenas duas estrelas ao de Brasília, registrou: “Todas as cadeiras têm braços, não dá para se esticar!” Outro comentário: “Havia muita gente deitada no chão e não fui perturbada por seguranças, então vale a pena!”
Não foi o que ocorreu com Suassuna. Passados cinco minutos, foi interpelado por um guardinha. “O senhor não pode ficar aqui”, disse. O escritor abriu um olho e, encarando o sujeito de baixo para cima, soltou: “Por quê?” Ao que o outro replicou: “Não pode deitar no chão.” E de novo: “Por quê?” Depois de alguns segundos de silêncio, o moço concluiu: “Sei lá!”
Daí travou-se uma cordial contenda. Suassuna disse que deveria ser muito estranho mesmo um “velho estirado no chão”, mas argumentou não estar “atentando contra o pudor” nem “fazendo gesto obsceno”. “Se o senhor acha que um velho de 87 anos não pode se deitar no chão, então chame a polícia”, decretou. O rapaz deu meia-volta. Minutos depois, a voz de uma mocinha reverberava no sistema de som alertando que “é proibido deitar no chão do aeroporto”. Suassuna não se moveu.
O escritor viaja acompanhado por um assessor, o artista plástico Alexandre Nóbrega, seu genro. No começo, Nóbrega ainda levava um tapete de ioga para que Suassuna se acomodasse melhor nos aeroportos. “Mas hoje eu me deito onde dá”, disse. Quando vai para a sala VIP, espicha-se nos sofás. Em geral, tira os sapatos e as meias, deixando os pés em liberdade. Nunca foi hostilizado. O chão mais inóspito sobre o qual já relaxou? “Foram tantos, não me lembro”, disse. Como nunca saiu do Brasil, seu conhecimento do conforto rasteiro se restringe ao território nacional. “No estrangeiro parece que é normal se deitar”, arriscou.
Suassuna se levantou da cadeira de balanço e foi a uma sala contígua, de onde voltou com o livro O Decifrador, com fotografias de suas viagens pelo Brasil. Ali, veem-se três imagens que ilustram esse seu costume. “Aqui me deitei na beira de uma cerca”, disse, apontando para a foto em que está estirado no mato, no sertão pernambucano. O carro havia atolado na areia e ele recomendou que o acordassem apenas quando chegasse o socorro. “Felizmente não tinha ninguém, nem uma vaca para me tirar de lá.” Em outra, está no aeroporto de Curitiba. Numa terceira, no chão de Guarulhos, descalço, parece confortável lendo Scaramouche, do italiano Rafael Sabatini. “Ele se deita onde for”, disse o genro. “Às vezes eu também tenho vontade, mas fico com vergonha.”
Cadeiras de ferro e plástico, de acrílico, algumas com assento em couro, outras em inox reluzente, tudo bem. Mas o apoio de braço, isso ele não engole. Parece ter sido criado com o propósito de atrapalhar o cochilo alheio. “Para que braço?”, indagou.
Se ele tem alguma sugestão para melhorar a acomodação dos passageiros exaustos? “Oxe, não tenho a menor ideia, não sou construtor de aeroporto”, limitou-se a dizer. Sem qualquer intimidade com computador, internet e muito menos redes sociais, o que mais lhe causou espanto foi a repercussão do caso. “Fico besta como uma bobagem dessas tomou tamanho. Ninguém tem mais o que fazer?”
14 de junho de 2014
Daniela Pinheiro, Piauí
O TODDYNHO DE SÁBADO
O encontro matinal dos magistrados da Corte
O maestro e pianista João Carlos Martins e Arnaldo Malheiros Filho, advogado
do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, conversavam animadamente na Ranieri
Pipes, acompanhados pelo dono do estabelecimento. Inaugurada em 1987, a
tabacaria dos Jardins, em São Paulo, tem reunido personagens influentes da
República que vão saborear charutos e cachimbos enquanto bebem e trocam
impressões ligeiras sobre a vida e o país. Entre eles, o encontro é conhecido
como “o Toddynho de sábado”. Qualquer um que ocupasse uma das quatro mesas na
manhã de um sábado de maio poderia ouvir o bate-papo do grupo de peixes
graúdos.
Pouco depois das onze da manhã, os convivas se alegraram ao ver chegar Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa e da Justiça, e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal. “Sua magreza está dando inveja”, disse um deles a Jobim, que vestia camisa social branca para dentro do jeans. Não havia diferença perceptível na silhueta corpulenta do político e causídico gaúcho. Mas o colega insistiu: “Se tem um medidor de magreza, é a calça jeans.”
“É inelástica”, reforçou o outro.
Jobim pediu uma cerveja preta, acendeu um charuto e o grupo começou a baforar. Um conviva citou o artigo em que o jornalista Janio de Freitas criticava a decisão de Joaquim Barbosa, presidente do STF, de negar ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu o direito de trabalhar fora da Papuda, onde cumpre pena por envolvimento no mensalão. “Quando ele se aposenta, presidente?”, quis saber um colega de mesa. “Em novembro”, respondeu Jobim, que presidiu o STF entre 2004 e 2006. Um deles tinha ouvido dizer que Barbosa não daria posse a Ricardo Lewandowski, seu antagonista e provável sucessor, nem aceitaria ser ministro sob sua presidência. Por isso, se aposentaria antes de completar seu mandato de dois anos à frente do tribunal – o que se confirmou duas semanas depois.
Em seguida, alguém lembrou a ocasião em que Barbosa agrediu a ex-mulher durante uma briga pela guarda do filho, em 1986. Jobim aproveitou a deixa para contar a piada de um juiz que denunciou um cidadão por ter batido na mulher, ao que alguém ponderou: “Mas, doutor, a mulher é dele!” Todos explodiram em risos.
Os quatro começaram a se perguntar por onde andaria Eros Grau, que estava atrasado. Como Jobim, Grau também é ministro aposentado do STF. Funcionários da TV Justiça esperavam por sua chegada do lado de fora do estabelecimento. Estavam produzindo um documentário sobre os ex-ministros do Supremo e iriam gravar cenas de Jobim e Grau em sua tabacaria cativa.
Enquanto Grau não aparecia, o grupo passou a comentar a eleição para o governo paulista. Um deles achava que o segundo turno seria disputado entre o atual governador, o tucano Geraldo Alckmin, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, do PMDB. Alguém disse que não via o candidato petista, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, no segundo turno. Outro emendou: “Eu falei pro Alckmin: você ganha no primeiro turno se um médico cubano matar alguém três dias antes da eleição.”
João Carlos Martins contou em seguida que, numa mesa de intelectuais, tinha ouvido um elogio à coragem de Jobim, ex-ministro do governo petista, por ter votado no tucano José Serra nas eleições presidenciais de 2010. “É a declaração de alguém que entende que uma coisa é o governo e outra, o Estado”, comentou o maestro. Jobim reagiu com um sorriso acanhado e engatou mais duas piadas que arrancaram gargalhadas. Uma delas relatava a conversa de um político com a filha: “Saiba que político sem mandato é a mesma coisa que puta sem cama.”
"Olha o Eros”, apontou um. “Põe a cadeirinha do ministro”, orientou o dono da tabacaria a uma das garçonetes. Do lado de fora, Eros Grau se esforçava para sair do carro prateado estacionado na esquina. Quando ele entrou, todos aplaudiram. Grau deixou o STF em 2010 e desde então se dedica à literatura. É autor de Triângulo no Ponto, um romance erótico que enrubesceu a República quando lançado, em 2007, e do mais recente, Teu Nome Será Sempre Alice e Outras Histórias, que trata de temas como voyeurismo e incesto. O ex-ministro estava de paletó azul-marinho com um lenço de seda vermelho-maravilha saltando do bolso, calça cáqui e bengala à mão. “Vou tomar só uma água”, avisou à garçonete. Foi o único que preteriu os charutos cubanos por um cachimbo.
Enquanto a garçonete atendia Grau, os demais festejaram outro convidado que adentrava o salão. Era o jornalista Ricardo Kotscho, secretário de Imprensa no início do governo Lula. “Tem reunião do pleno aqui hoje?”, brincou. Ainda se juntariam ao grupo um desembargador paulistano e o embaixador e a embaixatriz do Brasil em Seul – uma artista plástica que animou os rapazes tocando no piano uma música da trilha sonora do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.
Com a chegada de Grau, a equipe da TV Justiça ligou as câmeras e começou a gravar a confraternização. Sem razão aparente, Jobim passou a listar os imóveis do colega: apartamento em Paris, casa com dezesseis suítes em Tiradentes, pousada com oito chalés na mesma cidade, apartamento em São Paulo... “Tudo isso de um bolchevique marxista”, arrematou. O grupo riu de novo. A garçonete serviu uma dose de cachaça a cada um e todos brindaram.
Menos de meia hora depois, Jobim disse que já era hora de ir. O relógio marcava 13h30 quando ele saiu caminhando Jardins abaixo, fumando um Partagás, habano vendido a 78 reais na tabacaria. Em seguida, Kotscho decidiu ir também. “Ele é petista?”, perguntou Grau quando o jornalista já havia ido. “Petista, não”, esclareceu um deles. “Mas é lulista incondicional. Agora anda meio decepcionado...”
O grupo trocou a cerveja preta por pilsene a conversa mudou de tom. Passaram a comentar o fato de as cachaças não serem vendidas em garrafas bonitas e a perda comercial que o Brasil sofre, segundo um deles, por ter sua bebida nacional com um nome de difícil pronúncia para estrangeiros. “O único que não é cachaceiro sou eu”, afirmou Grau. “Só tomo água.” Ao que o dono da tabacaria, Roberto Ranieri, retrucou: “Sei! Estou vendo que aqui é igual ao plenário: muda tudo quando tem televisão.”
14 de junho de 2014
Carol Pires, Revista Piauí
Pouco depois das onze da manhã, os convivas se alegraram ao ver chegar Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa e da Justiça, e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal. “Sua magreza está dando inveja”, disse um deles a Jobim, que vestia camisa social branca para dentro do jeans. Não havia diferença perceptível na silhueta corpulenta do político e causídico gaúcho. Mas o colega insistiu: “Se tem um medidor de magreza, é a calça jeans.”
“É inelástica”, reforçou o outro.
Jobim pediu uma cerveja preta, acendeu um charuto e o grupo começou a baforar. Um conviva citou o artigo em que o jornalista Janio de Freitas criticava a decisão de Joaquim Barbosa, presidente do STF, de negar ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu o direito de trabalhar fora da Papuda, onde cumpre pena por envolvimento no mensalão. “Quando ele se aposenta, presidente?”, quis saber um colega de mesa. “Em novembro”, respondeu Jobim, que presidiu o STF entre 2004 e 2006. Um deles tinha ouvido dizer que Barbosa não daria posse a Ricardo Lewandowski, seu antagonista e provável sucessor, nem aceitaria ser ministro sob sua presidência. Por isso, se aposentaria antes de completar seu mandato de dois anos à frente do tribunal – o que se confirmou duas semanas depois.
Em seguida, alguém lembrou a ocasião em que Barbosa agrediu a ex-mulher durante uma briga pela guarda do filho, em 1986. Jobim aproveitou a deixa para contar a piada de um juiz que denunciou um cidadão por ter batido na mulher, ao que alguém ponderou: “Mas, doutor, a mulher é dele!” Todos explodiram em risos.
Os quatro começaram a se perguntar por onde andaria Eros Grau, que estava atrasado. Como Jobim, Grau também é ministro aposentado do STF. Funcionários da TV Justiça esperavam por sua chegada do lado de fora do estabelecimento. Estavam produzindo um documentário sobre os ex-ministros do Supremo e iriam gravar cenas de Jobim e Grau em sua tabacaria cativa.
Enquanto Grau não aparecia, o grupo passou a comentar a eleição para o governo paulista. Um deles achava que o segundo turno seria disputado entre o atual governador, o tucano Geraldo Alckmin, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, do PMDB. Alguém disse que não via o candidato petista, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, no segundo turno. Outro emendou: “Eu falei pro Alckmin: você ganha no primeiro turno se um médico cubano matar alguém três dias antes da eleição.”
João Carlos Martins contou em seguida que, numa mesa de intelectuais, tinha ouvido um elogio à coragem de Jobim, ex-ministro do governo petista, por ter votado no tucano José Serra nas eleições presidenciais de 2010. “É a declaração de alguém que entende que uma coisa é o governo e outra, o Estado”, comentou o maestro. Jobim reagiu com um sorriso acanhado e engatou mais duas piadas que arrancaram gargalhadas. Uma delas relatava a conversa de um político com a filha: “Saiba que político sem mandato é a mesma coisa que puta sem cama.”
"Olha o Eros”, apontou um. “Põe a cadeirinha do ministro”, orientou o dono da tabacaria a uma das garçonetes. Do lado de fora, Eros Grau se esforçava para sair do carro prateado estacionado na esquina. Quando ele entrou, todos aplaudiram. Grau deixou o STF em 2010 e desde então se dedica à literatura. É autor de Triângulo no Ponto, um romance erótico que enrubesceu a República quando lançado, em 2007, e do mais recente, Teu Nome Será Sempre Alice e Outras Histórias, que trata de temas como voyeurismo e incesto. O ex-ministro estava de paletó azul-marinho com um lenço de seda vermelho-maravilha saltando do bolso, calça cáqui e bengala à mão. “Vou tomar só uma água”, avisou à garçonete. Foi o único que preteriu os charutos cubanos por um cachimbo.
Enquanto a garçonete atendia Grau, os demais festejaram outro convidado que adentrava o salão. Era o jornalista Ricardo Kotscho, secretário de Imprensa no início do governo Lula. “Tem reunião do pleno aqui hoje?”, brincou. Ainda se juntariam ao grupo um desembargador paulistano e o embaixador e a embaixatriz do Brasil em Seul – uma artista plástica que animou os rapazes tocando no piano uma música da trilha sonora do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.
Com a chegada de Grau, a equipe da TV Justiça ligou as câmeras e começou a gravar a confraternização. Sem razão aparente, Jobim passou a listar os imóveis do colega: apartamento em Paris, casa com dezesseis suítes em Tiradentes, pousada com oito chalés na mesma cidade, apartamento em São Paulo... “Tudo isso de um bolchevique marxista”, arrematou. O grupo riu de novo. A garçonete serviu uma dose de cachaça a cada um e todos brindaram.
Menos de meia hora depois, Jobim disse que já era hora de ir. O relógio marcava 13h30 quando ele saiu caminhando Jardins abaixo, fumando um Partagás, habano vendido a 78 reais na tabacaria. Em seguida, Kotscho decidiu ir também. “Ele é petista?”, perguntou Grau quando o jornalista já havia ido. “Petista, não”, esclareceu um deles. “Mas é lulista incondicional. Agora anda meio decepcionado...”
O grupo trocou a cerveja preta por pilsene a conversa mudou de tom. Passaram a comentar o fato de as cachaças não serem vendidas em garrafas bonitas e a perda comercial que o Brasil sofre, segundo um deles, por ter sua bebida nacional com um nome de difícil pronúncia para estrangeiros. “O único que não é cachaceiro sou eu”, afirmou Grau. “Só tomo água.” Ao que o dono da tabacaria, Roberto Ranieri, retrucou: “Sei! Estou vendo que aqui é igual ao plenário: muda tudo quando tem televisão.”
14 de junho de 2014
Carol Pires, Revista Piauí
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