"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

UNIÃO EUROPÉIA DEVE ACIONAR JUÍZES CONTRA O BRASIL NA OMC

No primeiro dia de consultas, governo deu explicações sobre incentivos fiscais, mas europeus parecem determinados a continuar com a disputa
 
A Europa caminha para acionar os juízes da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o Brasil, ainda que ontem, em Genebra, o governo brasileiro tenha tentado a todo custo evitar a abertura da disputa legal no primeiro de dois dias de consultas entre europeus e o País.
 
Bruxelas questiona os incentivos fiscais dados pelo governo a diversos setores, como automotivo e de produtos de informática. Além disso, os europeus questionam as regras da Zona Franca de Manaus e dizem que as práticas brasileiras seriam violações às normas da OMC.
 
Pelas regras, os europeus precisam realizar consultas bilaterais com o Brasil antes de recorrer aos juízes. Mas em Bruxelas a etapa é considerada apenas uma formalidade, e a UE já teria indicado que deve continuar com a disputa. Mesmo com todas as explicações brasileiras, os europeus consideram que os fatos "falam por si sós" e que as regras internacionais estão violadas.
 
Em Brasília, o caso é visto com especial preocupação, já que uma condenação da OMC exigiria do governo refazer toda sua estratégia industrial, justamente em ano de eleição. Em seis horas de reuniões ontem, a estratégia do governo brasileiro foi a de responder a todas as perguntas da Europa, mostrar que está cooperando e explicando como funciona o sistema de isenção no Brasil.
 
O esforço dos diplomatas era no sentido de mostrar que, na realidade, era o sistema tributário "complexo" nacional que impedia os europeus de entenderem que não existe de fato um benefício específico derivado dos programas do governo. Apresentando o sistema tributário, o governo tentou mostrar que um importador também tinha benefícios fiscais.
 
Para isso, Brasília levou uma equipe de cerca de 15 pessoas, incluindo Itamaraty, Ministério do Desenvolvimento, Fazenda, Receita Federal. Suframa e AGU. Hoje, as consultas serão concluídas.
 
Mercosul. Enquanto em Genebra o Brasil tentava se explicar, em Caracas o Mercosul vivia mais um dia de tensão. A Argentina se recusava a aceitar o projeto brasileiro de redução de tarifas de importação e barrava os esforços do Brasil para que o Mercosul apresente uma oferta conjunta para destravar as negociações com a Europa.
 
Ontem, numa reunião em Caracas, a delegação argentina apresentou um veto à lista preparada pelo Brasil e abriu mais uma crise no bloco, que ameaça enterrar o processo de aproximação com a Europa.
 
A reação da Argentina na reunião foi causada por informações de que o Brasil havia feito críticas à condução das negociações por parte deles, especialmente a lentidão na melhoria da oferta. A delegação argentina cobrou explicações do Brasil e a reunião chegou a ser interrompida, mas explicações foram dadas, o Brasil negou ter feito quaisquer críticas e a reunião foi retomada. Depois do incidente, de acordo com fontes do Itamaraty, as negociações passaram a correr bem.
 
O Mercosul espera apresentar uma oferta aos europeus sobre os setores que estaria disposto a liberalizar, em troca de uma ação similar por parte da União Europeia, principalmente no setor agrícola.
A crise com a Argentina vem justamente em um momento que o cancelamento da cúpula entre Europa e Brasil pela presidente Dilma Rousseff caiu como "uma bomba" no meio diplomático em Bruxelas. A presidente argumentou problemas de datas e o evento foi adiado, ainda sem uma nova data.
 
Com isso, pelo menos cinco iniciativas diferentes ficam suspensas entre o Brasil e a União Europeia, incluindo o debate sobre o setor aéreo, a proposta de um entendimento sobre investimentos e, claro, as negociações comerciais com o bloco do Mercosul.
 
"Não nos culpem depois se optarmos por dar prioridade para a Ásia", declarou um diplomata europeu, visivelmente irritado com a atitude de Dilma de cancelar uma cúpula duas semanas antes do evento. "Não vamos ficar esperando pelo Mercosul", disse.

14 de fevereiro de 2014
Jamil Chade e Lisandra Paraguassu - O Estado de S.Paulo

PRESO DIZ QUE RECEBEU OFERTA PARA IR A ATOS E CITA PARTIDOS

Jovem confirma ter recebido oferta para ir a manifestação
Caio de Souza cita partidos políticos como possíveis financiadores dos atos
Ministro da Justiça defende investigação; suspeita levantada por advogado é alvo de inquérito policial

 
 
Em depoimento à polícia, o manifestante Caio Silva de Souza, 22, afirmou ter recebido oferta de dinheiro para atuar em protestos.
 
Na declaração dada ontem, Souza disse que "existem sim tais financiadores" e que acredita que "os partidos que levam bandeiras" são os que pagam os manifestantes.
 
Afirmou ainda já ter visto "bandeiras do PSOL, PSTU e FIP (Frente Independente Popular)" nos eventos dos quais já participou. Os partidos negaram financiar qualquer ato.
 
Souza depôs no complexo penitenciário de Bangu. A versão confirma a declaração do advogado Jonas Tadeu Nunes de que jovens são "aliciados" para participar de atos e recebem até R$ 150 para provocar "quebra-quebra".
 
A denúncia é investigada pela Polícia Civil. Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que a prática precisa ser apurada. "Temos que investigar a fundo. Se há pessoas que financiam atos de vandalismo e prática de crimes, [elas] têm que ser punidas", disse.
 
Souza e outro manifestante, Fábio Raposo, 22, estão presos sob acusação de ter deflagrado o rojão que atingiu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, 49.
 
O depoente disse, porém, não saber detalhes sobre a fonte de pagamento nem deixou claro se aceitou a oferta.
 
O depoimento ocorreu sem a presença do advogado Nunes, que, segundo a polícia, não foi localizado a tempo.
 
O defensor diz que não aceita a declaração como parte do inquérito. "Esse depoimento foi arbitrário, ilegal e, se for confirmado pelo Caio, vou abandonar o caso."
 
Souza apontou Raposo como o responsável por acender o rojão. Ele contou que o tatuador lhe entregou o artefato dizendo: "Acende aí".
 
"Mas quem acendeu foi o Fábio enquanto o declarante [Souza] segurava o artefato, que depois colocou no chão já aceso", diz o termo, divulgado pelo jornal "Extra".
 
Souza afirmou que deixou o rojão na direção dos PMs e não tinha a intenção de acertar o cinegrafista. Disse ainda ter pensado que era um sinalizador, e não um rojão.
 
Essa versão diverge, em alguns detalhes, das declarações dadas à TV Globo anteontem, quando foi preso na Bahia.
 
Na entrevista, ele afirmara que acendeu o rojão e achava que se tratava de um "cabeção de nego" --que provoca explosão, mas sem o disparo que matou Andrade.
 
"O fato de um acusar o outro de ter acendido o explosivo não muda nada. O dois confirmaram que participaram da ação", disse o delegado Maurício Almeida.

14 de fevereiro de 2014
Folha de São Paulo

GILMAR MENDES SUGERE CAMPANHA PARA ARRECADAR R$ 100 MILHÕES DESVIADOS DO MENSALÃO



O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sugeriu que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares realize uma campanha de arrecadação de dinheiro para devolver aos cofres públicos ao menos parte dos mais de R$ 100 milhões desviados no esquema do mensalão. A cobrança foi feita em resposta a um ofício enviado ao ministro pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). No documento, o parlamentar queria explicações sobre as suspeitas levantadas por Gilmar em relação às doações recebidas por petistas condenados no mensalão.

“Não sou contrário à solidariedade a apenados. Ao contrário, tenho certeza de que Vossa Excelência liderará o ressarcimento ao erário público das vultosas cifras desviadas – esse, sim, deveria ser imediatamente providenciado. 
 Quem sabe o ex-tesoureiro Delúbio Soares, com a competência arrecadatória que demonstrou – R$ 600.000,00 mil em um único dia, verdadeiro e inédito prodígio! -, possa emprestar tal ‘expertise’ à recuperação de pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos”, escreveu Gilmar.

Na avaliação do magistrado, as “vaquinhas” feitas pelos mensaleiros, por não revelarem os doadores dos recursos, “ridicularizam” e “sabotam” o cumprimento das penas definidas no julgamento do mensalão. Dirceu, Delúbio e Genoino foram condenados por corrupção ativa e formação de quadrilha. Os três cumprem pena em Brasília e recorrem, por meio de embargos infringentes, do crime de formação de quadrilha.

“A falta de transparência na arrecadação desses valores torna ainda questionável procedimento que, mediando o pagamento de multa punitiva fixada em sentença de processo criminal, em última análise sabota e ridiculariza o cumprimento da pena, fazendo aumentar a sensação de impunidade que tanto prejudica a paz social no país”, disse o ministro Gilmar Mendes. Para ele, “urge tornar públicos todos os dados relativos às doações que favoreceram próceres condenados pela Justiça brasileira, para serem submetidos a escrutínio da Receita Federal e do Ministério Público”.

Delúbio e o ex-deputado José Genoino lançaram mão do recurso para pagar multas impostas pelo STF. Juntos, conseguiram quase R$ 2 milhões. Agora, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu faz o mesmo.
Veja também

ENQUANTO ISSO NA CARA DE PAU...


Consumidor terá de pagar para ter maior segurança energética, diz Lobão. Após garantir que risco de desabastecimento era 'zero', ministro agora diz que há uma possibilidade mínima caso não chova
 
 
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reconheceu nesta sexta-feira, 14, que há um risco mínimo de desabastecimento de energia no País, caso as condições climáticas sejam "absolutamente adversas". Na semana passada, Lobão havia dito que esse risco era "zero". Segundo ele, se o País quiser ter a sua disposição uma folga maior de energia, o consumidor terá que pagar por isso.

De acordo com o ministro, o País tem hoje 126 mil MW de capacidade instalada. "Temos energia na quantidade necessária e devida", afirmou. "Se quisermos ter uma sobra de energia para garantir uma segurança ainda maior que a que temos hoje, que é sólida, teremos que pagar por isso", disse. "Quanto isso custará ao consumidor?", questionou.

Estamos com a normalidade do processo, disse ele, e não com a anormalidade. Mas Lobão reconheceu o risco. "É claro que há taxa mínima de risco, se as condições forem absolutamente adversas, se não vierem chuvas", afirmou. "Nós não contamos com esse quadro. Ora, se eu não estou contando com um quadro absolutamente adverso, eu tenho que entender que o risco praticamente não existe."

Lobão destacou que o sistema elétrico brasileiro tem equilíbrio estrutural entre oferta e demanda, mas está sujeito a acidentes e incidentes que interrompem o fornecimento de energia. O ministro afirmou ainda que há diferença entre desabastecimento e apagões como o do último dia 4 de fevereiro.

"Apagão é uma coisa, desabastecimento é outra. Desabastecimento é o que esperamos que jamais ocorra no País", afirmou o ministro. "É claro que todo sistema está sujeito às dificuldades que existem."

O ministro disse ainda que o Brasil tem energia necessária para o consumo. "Temos planejamento energético, sim, e um planejamento bom, que se atualiza ano a ano", disse. "Temos investimentos em grandes proporções."


Aportes do Tesouro.
 
 Segundo Lobão, o governo avalia todo o cenário do setor elétrico para tomar uma decisão a respeito de novos aportes do Tesouro aos fundos setoriais que bancam o programa de desconto na conta de luz. "Ainda hoje terei um encontro com o Tesouro Nacional para discutir o assunto. Não vamos deliberar nem hoje nem amanhã, mas vamos caminhando para encontrar a solução", afirmou. 
"Estamos estudando o cenário inteiro e, depois de feito esse estudo, tomaremos uma decisão, sobretudo sob o ponto de vista do Tesouro. Mas não há nesse momento nenhuma fixação de norma e decisão. Pode ser que na próxima semana tenhamos uma decisão." 
Lobão informou que se reunirá nesta sexta com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, para discutir o assunto. Entre as questões em pauta, está o déficit de R$ 5,6 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que banca programas como o Luz para Todos e a tarifa social da baixa renda. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou que o rombo terá que ser repassado às tarifas do consumidor, o que representaria um aumento de 4,6%.

Outro problema a ser discutido é o gasto com a compra de energia no mercado de curto prazo e com o acionamento das usinas térmicas. No ano passado, para não repassar essa despesa para o consumidor, o Tesouro transferiu R$ 9,8 bilhões para as distribuidoras. Com a seca prolongada, a situação se repetiu neste ano. O governo já sinalizou que pode pagar a despesa novamente neste ano, mas ainda não anunciou nenhuma decisão.
Anne Warth - Agência Estado 
14 de fevereiro de 2014

IBC-BR DECEPCIONA, MAS ECONOMISTAS TÊM CAUTELA AO FALAR EM RECESSÃO


 
 
IBC-Br, conhecido como 'PIB do BC', indicou crescimento econômico de 2,52% em 2013, mas apresentou resultados negativos para dezembro e para o 4.º trimestre
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvoqjOkaYMBfBFlapzQ_dPEeSAMVDH9x3EmsUhg4cKjqh7mNNlcAEjYljkRF0lwgX-CJglGfRVO76xM9QKQxYJIesqAEmMjlm6hdflA4h8wyu5T7PdeyXTaAhdH5W-JEklFGi-6OZf5Ag/s640/Dilma_FESTA_PARA_PREFEITOS
Chamado de 'PIB do BC' e considerado um termômetro para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira, 14, aponta para um crescimento de 2,52% da economia brasileira em 2013.

Apesar do indicador positivo para o ano, chamou a atenção dos economistas os resultados negativos seguidos para os dados mensal e trimestral, quadro que configura recessão técnica.
No quarto trimestre, houve queda de 0,17% em relação aos três meses anteriores, depois da queda de 0,21% na comparação do terceiro com o segundo trimestre, no dado com ajuste.
Já em dezembro, o indicador caiu 1,35% na comparação com o mês anterior, após registrar queda de 0,64% em novembro ante outubro.

O resultado foi considerado decepcionante pelos economistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, mas os analistas foram cautelosos ao falar em recessão técnica. Isso porque, na prática, o que vale é o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 27 de fevereiro. Vale lembrar que o PIB do terceiro trimestre de 2013 registrou queda de 0,5%.

Os índices negativos do IBC-Br no quarto trimestre e em dezembro mostram uma evolução "bastante lenta" da economia brasileira, mas ainda fora de uma ameaça de recessão, avalia o diretor de Pesquisa Econômica da GO Associados, Fabio Silveira. "O ritmo de crescimento é baixo por conta de inflação, juro alto, pouco dinamismo do setor exportador e da indústria que não consegue competir bem nos mercados externo e doméstico", disse. "Mas não defenderia uma recessão, por enquanto, porque temos 'gorduras' como varejo, serviços e massa salarial que, mesmo crescendo menos, ainda sustentam o aumento de 2% na economia em 2014 e 2015", afirmou. 

O economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otávio Leal, avaliou que os dados do IBC-Br confirmam que o Brasil está crescendo em ritmo decepcionante. "O que esperávamos para a economia há alguns anos não está se realizando", afirmou. Luis Otávio Leal pondera, no entanto, que o quadro apontado pelo IBC-Br não necessariamente vai se repetir no PIB calculado pelo IBGE. "É difícil dizer se o PIB do quarto trimestre será ou não negativo, o que também configuraria recessão. No trimestre passado, o PIB foi pior que o IBC-Br, mas no anterior foi o contrário. Não tem um receita de bolo. São metodologias e dados diferentes", disse. "Eu tomaria cuidado ao dizer que o IBC-Br sinaliza que o PIB vai estar em recessão."

Por enquanto, o ABC Brasil espera uma alta de 0,10% para o PIB no último trimestre de 2013 e um avanço de 2,10% no dado fechado do ano passado.
O economista-chefe da Quantitas Asset, Gustav Gorski, considera que a retração mensal e trimestral do IBC-Br evidencia a possibilidade de a economia estar em recessão. "Os dados antecedentes já sinalizavam uma economia fraca, mas o IBC-Br veio pior", explica. "O IBC-Br confirmou hoje uma provável recessão no Brasil", acrescentou. Gorski pondera, no entanto, que a recessão não é um cenário tão ruim se ajudar a inflação a convergir para a meta de 4,5% em 2015.
Na avaliação do economista-chefe do banco Besi Brasil, Flávio Serrano,"apesar de o indicador ter avançado 2,52% no ano passado, todo o crescimento ficou concentrado no primeiro semestre, motivado em grande parte por fatores pontuais como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI)", afirmou. Na passagem de novembro para dezembro, o IBC-Br recuou 1,35%, prejudicado pelo desempenho do varejo e da produção industrial piores que em meses anteriores. Na comparação trimestral, o índice registrou a segunda queda consecutiva. "Tem gente que vai falar em recessão técnica, mas não é bem assim, é preciso esperar para ver se o PIB do quarto trimestre vem negativo. O que vale é o dado do IBGE", disse o economista.

Para Serrano, no entanto, o mais importante é perceber que a economia está estagnada e "sem saída". "A única coisa que estava melhor era o comércio, que também veio mal na divulgação de ontem", afirmou, referindo-se ao recuo de 0,2% das vendas no varejo, na margem, informado pelo IBGE. "O resultado mostra que começa a perder força o que até então estava sendo o motor da economia. O crescimento baixo está se espalhando para outros segmentos", afirmou.
Gabriela Lara, Gustavo Porto, Luciana Antonello Xavier e Maria Regina Silva - Agência Estado
                                      14 de fevereiro de 2014           

O BRASIL MARAVILHA E O BRASIL REAL: VERSO E REVERSO

                              
Mais uma grande realização PETRALHA : NO JEITO EMBUSTEIRO E DESAVERGONHADO DE "GUVERNÁ" - Desastre no emprego industrial
 

O fracasso da política industrial da presidente Dilma Rousseff, uma das marcas de sua administração, pode ser medido pela queda da produção, pela piora das contas externas, pela inflação persistente e também pela redução do emprego setorial. Em 2013 a indústria cortou 1,1% de seus assalariados e o número de horas pagas diminuiu 1,3%, segundo informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Apesar disso, a folha de pagamento real aumentou 1,2%, com a elevação do salário médio, um dos poucos aspectos positivos do balanço dos últimos três anos. A maior parte das informações indica o fiasco da política de incentivos e o erro do diagnóstico formulado e teimosamente mantido pela equipe econômica. Tudo se passa como se os gabinetes federais fossem blindados contra más notícias originadas na economia brasileira. Males autênticos e reconhecidos, só os provenientes do mundo cruel fora das fronteiras nacionais.
Como se ignorasse os números do IBGE e de outras fontes do governo, a presidente chamou de pessimistas e caras de pau os autores de críticas baseadas nesses mesmos dados. Serão pessimistas e caras de pau também os responsáveis pelas estatísticas oficiais?

Segundo o IBGE, os empregados ocupados na indústria aumentaram 1% em 2011, diminuíram 1,4% em 2012 e encolheram mais 1,1% em 2013. No ano passado, o emprego na indústria foi, portanto, cerca de 1,5% inferior ao de 2010. A queda poderia ter sido maior, se a oferta de mão de obra qualificada ou meramente qualificável fosse mais abundante. Nesse caso, as empresas teriam provavelmente dispensado maior número de funcionários, porque a reposição, quando os negócios melhorassem, seria mais fácil.
A moderação nas demissões, apontada pelo governo como um dado positivo da economia brasileira, é de fato um indício de outro desastre, o da política educacional da era petista. Durante os oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a prioridade foi facilitar o acesso ao chamado ensino superior. Foi uma decisão obviamente demagógica e eleitoreira.


Não se deu a necessária importância aos problemas dos níveis fundamental e médio. O desempenho dos estudantes brasileiros nos testes internacionais melhorou um pouco, mas continuou muito ruim. O governo preferiu festejar a pequena melhora e negligenciar o problema, apesar dos alertas lançados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em suas pesquisas sobre a qualidade da mão de obra.

Só há pouco tempo o governo federal começou a se ocupar do ensino profissionalizante - uma novidade explorada pela presidente Dilma Rousseff como se fosse uma revolução promovida pelo PT. Por que, afinal, ela deveria reconhecer as ações há muito tempo desenvolvidas por alguns Estados, principalmente o de São Paulo, e por entidades empresariais mantenedoras de instituições como o Senai e o Senac?

Esse reconhecimento envolveria algum compromisso com os fatos e destoaria do estilo partidário. A redução do emprego industrial combina, obviamente, com o enfraquecimento da indústria nos últimos três anos. O setor perdeu eficiência e poder de competição, prejudicado pelo mau ambiente de negócios, pela insegurança resultante da improvisação política e pelo continuado aumento de custos - salariais, por exemplo.
 


A redução do emprego industrial foi de certa forma disfarçada pela geração de vagas em outros setores. O governo chama a atenção, com frequência, para o nível de emprego no Brasil, comparando-o com números bem menos favoráveis principalmente nos países desenvolvidos. A vantagem brasileira diminui muito quando a comparação é feita com outros países emergentes ou em desenvolvimento. 

Mas o dado negativo mais importante, e pouco visível nos grandes números, é a queda da qualidade do emprego. A indústria ainda é a principal fonte de empregos decentes e razoavelmente remunerados. Vagas foram abertas, nos últimos anos, principalmente em atividades pouco produtivas e com padrões de contratação menos favoráveis. Mais uma grande realização petista.

O Estado de S.Paulo
14 de fevereiro de 2014

DEU NO THE ECONOMIST

Rezar para São Pedro não soluciona crise energética. Publicação britânica critica falta de planejamento do governo diante da situação dos reservatórios do país
 
 

A revista britânica The Economist que chega às bancas nesta quinta dedicou reportagem à situação energética do Brasil. Segundo a publicação, o governo parece estar contando com a ajuda de São Pedro - que, segundo a credince popular, é responsável pelas chuvas - para evitar uma crise energética. 
O tom de crítica aparece logo na primeira frase: 
"Rezar para São Pedro não é bem uma política energética".
Ao longo do texto, a revista lista os fatores climáticos que levaram diminuição da água nos reservatórios e, ao mesmo tempo, ao aumento do consumo. A reportagem aponta que, o fato de o país vivenciar seu verão mais quente em oitenta anos e, além disso, os reservatórios das usinas hidrelétricas - responsáveis por 80% da geração energética do país - atingirem os níveis mais baixos desde 2001 não eximem o governo de culpa. 
Para a Economist, o Ministério de Minas e Energia peca ao continuar com o discurso de que o país têm capacidade para atender à demanda de energia.

Nas últimas semanas o Brasil enfrentou novos apagões, além de quedas de energia em diversos pontos do território nacional. Às vésperas de eleições presidenciais, o governo tem adotado um tom de "anticrise" e negado que a sobrecarga seja a responsável pela falta de energia. Nesse sentindo, a Economist aproveita para lembrar - e criticar - as renovações antecipadas dos contratos distribuidoras, realizada em 2012. A medida foi imposta pela presidente Dilma Rousseff para garantir um desconto médio de 20% na conta de luz dos consumidores. Contudo, o próprio governo que cortou também colocou, no início desta semana, em audiência pública, uma proposta de reajuste de 4,6%.
'Não há crise' — 
Nesta quinta-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) reiterou que o sistema elétrico brasileiro opera com folga e afirmou que, "a não ser que ocorra uma série de vazões piores do que as já registradas, evento de baixíssima probabilidade, não são visualizadas dificuldades no suprimento de energia no país em 2014".

Segundo nota oficial do Comitê, considerando o risco de déficit de 5%, que é um critério técnico estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o sistema tem ainda uma sobra de 6,2 mil megawatts (MW) médios, o equivalente a 9% da carga prevista.


Veja.com
14 de fevereiro de 2014

A QUEM INTERESSA A BADERNA?


 
A morte do cinegrafista Santiago Andrade e as associações que ela descortina são gravíssimas. Não devem, porém, servir para deslegitimar o sentimento de mudança que pulsa entre boa parte dos brasileiros. A questão agora é: a quem interessa transformar iniciativas surgidas como manifestações legítimas por melhorias nas condições de vida do país e por mudanças na forma de o poder público se relacionar com a população em atos criminosos?

As investigações sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade desembocaram num caminho melindroso e sensível, mas que, se forem verdadeiras as denúncias que vieram à tona ontem, podem jogar luz nova sobre a dinâmica que os protestos de rua tomaram desde que acuaram o governo, em meados do ano passado.

Segundo o advogado dos dois acusados pela morte do cinegrafista, grupos e partidos políticos estariam envolvidos no aliciamento de manifestantes, recrutados a soldo para engrossar os protestos. A denúncia deve ser recebida com a cautela, pois pode ser mera tática diversionista para livrar a cara dos jovens que cometeram o ato bárbaro que vitimou Andrade.


Mas, convenhamos, está longe de ser desprovida de sentido. Pelo contrário. A hipótese de instrumentação já fora aventada quando manifestações legítimas descambaram para a pancadaria – e, por esta razão, passaram a ser rechaçadas por gente de bem e acabaram perdendo força.
 
 

Em novembro, O Globo já revelara que a Polícia Civil do Rio “investigava indícios de que pessoas estariam sendo recrutadas [com dinheiro, alimentação e transporte], inclusive fora do estado, para participarem de manifestações”. A hipótese é sustentada por depoimentos prestados por pessoas detidas e apreensões, inclusive de computadores, feitas ao longo do período de protestos.

A questão que interessa agora é: se é verdadeira a hipótese, quem está pagando, instruindo e aparelhando esta gente? A quem interessa transformar iniciativas surgidas como manifestações legítimas por melhorias nas condições de vida do país e por mudanças na forma de o poder público se relacionar com a população em atos criminosos?

Quem mais perde com as badernas de rua é a democracia brasileira. É preocupante, se forem verdadeiras as denúncias do advogado dos envolvidos na morte do cinegrafista, que instituições intrinsecamente ligadas ao bom funcionamento do Estado democrático de direito estejam se valendo de métodos facínoras para tirar proveito e tumultuar o ambiente.

Uma coisa é indubitável: 
os black blocs e sua prática truculenta serviram como luva aos propósitos do governo e ao partido no poder. Sua entrada em cena, logo depois que as manifestações atingiam seu ápice e magnetizavam o país, acabou por esvaziar os protestos e afastar quem lutava por causas legítimas.

Vale recordar que, pouco antes do surgimento dos black blocs, PT e movimentos alinhados ao governo haviam tentado se apropriar das manifestações. Foram prontamente rechaçados. Logo depois, irromperam os vândalos. Sua violência acabou por dispersar as multidões, embora não tenha conseguido silenciar a insatisfação que até hoje se mantém latente.

Vira e mexe, percebe-se no governo petista tentativas de transformar baderna e protestos em farinha do mesmo saco. Não são. Uma coisa é o direito de manifestação de causas legítimas, feitas pacificamente, como foi, em boa medida, o que aconteceu em junho do ano passado. Merecem respeito. Outra coisa, bem diferente, é a truculência, a intolerância e a desordem. Merecem repressão.


Cabe agora investigar a fundo a denúncia formalizada pelo advogado dos assassinos de Santiago Andrade – que, vale lembrar, também já defendeu acusados de chefiar milícias na Baixada Fluminense. A democracia brasileira não pode aceitar grupos que usam a violência para impor suas visões, quaisquer que sejam.


Mas uma coisa é certa: 
os black blocs não representam os indignados do país. 
A repulsa aos descaminhos pelos quais o Brasil tem enveredado é hoje sentimento presente em vasta camada da população. O episódio lamentável do Rio e as associações que ele descortina não podem servir para deslegitimar o sentimento de mudança que pulsa entre boa parte dos brasileiros.
Até agora quem mais ganhou com a atuação nefasta dos black blocs foi o governo, aterrorizado com o efeito que as manifestações – enquanto se mantiveram pacíficas – tiveram sobre sua antes inabalada popularidade. A hora agora é de apurar, afinal, se uma coisa pode estar umbilicalmente ligada à outra.

Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela
 
Atualizando :
Vereadores do PSOL, delegado e juiz aparecem em lista de doadores dos Black Blocs. Todos de esquerda, é claro!

O "TAPERING" DO BNDES


BNDES DO brasil maravilha DOS VELHACOS E A ROTA DA HERANÇA MALDITA
 
 
Rever o legado das políticas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a partir de 2008 será um dos temas decisivos da gestão econômica da próxima ou do próximo presidente da República. 

Como se sabe, a partir principalmente da justificativa proporcionada pela grande crise global de 2008 e 2009, o BNDES multiplicou em várias vezes o volume de suas operações, regado a centenas de bilhões de reais de empréstimos do Tesouro. Esta foi uma das grandes marcas da gestão econômica do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, que o diferenciou fortemente dos titulares da pasta que o antecederam.

Hoje, há consenso, dentro e fora do governo, de que o pico de expansionismo do BNDES já foi atingido, e de que é hora de retroceder. É quase certo que, seja quem for eleito este ano, esse processo ocorrerá. A grande questão é em que ritmo e como. Na verdade, o “tapering” do BNDES é muito mais complexo e difícil do que possa parecer à primeira vista.
O economista Mansueto Almeida, do Ipea, vem chamando a atenção para o fato de que houve um desvio recente do foco do BNDES das “campeãs nacionais” (política que o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho, já publicamente deu como encerrada) para entidades do setor público, sejam governos estaduais ou estatais como Petrobrás e Eletrobrás. Assim, segundo as contas de Mansueto, Estados receberam mais de R$ 30 bilhões do BNDES nos últimos dois anos, e, recentemente, a lista dos maiores tomadores inclui quase que só governos estaduais e estatais. “É um relacionamento perigoso, um banco público emprestando para o setor público”, ele comenta.
O BNDES defendeu-se das críticas de Mansueto, em artigo no Valor Econômico qual o seu diretor Guilherme Lacerda escreve que a atual realidade do apoio do banco de fomento aos Estados “incomoda os saudosistas do tempo em que governos estaduais eram levados a tomar crédito com risco cambial e submetiam-se a exigências minuciosas de agências multilaterais”. Seria desejável que as exigências do BNDES fossem tão rigorosas quanto a dos bancos multilaterais, se o que se quer evitar são problemas futuros nesta carteira de crédito.

De qualquer forma, Mansueto nota que o próprio governo estabeleceu, na resolução 4.089 do Banco Central, de maio de 2012, um lento cronograma, de 2015 a 2024, de redução dos excessos de exposição do BNDES a empresas dos setores petrolífero, elétrico e de mineração, onde predominam as estatais. Para o economista, isto deixa claro que, internamente, o governo também se preocupa com concentrações de risco excessivas do BNDES e com o enquadramento do banco às regras de Basileia.
Uma questão adicional do legado do agigantamento do BNDES pós-2008 é a grande diferença entre a TJLP e a Selic, que hoje atinge 5,5 pontos porcentuais. No final de 2012, essa diferença chegou a menos de dois pontos porcentuais. Grosso modo, pode-se dizer que essa diferença espelha o spread entre o custo de captação do governo e a rentabilidade dos empréstimos oficiais subsidiados ao setor produtivo.
É um custo financeiro adicional que explica parcialmente porque a taxa de juros implícita da dívida líquida brasileira atingiu quase 17%, quando os juros básicos estão num nível muito inferior. Este é outro abacaxi que terá de ser descascado na hora de enfrentar a tarefa de normalizar a política de crédito público no Brasil.

Fernando Dantas é jornalista da Brodcast ( fernando.dantas at estadao.com)
Esta coluna foi publicada na AE-News/Broadcast na terça-feira, 11/2/14
 
14 de fevereiro de 2014
Fernando Dantas

VÍDEO IMPERDÍVEL! BOLSONARO DETONA O JORNALISMO POLITICAMENTE CORRETO EM ENTREVISTA NA CÂMARA

SEGUE SENDO FAVORITO PARA PRESIDIR COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS.

Este vídeo mostra uma entrevista do deputado Jair Bolsonaro, que deve ser indicado pelo seu partido para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
 
Assim, a turma do pensamento único politicamente correto, que defende os direitos humanos para bandidos, black blocs, sininhos, assassinos mostruosos; que acha que prisão deve ser albergue de luxo, já colocou seu bloco na rua, ou melhor, na mídia, para impedir que Bolsonaro presida a comissão.
 
Como todos sabem, a maioria dos jornalistas é politicamente correta, de esquerda, e defende todo o tipo de iniquidades. Nem foi preciso que o Franklin Martins, o ministro sem pasta da Dilma ordenasse e os jornalistas partiram pra cima do deputado Jair Bolsonaro que não se intimidou face o autêntico “quebra-queixo". 
 
Resultado: o deputado deu um banho, uma aula de princípios morais e éticos detonando a bandalha jornalística politicamente correta e destacando todas as suas ideias no que se relaciona aos direitos humanos.
Deu até com o chapéu.
E no final ironizou, ao afirmar que exemplo de prisão é Pedrinhas, no Maranhão. Além disso reafirmou que lutará pela redução da maioridade penal, planejamento familiar e a necessária e urgente revogação do Estatuto do Desarmamento.
 
Irretocável esta entrevista do deputado Jair Bolsonaro. No Youtube a galera faz a festa e proclama: “Bolsonaro Presidente do Brasil” e vai transformando este vídeo num novo viral na internet.
Até agora o vídeo já teve mais de 240 mil visualizações.
 
14 de fevereiro de 2014
in aluizio amorim

ASSESSORES DE DILMA FINANCIAM A BADERNA, SEGUNDO A POLÍCIA DE BRASÍLIA

http://www.youtube.com/watch?v=7JBqx1Ujk_c&feature=player_embedded


Comprova-se o que tenho afirmado desde o ano passado aqui no blog. Todas essas manifestações e tumultuam o Brasil são organizadas, planejadas, premeditadas pelos psicopatas comunistas.

Desta feita estão envolvidos diretamente uma penca de assessores da Senhora Dilma Rousseff, conforme noticiou a Globo News. 

Vale assinalar que todos os cidadãos que apóiam o PT e votam em seus candidatos, estão apoiando criminosos e, por isso mesmo, passíveis de serem processados na forma da lei. Quem apóia bandido, é bandido. E fim de papo.

AS VAQUINHAS DO PT PODEM IR PARA O BREJO


Excelente esta entrevista publicada pelo Diário do Comércio de São Paulo. Não vi nada parecido nos grandes veículos de mídia. O Diário do Comércio que também é o único jornal brasileiro que publica os artigos de Olavo de Carvalho, começa a se destacar pela qualidade editorial. Recomendo que os estimados leitores procurem ler diariamente esse jornal.
Refiro-me à entrevista que o desembargador Walter Maierovitch, que analisa a flagrante ilegalidade das “vaquinhas” do PT que angariam recursos pela internet sob a justificativa de saldar as multas impostas pela Justiça aos petistas condenados no processo do mensalão. Trata-se de uma ilegalidade. Vale a pena ler e por isso transcrevo na íntegra.
Leiam:
 
Desembargador Walter Maierovitch
O pagamento das penas de multa de José Genoino, Delúbio Soares e de José Dirceu – que está em andamento – feito por meio de "vaquinhas" organizadas na internet, ainda não se tornou um caso resolvido, como aparenta ser.
 
À luz do Direito Penal, o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa poderá não aceitá-lo, conforme explica o desembargador Walter Maierovitch, 67 anos, em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio.
 
Esta constatação, que Maierovitch já conhecia, foi confirmada ao meio de uma extensa pesquisa que ele fez nos últimos dias para verificar a legitimidade do sistema de quitação empreendido pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
 
Conforme ele já suspeitava, a prospecção, que envolveu textos de juristas, sociológos e filósofos também revelou que as "vaquinhas" poderiam criar uma espécie de terceirização do cumprimento de sanções penas.
 
A propósito do termo "vaquinha", trata-se de uma expressão idiomática relativa ao futebol nos anos 20 do século passado, criada pela torcida do Clube de regatas Vasco da Gama.
Os aficionados faziam coleta para premiar os jogadores na seguinte escala: cinco mil réis em caso de empate; 10 mil para as vitórias e 25 mil réis em caso de triunfo sobre adversários fortes ou rivais figadais.
Este último número correspondia à vaca no jogo do bicho que, à época, era superiormente popular no País aos dias de hoje.
 
Diário do Comércio – Por que decidiu fazer essa pesquisa?
Walter Maierovitch – Porque é inacreditável o que está ocorrendo no episódio da vaquinha do PT. Nunca houve um caso desses no mundo. Estão tentando fazer a terceirização da pena.
 
DC – Como o senhor chegou a essa conclusão?
WM – As escolas penais estabelecem que a pena, pela sua finalidade e natureza, deve ser pessoal e aflitiva. Não deve passar, no sentido de exceder, do infrator da lei. Portanto, a vaquinha contraria o princípio e o conceito da pena ao descaracterizar a natureza da pena criminal de multa. Não podemos esquecer que a multa estabelecida é uma pena; não se trata do pagamento de uma taxa.
 
DC – O senhor está dizendo que a pena, como multa, é intransferível. Não depende apenas do pagamento?
WM – Sim. É intransferível. E no terreno do pagamento, há outras possibilidades que não ferem o princípio penal, como ocorre com a realização da vaquinha. A lei prevê que, se o apenado não puder, comprovadamente por falta de recursos, cumprir a pena de multa, ele não pagará. A Lei de Execuções Penais não obriga o apenado a pagar, se ele não tiver dinheiro. E, atenção: neste caso o não cumprimento da pena não implica em transformá-lo em pena de prisão ou qualquer outra decisão restritiva. Além disso, a pena de multa prescreve em dois anos. Porém, o apenado que tenha recursos, como por exemplo, casas de recreio, aplicações etc, então terá que pagar. Inclusive, o pagamento poderá ser parcelado em prestações.
 
DC – Então por aquilo que o senhor explicou o pagamento da pena de multa por meio das vaquinhas ainda se trata de um caso em aberto?
WM – Exatamente. O ministro Joaquim Barbosa, que preside o processo dessa pena de multa ainda em fase de pagamento, poderá não aceitá-lo se feito através de vaquinhas. Caso ele não aceite, o advogado de defesa poderá recorrer. Se Barbosa aceitar, o Ministério Público poderá contestar a decisão. Em ambas as situações, caberá ao Pleno do Supremo Tribunal Federal examinar e decidir.
 
DC – Qual seria a vantagem dos apenados do PT em pagar com todas estas vaquinhas?
WM – A vantagem deles e também do seu partido são os ganhos políticos.
 
14 de fevereiro de 2014
in aluizio amorim
VENEZUELANOS VOLTAM ÀS RUAS CONTRA REGIME COMUNISTA DE MADURO. REPRESSÃO É BRUTAL. PELAS REDES SOCIAIS FALA-SE EM TOQUE DE RECOLHER PARA VIABILIZAR AUTOGOLPE COM SUSPENSÃO DOS DIREITOS CIVIS!
 
http://www.youtube.com/watch?v=d_YgWxCsH3M&feature=player_embedded
 
 
 
 
 
Os vídeos acima mostram a brutal repressão da Guarda Nacional Bolivariana contra os cidadãos em San Cristobal. Nos outros dois vídeos estudantes da cidade de Barquísimeto enfrentam a Guarda Bolivariana que bate em retirada.
O clima é de alta tensão em todo o país.
 
De acordo com a imprensa internacional, a situação política na Venezuela é de crise muito séria. Segundo relata o jornal El Nuevo Herald, apesar das ameaças, prisões e censura por parte do governo do tiranete comunista Nicolás Maduro, os estudantes e o povo retornaram às ruas, conforme relata o jornal El Nuevo Herald.
 
Com a imprensa censurada na sua quase totalidade (as emissoras de televisão estão todas nas mãos do governo) e os grupos para-militares armados pelo chavismo se espalham pelas cidades venezuelanas espalhando o terror.
 
Nesta madrugada, conforme noticiei em post mais abaixo, a ditadura de Maduro determinou à empresa estatal CanTV o bloqueio do Twitter, rede social usada intensivamente pelos venezuelanos e que se tornou o único território livre da internet onde são trocadas informações entre os cidadãos.
 
Apesar disso, experts em tecnologia já difundiram uma fórmula para quebrar a censura do Twitter, mesmo assim a comunicação por essa rede social foi prejudicada.
 
Dado ao clima de terror imperante na Venezuela, com o governo acossado pelas multidões nas ruas, há informações extra-oficiais veiculadas pelo Twitter revelando que haveria dissensões nas Forças Armadas e que agentes cubanos estaríam atuando dentro do Forte Tiuna, instituição militar, para evitar o que poderia ser o estopim de uma sublevação. Haveria militares que não estariam concordando com as mortes de estudantes ocorridas nos últimos dias.
 
Essas mesmas informações que correm anônimas pelo Twitter alertam que o regime chavista estaria tentando criar um clima de comoção social, com atentados à bomba em edifícios públicos e privados, de forma a criar as condições para um autogolpe de estado. Isso possibilitaria ao regime decretar o toque de recolher e mobilizar as Forças Armadas, colocando as tropas do Exército nas ruas e sitiando as pessoas em suas casas.
 
Nesta madrugada houve uma manifestação popular na frente do Forte Tiuna, em Caracas, exigindo que os militares apoiem o povo contra o regime comunista de Nicolás Maduro, conforme atestam as fotos abaixo.
 
MANIFESTO NO FUERTE TIUNA
 
 
 
 
Acima manifestantes em frente ao Fuerte Tiuna pedem o apoio dos militares contra o regime comunista de Nicolás Maduro. Nas outras fotos, estudantes protestam. Um deles veste uma camiseta com a foto do colega morte pela polícia de Nicolás Maduro. [Duas fotos acima via Twitter. As dos estudantes é do site do jornal El Nuevo Herald]

NICOLÁS MADURO, O TIRANETE COMUNISTA DA VENEZUELA, MANDA BLOQUEAR O TWITTER MAS ENGENHEIROS LIBERTAM "EL PAJARITO"


Nicolás Maduro, o psicopata comunista, é detonado pela tecnologia.
A Compañía Anónima Nacional de Teléfonos de Venezuela (CANTV), empresa estatal prestadora de serviço de telefonia e internet, por determinação do tiranete comunista Nicolás Maduro, bloqueou o acesso ao Twitter na Venezuela, segundo informa o site AhoraVision.
 
Todavia, os experts em tecnologia, já divulgaram o esquema para furar o bloqueio, tanto é que neste momento o Twitter ferve em toda a Venezuela onde os cidadãos trocam e divulgam informações, particularmente aquelas que são censuradas pelas redes de televisão todas nas mãos do governo, bem como sites informativos que foram adquiridos por empresários boliburgueses, ou seja, que fazem parte da camorra comunista. Algo parecido como o que ocorre na China. 
 
Transcrevo no original em espanho. a nota do site AhoraVisión que oferece o esquema para quebrar o bloqueio do Twitter.
 
EN ESPAÑOL - Cantv con sus servidores acaba de bloquear acceso a Twitter para Venezuela,una vez mas avanza la dictadura comunista de Maduro. Aquí le damos un ejercicio para desbloquear los server de Cantv ABA
Cambien los DNS : la primera colocar 8.8.8.8 y la segunda 8.8.4.4
Domain Name System o DNS (en español: sistema de nombres de dominio) es un sistema de nomenclatura jerárquica para computadoras, servicios o cualquier recurso conectado a Internet o a una red privada. Este sistema asocia información variada con nombres de dominios asignado a cada uno de los participantes.
Su función más importante, es traducir (resolver) nombres inteligibles para las personas en identificadores binarios asociados con los equipos conectados a la red, esto con el propósito de poder localizar y direccionar estos equipos mundialmente
 

PT VAI A CUBA PARA DAR UM JEITO DE EVITAR A DEBANDADA DOS MÉDICOS CUBANOS ENQUANTO A MÉDICA RAMONA RODRIGUEZ DIZ QUE SOFRE ASSÉDIO DA POLÍCIA FEDERAL

A médica cubana Ramona Rodriguez, na liderança dos Democratas na Câmara, se diz perseguida pela Polícia Federal (Foto: O Globo)
A matéria que segue é do site do jornal O Globo. Os destaques em vermelho são meus e tem por objetivo mostrar de forma ligeira como os textos da grande imprensa estão viciados pela visão comunista, isto é, tratam como normal aquilo que é evidentemente anormal. Isso acontece em praticamente todos os textos, reportagens, notas, comentários veiculados pelos grandes jornais e redes de televisão. É o típico caso de desinformação. Mentiras ou meias verdades são transformadas em verdades absolutas, o que não deixa de ser uma forma de lavagem cerebral, porquanto passa aos leitores uma versão de determinados fatos e afirmativas que corresponde aos objetivos do movimento comunista.
 
A polêmica em torno das condições de trabalho e da remuneração dos cubanos [POLÊMICA? EIS AÍ O DEDO DO REDATOR COMUNISTA. POR QUE NÃO DIZ A VERDADE, QUE SE TRATA DE REGIME ESCRAVO?] contratados para o programa Mais Médicos levou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, a Havana. Figueiredo conversou sobre o assunto com o chanceler de Cuba, Bruno Parrilla.
Foi a primeira vez que duas autoridades do primeiro escalão de Brasil e Cuba tratam do tema desde que começou a debandada de médicos cubanos, alguns se queixando do fato de só receberem uma pequena parte do salário pago aos médicos pelo Ministério da Saúde.
 
O teor da conversa não foi revelado pelo Itamaraty. A posição do governo brasileiro é evitar que o problema, iniciado pelo abandono do programa pela médica cubana Ramona Matos Rodríguez, transforme-se em um incidente diplomático [INCIDENTE DIPLOMÁTICO? COMO? SE O PT E A DITADURA COMUNISTA CUBANA SÃO SÓCIOS NESSA EMPREITADA?] . Outros quatro profissionais inscritos no Mais Médicos também deixaram o programa sem comunicar formalmente a desistência.
 
Segundo fontes, Figueiredo teria tratado com Parrilha sobre formas de evitar que o programa seja esvaziado, incluindo a melhora da remuneração dos médicos. O governo de Cuba estaria preocupado com esse cenário, uma vez que os médicos enviados ao Brasil são produtos de exportação da ilha caribenha. [CARAMBA! EXPORTAÇÃO DE ESCRAVOS, ESTA É QUE É A VERDADE. JORNALISMO EXIGE A VERDADE!]
 
Programa
 
Em São Paulo, depois de criticar severamente a contratação de médicos cubanos, a Associação Médica Brasileira lançou um programa para recrutar profissionais vindos do exterior e que estejam insatisfeitos com o Mais Médicos. Chamado de Programa de Apoio ao Médico Estrangeiro, o projeto tem como objetivo proteger “a liberdade e integridade dos profissionais trazidos de outros países”.
 
Segundo o presidente da AMB, Florentino Cardoso, desde que a médica cubana Ramona Rodrigues procurou a entidade médica, mais de dez cubanos já pediram ajuda à associação. Para o dirigente, a iniciativa não tem o objetivo de prejudicar o mais Médicos, mas apenas dar condições mínimas de trabalho para os profissionais que recebem menos do que os de outras nacionalidades.
 
— A iniciativa faz parte de algo para mostrar à população brasileira e a todos os médicos estrangeiros que os médicos brasileiros são solidários às questões que os envolvem. Nós não temos nada contra os médicos estrangeiros. Só defendemos princípios e as leis brasileiras. Se o médico quer ficar no Brasil, ele deve revalidar o diploma — disse Cardoso.
 
De acordo com Cardoso, as condições dos médicos cubanos no programa do governo federal têm sido “análogas à escravidão”. Cardoso disse que a médica Ramona Rodrigues está com medo de permanecer no país. Segundo ele, a Polícia Federal a procurou no abrigo onde ela permanecia. Cardoso afirmou que a própria médica poderá atender médicos que procurarem ajuda. Para os médicos estrangeiros "em situação de risco no Brasil", a AMB disponibiliza ajuda pelo telefone (11) 97078-4610 ou pelo e-mail medicoestrangeiro@amb.org.br.
 
 
14 de fevereiro de 2014
 in aluizio amorim

ENTREVISTA: AÉCIO NEVES

Senador mineiro, pré-candidato à Presidência da República, diz que as manifestações desfizeram a imagem, construída pelo governo, de um país sem problemas, de superação da miséria, de eficiência

Texto: Sueli Cota | Fotos:                            


Como principal candidato das oposições, segundo as pesquisas, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, acredita que o favoritismo da presidente Dilma ficará abalado assim que começar o horário eleitoral gratuito.
O monólogo terá fim e, na defensiva, a presidente terá que responder às críticas, com isso, o PSDB vai avançar. “No segundo turno, os favoritos somos nós, e não o governo”, diz Aécio, que será o primeiro palestrante do ano, no dia 14 de fevereiro, no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação.
Conhecido pela sua habilidade em transitar tanto no campo adversário quanto entre os aliados do governo, ele já se articula para formar uma forte aliança em torno do seu projeto de governo e para fortalecer os palanques nos estados. Guiado pelas muitas pesquisas que analisam o comportamento do eleitorado, entende que há um forte sentimento de mudança, observado nas manifestações de rua que surpreenderam pelo caráter suprapartidário, que não foi entendido pelo governo.
“Os movimentos das ruas rasgaram a fantasia do PT.”  Com palavras de ordem como tolerância zero para a inflação e herança maldita da administração petista, Aécio pretende tornar-se candidato oficial do PSDB em solo paulista, em março.
“Quem sabe, após 60 anos, Minas tenha um presidente da República eleito pelo voto.”
 
Há algum simbolismo na escolha de São Paulo para o lançamento da sua candidatura à Presidência?
Foi um convite da direção do PSDB de São Paulo, feito pelo presidente Duarte Nogueira, que considera que seria um gesto de reciprocidade, já que a campanha de Geraldo Alckmin, quando se candidatou em 2006, foi lançada em Belo Horizonte. Essa é a primeira eleição, desde a redemocratização, em que o PSDB não terá um candidato de origem paulista e por ser o maior colégio eleitoral do Brasil. 
 
A estratégia é a de concentrar as ações em São Paulo e estados do Nordeste?
Não há como você ter prioridades em uma caminhada como essa. Em primeiro lugar, não sou ainda o candidato do partido. A ideia é a de que essa definição ocorra até o final de março. Mas, mesmo antes disso, como presidente nacional do PSDB, estive, desde julho do ano passado, em mais de 20 estados, de todas as regiões, realizando encontros extremamente densos e discutindo as bases do nosso programa de governo, política ambiental na Amazônia, políticas regionais no Nordeste, questões do agronegócio no Sul e no Centro-Oeste. Inúmeros encontros em São Paulo, com foco na preocupação com a desindustrialização. Não é um processo que se inicia agora. O que vamos fazer a partir de fevereiro é retomar a agenda de viagens, caminhando pelo Brasil inteiro. Pretendo intercalar essas visitas a outros estados com (visitas) a várias regiões de Minas.
 
Marina Silva virou um problema para o senhor na negociação com o PSB em alguns estados, inclusive em Minas?
Não, de forma alguma. Acho que a presença da Marina na disputa, ao lado do Eduardo Campos, é saudável. A Marina traz temas importantes para o debate eleitoral, oxigena essa disputa. Da mesma forma, o Eduardo. Quem tentou, como pôde, inibir outras candidaturas foi o PT. Seja do ponto de vista congressual, quando atuou para impedir a criação do partido da Marina, seja do político, quando tentou inviabilizar a candidatura de Eduardo através da cooptação de seus aliados, e acabou levando alguns deles, como é o caso do Ceará. Mas nós achamos que era importante que outras forças políticas participassem do processo eleitoral. O PSDB nunca temeu essa participação. Ao contrário, a minha expectativa é de que, no momento em que forças políticas que militavam no governo, como é o caso da Marina e do próprio Eduardo, que foi ministro do Lula, passam a militar no campo da oposição, isso tem que ser saudado por nós como algo extremamente positivo. Mas eu tenho confiança plena de que o PSDB, pela clareza do seu discurso, pela estrutura que tem em todo o Brasil, pela força das suas lideranças, é quem representará a mudança de verdade, pela qual quase 70% da população brasileira clama. Estou extremamente confiante em que o PSDB tem todas as condições de chegar ao segundo turno e, aí, o jogo se inverte, os favoritos somos nós, e não o governo.
 
O senhor sempre reclamou, nas eleições passadas, de que o PSDB precisava de um projeto claro de governo. Já tem claro o que é preciso fazer?
Nós fizemos, no final do ano passado, no dia 13 de dezembro, o lançamento das diretrizes básicas desse projeto, que foi fruto de tudo aquilo que nós buscamos ou nós elegemos nesses debates, seminários e encontros regionais, e que serão a base da construção do nosso plano de governo. Ele será coordenado pelo governador Anastasia, a partir do final do mês de março, quando ele deve deixar o governo do estado, no prazo final de desincompatibilização. 
 
Quais são elas?
Passa por questões que, para nós, sempre foram muito claras. A eficiência da gestão pública para combater a crônica deficiência do atual governo do PT. A meritocracia como antítese a esse aparelhamento perverso e absurdo da máquina pública feita pelo PT. Uma visão de mundo muito mais atual e pragmática do que essa atrasada visão ideológica do Brasil, que tem nos levado a alianças que em nada têm ampliado os nossos mercados e contribuído para o crescimento da economia. Uma visão muito mais solidária de estados e municípios para nos contrapormos a esse centralismo absurdo do governo  federal, que vem transformando o Brasil não mais em uma Federação, mas em um estado unitário, com estados e municípios cada vez mais dependentes da União. Uma ação firme e decisiva na coordenação de política de segurança nacional para nos contrapormos à absoluta omissão do governo federal nessa questão, inclusive com um esforço maior no financiamento da segurança pública. Hoje, 87% de tudo o que se gasta em segurança vêm dos estados e dos municípios e apenas 13% da União. O Fundo Penitenciário, aprovado no Congresso, nos últimos 3 anos de governo da atual presidente, teve apenas 10,5% do seu valor executado, o que mostra o descaso e a omissão nessa questão. Em relação à saúde, houve, durante um período do governo do PT, queda de 54% de participação do governo federal no total de financiamento da saúde para apenas 45% hoje, o que mostra, também, nessa gravíssima questão, a grande omissão do governo federal. Nós temos que resgatar a Federação no Brasil, estabelecermos a meritocracia e, no campo econômico, uma política fiscal transparente, que resgate a credibilidade perdida do Brasil, com tolerância zero à inflação, e que nos permita crescer de forma mais sustentável para sairmos do final da fila. O Brasil cresceu no ano passado apenas mais do que a Venezuela, na América do Sul. A equação econômica do governo que a presidente Dilma nos deixará, essa sim uma herança maldita, se resume em crescimento pífio, inflação alta e maquiagem dos dados fiscais, que tem como consequência a enorme perda de credibilidade do Brasil. 
 
O governo tem conseguido se manter bem perante a opinião pública, mesmo com esses indicativos que o senhor está citando. Parece que nada atinge o governo do PT?
Ao contrário. Aparece em todas as pesquisas um dado que é relevante. Dois terços da população querem mudanças profundas. Só que o que existe hoje é quase um monólogo. Hoje os grandes veículos de comunicação de massa não falam no governo, falam na presidente apenas. Isso não permanecerá durante o processo eleitoral. Portanto, estou convencido de que o governo terá que fazer uma campanha na defensiva. A inflação já é, sim, um problema para boa parte das famílias brasileiras. Estamos com a inflação no teto da meta, existindo há muitos anos. Isso porque nós temos preços controlados de combustíveis, de energia e de transportes públicos. Na hora em que destampar a tampa dessa panela, vamos ter a inflação média chegando a em torno de 9%.  A cesta básica nos últimos 12 meses, em 16 capitais pesquisadas, está acima de 10%. Em Salvador, chega a 17%. Uma inflação na vida cotidiana das pessoas, porque o governo geriu mal a economia, flexibilizou os pressupostos básicos dos pilares fundamentais que foram herdados do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
   
A eleição deste ano terá componentes diferentes motivados pelos protestos. O senhor entendeu o recado das ruas?
É um recado claro para toda a classe política. A população está cansada da ineficiência dos serviços, do desleixo com o dinheiro público, das sucessivas denúncias de corrupção. Ela clama por valores, por novas oportunidades. As respostas que o governo federal buscou dar, com uma agenda absolutamente descolada da realidade do Brasil e desse sentimento das pessoas, como a pífia reforma política, que foi a mais eloquente delas, não respondeu em absolutamente a essas expectativas. Nós não trabalhamos esses eventos como um ativo eleitoral. Se ocorrerem, os governantes, todos eles, têm que estar prontos para dar as respostas. Mas é algo que nós, democratas, temos que compreender. As pessoas hoje estão inquietas, insatisfeitas com o que está acontecendo. Agora, o governo federal, que vendeu aos brasileiros um nirvana, um país onde só existiam virtudes, que não tinha problemas, que superou a miséria, que tem suas empresas públicas geridas com a maior eficiência, esse país da fantasia se desfez. Esses movimentos rasgaram a fantasia do PT. 
 
Que alianças o senhor vai buscar nessas eleições? O PMDB, por exemplo, demonstra insatisfação com o governo.
Essas alianças são consequência da capacidade que você tenha ou não de apresentar um projeto viável. A nossa preocupação neste momento é apresentar ao Brasil um projeto exequível, que recomponha a credibilidade da nossa economia e aponte para cenário de crescimento sustentável por um bom período. As alianças são consequência disso. O que posso antecipar é que cada estado é uma realidade, e nós teremos, certamente, apoios em vários deles, de forças políticas, mesmo estando em nível nacional, de alguma forma, alinhadas a este governismo de cooptação, porque não tem nada de coalisão, tem é de cooptação através de cargos públicos. Mas não se consegue cooptar todos. 
 
O senhor acha que vai ser possível se aliar ao PSB em Minas Gerais? Existe a possibilidade de palanque duplo?
O PSB é aliado do PSDB em muitos estados, inclusive em Minas, desde o meu primeiro mandato. Essa é uma aliança absolutamente natural, e eu acredito que ela possa ser mantida, sim, como será em outros estados. Tenho conversado com o governador Eduardo Campos, e o nosso entendimento é o de que vamos deixar que as situações regionais, locais caminhem sem qualquer intervenção nossa. O que eu percebo é que o PSB terá, em muitos estados, alianças com o PSDB e pouquíssimas com o PT, o que é uma sinalização importante em relação ao segundo turno.
 
A eleição terá um capítulo à parte na internet. O PT está lançando, inclusive, cartilha para a militância e o PSDB, como vai trabalhar com as mídias sociais?
O PT sempre utilizou a internet para fazer uma guerrilha que foge aos padrões éticos que deveriam orientar a disputa política e vai continuar nesse mesmo caminho, não é nenhuma novidade. Agora talvez mais, com financiamento maior e parte até com financiamento público, já estão montando um verdadeiro exército na internet. Obviamente, nós temos que estar atuando. Vamos usar a internet para difundir ideias, debater o nosso programa, mobilizar as nossas forças. O PT costuma usar a internet para fazer, como fez recentemente com o Eduardo Campos, como faz permanentemente em relação aos seus opositores, o jogo da calúnia, da difamação, da desconstrução. Mas eu acredito muito no bom senso das pessoas. Se não acreditasse, não estaria na política. Esse esforço hercúleo que é feito na internet, da difamação permanente, acaba tendo um resultado absolutamente inócuo. As pessoas têm capacidade de discernir o que é certo e o que é errado. 
 
A atuação do senhor na televisão também pode fazer a diferença?
A nossa campanha será a da verdade. A presidente da República fará uma campanha na defensiva porque falharam na condução da economia. Falharam na gestão do estado, porque o Brasil é hoje um grande cemitério de obras inacabadas. Demonizaram por mais de 10 anos as concessões e as fazem agora de forma açodada, envergonhada e com absoluta falta de planejamento. Mesmo no campo social, onde se apregoam os grandes construtores de uma nova realidade no Brasil,  os efeitos são muito  limitados, daquelas antigas ações, na verdade,  herdadas do governo do presidente Fernando Henrique. Não houve nada novo. A saúde é trágica para grande parte da população. A segurança pública aflige brasileiros de todas as regiões, de todas as classes sociais. Na educação, também estamos no final da fila nos principais institutos de avaliação internacionais. No caso especificamente de Minas, a presidente tem muitas explicações a dar, porque o estado foi absolutamente preterido ao longo desses 12 anos de governo do PT. 
 
Como?
Seja em relação a investimentos programados, seja pelo setor automotivo que foram para outros estados. O metrô não terá no governo da presidente Dilma um centímetro sequer de expansão. Nas prometidas obras da BR–381, o governo apresenta um programa que atende a apenas 25% . O Anel Rodoviário prometido lá atrás, ainda pelo presidente Lula, foi transferido para o estado devido à incapacidade do governo. 
 
O senhor já definiu quem vai ser o marqueteiro? 
Nós não temos o candidato ainda, só depois de março. O que posso adiantar é que nós não teremos, aí, um marqueteiro, um salvador da pátria, como o PT. O marqueteiro do PT tem status de primeiro-ministro de estado. Se ele ligar para o ministro da Fazenda, é atendido no primeiro toque, tamanha a importância dele para o atual governo. Mas por que isso? Porque é o governo do marketing. Tem poucos resultados a apresentar e precisa privilegiar o marketing. Nós teremos pessoas competentes na área de comunicação, que nos permitam difundir nossas ideias, dar a elas visibilidade. 
 
Acredita que essa será uma campanha cara, mas também difícil para se arrecadar recursos devido às denúncias de corrupção e caixa 2?
Para o governo, certamente não será difícil, já que o PT, ao longo dos últimos anos, não tem tido qualquer dificuldade para se financiar, haja vista a movimentação não só dos candidatos majoritários, mas os parlamentares do PT em Minas. Nós vamos ter o apoio daqueles que querem mudar o Brasil. Eu tenho muita confiança, mas não sei dimensionar quanto custa uma campanha presidencial. Mas vamos fazer uma campanha dentro da lei, oficialmente, como sempre fizemos em Minas. Nós vamos contar com financiamentos também dos cidadãos brasileiros. 
 
O mensalão mineiro pode atrapalhar o senhor?
A mim, de forma alguma, porque não tenho com ele qualquer vinculação. O que eu sempre digo em relação a essas denúncias e acho até com um nome inadequado, porque mensalão pressupõe pagamentos mensais e, ali, há denúncia em relação à parte do financiamento do ex-governador Eduardo Azeredo, que sequer venceu as eleições. Mas o que eu defendo é que todas as denúncias sejam investigadas e que possamos dar a ele o direito à defesa. 
 
Como o senhor está se sentindo com a notícia que será pai de novo?
Muito feliz. Esse é o lado bom. Eu sou alguém de bem com a vida. Estou na política porque acredito na transformação da sociedade. Mas ela não é toda a minha vida. Diferentemente de alguns que estão na política para ascender socialmente ou a tem como único objetivo de suas vidas e, aí, quando perdem, se frustram. Eu vou cumprir o meu papel. Se couber a mim a responsabilidade de conduzir essa candidatura, vou fazê-la inspirado na minha história pessoal, nos mineiros e, quem sabe, depois de 60 anos, Minas tenha um presidente da República eleito pelo voto.  
 
14 de fevereiro de 2014