"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

PRESIDENTE DO BANCO QUE REPASSOU DINHEIRO AO VALERIODUTO É ASSESSOR DO PETISTA PIMENTEL


Bicalho, ao centro, recebendo título de Cidadão de Belo Horizonte
 
Ex-presidente do banco Bemge e réu no braço do processo do mensalão tucano que tramita em Minas Gerais, José Afonso Bicalho trabalha como assessor econômico no gabinete de Fernando Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ele é contratado através do BNDES desde abril do ano passado.

Quando Bicalho era presidente do Bemge, em 1998, o banco transferiu R$ 500 mil à SMP&B, agência de Marcos Valério, a título de patrocínio de um evento de motocross. O dinheiro teria sido desviado para a campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB), de acordo com a denúncia do Ministério Público. No processo, Bicalho responde pelo crime de peculato.

Na noite de quarta-feira, outro réu do mesmo processo, o jornalista Eduardo Guedes, deixou a assessoria que prestava ao senador Aécio Neves (PSDB), depois da revelação de que ele ainda atuava próximo ao pré-candidato à Presidência, apesar de responder na Justiça por eventual participação no esquema de desvio de recursos implantado por Valério.

Nesta quinta-feira, tanto o BNDES quanto o Ministério do Desenvolvimento se recusaram a informar o salário de Bicalho no governo federal, sob a alegação de que o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação desobrigaria o BNDES de divulgar o salário de seus empregados de forma individualizada. Por meio da assessoria, O GLOBO perguntou ao ministro Fernando Pimentel se a contratação de Bicalho era motivo de constrangimento para a pasta. Ele preferiu não se pronunciar.
 
( O Globo )
 
14 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks

Nenhum comentário:

Postar um comentário