"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

FACHIN DÁ NOVA RASTEIRA EM MORO E TIRA PROCESSO CONTRA GUIDO MANTEGA DE CURITIBA

Brasília- DF- Brasil- 16/06/2015- Ministro Luiz Edson Fachin é empossado no Supremo Tribunal Federal. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF


Poucos ministros do STF tem sido tão descarados na blindagem aos petistas. Agora se justifica a luta que fizemos contra sua nomeação, por Dilma, em 2015.

Fachin homologou um acordo de impunidade com Joesley Batista, o que o desobriga de apresentar provas contra petistas. Nas últimas semanas, tirou nada mais nada menos que 4 processos envolvendo Lula das mãos de Sérgio Moro.

Agora, ele acaba de determinar a retirada de um processo envolvendo o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, da Justiça Federal do Paraná.

A ação é baseada numa delação de Marcelo Odebrecht que ainda não virou um inquérito. Agora Fachin decide que o caso deve ser investigado pela Justiça Federal de São Paulo.

Fachin está acabando com a Lava Jato.


30 de junho de 2017
ceticismo político

RETIRADA DE TEMER E A ASCENSÃO DE RODRIGO MAIA À PRESIDÊNCIA

ALEXANDRE GARCIA COMENTA A CORRERIA NOS TRÊS PODERES COM NOTIFICAÇÃO DE JANOT À TEMER

LIVE DO DURVAL FERREIRA: "NÃO EXISTE SOLUÇÃO POLÍTICA PARA O BRASIL"

LIVE DO DURVAL FERREIRA - 30/06/2017 - "NÃO EXISTE SOLUÇÃO POLÍTICA PARA O BRASIL"

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PÁGINA DURVAL FERREIRA
LINK DA PÁGINA DO DURVAL FERREIRA: https://m.facebook.com/durval.ferreira.3591#_=_ 

30 de junho de 2017
postado por m.americo

ESTRATÉGIA DIABÓLICA CONTRA A LAVA JATO É DENUNCIADA POR PROCURADORES QUE AMEAÇAM ABANDONO

LEVANTAMENTO APONTA QUE O PT É O PARTIDO MAIS ASSOCIADO _A LAVA JATO

DE ACORDO COM O ESTUDO, LEGENDA FOI LEMBRADA POR 64% DOS ENTREVISTADOS DE FORMA ESPONTÂNEA
LEVANTAMENTO APONTA QUE PT É PARTIDO MAIS ASSOCIADO À CORRUPÇÃO NO ÂMBITO DA LAVA JATO (FOTO: EBC)

Levantamento realizado neste mês pela empresa Ipsos, especialista em pesquisa de mercado, aponta que o PT é o partido mais associado à corrupção no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com o estudo, a legenda foi lembrada por 64% dos entrevistados de forma espontânea. 
O PMDB foi o segundo mais citado, com 12%, e o PSDB somou 3% das respostas. Outros 17% não souberam opinar sobre o tema. 
A grande maioria (82%), no entanto, afirmou que as investigações estão mostrando que todas as siglas são corruptas.

A pesquisa também revelou que para 96% dos entrevistados a operação deve continuar até o fim, custe o que custar. Mas o resultado final ainda é uma incógnita – 50% das pessoas acreditam que a “Lava Jato não vai acabar em pizza”, 32% que vai e outros 18% disseram que não é possível responder a essa pergunta. 
Realizada entre os dias 1º e 13 de junho, a pesquisa Ipsos ouviu 1.200 pessoas de forma presencial em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é de 3%.

Com foco na Lava Jato, o levantamento também questionou sobre qual legado a operação pode deixar para o País. Segundo 87% dos entrevistados, a ação anticorrupção vai fortalecer a democracia no Brasil. Outros 79% ainda acreditam que as investigações podem ajudar a deixar o País mais sério. Para 95% dos brasileiros ouvidos, a Lava Jato deve continuar mesmo que traga mais instabilidade política e para 94%, mesmo que traga mais instabilidade econômica.

Questionados, de forma espontânea, quais nomes estão envolvidos na Lava Jato, as respostas foram: Lula (PT), citado por 57% dos entrevistados; Aécio Neves (PSDB), lembrado por 44%; Michel Temer (PMDB), com 43% das citações; Dilma Rousseff (PT), com 35%; e Eduardo Cunha (PMDB), com 33%. 
Também figuram na lista, desta ordem, Renan Calheiros (PMDB), José Serra (PSDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Romero Jucá (PMDB), Rodrigo Maia (PMDB), Marina Silva (Rede), Gilmar Mendes e Jair Bolsonaro.

Quando os mesmos entrevistados receberam uma sugestão de nomes, a ordem das respostas mudou. Na pesquisa estimulada, os dez nomes mais citados com envolvimento na Lava Jato foram: Michel Temer (90%), Aécio Neves (88%), Eduardo Cunha (88%), Lula (87%), Dilma Rousseff (82%), Renan Calheiros (67%), José Serra (52%), Fernando Henrique Cardoso (45%), Geraldo Alckmin (43%) e Rodrigo Maia (39%).

Avaliação governo. A avaliação do governo do presidente Michel Temer teve uma piora de quatro pontos percentuais comparado ao mês anterior. Hoje, 84% dos brasileiros classificam a gestão Temer como ruim e péssima. Em maio, o índice era de 80% e, em janeiro deste ano, de 59%. 
A avaliação pessoal do nome de Temer também piorou. Em maio, 86% dos entrevistados desaprovavam sua conduta. Hoje, esse índice é de 93%. Essa taxa de reprovação transforma o presidente na figura pública mais mal avaliada entre os entrevistados. 
Atrás deles estão Eduardo Cunha (92%), Aécio Neves (91%) e Renan Calheiros (84%).

Considerando os políticos que já disputaram o segundo turno em um pleito presidencial, Aécio Neves é o tucano com maior taxa de rejeição com 91%, alta de 14 pontos percentuais sobre a edição anterior. O político mineiro é seguido por José Serra, com 79% - aumento de nove pontos em relação a maio - e por último, Geraldo Alckmin com 71%, o que representa sete pontos a mais comparado ao último mês.

Marina Silva, da REDE, que vinha numa constante queda do índice de rejeição, em junho, apresenta taxa de desaprovação de 62%. Por outro lado, o juiz Sérgio Moro, o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa são os nomes melhores avaliados com 63%, 44% e 42% de aceitação, respectivamente. (AE)



30 de junho de 2017
diário do poder

CÁRMEN LÚCIA ENCERRA SEMESTRE AFIRMANDO QUE STF NÃO VAI IGNORAR 'CLAMOR POR JUSTIÇA'

O RECESSO COMEÇA NESTE SÁBADO (1) E VAI ATÉ O FIM DE JULHO

A MINISTRA CÁRMEN LÚCIA VAI ASSUMIR O PLANTÃO DA CORTE FOTO: CARLOS MOURA


Nesta sexta-feira (30) o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou a última sessão antes do recesso. A ministra Cármen Lúcia encerrou o primeiro semestre do judiciário afirmando que a Corte não vai ignorar o clamor por justiça.

A presidente do STF afirmou que “O clamor por justiça que hoje se ouve em todos os cantos do país não será ignorado em qualquer decisão desta Casa. As vozes dos que nos antecederam e que velaram pela aplicação do direito com o vigor de sua toga e o brilho de seu talento, não deixam de ecoar em nossos corações. Não seremos ausentes aos que de nós esperam a atuação rigorosa para manter sua esperança de justiça. Não seremos avaros em nossa ação para garantir a efetividade da justiça”.

Durante seu discurso, Cármen agradeceu aos ministros “A vossas excelências, o meu agradecimento pessoal, especial pelos trabalhos intensos, pelas sessões extras, além das muitas regulares que foram realizadas nesse semestre. Desejo a cada um dos senhores excelente período de recesso e tranquilo regresso aos trabalhos externos, porque internamente continuamos na labuta como se sabe. Muitíssimo obrigada a cada um dos senhores por terem me ajudado tanto num semestre tão difícil para mim”.

O recesso começa neste sábado (1) e vai até o fim de julho. A ministra Cármen Lúcia vai assumir o plantão da Corte.

30 de junho de 2017
Francine Marquez
diário do poder

LIVRE, LEVE E SOLTO...

MARCO AURÉLIO NEGA PRISÃO E MANDA AÉCIO EXERCER SEU MANDATO
ALÉM DE LIVRE, SENADOR ESTÁ AUTORIZADO A RETOMAR O MANDATO



O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), acaba de negar o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG), apresentado pelo procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, e ainda revogou a medida do ministro Edson Fachin que havia determinado a suspensão do exercício do seu mandato.

Foi a segunda vez que Janot pediu a prisão do presidente nacional do PSDB. A primeira foi negada pelo ministro Fachin, que, no entanto, atendeu a solicitação da PGR de afastá-lo do exercício do mandato. Depois, Janot voltou à carga, reiterando o pedido de prisão do senador tucano.

O ministro Marco Aurélio, que preside a Primeira Turmka do STF, havia sianalizado que somente em agosto seria tomada decisão sobre a eventual prisão do senador, por isso sua decisão, divulgada esta manhã, surpreendeu.

O advogado Alberto Toron, que defende Aécio, classificou a decisão de Marco Aurélio "impecável". O criminalista explicou que a lei somente prevê a prisão de um senador da República e seu afastamento do mandato em caso de flagrante delito e no cometimento de crime inafiançável. Toron disse esperar que a PGR recorra da decisão, mas afirmou que está pronto para contestá-la.



30 de junho de 2017
diário do poder

ACABOU-SE O QUE ERA DOCE...

O presidente Donald Trump exibe a ordem executiva assinada em 16 de junho de 2017 que modifica a política dos Estados Unidos à Cuba, ladeado por cubano-americanos e cubanos da “velha guarda” exilados há décadas em seu país. (Foto: Lynne Sladky, AP.)


Desde que tornou-se presidente dos Estados Unidos em janeiro deste ano, Donald Trump dizia que iria desfazer os acordos que seu antecessor, Barack Obama, havia feito com os ditadores da ilha de Cuba. Fiquei ansiosa por ver se, finalmente, alguém teria a coragem de chamar as coisas por seus nomes reais e fazer algo por aqueles 11 milhões de escravos de uma ditadura sexagenária, sanguinária e que sempre foi protegida por países que gozam de liberdade e têm seus direitos respeitados.

Então vieram as ameaças do delinqüente da Coréia do Norte, as crises na Síria e Líbano e nada do magnata-presidente olhar para o outro lado. Em 16 de junho, entretanto, em um evento no teatro Manuel Artime em Miami, ladeado por ilustres cubanos e cubano-americanos, Trump falou para uma platéia repleta que iria cancelar todos os acordos feito por Obama. É necessário deixar claro que não houve um “rompimento”, uma vez que as relações diplomáticas e comerciais permanecem intactas.

Quando Obama anunciou em 14 de outubro de 2016 que Cuba e Estados Unidos refizeram suas relações diplomáticas e comerciais, lembro de ter escrito um artigo denunciando as manobras protecionistas que o muçulmano fazia à ditadura mais antiga do continente em detrimento do povo sofrido, espoliado, massacrado, pois os Estados Unidos cederam a todas as exigência feitas por Raúl Castro sem nenhuma contrapartida. Numa relação entre dois países é de se supor que qualquer acordo seja feito bilateralmente. Mas com Cuba não foi assim. Raúl Castro fez todas as exigências que quis e Obama apenas disse sim.

Para que se tenha idéia da nocividade que foi esse malfadado acordo, a repressão se intensificou de tal maneira que só em março deste ano foram presas mais de 3.000 dissidentes que tudo o que desejam – e cobravam – era liberdade, em todos os níveis.
A repressão cubana continua. (Foto: Adalberto Roque AFP/Getty Images)

Mas Trump não agiu sozinho porque, provavelmente, não tinha conhecimento da realidade daquela ditadura. Ele contou com o apoio do senador Marco Rubio e dos deputados Mario Diaz-Balart e Ileana Ros Lehtinen, além de vários respeitados membros da comunidade cubano-americana. Segundo Diaz-Balart, Trump vinha tendo essas conversas desde o período de campanha, de modo que quando resolveu fazer o anúncio estava bem preparado.

Em seu discurso a primeira coisa que Trump disse foi que estava “cancelando” todos os acordos feitos por Obama e que negociaria um acordo “muito melhor”, para o povo cubano, não para a ditadura. Algumas de suas frases foram de grande impacto, tanto para a platéia que o aplaudia a cada anúncio, quanto para os ditadores e aqueles que apóiam a desgraça alheia.

Disse Trump: “Não levantaremos as sanções a Cuba até que todos os prisioneiros políticos sejam livres, todos os partidos políticos sejam legalizados, se programem eleições livres e supervisionadas internacionalmente e a entrega à Justiça americana de criminosos e fugitivos que encontraram refúgio na ilha”. Ele ainda desafiou Cuba a se sentar na mesa para negociar um novo acordo que seja do melhor interesse dos cubanos como dos americanos.

Trump foi enfático quando disse que qualquer mudança de sua postura em relação a Cuba dependerá dos avanços concretos que o ditador faça em direção aos objetivos propostos por ele. “Quando os cubanos derem passos concretos estaremos prontos, preparados e capazes de voltar à mesa para negociar esse acordo, que será muito melhor. Nossa embaixada permanece aberta com a esperança de que nossos países possam forjar um caminho muito melhor”. Disse ainda que restringirá muito robustamente o fluxo de dólares norte-americanos aos serviços militares, de segurança e inteligência da ilha e dará “passos concretos para se assegurar de que os investimentos de empresas americanas fluem diretamente para o povo. Implementaremos a proibição do turismo e implementaremos o embargo”.

Mas a pergunta que se impõe, é: esse acordo é melhor para quem? No mesmo dia o “Governo Revolucionário” emitiu uma nota [1] onde se coloca como uma super potência de quem os Estados Unidos dependem e cujo prejuízo com as novas exigências será dos americanos. Diz parte desse comunicado: “O Governo de Cuba reitera sua vontade de continuar o diálogo respeitoso e a cooperação em temas de interesse mútuo, assim como a negociação dos assuntos bilaterais pendentes com o Governos dos Estados Unidos. Nos dois últimos anos demonstrou-se que os dois países, como expressou reiteradamente o Presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, General de Exército Raúl Castro Ruz, podem cooperar e conviver civilizadamente, respeitando as diferenças e promovendo tudo aquilo que beneficie ambas as nações e povos, porém não se deve esperar que para isso Cuba realize concessões inerentes à sua soberania e independência, nem aceite condicionamentos de nenhuma índole. Qualquer estratégia dirigida a mudar o sistema político, econômico e social em Cuba, quer seja a que pretenda consegui-lo através de pressões e imposições, ou empregando métodos mais sutis, estará condenada ao fracasso”.

Quer dizer, Castro II reitera que, ou é do jeito deles, ou não tem acordo. Porque a ditador nenhum interessa que seu povo viva bem e feliz, que tenha os mesmos direitos e liberdades que eles da Nomenklatura se outorgaram. Para disfarçar, a Assembléia Nacional do Poder Popular está anunciando eleições para 14 de julho próximo, mas isso não é novidade. Sempre houve eleições. O “inusitado” disso é que os candidatos não são escolhidos pelo povo, mas pelos “conselhos”. O povo é obrigado a ir ratificar a escolha – que ele não fez – para os candidatos do partido único, o Partido Comunista Cubano, cujo mandatário sempre teve 100% dos votos. Dessa vez Raúl Castro não vai concorrer pois há tempo anuncia sua resignação em fevereiro de 2018 quando termina seu mandato. Mas isso é assunto para outro artigo.

Trump disse que esse decreto entraria em vigor dentro de 30 dias mas que já seria posto em prática a partir de seu anúncio. Resta saber se ele vai se manter firme em sua palavra de não fazer concessões enquanto suas exigências não forem plenamente acatadas, ou se pelo caminho – ou por pressão de algum lado – mudará de idéia e afrouxará o torniquete. Deus permita que ele se mantenha firme e tenha êxito!


Nota:
[1] Ver documento completo aqui: http://www.granma.cu/cuba/2017-06-16/declaracion-del-gobierno-revolucionario-16-06-2017-19-06-41

30 de junho de 2017
Graça Salgueiro, escritora e jornalista, é autora do livro ‘O Foro de São Paulo – A Mais Perigosa Organização Revolucionária da América Latina‘, e apresenta o programa Observatório Latino, na Rádio Vox.

SUPREMO DECIDE QUE DELAÇÃO PODE SER ANULADA SE HOUVER ILEGALIDADES

Não houve surpresa, este resultado já era esperado
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira que ilegalidades descobertas depois da homologação de um acordo de delação podem levar à sua rescisão. A regra estabelecida é que as cláusulas devem ser mantidas pelo Judiciário depois de homologadas, mas abriu essa exceção. Além disso, caso o delator descumpra os termos do acordo, também poderá perder seu benefício.
O relator do caso em julgamento é o ministro Edson Fachin. Seu voto inicial causou resistência pelo uso da palavra “vinculação”, o que foi interpretado por alguns ministros como uma forma de tolher os poderes do plenário do STF, que não poderia mudar o estabelecido por um de seus integrantes. Isso porque o tribunal também decidiu que a homologação do acordo é uma tarefa apenas do relator do caso, e não do plenário.
VINCULAÇÃO – “Acordo homologado como regular, voluntário e legal gera vinculação condicionada ao cumprimento dos deveres assumidos pela colaboração, salvo ilegalidade superveniente apta para justificar anulação do negócio jurídico” – propôs Fachin.
Alexandre de Moraes discordou dos termos. “O controle dessa legalidade, regularidade e voluntariedade deve ser feito pelo relator na homologação. Ele vai homologar, mas isso não impede que, no momento do julgamento, o colegiado, seja turma, seja o plenário, analise os fatos supervenientes ou os fatos de conhecimento posterior” – disse Moraes.
Então, Luís Roberto Barroso perguntou qual seria a sugestão dele. Moraes propôs: “Acordo homologado como voluntário, regular e legal deverá em regra produzir seus efeitos face ao cumprimento dos deveres assumidos na colaboração possibilitando ao colegiado a análise do parágrafo 4º do artigo 966”.É uma referência ao artigo do Código de Processo Civil (CPC) que permite rescindir decisões quando verificadas algumas hipóteses de ilegalidades.
CONCORDÂNCIA – Fachin concordou com a redação proposta por Moraes e a incorporou a seu voto.Depois, seguiram o mesmo entendimento os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Celso de Mello e Cármen Lúcia.
Ausente, o ministro Ricardo Lewandowski não votou nesta quinta-feira. Mas em sessões anteriores ele já tinha expressado sua posição: o plenário do STF pode fazer uma análise ampla ao fim das apurações, podendo revogar não apenas benefícios específicos, mas toda a delação, se considerar que o acordo feriu a Constituição ou alguma lei.
Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello tiveram uma posição que dá mais poder ainda ao plenário. Para eles, cabe ao colegiado, e não ao relator, homologar o acordo de delação.
“UMA BOBAGEM” – “A vinculatividade é algo caricato porque o ato do relator que fez a caneta cair sobre o papel agora vincula o plenário. É uma bobagem, ninguém vai seguir isso – criticou Gilmar.
Marco Aurélio entendia inicialmente que não cabia ao plenário fazer a homologação, mas ao relator. Diante das divergências sobre a extensão dos poderes do plenário para rever um acordo, ele mudou o voto. “Vou reajustar para dizer que não cabe ao relator homologar, mas ao plenário”.
O STF entendeu, por unanimidade, que Fachin é de fato o relator. E, por dez nove votos a dois, o STF decidiu que cabe apenas a ele fazer a homologação. Mas, durante as quatro sessões que o julgamento tomou, alguns ministros avançaram para a discussão da extensão dos poderes do plenário depois que houver a homologação. Por oito votos a dois, o STF entendeu que cabia analisar esse tema também. Apenas Marco Aurélio e Gilmar Mendes foram contra.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Sem novidade. Está virando rotina o ministro Gilmar Mendes ser voto vencido. E, às vezes, Marco Aurélio lhe faz companhia.(C.N.)

30 de junho de 2017
André de Souza e Tatyane Mendes
O Globo

BOLSA FAMÍLIA: MULHER EXPLICA COMO FATURA MUITO DINHEIRO

JORNALISMO COMPRADO É SEM GRAÇA

JORNALISMO COMPRADO É SEM GRAÇA.

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JORNALISMO COMPRADO É SEM GRAÇA.

30 de junho de 2017
postado por m.americo

URGENTE! PROCURADORES DA LAVA JATGO AMEAÇAM ABANDONAR OS CARGOS

QUEM OPEROU MAIS?

Os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega se consolidam como os maiores operadores de propinas do PT. Pelos relatos ao Ministério Público, é até difícil saber qual dos dois participou de mais negociatas

QUE DUPLA Os ex-ministros Palocci (esq) e Mantega (dir) intermediaram os repasses de dinheiro sujo a Lula e Dilma (Crédito: Divulgação)

Bastaram os investigadores da Lava Jato aprofundarem levantamentos sobre operações financeiras que envolvem escândalos com caixa dois, propinas em obras da Petrobras, pagamentos de subornos da Odebrecht e dinheiro sujo da JBS, que logo surgiu dois operadores dos recursos ilegais arrecadados pelo PT: os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega.

Pelos relatos dos delatores ao Ministério Público, é até difícil saber qual dos dois operou mais. Por enquanto, quem ganha a disputa é Palocci, que está preso em Curitiba e deve ser condenado nos próximos dias pelo juiz Sergio Moro. Já Mantega, teve a prisão decretada por Moro na manhã do dia 22 de setembro do ano passado, mas a medida foi revogada quatro horas depois, quando o magistrado soube que ele acompanhava a mulher em tratamento contra um câncer no Hospital Albert Einstein.

De acordo com o que o MPF já descobriu sobre o envolvimento de Mantega, citado como coletor das propinas pagas pela JBS, depois de empréstimos milionários do BNDES ao grupo de Joesley Batista, o ex-ministro da Fazenda mais longevo do País pode ter sua situação judicial agravada. Em fogo amigo, o que mais implica Mantega hoje é o próprio Palocci, que em sua defesa prévia à Justiça jogou tudo nas costas de Mantega. Palocci afirmou que foi Mantega quem pedia propinas à Odebrecht. Fontes da Justiça não descartam que ele pode ter a prisão decretada novamente a qualquer momento.

De acordo com a delação premiada de Marcelo Odebrecht, o primeiro grande operador das contas do PT com a empreiteira foi Palocci. De 2008 a 2014, a Odebrecht deu R$ 133,5 milhões ao PT, tendo Palocci como operador. Esperava-se que o ex-ministro fizesse acordo de delação premiada e explicasse sua atuação na administração do dinheiro recebido como propina da empreiteira.

Marcelo já confessou ao juiz Moro que Palocci era seu interlocutor no PT para o pagamento de propinas de obras superfaturadas na Petrobras. O empreiteiro disse que só na campanha de 2014 para a reeleição de Dilma, a empresa deu R$ 300 milhões, sempre tendo o ex-ministro como intermediário. Em depoimento a Moro, o empresário disse que os recursos ficavam no “departamento de propina” da companhia na sigla “Italiano”, como Palocci era identificado. Mantega era identificado como “Pós-Itália”.

Em 2009, contudo, o operador do PT mudou. O então ministro Mantega pediu a Marcelo uma propina de R$ 50 milhões em troca da liberação de uma emenda de Refis para a Braskem, do grupo Odebrecht. Na delação do empresário Joesley Batista também é o ex-ministro Mantega quem aparece o tempo todo como intermediário da JBS na negociação de propinas para o PT, Lula e Dilma.

Em seu depoimento à PGR em maio, Joesley disse que depositou US$ 150 milhões no exterior mediante orientações de Mantega. O montante foi repassado para a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff, de acorco com o mesmo relato. Esse dinheiro, ainda segundo Joesley, era resultado de propinas pagas ao PT como contrapartida aos empréstimos milionários obtidos junto ao BNDES.

Ao MPF, Joesley disse que o primeiro contato com Mantega aconteceu em 2005, quando ele assumiu a presidência do BNDES. Meses depois, a Friboi obteve US$ 80 milhões para a compra da argentina Swift. Em depoimento à PF na quarta-feira 21, Joesley disse que emprestou US$ 5 milhões para o filho de Mantega, dono da empresa Pedala Equipamentos, que quebrou e ele não recebeu o dinheiro de volta.

Joesley confirmou que depositou US$ 20 milhões em uma conta indicada por Mantega no exterior. Mantega exigia 4% em propina dos contratos com o BNDES. Joesley afirmou ainda que deu R$ 2 milhões para Palocci em 2009 à título de consultorias pela Projeto. Em troca, Palocci e Mantega abriam as portas do governo para a JBS. Uma mão lava a outra.

Fogo amigo

• Em suas alegações finais endereçadas à Justiça, Palocci jogou nas costas do colega Mantega toda responsabilidade por pagamentos ilegais feitos na Suíça pela Odebrecht ao marqueteiro João Santana

• O ex-ministro garante que os valores que constam na planilha “Italiano”, apreendida na Odebrecht não eram destinados a ele, mas ao PT. Palocci disse que, após deixar o governo, as propinas passaram a ser geridas por Mantega

• A conta do PT na Odebrecht chegou a ter R$ 200 milhões. O dinheiro estava com os codinomes de “Italiano” (Palocci), “Amigo” (Lula) e “Pós-Itália (Mantega). Marcelo Odebrecht disse que R$ 40 milhões eram de Lula, mas o dinheiro era sacado com autorização de Palocci


30 de junho de 2017
Germano Oliveira
IstoÉ

MARCO AURÉLIO MELLO ELOGIA A "ATUAÇÃO FIDEDIGNA" DE JANOT NA PROCURADORIA

Ministro Marco Aurélio votou a favor do exame da Ordem
“Denúncias de Janot são embasadas”, diz o ministro
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que é cedo para fazer qualquer avaliação sobre a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo suposto crime de corrupção passiva no caso JBS. Mas defendeu a qualidade das denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dizendo que “costumam ser bem embasadas”.
“O estágio é embrionário”, observou Marco Aurélio Mello, em entrevista à reportagem. De maneira geral, no entanto, o ministro não vê motivos para desacreditar previamente denúncias do Ministério Público Federal “Presume-se que, em se tratando de denúncia da cúpula do Ministério Público, ela não seja inepta. E, de qualquer forma, nesses anos, ele [Rodrigo Janot] tem apresentado peças consistentes”, afirmou Marco Aurélio Mello.
AINDA É CEDO – O ministro disse que não analisaria neste momento a denúncia específica contra Temer. “Eu não posso comentar porque eu não conheço a denúncia. A gente não tem tempo para estudar todos os processos sob a relatoria, o que dirá processos de colegas? Ainda tem que passar pela Câmara. E aí cabe aguardar”, disse.
Diante de questionamentos feitos sobre a atuação do procurador-geral, Marco Aurélio Mello afirma que são naturais. “Sempre há [críticas]. Quando a pessoa atua, e atua de forma ostensiva, ela incomoda. E aí surge, né, o que no nosso jargão é o direito de espernear”, afirmou Marco Aurélio.
Especificamente sobre o que Temer falou sobre o procurador-geral, ao afirmar que Janot poderia ter recebido dinheiro com a delação da JBS , Marco Aurélio interpretou que o presidente “talvez tenha adotado aquela máxima de que a melhor defesa é o ataque”.
ATUAÇÃO FIDEDIGNA – Marco Aurélio, porém, acredita que Janot tem uma “atuação fidedigna ao seu papel público”. O ministro diz que o procurador-geral atua em observância ao objetivo do Ministério Público Federal, que é “atuar em defesa da sociedade”.
Sobre o nome indicado pelo presidente Temer para suceder Janot no comando da PGR, Marco Aurélio elogiou Raquel Dodge. “Eu aplaudo. Ela foi minha aluna, foi minha assessora no Tribunal Superior do Trabalho, e só não foi comigo para o STF porque assumiu na Procuradoria. Tenho certeza que prestará relevantes serviços à República”, disse Marco Aurélio Mello.
O ministro afirmou que não vê possibilidade de mudança de rumos em relação à Lava Jato após a chegada de Raquel Dodge. “A Procuradoria é um grande todo. O Ministério Público é um grande todo, e o procurador pode dar o tom, mas ele não é a palavra final, a não ser em ações que deva propor no Supremo”, disse o ministro. “E, em segundo lugar, ela [Raquel Dodge] é a favor de se combater a corrupção, como todos nós somos. Agora pelos meios estabelecidos, sem atropelo, sem cambulhada”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Se até Marco Aurélio Mello elogia o trabalho de Janot, isso significa que Gilmar Mendes está falando sozinho no Supremo quando critica o procurador-geral da República e defende a “presunção de inocência” do presidente Temer, Aécio e demais envolvidos na Lava Jato. (C.N.)

30 de junho de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)