"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"O PRIMITIVISMO SAIU DA ESFERA POLÍTICA E ESTÁ NA NOSSA VIDA. NA VIZINHANÇA. PERTO DE TODOS NÓS. E NOS AMEAÇANDO"


“Não basta mais a pretensão de ser um império eterno, edificado em mentiras e intimidações, nos jornais, blogs e outros espaços. Eles estão nas ruas. Próximos a nós. Abusam de xingamentos e ameaçam” (Foto: Misha Gordin)

Quem é mais próximo de nós do que aqueles que habitam o mesmo espaço em que vivemos?

Post-do-Leitor1E podemos entender o primitivismo a partir da observação crua e sem retoques de quem se julga dono das verdades e senhor de toda uma comunidade.
Um petista. Um celerado que usando de frases feitas – emboloradas pelo tempo e pelas teias de aranha que substituem o cérebro – pretende-se ditador de uma comunidade.
Por mais que seja – aparentemente – um caso particular, entendo (e enxergo) como a disfunção cerebral que toma conta dos lulopetistas.
Eles não argumentam. Ameaçam.
Eles não expõem argumentos. Abusam de xingamentos que são, na essência e no tipo penal, crimes capitulados no Código Penal.
Exaltam um passado glorioso, sem que se prove a glória — e nem o passado.
Vivem em um presente doentio. De fúria e sectarismo.
Ou seja, sobrevivem para além do tempo de que se julgam proprietários.
Será que viveremos um dia em que um lulopetista (ou os novos-antigos donos das verdades e senhores do futuro) ameaçar crianças em uma rua, por exemplo, insinuando atropelá-las? Não creio. Seria muito até para eles. Só seria aplicado a facínoras.
A argumentação baseada em palavras de baixo calão, infelizmente, já estamos assistindo. É o primitivismo dos trogloditas que se julgam doutores.
Demonstram coragem, ao ameaçar mulheres. E crianças.
Será que existe mesmo este espécime? Ou seria somente um delírio?
Existe, sim. E se julga um revolucionário. Tenta influenciar pessoas em nome de uma doutrina que da latrina ainda não saiu.
Onde fica o ponto de intercessão deste personagem  –real – com o primitivismo que se observa no pensamento único?
No fato de usar os mesmos mantras de sempre para justificar os mesmos crimes de hoje.
Se um se pretender imperador de um espaço urbano, os outros se pretendem senhores de nossos destinos.
O primitivismo – tão bem observado por Augusto Nunes – saiu da esfera política e está na nossa vida. Na vizinhança. Perto de todos nós. E ameaçando, como os seus (deles) ídolos são especialistas em fazer.
É assustador. De uma teoria torta e desequilibrada, estamos no estágio dos pogroms ideológicos.
Não basta mais a pretensão de ser um império eterno, edificado em mentiras e intimidações, nos jornais, blogs e outros espaços.
Eles estão nas ruas. Próximos a nós.
Que saibamos entender (e estarmos atentos) que o primitivismo POLÍTICO é a causa primeira do primitivismo social e ético.
Ainda espero que haja juízes em Berlim… ou em Brasília!

07 de outubro de 2013
Post do leitor Reynaldo-BH

PARA A CAMPANHA ELEITORAL, GOVERNO QUER REFORÇAR A "IMAGEM DE REALIZADORA" DE DILMA. PERGUNTA-SE: REALIZADORA DE QUÊ?


Dilma, com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (esq.) e o governador Anastasia (esq.) descerra a placa de inauguração do novo Mineirão -- obra feita por governos tucanos (Foto: Omar Freira / Imprensa MG)
Dilma, com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (esq.) e o governador Anastasia (esq.) descerra a placa de inauguração do novo Mineirão: obra alheia, feita por governos tucanos (Foto: Omar Freira / Imprensa MG)

Parece até brincadeira. Preocupado com o impacto político da recém-anunciada aliança política entre o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com a ex-presidenciável de 20 milhões de votos em 2010, Marina Silva, o Palácio do Planalto pretende confrontar uma suposta imagem “sonhadora” da adversária Marina com o perfil de “realizadora” da presidente Dilma.

Excetuado o Bolsa Família, que foi consolidado por Lula a partir da “rede de proteção social” estabelecida no segundo mandato de FHC (1999-2003) e simplesmente tocado adiante por Dilma, e dando de barato — mesmo com dúvidas e questionamentos — que o programa “Minha Casa, Minha Vida” ande nos eixos, cabe perguntar quais são, exatamente, outras realizações da “gerentona” até agora.

* Será o crescimento ridículo da economia, com um Produto Interno Bruto que bateu nos 7,5% anuais no último ano do lulalato, caiu para 2,7% no primeiro ano da “gerentona”, desabou para 0,9% no ano passado e Deus sabe a quanto irá este ano?

* Será o descaso com a inflação, empurrada para debaixo do tapete por interferência de arrocho nos preços do petróleo e derivados e nas empresas de eletricidade — entre outras medidas intervencionistas — que, mesmo assim, não deixarão a taxa anual muito abaixo de preocupantes 6%, comprometendo uma enorme conquista da sociedade brasileira?

* Será o saldo pouco divulgado, mas decepcionante, próximo do desastroso, do chamado “Pacto de Aceleração do Desenvolvimento” (PAC), com obras atrasadíssimas, outras inacabadas e outras nem iniciadas?

* Será o pífio resultado das privatizações envergonhadas, que não atraem capital suficiente devido ao clima de insegurança jurídica criado por sucessivas mudanças de regras do jogo promovidas pelo governo?

* Será o descalabro na maior empresa do país, e uma das grandes do mundo, a estatal Petrobras?

* Será o estado triste, lamentável e prejudicial aos interesses nacionais em que se encontra a infraestrutura do país, sobretudo rodovias, ferrovias e portos — sem contar que não se consolidou 1 metro de hidrovias nem se desenvolveu a navegação de cabotagem como forma de baratear o insuportável “custo Brasil”?

Seria, a construção, interminável, da ferrovia Norte-Sul, uma das realizações de Dilma?
Seria, a construção, interminável, da ferrovia Norte-Sul, uma das realizações de Dilma?

* Será o desastre que é o sistema tributário brasileiro, um dos maiores entraves ao livre desenvolvimento da iniciativa privada, ao empreendedorismo e aos investimentos estrangeiros, e que a “gerentona” não moveu uma palha significativa para alterar, a despeito de ter uma supostamente imensa base de apoio no Congresso?

* Será a barafunda imoral que é nossa política e nossa legislação partidária e eleitoral, que a ilustre gerente alegou ao tomar posse ser uma de suas prioridades, e para a qual não dedicou um percentual mínimo de sua atenção e energia?

Poderia continuar com mais “serás”, mas mudo o foco deste post para fazer outras perguntas:

* Qual é a grande obra do governo Dilma?
* Além de dar o pontapé inicial em estádios de futebol para a Copa de 2014, como fez, entre outras várias cidades, em Belo Horizontes — num novo Mineirão de reforma planejada no governo do tucano Aécio Neves e concluído no governo do também tucano Antonio Anastasia, que grande obra de interesse geral do país a presidente inaugurou?

* Quem sabe como anda a construção, interminável, da ferrovia Norte-Sul?
* Quem sabe o que é feito da ferrovia Transnordestina?

* Quem ainda acredita que um dia existirá um trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro?

* Qual foi a grande rodovia ou duplicação de rodovia cuja fita inaugural haja sido cortada por Dilma?

* Que novas hidrelétricas fez seu governo?

* Quantas regiões do Nordeste as caudalosas águas do rio São Francisco estão banhando, com a transposição que não acaba nunca?

* Quando é que termina a construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, com prazos estourados e um calote fenomenal aplicado pelo infeliz sócio escolhido por Lula para o empreendimento — o governo chavista da Venezuela?
Para finalizar, uma ironia: nem em seu próprio terreno ideológico a presidente apresenta resultados de “grande gerente”: na primeira página do Estadão de hoje, a mesma que traz em manchete a estratégia de apresentar a presidente como “realizadora”, aparece nota informando que Dilma não assinou um único decreto de desapropriação de terras para reforma agrária em 2013.

Quando é que termina a construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco? (Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem)
Quando é que termina a construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco — para a qual o governo levou um memorável calote dos sócios e “amigos” chavistas da Venezuela? (Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem)

Segundo o jornalista Roldão Arruda, este ano caminha para ser o pior em distribuição de áreas desde 1985. “Dilma pode ficar atrás até de Fernando Collor”, diz a chamada de primeira página do jornal, “o presidente que menos se interessou pelo tema em 28 anos, com quatro decretos [de desapropriação assinados]. Fernando Henrique lidera com 845 decretos em 1998″.
“Realizadora”?

07 de outubro de 2013
 

COMO É POSSÍVEL QUE ESTE PAÍS SOBREVIVA, AINDA?!?

O Top Five da presidente conduz à pergunta inevitável: como é que o Brasil sobrevive?




Como Dilma Rousseff se supera a cada palavrório, qualquer lista de trapalhadas espetaculares protagonizadas pela presidente exige atualizações constantes: os piores momentos serão sempre os próximos.
Feita a ressalva, a coluna está convencida de que o vídeo de 5:25 exibe um Top Five de altíssima baixa qualidade.
Os cinco momentos selecionados pelo timaço de comentaristas ocorreram depois da chegada de Dilma à Presidência da República.
Somados, ajudam a entender que o governo brasileiro é chefiado por um neurônio solitário que fala dilmês.
E conduzem a uma pergunta sem resposta:

como é que um país, dirigido por alguém assim, consegue sobreviver?

07 de outubro de 2013
Veja

DEVIDO À LENTIDÃO DA JUSTIÇA, SUIÇA AMEAÇA DEVOLVER 28 MILHÕES DE DÓLARES, HOJE BLOQUEADOS, A BRASILEIROS CONDENADOS POR CORRUPÇÃO



Rodrigo Silveirinha   (Foto: O Globo)
Rodrigo Silveirinha, pivô do escândalo do “propinoduto” envolvendo fiscais das receitas federal e estadual do Rio, ligados aos ex-governadores Garotinho: mesmo condenados, corruptos poderão ter o dinheiro de volta porque o processo estoura todos os prazos (Foto: O Globo)

SUÍÇA AMEAÇA DEVOLVER US$ 28 MI A GRUPO CONDENADO

Autoridades do país europeu alertam governo brasileiro: se caso do ‘propinoduto’ não for julgado logo no STJ, verba será desbloqueada

A lentidão da Justiça brasileira pode fazer com que cerca US$ 28 milhões que estão bloqueados na Suíça acabem retornando aos bolsos de condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha no caso que ficou conhecido como “propinoduto”, que envolvia fiscais das receitas federal e estadual do Rio de Janeiro, entre eles Rodrigo Silveirinha – ligado aos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho.

As autoridades suíças enviaram um ofício ao governo brasileiro, datado de 17 de maio deste ano, cobrando uma definição do caso, que já dura uma década.
Alertaram que, pela lei suíça, esse é o prazo limite para reter o dinheiro no país e que sem uma decisão final da Justiça terão de liberar os recursos para saque dos donos originais das contas bancárias.

O Ministério da Justiça repassou o alerta ao Ministério Público Federal que, na semana passada, ingressou com um pedido de “prioridade de julgamento” do recurso.

Há quatro anos, o processo vai de um gabinete a outro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem que seja apreciado.

Já passou pela mão de cinco diferentes relatores, sendo que o último, a ministra Assusete Magalhães, está com o caso há apenas dois meses.

Mesmo que seja julgado imediatamente pela turma da qual faz parte a ministra relatora, os quase 70 volumes terão ainda de passar pela análise dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Em Berna, fontes no governo suíço admitem que não entendem a demora da Justiça brasileira. Em Brasília, os procuradores se sentem frustrados, mas não falam oficialmente do caso.
O Ministério da Justiça não deu qualquer posicionamento à reportagem.
Já o STJ, questionado institucionalmente sobre a demora dos processos que chegam à casa, não fez qualquer comentário.

Condenações

O caso é emblemático pois todos os acusados foram condenados em apenas seis meses pela Justiça Federal do Rio, ainda em 2003, quando a denúncia foi apresentada à Justiça.
Quatro anos depois, mesmo com todo o questionamento em torno da legalidade do julgamento da primeira instância (por ter sido tão rápido), todos os acusados foram novamente condenados no Tribunal Regional Federal da 2.ª Região.
Boa parte deles com penas ainda maiores do que as originais.

Os recursos aos tribunais levaram quase dois anos para serem admitidos, mas em 2009 chegaram ao STJ. Foi nesta época que o então ministro da Justiça, Tarso Genro, chegou a comemorar o sinal verde dos suíços e emitiu um comunicado de imprensa para anunciar que os recursos seriam devolvidos.

Contudo, meses depois, nenhum centavo entrou nas contas brasileiras porque a sinalização da Suíça era na expectativa de que o caso fosse julgado rapidamente no Superior Tribunal de Justiça. Em 2010, mais uma ação do governo foi conduzida. Mas sem resultado.

Prisão

A ironia, segundo o Departamento da Justiça suíço, é que o caso ganhou contornos impensáveis e levou a prisões também naquele país. Cinco banqueiros foram condenados por lavagem de dinheiro, numa ação contra os bancos que há décadas não se via na Suíça.

O processo ainda confirmou o envolvimento de um banco suíço diretamente com esquemas de corrupção no Brasil, uma alegação que os tradicionais estabelecimentos suíços sempre se negaram a confirmar. Os banqueiros pegaram entre 405 e 486 dias de prisão, além de multas que variam entre US$ 12 mil e US$ 59 mil.

Todos, porém, já cumpriram suas penas e, nem assim, o processo acabou no Brasil. Essa não é a primeira vez que a demora da Justiça brasileira ameaça derrubar todo um processo de investigação e bloqueio de recursos.

A família do deputado Paulo Maluf também teve contas bloqueadas, em 2001. Dez anos depois, por falta de julgamento, a Suíça ameaçou liberar os recursos. O Brasil conseguiu manter o dinheiro congelado, demonstrando que as investigações ainda estavam em curso.

07 de outubro de 2013
Por Josette Goulart e Jamil Chade (correspondente em Genebra), de  O Estado de S. Paulo

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Desenvoltura & erudição


“Nós somos índios, nós somos negros afrodescendentes, nós somos dos mais variados tons do branco. E eu queria dizer que, por isso, nós também respeitamos as pessoas. A gente pode discordar delas, mas a gente tem de deixá-las dizer o que pensam. Vamos respeitar a governadora que está aqui. Vamos, não, é feio, isso é feio”.

Dilma Rousseff, durante um discurso em Natal, mostrando toda a desenvoltura e erudição do neurônio solitário ao tentar convencer a plateia a parar de vaiar a governadora Rosalba Ciarlini.

Marqueteiro doidão


“Lula é vulcão. Dilma é raio laser”.

João Santana, marqueteiro da presidente da República, mostrando como é que fica a cabeça de quem convive diariamente com o neurônio solitário.

Matemática complicada


“Esse processo mostra que quem não está apto a coletar 500 mil assinaturas válidas para criar uma sigla não pode governar o Brasil”.

André Vargas, deputado petista e vice-presidente da Câmara, ao explicar que quem coleta 500 mil assinaturas não pode governar o Brasil, mas quem tem apenas um neurônio pode.

Neurônio anatomista


“Ela é minha mão direita, minha mão esquerda. É várias mãos”.

Dilma Rousseff, durante discurso no interior do Paraná, empolgando-se nos elogios a Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil e candidata ao governo do estado.

Síndrome contagiosa


“Ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo”.

João Santana, ao explicar por que Dilma Rousseff vai ganhar a eleição no primeiro turno, confirmando que a síndrome do neurônio solitário é contagiosa.

Estatização eleitoral (2)


“Estamos pagando pelo excesso de zelo”.

Eduardo Campos, governador de Pernambuco, ao comentar a propaganda do PSB que usa a imagem de uma faculdade privada como se fosse uma escola pública da rede estadual, justificando que as imagens são meramente ilustrativas.

Neurônio-calculadora


“E aqui no Paraná, eu não tenho aqui de cabeça o número, mas eu estou procurando, mas eu acredito que mais de 70%, quase… não, não, é mais do que isso, é 92% ─ foi soprado ali, como vocês podem ter visto. O nosso ouvinte não viu, mas eu quero contar para o ouvinte que a minha assessora soprou que é 92% ─ então vocês vejam o seguinte: 92% dos municípios do Paraná ─ são 399, então, pode soprar outra vez o número. Não… 399 é o número de municípios, então são 367 municípios que vão receber esse kit de três: motoniveladora, retroescavadeira e um caminhão-caçamba”.

Dilma Rousseff, em entrevista hoje às rádios Musical FM e Maringá FM, internada por Celso Arnaldo ao provar que, embora seja um desastre irremediável com palavras, é um prodígio com números.

Estatização eleitoral


“Só há respeito onde existem serviços públicos de qualidade”.

Eduardo Campos, governador de Pernambuco, em propaganda do PSB que usa a imagem de uma faculdade privada como se fosse uma escola pública da rede estadual.

Porteira fechada


“É claro que o PMDB tem quadros preparados para ocupar hoje em qualquer função no país, especialmente ministérios”.

Michel Temer, vice-presidente da República, informando que o PMDB está pronto para preencher todos os empregos disponíveis num ministério, começando pelo ministro, passando por secretários, digitadores, ascensoristas e porteiros.

Aluguel inflacionário


“Não trabalho com emendas. Nós não temos cargos, e eu não quero cargo. Não é por aí que o governo resolve seus problemas comigo”.

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, fundador do Solidariedade, sobre a reunião com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deixando claro que os valores dos contratos de aluguel vêm crescendo muito acima da inflação oficial.

07 de outubro de 2013
in Augusto Nunes

FICÇÃO OU REALIDADE?! DUAS CENAS DE HORROR... QUANTOS CULPADOS?

CENA 1

A juíza que assinou o decreto de prisão da menina estuprada na cadeia por 20 machos esteve a um passo de assumir a principal Vara de Crimes contra Crianças do Pará


clarice

Durou menos de 24 horas a ideia de instalar a juíza Clarice Maria de Andrade na Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém. No decreto publicado nesta quarta-feira, a desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento atribuiu a promoção ao “critério do merecimento”. Baseado no critério da sensatez, o Tribunal de Justiça do Pará acaba de revogar a premiação injustificável.

Foi Clarice quem assinou, em 23 de outubro de 2007, o auto de prisão em flagrante da menor L.A.B., encarcerada durante 26 dias numa cela da cadeia de Abaetetuba ocupada por 20 homens.
Tinha 15 anos, menos de 40 quilos e um metro e meio de altura. Foi estuprada incontáveis vezes, teve cigarros apagados em seu corpo e as plantas dos pés queimadas enquanto procurava dormir.

Acusação: tentar furtar um telefone celular.

Conheça em detalhes a anotação mais vistosa no currículo da magistrada que pune furtos de telefones celulares com temporadas no inferno.

Os algozes da menina estuprada na cadeia do Pará estão livres. Ela desapareceu

Publicado em 30 de julho de 2013
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BRANCA NUNES

Em 21 de outubro de 2007, a menor L.A.B. foi presa em Abaetetuba, no Pará, sob a acusação de tentar furtar um telefone celular. Tinha 15 anos, menos de 40 quilos e um metro e meio de altura. Levada para a delegacia da cidade de 130 mil habitantes, a quase 100 quilômetros de Belém, passou os 26 dias seguintes numa cela ocupada por mais de 20 homens. Durante todo o tempo, o bando de machos serviu-se à vontade da única fêmea disponível. Estuprada incontáveis vezes, teve cigarros apagados em seu corpo e as plantas dos pés queimadas enquanto procurava dormir. Alguns detentos, aflitos com as cenas repulsivas, apelaram aos carcereiros para que interrompessem o calvário. Os policiais preferiram cortar o cabelo da adolescente com uma faca para camuflar a aparência feminina. A rotina de cinco ou seis relações sexuais diárias foi suspensa apenas nos três domingos reservados a visitas conjugais. O tormento só acabou com a intervenção do conselho tutelar, alertado por uma denúncia anônima.

De tão escabrosos, os fatos resumidos no parágrafo acima parecem extraídos de um filme de ficção. Mas o episódio aconteceu. E a realidade foi ainda mais apavorante.

"SÃO COISAS NOSSAS"

 

Os magistrados votaram contra Marina Silva e lamentaram o voto que tinham acabado de dar. Pediram desculpas porque, sabe como é, tinham de cumprir a lei.
Marina Silva disse que seu partido, apesar da derrota, venceu: “Se não temos o registro legal, temos registro moral perante a sociedade brasileira”. Lembra Cláudio Coutinho, técnico da Seleção que perdeu a Copa da Argentina e proclamou o Brasil campeão moral. Mas a taça ficou com los hermanos.

Enfim, é verdade que a Rede de Marina, mesmo derrotada, é um fato político real; é verdade, também, que os juízes, apesar das desculpas, cumpriram rigorosamente a lei. Nem Marina nem os juízes estão errados. Errada está a lei.

Só há um motivo para que tribunais decidam se um partido pode ou não ser criado: o dinheiro público.
O Tesouro paga aos partidos para que existam, dá-lhes de presente horários caríssimos, em todo o país, na TV e no rádio; em troca, o Estado impõe leis que disciplinam a organização partidária. Imaginemos que se inverta a equação: que os partidos surjam livremente, reunindo quantas pessoas quiserem formá-los (uma? Que seja uma!), e paguem suas próprias despesas, sem nada de dinheiro público.
O filtro caberá ao eleitor, que escolherá quem deve ou não ocupar cargos eletivos. E que haja uma cláusula de barreira – como o que existe em outros países do mundo, normalmente de 5% dos votos – para impedir que legendas que só servem para atrapalhar se aboletem no Parlamento.
Funciona assim em outros países. Mas quem quer desistir das tetas oficiais?

Os sonhos
Marina e sua equipe não conseguiram cumprir as formalidades burocráticas porque confundiram declarações de apoio com fichas regularmente assinadas e corretamente encaminhadas. É como achar que amigo do Facebook é amigo. 
É como pensar que quem ganha no Banco Imobiliário fica rico na vida real.

A realidade
Já a turma do trabalho duro e obscuro montou o Pros e o Solidariedade. Trabalharam na letra da lei. E seus sonhos, convenhamos, não são os de Marina.

O comentário
O deputado federal Domingos Dutra, do PT maranhense, saiu do partido porque não aguentava mais o suplício de conviver com a família Sarney. Entrou no Solidariedade, de Paulinho da Força. 
Um dia Domingos Dutra irá descobrir que realizar seu sonho nem sempre é a melhor coisa que lhe pode acontecer.

A primeira vez
O prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, disse que foi ao trabalho de ônibus, na quinta. Louve-se a discrição do prefeito: ninguém viu, ninguém comentou, não houve fotos, se ele não contasse ninguém ficaria sabendo. E a linha que disse ter tomado não existe. 
Mas, tirando isso, vale a pena imaginar como Sua Excelência, sempre tão engomado, viveu sua primeira experiência no nosso transporte coletivo. Observou que a criadagem de seus companheiros de ônibus é muito mal treinada: as roupas estavam muito mal passadas. Alfaiates e costureiros também não eram dos melhores: o caimento e o ajuste dos trajes deixavam a desejar. O serviço era insatisfatório: o chofer não usava luvas nem paletó, e sequer se deu ao trabalho de descer para abrir-lhe a porta. O garçom que fica perto da catraca, além de não ir até ele para levar-lhe a conta, resmungou ao receber a nota de cem. Cartão de crédito internacional, nem pensar!
Muita novidade. Mas com algo ele estava habituado: o veículo era Mercedes.

O cordão de sempre
Antônio Ferreira Pinto, ex-secretário da Segurança do governador paulista Geraldo Alckmin, filiou-se ao PMDB, que se opõe ao tucano Alckmin. Mas tudo se encaixa: após deixar o governo, Pinto foi contratado pela Fiesp. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, seu novo patrão, é o candidato do PMDB ao Governo. 

Mais coisas nossas
Na última coluna lembramos o caso da menina de 15 anos, do Pará, enfiada numa cela com 20 homens e lá deixada por 26 dias, durante os quais foi estuprada mais de cem vezes. Veja a coincidência: por pouco a juíza que mandou prendê-la numa cela cheia de homens não virou chefe da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes em Belém do Pará. A nomeação chegou a ser publicada no Diário Oficial, na quinta; mas, alertado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB paraense, o Tribunal de Justiça cancelou a promoção da juíza. Escapamos!

Mais coisas nossas
O Brasil tem jabuticaba, tem Justiça Eleitoral, tem réu condenado julgando o tribunal que o condenou, tem sistema de TV colorida que é único no mundo, tem um tipo de tomada que, diria o poema, só existe mesmo por cá.
E tem o Ministério da Fazenda ensinando emissoras de TV a promover sorteios. 
Por exemplo, as tevês precisam comprovar que os prêmios têm sustentabilidade, seja lá isso o que for. Se os sorteios forem vinculados a marcas (como o Avião do Faustão), precisarão por algum motivo ser autorizados pela Caixa. E as cartas de concorrentes ao sorteio só poderão participar se o envelope for pardo ou branco e medir entre 9 e 14 cm de largura, e entre 14 e 23 cm de comprimento.
Por quê? Porque sim.

07 de outubro de 2013
Carlos Brickmann

CRISTINA KIRCHNER SERÁ SUBMETIDA A CIRURGIA NESTA TERÇA

No sábado, médicos haviam prescrito um mês de repouso para presidente

Cristina Kirchner
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner (Reuters)

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi internada nesta segunda-feira para realizar exames pré-cirúrgicos. Ela será submetida a uma cirurgia nesta terça para drenar um hematoma cerebral diagnosticado no fim de semana. No sábado, a Casa Rosada anunciou que Cristina ficaria um mês em repouso, mas os médicos reavaliaram a situação. 

“A proposta inicial de repouso e observação indicada no sábado passado, com fundamento no hematoma subdural crônico diagnosticado, precisou ser modificada porque ontem a presidente Cristina Fernández de Kirchner apresentou uma sensação de ‘formigamento’ no braço esquerdo”, informou o centro médico, em comunicado. Os médicos acrescentaram que a presidente sofreu uma “transitória e leve perda da força muscular” do braço esquerdo. 

O vice-presidente, Amado Boudou, substituiu Cristina em um ato nesta segunda, apesar de a presidente não ter solicitado licença formalmente do cargo. No sábado, o porta-voz da Casa Rosada revelou que a presidente sofreu um trauma na cabeça em 12 de agosto. A pancada teria provocado o hematoma que resultou em fortes dores de cabeça. O diagnóstico de hematoma cerebral foi feito durante um exame para controlar uma “arritmia em estudo”.

Leia também: Primárias enterram sonho de reeleição infinita de Cristina

O comunicado divulgado no sábado também revelou que a presidente sofreu um trauma na cabeça no dia 12 de agosto, quando foram realizadas as primárias para as eleições parlamentares que serão realizadas daqui a vinte dias. A pancada teria provocado o hematoma que resultou em fortes dores de cabeça. O diagnóstico de hematoma cerebral foi feito durante um exame.

07 de outubro de 2013
Veja

CRISTINA KIRCHNER TEVE UMA... LESÃO CEREBRAL?

Huá..huá huá...Im-pos-si-vel!!!
A presidANTA ARGHentina, Christina Kirshner, mais conhecida como "El Baidjacullo Portenho" Traduzindo: O Baiacú Portenho, foi afastada de suas funcões de quebrar a ARGHentina por conta de uma lesão cerebral devido a uma queda que ela sofreu em 23 de JUNHO ultimo.

Pasmem amigos...ela sofreu uma queda há mais de dois meses e só agora deu tilt no cabeção arrasado feito um deserto pelo uso excessivo de tinturas para cabelo.

Mais de dois meses após a queda, a lesão finalmente encontrou o "célebro" e acabou tirando a barangona  de circulação.
Mas...lesão cerebral? Só pode ser piada.

E se Hugo Finado Chavez ainda estivesse vagando pelo mundo dos vivos, certamente colocaria a culpa dessa "lesão cerebral" a alguma maquina diabólica desenvolvida Peluzestaduzunidus para matar os valentes, modernos, democráticos, e arejados BOIOLIVARIANOS, mas nada impede que algum traste vermelho saia com essa pérola para desviar as atenções de alguma cagada gigantesca que tenha feito contra o povo.

E sinceramente, quero mais é que a Barbie da terceira idade se phoda em Azul e Branco, pois em verde e amarelo quem tem que se phoder é o Pinguim Dentuço.
 
07 de outubro de 2013
omascate

PT CADA VEZ MAIS SÓ

A inesperada aliança entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), obrigará o PT e o governo a cederem mais espaços para as legendas que continuam na base.
Vendo as candidaturas de oposição se fortalecerem, partidos que sempre reclamaram de pouca atenção da presidente Dilma Rousseff e seus correligionários, agora enxergam uma via de centro esquerda alternativa na qual podem se abrigar.
Com isso, PT precisará preparar estratégia para não perder aliados e, com isso, tempo de televisão durante a campanha e a maioria no Congresso Nacional.
 
Dentro do Partido dos Trabalhadores ainda não está claro qual será o impacto da aliança pessebista na base. Como pegou todos de surpresa, nem a legenda nem o governo traçaram esse cenário para os próximos meses. Apesar de, em um primeiro momento, haver uma avaliação de que quem mais perde é o tucano Aécio Neves (MG), os petistas se reúnem hoje pela manhã para uma análise mais profunda das consequências da união.
 
Um dia após a oficialização do acordo, a tendência petista tem sido minimizar o estrago. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (SP), por exemplo, ainda não vê ameaças em votações importantes. "Nas matérias nas quais houver identidade de propósitos e de política ideológica, não altera em nada", acredita. "O que muda é que o partido que não está na base se sente mais livre para tomar decisões. Mas, na prática, o PSB já vinha se afastando. Não causou nenhum terremoto", avalia.
 
Ainda assim, legendas aliadas estão conscientes de que o poder de barganha pode ser maior. O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), comemorou ontem o acordo porque viu afastada de vez a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trazer Eduardo Campos para ser vice de Dilma. E ele avalia que a coligação pessebista não terá força para derrubar o vice-presidente Michel Temer e a presidente. "Marina deu um tiro no pé. Não sabe se conseguirá levar os votos que tem e ainda não agrega tempo de televisão a Eduardo. Quando a campanha começar, Aécio terá mais espaço", analisa.
 
O Palácio do Planalto já se prepara para a ofensiva peemedebista para ocupar o Ministério da Integração Nacional, desocupado por Fernando Bezerra (PSB-PE). O partido esperava herdar a cadeira, mas Dilma optou por nomear o secretário de Infraestrutura Hídrica, Francisco Teixeira, aliado dos irmãos Cid e Ciro Gomes. O PMDB deve a partir de agora retomar as pressões para ocupá-lo. "O PMDB sempre quer mais espaço. Isso é patológico", diz um auxiliar do governo.
Afinidade

Outra ameaça está nos palanques estaduais. Marina Silva já se comprometeu em fazer campanha para os parlamentares que a ajudaram na criação da Rede, e isso pode pesar na balança. No caso do PDT, por exemplo, legenda que tem até ministério mas não perde a oportunidade de lembrar que só decidirá quem apoiará em 2014, vê em dois estados a possibilidade de ter apoio de Marina. No Distrito Federal, o deputado Reguffe pode sair ao governo ou ao Senado e já tem promessa de apoio. No Rio Grande do Sul, o deputado Vieira da Cunha pretende lançar-se ao governo, como oposição a Tarso Genro (PT) e com apoio da ex-senadora.
 
Enquanto isso, o PSB se estrutura para tentar arrancar da base legendas com afinidade ideológica. Ainda não houve tempo para a tarefa, mas eles esperam que, depois da surpresa, outros partidos se animem a deixar o governo de Dilma também.
 
(Correio Braziliense)
 
07 de outubro de 2013
in coroneLeaks

10 ANOS... DE OBSCURIDADE, FARRA, ESBÓRNIA, MARACUTAIA, CORRUPÇÃO, MENTIRA E ATRASO

Política do BNDES para criar os campeões nacionais naufraga . Banco fez investimentos bilionários e agora carrega as dívidas

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Em sua coluna deste domingo (6/10), publicada na Folha de São Paulo e em O Globo, o jornalista Elio Gaspari afirma que em 2007 o BNDES ressuscitou o “zumbi da anabolização de empresários amigos” e anunciou que o governo pretendia um núcleo de campeões nacionais, inserindo-o no mundo das grandes empresas multinacionais. Para isso, disse ele, colocou perto de R$ 20 bilhões em empresas companheiras. Para o jornalista, numa mesma semana, dois fatos demonstraram o fracasso dessa política.
A OGX, produção megalomaníaca de Eike Batista na qual o BNDES financiou R$ 10,4 bilhões, diz ele, está no chão. A supertele Oi, segundo Elio “produto da fusão pra lá de esquisita e paternal da Telemar com a Brasil Telecom”, tornou-se uma campeã nacional portuguesa, fundindo-se com a Portugal Telecom. Em 2010, continua ele, o BNDES e os fundos de pensão tinham 49% da empresa. A nova "supertele" nasce com uma dívida de R$ 45,6 bilhões. E novamente receberá recursos do BNDES e dos fundos companheiros.
O ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, afirma Gaspari, garante que essa fusão é uma estratégia. “Vá lá, desde que ele acredite que o Unibanco fundiu-se com o Itaú”, afirmou. A carteira de ações do BNDESPar caiu de R$ 89,7 bilhões em 2011 para R$ 72,8 bilhões em 2012. A campeã do ramo de laticínios chamava-se LBR e quebrou. A Fibria, resultante da fusão da Aracruz (chumbada) com a Votorantim, atolou, lembra o jornalista.
O frigorifico Marfrig, continua Gaspari, tomou R$ 3,6 bilhões no banco e acabou comido pela JBS, cujos controladores movem-se num perigoso mundo onde convivem a finança internacional e a política goiana. Já o Bertin, afirma ainda o jornalista, teve que ser vendido logo depois de o BNDES entrar na empresa. (Até 2013, esse setor recebeu a maior parte dos investimentos do BNDES.)
O BNDES, segundo Elio Gaspari, anunciou há meses que abandonou a estratégia da criação dos campeões nacionais. “Falta só explicar quanto custou, quanto custará e que forças alavancaram os afortunados”, afirma ele. Essa tarefa, finaliza Gaspari, será fácil para alguns petistas e para o doutor Luciano Coutinho. “Eles conhecem a história do banco”, diz ele.
Jornal do Brasil
07 de outubro de 2013

EMENDA PARA ACABAR COM A REELEIÇÃO PESOU NA DECISÃO DE MARINA

 


De olho em 2018
Um fator pesou na decisão de Marina Silva de se filiar ao PSB e apoiar Eduardo Campos --admitindo, inclusive, ser sua vice, mesmo tendo o triplo de suas intenções de votos.
Na conversa que tiveram na madrugada de sábado, Campos reiterou a Marina o compromisso de, se eleito, mandar ao Congresso emenda constitucional para acabar com a reeleição. Nesse cenário, como vice atuante e com uma aliança já assegurada, Marina seria um nome forte para a eleição de 2018.
 
Timing
O programa de dez minutos do PSB que vai ao ar quinta-feira no horário da propaganda partidária será refeito para mostrar a aliança com Marina Silva. A propaganda vai reafirmar a legitimidade da Rede e exibir cenas do anúncio da aliança.
 
Superexposição
A Rede Globo exibiu seis propagandas estreladas por Eduardo Campos no intervalo de "Sangue Bom" sábado. Em seguida, o "Jornal Nacional" dedicou 4m22s à notícia. Por fim, mais três inserções do PSB foram ao ar no primeiro intervalo de "Amor À Vida".
 
Top of Mind
Para estrategistas de Campos, o combo do noticiário da TV mais os spots partidários e a repercussão nas redes sociais representa o equivalente a 200 milhões de GRPs (Gross Rating Points), parâmetro usado para medir o alcance de mídia de uma notícia.
 
Despertar
A ideia de que Marina seja vice de Campos não agrada aos sonháticos. "Espero que essa chapa se inverta e seja Marina presidente e Eduardo vice. Caso contrário, vou defender candidatura própria do PDT", diz o deputado federal Reguffe (DF), que não se filiou ao PSB.
 
Em casa
Marina não transferiu o domicílio eleitoral do Acre, o que acaba com a especulação de que poderia ser candidata ao governo do Rio ou do Distrito Federal para puxar votos para Campos.
 
Epocler
Lula soube da união entre Campos e Marina num sítio em Ibiúna com a família do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar. "Agora foi um direto no fígado", reagiu o petista, segundo relatos.
 
De pé
Ao telefonar para Aécio Neves, que está em Nova York, Campos disse que foi surpreendido pela iniciativa de Marina. Combinaram de se encontrar, e o governador de Pernambuco disse que os acertos entre PSB e PSDB nos Estados estão mantidos.
 
Lá e cá
O PT pretende explorar as contradições de perfis dos neoaliados. "Marina reduz a capacidade de diálogo de Campos com o empresariado, e ele aniquila a sedução dela pela promessa do novo", diz um petista.
 
Porteira
Já Aécio vai investir em atrair os representantes do agronegócio, que vinham conversando com o pré-candidato do PSB, mas agora ficam órfãos diante da parceria com Marina.
 
*Cizânia (Pesquisa do instituto Ideia para o PSDB fechada no dia 2, com 3.000 entrevistas, reforçou no partido a aposta de que haverá pressão pela troca de posições de chapa no PSB. Dilma Rousseff tem 38%, Marina, 20%, Aécio, 17%, e Campos, 5,5%.

07 de outubro de 2013
Vera Magalhães, com Andréia Sadi e Bruno Boghossian  - Painel - Folha de São Paulo

CAZAQUISTÃO À PARTE, O INFERNO SÃO OS OUTROS

 

O Corinthians e o governo brasileiro puderam, enfim, comemorar pelo menos uma vitória na primeira semana de outubro. O Itamaraty conseguiu a adesão da Chancelaria cazaque à campanha pela regulamentação da espionagem. Em visita a Brasília, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão, Erlan Idrissov, foi persuadido a assinar uma declaração contra “as práticas de interceptação ilegal de comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros de governos por governos e empresas estrangeiras”.
Ele se dispôs também a cooperar em foros multilaterais para o “desenvolvimento de governança internacional apropriada para a segurança cibernética”.
 
Esse compromisso aparece no 18.º dos 21 itens da declaração conjunta divulgada na quarta-feira, várias horas antes dos 2 a 0 do Timão contra o Bahia. Na maior parte da semana, no entanto, a presidente Dilma Rousseff e sua equipe tiveram maior dificuldade nos esforços para conquistar confiança em seus planos e realizações.
 
Excetuado o Cazaquistão, é preciso dar razão a Sartre. O inferno são os outros, a começar, nos últimos dias, pela agência Moody’s de classificação de riscos. Mas, pensando bem, nem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com seus péssimos indicadores de desempenho econômico, tem sido muito cooperativo.
Na Argentina, os Kirchners tiveram problema semelhante com o Indec [Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina], mas cuidaram do assunto à sua maneira, recauchutando o sistema público de estatísticas e proibindo a divulgação de números menos favoráveis por instituições privadas.
 
A economia cresce pouco, o governo usa a contabilidade criativa, o investimento é insuficiente, as contas externas pioram e a dívida bruta é muito maior que em outras economias emergentes
No Brasil, é bem mais simples a vida dos analistas econômicos dos mercados, da imprensa e das agências de classificação de riscos.
Os números oficiais são em geral confiáveis e até as lambanças, como a maquiagem das contas públicas, são identificáveis sem muita dor de cabeça. No caso da inflação, também é fácil apontar as tentativas de administrar os índices – práticas sem mistério, como controlar os preços dos combustíveis e reduzir politicamente as tarifas de eletricidade e de transporte público. No fim, os truques e problemas acabam convergindo.
 
O Tesouro foi autorizado a emitir mais títulos da dívida, no valor de R$ 2,3 bilhões, para cobrir os custos do voluntarismo na área da energia elétrica. É mais um acréscimo a um endividamento de escassa utilidade para o fortalecimento e a expansão da economia, como a maior parte do dinheiro transferido pelo Tesouro aos bancos federais desde o começo da crise – estimado em torno de R$ 400 bilhões.
 
Bem conhecidos, todos esses dados afetam a credibilidade do governo e prejudicam as apostas na economia nacional. Essas e outras informações foram mencionadas, nesta semana, quando a Moody’s anunciou a mudança da perspectiva da dívida soberana de positiva para estável – na prática, uma espécie de advertência, embora o vice-presidente da agência, Mauro Leos, tivesse rejeitado essa interpretação. Sem melhora significativa, no entanto, será difícil evitar um rebaixamento, admitiu o economista.
 
As justificativas divulgadas pela Moody’s são um bom resumo das avaliações correntes fora do governo, sustentadas por muitos analistas e classificadas pela presidente Dilma Rousseff na categoria do “pessimismo adversativo”. A economia cresce pouco, o governo usa a contabilidade criativa, o investimento é insuficiente, as contas externas pioram e a dívida bruta é muito maior que a encontrada em outras economias emergentes: cerca de 60% do produto interno bruto (PIB) no Brasil, enquanto permanece em torno de 35% em países de desenvolvimento semelhante.
 
No mesmo dia, em Washington, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, apresentou um panorama da transição da crise para o pós-crise em todos os grandes grupos de economias. Sem mencionar muitos detalhes, chamou a atenção para as pressões inflacionárias no Brasil, na Indonésia e na Rússia e mencionou o pouco espaço para estímulos fiscais em muitos emergentes. Além disso, apontou o Brasil e a Índia como países necessitados de mais investimentos em infraestrutura e maior abertura comercial.
 
O partido está no poder há 11 anos e seu balanço de realizações é abaixo de pífio
Não adiantaria, diante do noticiário da semana, denunciar essa fala como mais uma prova da perversidade do FMI. Os jornais continuam mostrando as dificuldades e os tropeços da política de infraestrutura, o IBGE informou crescimento nulo da produção industrial em agosto, depois de uma queda de 2,4% em julho, e o Banco Central (BC) cortou de US$ 7 bilhões para US$ 2 bilhões o superávit comercial projetado para o ano.
 
Além disso, as novas projeções indicaram crescimento anual do PIB de apenas 2,5% até o segundo trimestre de 2014 e inflação de 5,5% até o terceiro de 2015. Mas, segundo disse em Londres o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a inflação está controlada e converge para a meta, 4,5%. Há algum prazo para essa convergência?
 
Não se pode cobrar do PT, dizia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a correção de problemas acumulados desde o Descobrimento. Em outras ocasiões, sua referência foi a História da República. Gente do governo tem citado, recentemente, a escassez de investimentos em infraestrutura nos últimos 40 anos. Pessoas mais moderadas mencionam três décadas.
 
Mas o partido está no poder há 11 anos e seu balanço de realizações é abaixo de pífio, quando se trata de reformas complicadas (a tributária, por exemplo), de qualidade da gestão e de medidas para tornar a economia mais eficiente e com maior potencial de crescimento.
 
Fidelíssima a seu criador, a presidente Dilma Rousseff manteve as piores práticas do período Lula, incluídos o loteamento e o aparelhamento da administração federal e as intervenções voluntaristas.
O rebaixamento da classificação da dívida de longo prazo da Petrobrás, outra decisão da Moody’s, é uma das consequências. Ninguém, na equipe do Planalto, havia notado esse risco?

07 de outubro de 2013
Rolf Kuntz
Fonte: O Estado de S. Paulo, 05/10/2013

RETROCESSO INSTITUCIONAL


Sebastiao 2 Retrocesso institucionalIndependentemente de ideologias ou paixões partidárias, os 25 anos da Constituição de 1988 devem servir como ponto de inflexão para um novo Brasil.
Sem cortinas, estamos a viver uma época de absoluta monotonia política, marcada por um progressivo e degenerativo processo de corrupção moral e comercialização da honra.

Por consequência, o afrouxamento da ética pública desmonta a crença popular na retidão, eficiência e probidade das instituições republicanas, transformando o Estado em uma abstrata representação de todo e qualquer tipo de mazela humana ou vício social. A questão é que não deveria ser assim.
Então, o que estamos fazendo errado e onde precisamos melhorar?

Como bem apontado em obra pioneira pelo eminente professor Douglass North, Prêmio Nobel de Economia de 1993, as instituições nacionais guardam uma estreita e qualitativa relação com o grau de desenvolvimento das nações.
Em outras palavras, países com instituições públicas eficientes possuem níveis de crescimento econômico mais acentuados que países com instituições públicas bagunçadas ou ineficientes.

Muitas de nossas instituições estão bem desenhadas na Constituição, mas, quando postas em prática, simplesmente não funcionam ou funcionam de forma defectiva
 
Aliás, foi justamente a criação de instituições soberanas, em especial o Estado de Direito e a proteção da propriedade privada, que possibilitou ao Ocidente um longo ciclo de inovação que, através da quebra de paradigmas ultrapassados, gerou criação de riqueza, empregos e oportunidades, bem como um extraordinário desenvolvimento da vida coletiva sem riscos de ações intrusivas ou despóticas de um Estado arbitrário.

Aqui, reside o grande desafio brasileiro: muitas de nossas instituições estão bem desenhadas na Constituição, mas, quando postas em prática, simplesmente não funcionam ou funcionam de forma defectiva. Portanto, o aperfeiçoamento institucional do Brasil é uma necessidade inadiável, mas que, infelizmente, passa por um grave retrocesso político.

Objetivamente, com a implementação do Plano Real em 1994, vencemos um longo período de aguda instabilidade inflacionária, firmando as bases econômicas para um desenvolvimento sustentável. Aos poucos, fomos ganhando a confiança do mercado internacional; passamos a atrair investimentos, e nossa política monetária, com o estabelecimento regime de metas inflacionárias, passou a proporcionar maior segurança e credibilidade em nossas instituições.

Infelizmente, algo mudou e para pior. O fato é que, apesar de ter mantido o esqueleto estrutural anterior, a atual política econômica federal passou, faz 10 anos, a aparelhar o sistema público com uma série de patologias populistas (empreguismo, burocracia, corrupção, contabilidade criativa, inchaço das contas públicas, etc.) que nos fizeram voltar no tempo e recair em um perigoso retrocesso institucional.
A prova do retrocesso é clara: nossa economia voltou a patinar na estagnação, a inflação voltou a dar claros sinais de vida, o investidor estrangeiro perdeu sua nascente confiança e o nosso câmbio “dança” em uma frenética volatilidade.

Em resumo, o Brasil está pior porque nossa política está tomando decisões erradas. E o governo, ao invés de corrigir os erros, prefere insistir na arrogância de pensar que está certo. No final, o futuro repetirá o passado, condenando o Brasil, mais uma vez, ao atraso do subdesenvolvimento. Quem viver, verá. Ou será que esse futuro sombrio já virou um amargo tempo presente?

07 de outubro de 2013
Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr

SEGUNDO GESTOR, IBOVESPA DOBRARIA COM VITÓRIA DA OPOSIÇÃO EM 2014

Estacionado há 5 anos na média dos 50 mil, índice poderia chegar a 100 mil com o PT fora do Planalto.

 
 Segundo gestor, Ibovespa dobraria com vitória da oposição em 2014
 
Que a economia brasileira está em marcha lenta, entre outras coisas, pela falta de confiança do mercado em Guido Mantega, o Implicante já tratou aqui.
 
A Infomoney, em matéria de Arthur Ordones, acrescenta agora que uma vitória da oposição faria muito bem ao mercado, que voltaria a ter confiança dos investidores, confiança esta perdida nestes 10 anos de PT no governo.
Com o retorno dela, o Ibovespa finalmente voltaria a superar a média de 50 mil pontos dos últimos 5 anos. Quem faz essa previsão é Ivan Kraiser, da Legan Asset Management, uma gestora de fundos que administra nada menos que meio bilhão de reais:
Um dos possíveis gatilhos para o Ibovespa conseguir mudar de patamar seria a alternância de governo na eleição presidencial de 2014. “Interferências governamentais pegam boa parte do índice: Petrobras, Vale, elétricas… Então mesmo com as empresas descontadas, acho que elas devem continuar caindo, porque a falta de confiança está grande. Ninguém vai comprar só porque está barato em um cenário como esses”, afirmou em entrevista ao InfoMoney.
Segundo Kraiser, no preço de hoje da bolsa, está a reeleição da Dilma, porém, se ela for reeleita, vai cair ainda mais. “Volta para casa dos 40 mil pontos”, disse. “No entanto, com uma vitória do PSDB, do Aécio Neves, o Ibovespa chega a 100 mil pontos. Faz cinco anos que a bolsa está em 50 mil pontos, então se tivermos uma mudança de cenário político, ela pode subir muito. Eduardo Campos e Aécio Neves são os nomes que o mercado mais compraria”, completou.
(grifos nossos)

Petrobras seria a maior beneficiada

Talvez a empresa mais prejudicada pelo vício petista em governabilidade, a Petrobras tem tudo para a ser a maior beneficiada caso algum nome da oposição chegue à presidência em 2014. Kraiser segue com seu palpite:
Para o especialista, a empresa que mais se beneficiaria com uma vitória do PSDB é a Petrobras. “A maior alta vai ser da Petrobras. Ela dobra de preço rapidamente. Uma vitória do Aécio leva a PETR4 a quase R$ 40”, afirmou. Atualmente o papel tem oscilado entre R$ 18 e R$ 19. A estatal se beneficiaria porque perde muito dinheiro com a política de Dilma de usá-la para controlar a inflação, mantendo os preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras defasados em relação à cotação do petróleo no mercado internacional.
(grifos nossos)
Mas todas as estatais podem se dar bem com a alternância de comando:
De acordo com o gestor, as estatais, de modo geral, irão subir muito com esse cenário. “A Eletrobras pode ser resgatada, com uma privatização do que sobrou. Tudo que sofreu intervenções da Dilma terá a confiança resgatada”, completou.
(grifos nossos)
Kraiser finaliza com algumas apostas acerca da política monetária:
Ainda segundo ele, o que também sofre intervenções do governo é a política monetária do Banco Central, o que deve melhorar com a vitória da oposição. “O juros deve continuar subindo. O ciclo de aperto ainda não se encerrou e vai para algo próximo de 10%. Talvez eles não ultrapassem a barreira psicológica dos dois dígitos, é mais uma coisa na qual a presidente interfere”, afirmou.
(grifos nossos)
Fato é que o mercado sempre pede liberdade para respirar aliviado, mas o governo está apontando para um norte bem diferente. Guido Mantega, por exemplo, quer limitar até o tamanho do envelope que alguém envia para uma promoção.
 
07 de outubro de 2013
Marlos Ápyus