A união tucana, com a permanência de Serra no partido, foi um passo importante não apenas para a Aécio como candidato, mas para o PSDB como principal alternativa de poder ao PT.
Se Serra deixasse o partido para ser candidato pelo PPS, levaria pelo menos a maior parte dos votos tucanos no estado de São Paulo, que, somados aos de Minas, devem constituir a base eleitoral mais forte da candidatura de Aécio.
Serra anunciou o “fico” com uma declaração forte, de que ficava para ajudar a derrotar o governo do PT, que hoje “compromete o presente e ameaça o futuro”.
Aécio confirmou o acordo com uma chuva de elogios ao companheiro. Mas há uma sombra ainda sobre a paz tucana, que diz respeito à escolha oficial do candidato, adiada para o ano que vem, segundo o próprio Aécio.
Os parlamentares ligados a Serra insistem que a realização de prévias não foi descartada no acordo que garantiu o “fico”. Os aecistas diziam, por seu lado, que Serra tomou sua decisão conhecendo a realidade do partido, onde a candidatura de Aécio desfruta de maioria avassaladora. Ainda que não tente atropelar Aécio, Serra se colocará como alternativa até o ultimo momento, para o caso de tropeço ou inviabilidade do mineiro.
Por fim, se quiser ser candidato ao Senado terá que enfrentar a postulação do deputado e secretário José Aníbal, e o risco de uma disputa com o petista Eduardo Suplicy. Por tudo isso, alguns tucanos já defendem que ele seja candidato a deputado federal, ajudando a puxar votos para a ampliação da bancada.
07 de outubro de 2013
Tereza Cruvinel
(Correio Braziliense)
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