"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

"O PRIMITIVISMO SAIU DA ESFERA POLÍTICA E ESTÁ NA NOSSA VIDA. NA VIZINHANÇA. PERTO DE TODOS NÓS. E NOS AMEAÇANDO"


“Não basta mais a pretensão de ser um império eterno, edificado em mentiras e intimidações, nos jornais, blogs e outros espaços. Eles estão nas ruas. Próximos a nós. Abusam de xingamentos e ameaçam” (Foto: Misha Gordin)

Quem é mais próximo de nós do que aqueles que habitam o mesmo espaço em que vivemos?

Post-do-Leitor1E podemos entender o primitivismo a partir da observação crua e sem retoques de quem se julga dono das verdades e senhor de toda uma comunidade.
Um petista. Um celerado que usando de frases feitas – emboloradas pelo tempo e pelas teias de aranha que substituem o cérebro – pretende-se ditador de uma comunidade.
Por mais que seja – aparentemente – um caso particular, entendo (e enxergo) como a disfunção cerebral que toma conta dos lulopetistas.
Eles não argumentam. Ameaçam.
Eles não expõem argumentos. Abusam de xingamentos que são, na essência e no tipo penal, crimes capitulados no Código Penal.
Exaltam um passado glorioso, sem que se prove a glória — e nem o passado.
Vivem em um presente doentio. De fúria e sectarismo.
Ou seja, sobrevivem para além do tempo de que se julgam proprietários.
Será que viveremos um dia em que um lulopetista (ou os novos-antigos donos das verdades e senhores do futuro) ameaçar crianças em uma rua, por exemplo, insinuando atropelá-las? Não creio. Seria muito até para eles. Só seria aplicado a facínoras.
A argumentação baseada em palavras de baixo calão, infelizmente, já estamos assistindo. É o primitivismo dos trogloditas que se julgam doutores.
Demonstram coragem, ao ameaçar mulheres. E crianças.
Será que existe mesmo este espécime? Ou seria somente um delírio?
Existe, sim. E se julga um revolucionário. Tenta influenciar pessoas em nome de uma doutrina que da latrina ainda não saiu.
Onde fica o ponto de intercessão deste personagem  –real – com o primitivismo que se observa no pensamento único?
No fato de usar os mesmos mantras de sempre para justificar os mesmos crimes de hoje.
Se um se pretender imperador de um espaço urbano, os outros se pretendem senhores de nossos destinos.
O primitivismo – tão bem observado por Augusto Nunes – saiu da esfera política e está na nossa vida. Na vizinhança. Perto de todos nós. E ameaçando, como os seus (deles) ídolos são especialistas em fazer.
É assustador. De uma teoria torta e desequilibrada, estamos no estágio dos pogroms ideológicos.
Não basta mais a pretensão de ser um império eterno, edificado em mentiras e intimidações, nos jornais, blogs e outros espaços.
Eles estão nas ruas. Próximos a nós.
Que saibamos entender (e estarmos atentos) que o primitivismo POLÍTICO é a causa primeira do primitivismo social e ético.
Ainda espero que haja juízes em Berlim… ou em Brasília!

07 de outubro de 2013
Post do leitor Reynaldo-BH

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