"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 1 de outubro de 2017

ALIADOS DE LULA E PETISTAS SONDARAM FAMÍLIA DE PALOCCI SOBRE A DELAÇÃO PREMIADA

Murilo Corte/Especial
Pedro, irmão de Palocci, foi procurado por petistas
Desde a prisão de Antonio Palocci pela Operação Lava Jato, em setembro do ano passado, dirigentes do PT e interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procuraram a família do ex-ministro em busca de informações sobre a possibilidade de ele fechar um acordo de delação premiada. Depois, tentaram descobrir se o ex-ministro estaria disposto a mudar de ideia de colaborar com a força-tarefa.
Segundo oito fontes próximas a Lula, PT e Palocci ouvidas pelo ‘Estado’, dirigentes do partido em Ribeirão Preto e líderes nacionais da legenda procuraram o pediatra Pedro Palocci, irmão mais velho do ex-ministro, atrás de informações sobre a delação. Conforme essas fontes, a partir de maio, quando Palocci contratou um advogado especializado em delações, seu irmão deixou de receber os petistas, que interpretaram as negativas como um sinal de que Pedro estaria incentivando a delação.
INVESTIGAÇÕES – As relações financeiras e societárias do ex-ministro com seu irmão são alvo de investigações da Lava Jato, que apura também o sumiço de livros de registro de transferências de ações do Hospital São Lucas, em Ribeirão Preto, pertencente a Pedro. Procurado por meio da assessoria do hospital, o médico se recusou a comentar o assunto.
Em abril, antes de Palocci propor o acordo de delação, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho, presidente do diretório estadual do PT e um dos mais próximos aliados de Lula, se encontrou com Antonia Palocci, a dona Toninha, mãe de Palocci, durante uma passagem por Ribeirão Preto. Segundo relatos, a iniciativa partiu de dona Toninha e na conversa ela teria dito não acreditar que o filho faria delação.
Cerca de um mês atrás, quando as negociações entre Palocci e a Lava Jato já eram públicas, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), vice-presidente nacional do PT, encontrou Toninha em uma reunião do partido na cidade. Segundo ele, não se tocou no assunto de delação.
Fundadora do PT e membro suplente do diretório municipal, a mãe de Palocci era uma das mais ativas militantes do partido na cidade. Mesmo com dificuldade de locomoção, aos 82 anos, dona Toninha fazia questão de manter o trabalho quase diário nas comunidades mais pobres. Em períodos eleitorais, costumava ir de porta em porta pedindo votos.
AFASTAMENTO – Após o filho passar a disparar contra Lula e o PT, ela se afastou das atividades partidárias e, dividida entre a tristeza de ver o filho caçula preso e a fidelidade às suas convicções políticas, decidiu se recolher. Segundo um ex-vizinho, recentemente, em uma excursão de ônibus para Caldas Novas, em Goiás, ela pediu para não comentar o assunto.
De acordo com pessoas próximas a Lula, depois do depoimento de Palocci à Lava Jato, no qual disse que o ex-presidente fez um “pacto de sangue” com o empreiteiro Emílio Odebrecht, Toninha enviou mensagem de solidariedade ao ex-presidente demonstrando contrariedade com a opção do filho.
A reportagem procurou Toninha Palocci em cinco endereços, mas foi informada de que ela havia se mudado de dois deles e não morava nos outros três. A mãe do ex-ministro também foi procurada por meio da assessoria do hospital de seu filho, mas não respondeu.
Decepção
Quem tem falado com Lula nos últimos dias afirma que o ex-presidente não esconde a decepção com Palocci. Ele tem dito que já esperava a delação, mas não se conforma com o que chama de “mentiras”.
O ex-presidente chegou a tocar no assunto durante seu depoimento ao juiz Sérgio Moro no dia 13 de setembro. “Eu fico pensando como é que está pensando a mãe dele agora, que é militante do PT e fundadora do PT”, disse Lula.
Lula diz que nunca pediria a alguém que já foi demitido por ele para lidar com dinheiro sujo para o PT ou para o Instituto Lula. Para reforçar sua versão, cita uma história de 2006. Segundo ele, quando veio à tona o caso da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, teria dito a Palocci que arrumasse uma “história convincente”, do contrário seria demitido. Palocci teria dito que a história era a publicada nos jornais e Lula rebateu: “Então está demitido”.
SEM COMENTÁRIOS – O Instituto Lula e o PT nacional não comentaram os contatos com a família do ex-ministro e reafirmaram que ele mente.
A postura do ex-ministro surpreendeu o PT de Ribeirão Preto. “Fiquei surpreso. Mas é lógico que a gente não esperava dele a resistência de um José Dirceu ou de um João Vaccari”, disse o presidente municipal do partido, Fernando Tremura.
Oficialmente, o PT local afirma que, se houve algum contato de seus dirigentes com a família do ex-ministro, foi por iniciativa pessoal e não por decisão partidária.

01 de outubro de 2017
Deu no Estadão

UMA ANÁLISE DA CARTA MENTIROSA E ENGANADORA DE ANTONIO PALOCCI AO PT

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Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Quem não conhece o PT anda supervalorizando a tal carta escrita por Antonio Palocci para Gleisi Hoffmann, presidente de mentirinha do PT. De mentirinha porque quem manda de fato no PT é o partido dentro do partido, que obedece totalmente e somente à Lula, Dirceu e mais três dezenas de membros do núcleo duro da organização política criminosa que, aliás, estão soltos, com uma única exceção: João Vaccari (o único que permanece em regime fechado).
A carta de Palocci foi importante por confirmar o que já sabíamos. Ele, porém, não contou nada do que sabe e que nós ainda não sabemos. É uma carta que mais esconde do que revela. De vital para o desbaratamento da organização criminosa não há nada na carta.
Palocci não revelou nada sobre a verdadeira natureza do PT. O que ele disse é que o PT e Lula se corromperam, como os demais partidos e líderes de partidos tradicionais, que são corruptos mesmo. Palocci está seguindo fielmente o script de redução de danos: o PT só fez o que todo mundo faz (como disse Lula em Paris, no final de 2005: a explicação-padrão inventada por Thomaz Bastos).
Já tratei do assunto em vários artigos escritos antes da redação da carta, como o intitulado Cuidado com o caso Palocci.
Vejamos o que ele, Palocci, ainda não disse e o que jamais vai dizer.
O QUE AINDA NÃO DISSE – O Antagonista, num raro post de utilidade (que não é jornalismo marrom) resumiu o que Palocci pode estar guardando para uma delação premiada. Citemos um trecho:
“Até agora Palocci não disse nada, por exemplo, sobre as negociatas da mansão do lobby e da quebra de sigilo do caseiro Francenildo.
Tampouco falou do estranhíssimo perdão da dívida do Congo de US$ 280 milhões – no governo Dilma – que beneficiou o grupo Asperbras, cujo dono é amigo do italiano.
E dos US$ 348 milhões bloqueados numa conta de um banco em Miami e que teriam origem em negócios do PT em Angola?
E a propina do caso Portugal Telecom? E a compra de silêncio de Marcos Valério? E as negociatas com o Grupo Petrópolis? A sociedade da Oi com a Gamecorp, de Lulinha?
Nada sobre as empresas dos filhos de Lula que funcionavam no mesmo endereço da consultoria Projeto? Nada sobre a venda de decisões no Carf ou a aprovação de Medidas Provisórias? Nada sobre empresas de saúde?
Por que Palocci não entrega as contas bancárias usadas para o repasse da propina de Lula no esquema da Sete Brasil? Não vai admitir que os US$ 98 milhões devolvido por Pedro Barusco eram seus?
Palocci poderia falar também da propina que recebeu na intermediação do contrato da WTorre para a construção do Estaleiro Rio Grande (o primeiro dedicado a sondas do pré-sal). E a propina no contrato de US$ 6,5 bilhões para a construção das sondas?
Quem mais recebeu naquele episódio? Paulo Bernardo assinou o ato de entrega do terreno da União à WTorre e Dilma firmou de próprio punho o contrato da obra.
Tudo indica que a relação com Palocci rendeu à WTorre outro estrondoso contrato para erguer a bilionária – sim, bilionária – sede da Petrobras no Rio. Até agora, infelizmente, nenhuma palavra do ex-ministro sobre o negócio.
Palocci já contou sobre quanto custou a aprovação no Congresso da capitalização da Petrobras do modelo de partilha do pré-sal – projetos capitaneados por ele?
A delação de Palocci precisa esclarecer os R$ 2 milhões que ele recebeu da JBS para prestar ‘consultoria’ na compra da Pilgrim’s e na enroscada incorporação do grupo Bertin. Palocci faria um bem ao país se explicasse por que o BNDES injetou R$ 2,5 bilhões no Bertin, mesmo ciente de que estava quebrado.
No setor de proteína animal, quem melhor do que Palocci para corroborar a versão de Joesley sobre os US$ 150 milhões pagos pela JBS a Guido Mantega, por acesso a recursos do BNDES. Esse dinheiro foi realmente usado na campanha de Dilma em 2010 – coordenada pelo próprio ‘italiano’?
Ninguém melhor do que Palocci também para dizer se Joesley mentiu ao poupar Lula em sua delação premiada. Esse último tema, inclusive, deveria estar no topo da lista dos anexos que o italiano negocia com a Lava Jato”.
O QUE JAMAIS VAI DIZER – Vamos selecionar apenas sete exemplos do que ele, Palocci, não vai dizer:
1 – Não vai revelar o mapa das contas secretas, no Brasil ou no exterior, em nome de laranjas ou de offshores, onde está guardado o dinheiro obtido em mais de uma década de assalto ao Estado e de achaque a empresas nacionais e estrangeiras (ou alguém é tão tolo para achar que Barusco era o único exemplar de uma espécie exótica em extinção?).
2 – Não vai revelar o esquema de financiamento da rede suja de veículos de comunicação dedicada a falsificar notícias, de aluguel de pessoas para escrever em blogs e sites alternativos e, inclusive, de suborno da grande imprensa (quem sabe até via bancos).
3 – Não vai revelar os endereços onde está o dinheiro cuidadosamente poupado para uma aposentadoria milionária (ou para uma espécie de fundo comum para vários membros da organização), talvez escondido, por meio de artifícios financeiros intrincados, por um banco. Não vai denunciar esse banco. Não vai denunciar outros bancos que participaram de algum dos esquemas.
4 – Não vai revelar (se houver – e parece que há) os nomes do alto judiciário envolvidos.
5 – Não vai revelar os nomes de oficiais militares de alta patente que sabiam de licitações fraudulentas (por exemplo, para compra dos caças, do submarino nuclear e de outros armamentos).
6 – Não vai revelar os detalhes do assassinato de Celso Daniel.
7 – Não vai revelar as relações do PT (quer dizer, do Partido Interno que dirige de fato o PT) com a ditadura cubana, que são mais profundas do que se pensa. E não vai revelar também a associação ao plano castrista de capturar a Venezuela, construir o bolivarianismo a partir do chavismo e de colonizar a Nicarágua entregando o governo do país aos sandinistas de segunda geração. E, ainda, não vai revelar ainda as relações com as FARC, com a FMLN de El Salvador e etc. e etc.
SETE PONTOS CRUCIAIS – Não, nenhum membro do núcleo duro da organização política criminosa (a verdadeira e única ORCRIM estratégica) vai confessar ou delatar nada disso. Nem Lula, nem Vaccari, nem Dirceu, nem os demais membros do partido dentro do partido, vão tocar nestes sete pontos. Estas são as informações estratégicas necessárias para que se possa desbaratar a organização política criminosa que dirige de fato o PT.
Basta ver o comportamento de Dirceu. Condenado a mais de 30 anos, por que ele não confessa? Por que não delata em troca de redução da sua pena? Ora, porque ele sabe que não pode revelar o que é estratégico para que a organização continue organizada e, em algum dia futuro, consiga voltar ao poder e libertá-lo.
SONEGANDO INFORMAÇÕES – Palocci, ao que tudo indica, não tem conhecimento suficiente e detalhado (a não ser por ouvir dizer) dessas operações da segunda lista (da maioria das quais é improvável que tenha participado diretamente ou com papel dirigente).
Em parte ele não revelou nada disso porque não sabe mesmo (já faz tempo que não pertence ao núcleo duro, que dirige o partido dentro do partido). Mas, em parte, ele – que tem boa memória – sabe muita coisa que poderia fornecer o fio da meada para futuras investigações: mas isso ele não quer (e não vai) fazer.
(artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

01 de outubro de 2017
Augusto de Franco

Site Dagobah

OPERAÇÃO ABAFA AVANÇA E SUPREMO VAI DERRUBAR A PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA

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Moraes vai fazer a Lava Jato andar para trás
Cresce dentro e fora do Supremo Tribunal Federal (STF) a pressão para que seja marcado novo julgamento sobre a possibilidade de réus condenados em segunda instância irem para a cadeia. No ano passado, o tribunal decidiu pela execução antecipada da pena e abandonou a orientação anterior — em que, a não ser em casos de criminosos perigosos, a regra era deixar a pessoa recorrer em liberdade até a última instância. A decisão tem repercussão geral, ou seja, deve ser cumprida por juízes de todo o país, na análise específica de cada caso. No entanto, nem no próprio STF esse entendimento tem sido totalmente cumprido.
Desde o julgamento, vários ministros mudaram de ideia e cogitam alterar o voto em uma nova análise do caso. Gilmar Mendes, que votou pela execução da pena a partir da condenação em segunda instância, anunciou que mudaria o voto para que as prisões fossem determinadas com a confirmação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), dando chance para que o condenado passe mais tempo em liberdade.
INDECISÃO – Já Rosa Weber, que no ano passado era minoria, disse recentemente que cogita mudar de lado. Ela votou contra a antecipação da pena, permitindo que o condenado tenha direito de ficar em liberdade até o último recurso ser analisado. “Continuo refletindo sobre a matéria” — disse Rosa em um julgamento da Primeira Turma realizado em 19 de setembro.
Outro fator que pode mudar o entendimento sobre o caso é a entrada de Alexandre de Moraes no STF neste ano. Ele não participou do julgamento do ano passado e ocupa o lugar que era de Teori Zavascki — que votou pela execução antecipada da pena. Embora na sabatina do Senado Moraes tenha afirmado que “o princípio da presunção de inocência (…) não impede as prisões por decisão de segundo grau”, recentemente ele alertou para a necessidade de se definir a questão novamente em plenário.
FORA DE PAUTA – Mesmo diante das mudanças de ideias e de integrantes da Corte, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, não listou o caso como prioridade, e não tem a intenção de levá-lo a plenário. A ação julgada no ano passado foi decidida de forma liminar (provisória). O relator, ministro Marco Aurélio Mello, poderia liberar o processo para o julgamento de mérito para tentar pressionar a presidente. No entanto, o caso ainda não está pronto para ser analisado em plenário por motivos processuais.
A alternativa seria algum ministro levar um habeas corpus sobre a matéria para a análise em plenário, levantando uma questão de ordem. Regimentalmente, isso pode ser feito sem que a presidente seja previamente consultada. No entanto, nenhum ministro se prontificou a fazer isso ainda, por receio do resultado. Como o quadro ainda está indefinido, ninguém quer arriscar o movimento — já que, depois desse novo julgamento, todos ficariam obrigados a seguir o novo entendimento.
DISCREPÂNCIAS – As divergências atuais têm gerado situações discrepantes em que, a depender do relator sorteado para o habeas corpus, o réu pode ser solto ou mantido preso. Marco Aurélio Mello, por exemplo, costuma conceder habeas corpus a condenados, mesmo quando há decisão de segunda instância, em respeito a suas convicções pessoais, de forma contrária à decisão do STF do ano passado.
Na sessão do dia 19 de setembro da Primeira Turma, formada por cinco dos onze ministros do STF, Alexandre de Moraes alertou para essas discrepâncias nas decisões dos colegas. Ele ainda não disse como votará caso o assunto seja pautado em plenário. Mas, nas votações, tem obedecido a orientação de manter presos os condenados em segunda instância.
“Há uma necessidade premente de o plenário do STF reanalisar essa questão, para pacificar uma vez mais a questão. É absolutamente necessário. Temos hoje um tribunal dividido em relação a isso” — afirmou Moraes.
INJUSTIÇAS – Ao Globo, o ministro disse que a forma como o STF tem tratado o assunto tem gerado injustiças. “É injusto, porque, dependendo de com quem caia (o habeas corpus), uns dão a liminar, outros não. A meu ver, não é esse o papel da Corte. Tem que pacificar, para tratar todo mundo igual” — declarou.
No ano passado, o placar da votação sobre a execução antecipada das penas foi apertado, com seis votos a cinco. Do lado majoritário, alinharam-se os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.
Os ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewadowski e Celso de Mello votaram para que os condenados não sejam presos se estiverem recorrendo judicialmente da sentença. Toffoli explicou que, antes da prisão, a condenação deveria ser confirmada por um tribunal de segunda instância e, depois, pelo STJ. Os outros ministros não especificaram a instância final — que, em tese, pode ser o STF, se a defesa levar o recurso até a mais alta Corte do país.
MORAES DECIDIRÁ – O cenário atual ainda está nebuloso. Se, por um lado, Gilmar tende a sair do time majoritário para abraçar a tese de Toffoli; Rosa estuda fazer o caminho contrário. Nesse cenário, nada mudaria em relação à decisão tomada em 2016. O fator determinante é o voto de Moraes. Teori, seu antecessor, estava do lado majoritário, pelas execuções antecipadas da pena. A aposta no STF é de que o substituto dele tenha opinião contrária, na mesma linha do voto de Toffoli.
A solução apontada por Toffoli é uma espécie de meio termo que tem sido discutida pelos ministros nos bastidores. Toffoli sugeriu a alternativa em outubro do ano passado, no plenário. Isso porque diferentes tribunais de justiça — que integram a segunda instância — podem dar decisões em sentidos opostos, provocando injustiças. Entre as atribuições do STJ está justamente a de uniformizar a jurisprudência dos tribunais inferiores.
“O ministro Toffoli fez um avanço que eu estou a meditar se não devo também seguir, no sentido de exigir pelo menos o exaurimento da matéria no STJ. De modo que esse é um tema que nós temos talvez que revisitar” — afirmou Gilmar, em um julgamento ocorrido em maio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, pode-se dizer que o Supremo está pronto para revogar as prisões após segunda instância. Vai liberar, de uma só penada, milhares de criminosos. Um dos mais conhecidos é o ex-senador Luiz Estevão, que só depende da decisão do Supremo para ser solto, pois seu julgamento no Tribunal Superior de Justiça (a terceira instância) ficou para o Dia de São Nunca, como se dizia antigamente. A galera da Lava Jato aguarda ansiosamente a ordem de soltura coletiva, com Dirceu à frente e Lula puxando o cordão. Os militares estão de olho, mas os ministros do Supremo estão pouco ligando para a legalidade e acreditam que eles não têm coragem de intervir(C.N.) 

01 de outubro de 2017
Carolina BrígidoO Globo

SÉRGIO MORO DESMENTE JORNALISTA DA VEJA E DIZ QUE FICA NA LAVA JATO ATÉ O FIM

ALGUÉM JÁ VIU UMA PESSOA SER ELEITA PELOS ORIXÁS? EIS QUE APARECEU UM...

POLICIAL SE ACIDENTOU NA ESCOLTA DE TRUMP. VEJA O QUE ELE FEZ COM ESSE POLICIAL!

ENEAS JÁ FALAVA EM DEFESA DA FAMÍLIA, CONFIRA.

ARTE PERVERTIDA E BOLSONARO QUE ACABA SENDO O RADICAL