"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 5 de março de 2014

A ÚLTIMA VEZ QUE CHOREI EM MADRI


 Que o homem é um ser que chora, isto não se discute. Enunciada assim abstratamente esta evidência, até mesmo solenes pensadores não se pejam ao admiti-la. O problema surge quando passamos a conjugar o óbvio nas demais pessoas: eu choro, tu choras, nós choramos. Humanos, enunciamos sorrindo esta verdade em tese, o duro é ter de confessá-la na prática. Como não vejo, nesta altura da vida, maiores razões para mentir às gentes ou a mim mesmo, admito sem prurido algum de pudor: choro, sim. E daí? Pela Espanha, chorei antes mesmo de pisar sua geografia.

Meu primeiro nó na garganta terá ocorrido há mais de cinco décadas, quando sequer sonhava que um dia viveria em Madri. Foi talvez naquele salão solene, cheio de poeira e silêncio, onde funcionava a Biblioteca Municipal de Dom Pedrito. Ali mergulhei no Quixote, livro mais virulento do que se imagina, quando cai nas mãos de um adolescente.

Até hoje não consigo evocar sem um arrepio anterior – cuja intensidade depende de mais ou menos vinho bebido antes da leitura – aquela manhã gloriosa em que sai a desfazer tortos aquele homem nutrido a sonhos. Mais tarde, não sei se mais emotivo ou mais vivido, comecei a arrepiar-me já na primeira frase do livro: En un lugar de la Mancha, de cuyo nombre no quiero acordarme... Quando o homem mais sublime que produziu a Espanha não quer nomear o berço de seu personagem, podemos imaginar como lá foi tratado. Hoje, sabemos que o lugar não nomeado é Argamasilla de Alba, onde o coletor de impostos Miguel de Saavedra Cervantes foi posto na prisão e, para ventura de todos os loucos e sonhadores, nela concebeu seu herói.

Não menos me comove o auto-retrato que de si faz Cervantes, no prólogo a Novelas Ejemplares, onde lamenta seus dentes, ni menudos ni crecidos, porque no tiene sino seis y esos mal acondicionados y peor puestos, porque no tienen correspondencia los unos con los otros. Também glorifica sua mão perdida em Lepanto, herida que, aunque parece fea, él la tiene por hermosa, por haberla cobrado en la más memorable y alta ocasión que vieron los passados siglos ni esperan ver nos venideros. Ali está o homem, mutilado pela vida, mas inteiro e orgulhoso de seus feitos. Mais tarde, ciente da grandeza de sua obra, Cervantes dirá de Cervantes:

tú, que en la naval dura palestra
perdiste el movimiento de la mano
izquierda, para gloria de la diestra!

Muito antes de pisar solo espanhol, a Espanha já mexia com minhas emoções. Ao aportar em Barcelona, antes mesmo de descobrir as Ramblas, um monumento me tocou fundo, o de Colombo de braço em riste, apontando para o Sul. Duvido que o genovês tenha sido assim teatral no dia de sua partida. Mas o gesto é perfeito. É convite, desafio, ordem. Daquele gesto nascemos.

Terá sido esta ordem que fez Don Pedro de Ensoategui, magro e esguio como o Quixote, atravessar o Atlântico, desertar do exército espanhol a serviço nas colônias do Prata e dar origem à cidade onde em minha adolescência descobri Cervantes. Don Pedrito, assim chamado por contraste com sua magreza e altura exageradas, era contrabandista. Embora hoje não lide com bois ou cavalos, me considero digno continuador de seu ofício. Literatura sempre foi contrabando, em ambos os sentidos da palavra, seja como tráfico de idéias, seja como atividade contra os bandos vigentes.

Madri. Pisei suas ruas e avenidas pela primeira vez há quase duas décadas, quando a cidade ainda não conseguia competir com o charme de Barcelona. A Espanha vivia ainda sob Franco e os jornais como as pessoas primavam pela prudência ao expressar-se. Cinema e teatro sobreviviam submetidos a uma rígida censura e os intelectuais, com medo de discutir a história presente, encerravam-se em estudos filológicos. Culinária à parte, Madri era então uma cidade assexuada, sem tempero. Fora dos tablaos de flamenco, não tive então maiores comoções.

Voltei a visitá-la em 86. Os nomes de Franco e de seus generais haviam desaparecido das ruas e mapas. Madri já era, sem favor algum, a capital mais viva, insone e histérica de toda Europa. Nem Paris, nem Roma, nem Berlim poderiam contestar-lhe tais títulos. De novo o famigerado nó na garganta. Não em função de transportes estéticos, nem da alegria ambiente. Naquele dia, Madri inteira chorava. Estava sendo sepultado Enrique Tierno Galván, el Viejo Profesor.

Nada tinha a ver com o homem. Diga-se de passagem, sequer o conhecia. Mas ao ver aquela massa unânime, cerca de um milhão de pessoas cercando a fonte de Cibeles e derramando-se pelas ruas adjacentes, os madrilenhos comovidos, erguendo o punho à passagem do féretro, gritando entre lágrimas "Alcalde, presente!"... enfim, sem nada ter a ver com o peixe, chorei com os madrilenhos. Confesso jamais ter visto na vida admiração e comoção tão unânimes, aposto que em meio àquela multidão também estariam escondendo as lágrimas os mais duros etarras. Só então soube quem era El Viejo Profesor. Ou, simplesmente, V. P.

De todos os adjetivos passíveis de serem apostos ao nome professor, velho é sem dúvida o mais nobilitante. Jovem professor, por exemplo, soa a pedantismo. Enrique Tierno Galván, o sempre jovial prefeito de Madri, mereceu como poucos a comenda de Viejo Profesor. Não o conheci por seu magistério, tampouco por seus ensaios, que foram muitos. Passei a conhecê-lo e estimá-lo, depois de morto, por seus bandos, as proclamações do alcaide a seus concidadãos.

Dizia-se marxista, Tierno Galván. Creio que se enganava. Não consigo vê-lo defendendo as tiranias instaladas em nome de Marx. Seus bandos visavam, em um primeiro momento, instar os madrilenhos a zelar por sua cidade. Mas, como diz Fernando Lázaro Carreter, "é literário todo texto que atrai para sua leitura fora do tempo e da ocasião em que se escreveu. A literatura, o leitor a funda, quando julga valioso para si, para seu gozo desinteressado, um determinado escrito". Hoje reunidos em livro, os bandos do V.P. fascinam o mais exigente leitor. Viver em uma cidade cujo administrador, ao tratar do silêncio e limpeza necessários à saúde urbana, começa citando Platão ou Aristóteles, é sonho de todo homem culto. Nessa cidade, um ano mais tarde, vivi seis meses, quando Tierno Galván nela só permanecia em espírito.

Em maio de 84, perorava o alcaide a seus concidadãos:

Madrilenhos:

É velho dizer poético, com variada fortuna repetido, que com a chegada da primavera, a natureza se veste com suas melhores galas, encobrindo a magra e seca nudez do inverno com brilhantes e copiosos adornos. Mas a humana espécie, que às vezes contraria e repele o que a natura faz, longe de cobrir, descobre, em obséquio ao mais alegre, descuidado e gozoso viver ao qual o aprazível tempo convida.

Com esta prosa cordial e não isenta de humor erudito, queria o V. P. advertir visitantes e habitantes de Madri contra os excessos naturais do verão. Após alguns parágrafos em que recomenda um maior recato –pelo menos em público– a seus súditos, conclui:

Convém, por último, acrescentar ao já dito que os bons costumes pedem comedimento e mesura quanto ao destapar-se diz respeito, pois nesses lugares públicos de comum recreação e roçadura que são as piscinas, como a natura foge ao triste e apetece o deleitável, exageram-se os destapamentos sem levar em conta o decoro que cada um a si próprio deve e do respeito que a tranqüilidade dos demais merece.

Ao conclamar a população a festejar o Dia da Árvore e preservar as áreas verdes da cidade, o Velho Professor assim fundamenta seu bando:

Madrilenhos:

Sentença foi e parecer daquele grande filósofo Platão que não nasceu o homem para si só, também foi criado para o uso e utilidade de sua pátria e amigos. E todos os que pensam confirmam isto, afirmando que os homens por causa dos mesmos homens foram formados e engendrados e que nasceram obrigados a se ajudar e aproveitar uns aos outros. Pois se os filósofos muito antigos e dos primeiros tempos pela tão só luz da razão, sem ter grande experiência, nos mostram isto, que diríamos agora que durante séculos temos experimentado as vantagens da humana ajuda e companhia e as desvantagens da inimizade e do rancor, que ocultam e destróem os dulcíssimos bens do progresso.

Em outro bando, onde pede moderação nos festejos carnavalescos, Tierno Galván começa contestando Aristóteles: Madrilenhos:

Ainda contradizendo o filósofo, no segundo livro das Eticas, é preciso abandonar a velha idéia de que seja a mulher um varão minguado. Pode ser contradita sem voltas nem rodeios esta opinião com a longa experiência que ensina que vale tanto a mulher quanto o homem vale no que concerne às faculdades da inteligência. É também capacíssima nos exercícios que requerem esforço e destreza física, ao que é necessário acrescentar vivaz, imaginativa e natural aversão à melancolia, que a faz alegre e sempre disposta a tudo que requer festivo humor.

Bando vem do francês antigo ban, que podemos traduzir por edito. Daí a palavra contrabando, para designar o ato ou gesto que não obedece ao bando. Mas quando é Tierno Galván quem assim nos convida ou adverte, como fazer contrabando? Um turista distraído que, após ter jogado um papel ao chão madrilenho, leia um edito do Velho Professor, se tiver uma gota de civilidade vai sentir-se o mais vil dos seres humanos. Para que tal prefeito assim fale, é necessário uma cidade que saiba escutá-lo. Tierno Galván existiu porque Madri existe e sabe responder-lhe. Assim sendo, naquele dia em que um milhão de pessoas chorava, não seria este gaúcho quem bancaria o original.

Em 87, fiz mais um fiasco naquela ilustre Corte y Villa, como diria o alcaide. Desta vez foi um solo, não havia coro a acompanhar-me. Após ter vivido lá por mais de seis meses, aproximava-se o dia de voltar. Neste maldito dia entre os dias, ao perceber que só me restavam mais algumas horas de Madri, uma avalanche de sensações e lembranças, mais o vinho e as canções de uma tasca, começaram a roer-me a alma. Tudo era festa em torno a mim, como tudo sempre é festa em Madri, castelhanas de sonho cantavam e dançavam, o vinho aflorava à maçã dos rostos, cores se misturam a sons e odores... e escassas horas me restavam de festa. Chorei então como uma vaca, fui até o aeroporto de Barajas chorando, para pasmo de minha mulher. O taxista deve ter imaginado dramas conjugais, separação, coisas do gênero e não estava longe da verdade. Estava me separando da Espanha.


SAUDADES DOS LEITORES


Leitores perguntam-se sobre minha ausência nos últimos dias neste blog. Quem me acompanha, sabe que desde 2009 venho lutando contra um câncer na orofaringe, que insiste em recidivar. Sempre surgem nos natais, regalo a meu ver inequívoco do Cara aquele. Apesar da peste, nos últimos cinco anos, exceção feita de alguma viagem, sempre bati ponto todos os dias.

Agora, no quinto tumor, estou fazendo quimioterapia. O tratamento derruba, exaure as energias. Mexe no organismo todo. Até o roçar de cabelos me fere o rosto. Quando me reergo, nova aplicação, e tudo volta à estaca zero. Por isso, ora me ausento, ora republico crônicas passadas. O que não é um mal. São crônicas das quais nem eu já lembrava, quanto mais o leitor. E permanecem atuais. Dizia Gide: “só escrevo para ser relido”. É o que tento.

A boa nova, se boa nova há, é que na terceira aplicação meu último tumor natalino foi reduzido em 80 %. As sessões serão seis, ainda faltam duas. Aparentemente, ganho mais uma parada. Será uma vitória de Pirro. Raros escapam ilesos da peste.

Segundo pesquisas americanas, as chances de sobrevida deste tipo de tumor, extremamente letal, é de 10% em cinco anos. Não sei se já cheguei ao limiar ou se ainda vou chegar. Ou se já entrei nos 10%. Seja como for, da vida não tenho queixas. Me foi dado mais do que sonhei. Tudo que respira morre. Ao nascer começamos a morrer. Se não for hoje, será amanhã. Então, quando tiver de vir, que venha.

Medo nenhum. Apenas lástima de sair no meio da festa. O que me lembra o dia em que chorei pela última vez em Madri. Estarei me separando da vida, que é dura e bela como um diamante, generosa e cruel como às vezes são as mulheres. Mas pelo jeito não será para já. Para alegria de muitos leitores que me estimam, e impaciência de tantos outros que não nutrem exatamente o mesmo sentimento. Com algumas ausências, se a vida mo conceder – como diria Pessoa - continuarei escrevendo. Poucas coisas me alegraram tanto a vida como poder escrever sem censura, coisa que nunca pude quando trabalhei em jornais. E conversar com leitores de todos azimutes.

Assim sendo, até amanhã. Ou até qualquer outro dia.


05 de março de 2014
janer cristaldo

CHEGAM MAIS ESCRAVOS CUBANOS E DILMA MANDA, EM UM ANO, R$ 1,5 BILHÃO PARA "SINHOZINHO" RAUL CASTRO


Mais Médicos será contestado pela Igreja Católica? Se depender da mensagem do Papa Francisco, programa é tráfico humano! Leia aqui.
 
O governo assinou termo de ajustamento com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) em que se compromete a pagar R$ 973,94 milhões pelos próximos seis meses para custear a atuação dos profissionais cubanos no programa Mais Médicos. O termo de ajuste faz parte do contrato de cooperação entre o Brasil e a Opas para a contratação dos profissionais de Cuba. Pelo acordo, o Brasil paga a Opas, que repassa o dinheiro para o governo cubano.
 
Quando o convênio do Mais Médicos foi firmado com a Opas, em 2013, o governo brasileiro havia se comprometido a pagar R$ 511 milhões até fevereiro de 2014, como parte dos primeiros seis meses do programa. Os R$ 973 milhões previstos para os próximos seis meses serão gastos, de acordo com o Ministério da Saúde, com o salário dos profissionais cubanos e  com a ajuda de custo de instalação na cidade onde o médico vai atuar.
O aumento dos gastos previstos no termo de ajuste é motivado, segundo o ministério, pelo aumento no número de profissionais cubanos atuando no país. Nesta semana, começam a trabalhar no Mais Médicos mais 4.000 cubanos. Com eles, o total de médicos de Cuba no programa do governo federal chega a 11.400.
 
A contratação de cubanos pelo Mais Médicos se tornou objeto de polêmica porque eles ganham menos que outros profissionais do programa, cuja remuneração é de R$ 10 mil mensais. Esse é o valor, por médico, que o governo brasileiro transfere à Organização Panamericana de Saúde (Opas), com a qual firmou um convênio para receber os médicos cubanos. A Opas transfere o dinheiro ao governo de Cuba, que paga os médicos.
 
(Com informações do G-1)
 
05 de março de 2014
in coroneLeaks

PEMEDEBISTAS QUE SE QUEIXARAM DO PT REPRESENTAM MEIO MILHÃO DE VOTOS



 
O clima de insatisfação entre os parlamentares do PMDB com o governo e com o PT transformou as redes sociais num palco dessas divergências. Bastou o líder pemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), usar seu twitter para dizer que se convencia a cada dia que a aliança nacional com o PT precisava ser repensada por conta da falta de respeito do aliado, para que colegas de partido entrassem na conversa e reforçassem as críticas.
 
O deputado federal gaúcho Osmar Terra endossou a queixa do líder: “O PT nunca respeitou o PMDB. Somos só 6 minutos de Propaganda eleitoral para eles. Nada mais”, disse, respondendo ao twitter de Cunha.
 
Na mesma conversa, o deputado baiano Lúcio Vieira Lima foi mais longe no ataque aos petistas: “O PT gosta de falar mal do PMDB, tá fácil de resolver, não nos queira na aliança”, tuitou.
 
Um eventual rompimento com o governo federal e PT ainda parece improvável. Mas o tom de insatisfação dos parlamentares envolvidos na discussão mostra que pode se tornar difícil para o governo ter o comprometimento desses, em tese, aliados, durante sua campanha.
 
Os números são claríssimos e mostram o tamanho do prejuízo eleitoral que o governo pode ter com a crise de relacionamento com os parlamentares do PMDB. Levando em conta apenas os três deputados que se dispuseram a disparar críticas públicas pelo twitter contra a aliança com o PT, em plena terça-feira gorda, o saldo é pesado.
 
Eduardo Cunha foi o quinto deputado federal mais votado em 2010 no Rio de Janeiro, com 150 mil votos. Lúcio Vieira Lima foi o segundo mais votado na Bahia, com 221 mil votos. Já Osmar Terra foi o oitavo preferido dos eleitores gaúchos com 130 mil votos. Somados, os três representam 502 mil eleitores. Também popularmente conhecido como meio milhão de votos.
 
É essa a conta que o governo tem esquecido de fazer e os parlamentares do PMDB estão entregando depois do deterioramento da relação com o Planalto e com os petistas.
 
05 de março de 2014
 

CONSUMO DE COCAÍNA MAIS QUE DOBRA EM 10 ANOS

Consumo de cocaína no Brasil mais que dobra em 10 anos, aponta ONU
No Brasil, 1,75% da população usava a droga em 2011, ante 0,4% no mundo
O consumo de cocaína no Brasil mais que dobrou em menos de dez anos e já é quatro vezes superior à média mundial.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Conselho Internacional de Controle de Narcóticos, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), em seu informe anual.
A entidade também critica a liberalização do consumo de maconha no Uruguai e regiões dos EUA e alerta: jovens sul-americanos parecem ter uma "baixa percepção do risco" que representa o consumo de maconha.
Em 2005, a entidade apontava que 0,7% da população entre 12 e 65 anos consumia cocaína no Brasil. Ao fim de 2011, a taxa chegou a 1,75%. De acordo com os dados da ONU, o consumo brasileiro é bem superior à média mundial, de 0,4% da população. A média brasileira também supera a da América do Sul, com 1,3%, e é mesmo superior à da América do Norte, com 1,5%.
O Brasil, segundo o informe anual, se consolidou não apenas como rota da cocaína dos Andes para a Europa como também passou a ser um mercado fundamental. Em 2012, as maiores apreensões de cocaína no Brasil ocorreram a partir de carregamentos da Bolívia, seguidos por Peru e Colômbia.
Citando o governo brasileiro, a ONU aponta que o Brasil apreendeu em 2012 um volume recorde de 339 mil tabletes de ecstasy, cerca de 70 quilos. A média dos últimos dez anos aponta que as apreensões são de menos de 1 quilo por ano. Em 2012, houve ainda 10 mil unidades de anfetamina retidas, além de 65 mil unidades de alucinógenos, o maior volume desde 2007. O centro da produção de heroína no mundo continua sendo o Afeganistão, onde o cultivo bateu recordes em 2013 – 39% acima da área de 2012.
Produção. Se o consumo brasileiro cresceu, a ONU constatou uma queda no cultivo da coca na América do Sul em 2012. No total, 133 mil hectares foram plantados, 13% menos do que em 2011. O Peru se consolidou como líder, com 45% do total, seguido por Colômbia e Bolívia, com 36% e 19%, respectivamente.
Na Bolívia, o maior fornecedor brasileiro, a queda no cultivo foi de 7% – e 11 mil hectares de coca foram erradicados. Em 2012, a Colômbia erradicou 30 mil hectares, 25% do total. A área total de plantação chegou a 48 mil hectares, o menor nível registrado desde 1995. "O fornecimento da cocaína sul-americana no mercado global parece se estabilizar ou mesmo cair em comparação a 2007", indica o informe.
Maconha. Se a cocaína cai, o confisco de "grandes quantidades de maconha" na América do Sul "sugere um possível aumento na produção de maconha da região nos últimos anos", segundo a ONU. A apreensão de maconha teve uma forte queda no Brasil entre 2011 e 2012, de 174 toneladas para apenas 11,2 toneladas. Além disso, 21,7 hectares de cultivo foram erradicados no ano.
Segundo a ONU, a maconha continua sendo a droga mais consumida na América do Sul, por cerca de 14,9 milhões de pessoas. O número é 4,5 vezes o total dos usuários de cocaína. Uma vez mais o Brasil é destaque. "A prevalência do abuso de maconha aumentou significativamente na região nos últimos anos, em especial no Brasil."
A entidade ligada à ONU deixou clara sua preocupação diante de leis que regularizam o consumo. "O Conselho nota com preocupação a baixa percepção de risco diante do consumo da maconha entre a população jovem em alguns países sul-americanos", indica, apontando para estudos que mostram que 60% dos jovens no Uruguai consideram o risco do uso baixo.
05 de março de 2014
Jamil Chade - O Estado de S. Paulo
 

AO INTEGRAR TRIBUTO A CHÁVEZ, GOVERNO DILMA SE SUJA DE SANGUE

 

Há um ano, morria Chávez; a Venezuela está nas ruas; cresce solidariedade internacional à luta por democracia; Dilma manda “Top Top Garcia” se sujar de sangue na festa do chavismo


Marcha Venezuela
 
Há exatamente um ano, no dia 5 de março de 2013, morria Hugo Chávez, o homem que só ascendeu ao poder, em 1999, em razão de uma grave crise política na Venezuela. Ele permaneceu no poder por 14 anos, boa parte do tempo como ditador, e criou um modelo de governo que conduziu o país ao colapso.
 
Nicolás Maduro, o psicopata que sucedeu o coronel liberticida, tentará nesta quarta-feira, mais uma vez, instituir o culto à memória do tirano. As milícias armadas do chavismo foram convocadas para grandes manifestações públicas. O risco de confronto é grande.
 
Nesta terça, milhares de venezuelanos (fotos) voltaram às ruas para protestar contra o governo. Os motivos vão se multiplicando: crise econômica, autoritarismo, violência, pedido para que se apurem as responsabilidades pelos 18 mortos nos protestos etc. Para o desespero de Maduro, a luta da população venezuelana começa a despertar a solidariedade internacional.
 
Marcha Venezuela três
 
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou uma resolução em que “deplora os atos do governo que constituem uma afronta à vigência da lei, a indesculpável violência perpetrada contra os líderes da oposição e contra os manifestantes e os crescentes esforços para usar politicamente leis criminais para intimidar a oposição política do país”.
 
Também a Câmara do Chile teve uma atitude decente. Aprovou uma resolução, que deve ser examinada nesta quarta pelo Senado, que insta o presidente do país, Sebastián Piñera, a convocar o embaixador chileno em Caracas para expressar sua repulsa aos atos de violência.
 
Ex-presidentes de países latino-americanos cobraram o diálogo com a oposição em nome dos princípios da Carta Democrática Interamericana. Assinam a nota Oscar Arias Sánchez, da Costa Rica, também Prêmio Nobel da Paz; Ricardo Lagos, do Chile; Alejandro Toledo, do Peru, e Fernando Henrique Cardoso, do Brasil.
 
O governo Dilma, no entanto, este impávido colosso, segue mudo. Na verdade, pior do que isso. Marco Aurélio “Top Top”  Garcia, assessor da presidente para assuntos internacionais, deve estar presente hoje às festas oficiais em homenagem a Chávez. Não há como dizer de outra maneira: ao fazê-lo, o governo Dilma suja as mãos no sangue dos opositores venezuelanos.
 
Marcha Venezuela dois
 
 05 de março de 2014
Reinaldo Azevedo - Veja

LÍDER DO PMDB ATACA RUI FALCÃO E DEFENDE FIM DA ALIANÇA COM O PT

 


        
                                                                                                          Folha Poder
Líder do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ) defendeu nesta terça-feira (4) o rompimento da aliança nacional do partido com o PT. Com críticas ao presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, Cunha disse que o PMDB "não é respeitado pelo PT" – por isso os peemedebistas devem repensar a união com o principal aliado para as eleições de outubro.

"A cada dia que passo me convenço mais que temos de repensar está aliança, porque não somos respeitados pelo PT",
afirmou em seu perfil no Twitter.

Em entrevista à Folha, o peemedebista reiterou as críticas e a defesa do fim da aliança ao afirmar que Falcão desrespeitou o PMDB ao fazer críticas a lideranças da sigla.

"Não preciso xingá-lo como fizeram outras lideranças do PMDB porque não sou igual a ele. Mas por onde passa o Rui Falcão, mais difícil fica a aliança", afirmou.

Cunha reagiu a supostas declarações do presidente do PT que, durante sua passagem no Sambódromo no último domingo, teria afirmado que o grupo liderado pelo deputado peemedebista está "insatisfeito" porque não foi contemplado na reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff.

O deputado disse que a bancada do PMDB da Câmara, como decidiu coletivamente, não vai indicar nenhum nome na reforma ministerial mesmo que o governo decida contemplá-la com uma pasta no primeiro escalão. "A bancada do PMDB na Câmara já decidiu que não indicará qualquer nome para substituir ministros. Pode ficar tudo para o Rui Falcão", alfinetou.

Cunha também disse que Falcão age de "má fé" ao propagar versão de que a ala ligada ao deputado esteja negociando a liberação de emendas parlamentares para destrancar a pauta de votações da Câmara. "Não me compare com o que o partido dele fazia no RJ, doido atrás de boquinhas", disse o peemedebista. O presidente do PT não foi encontrado para comentar as declarações de Cunha.


Liderada por Cunha, a bancada do PMDB da Câmara decidiu adotar postura "independente" nas votações no Congresso desde que Dilma manifestou a intenção de retirar do grupo uma pasta na reforma ministerial. Os deputados decidiram não indicar nenhum nome à presidente e articulam a formação de um "blocão" com partidos insatisfeitos com o PT.


O grupo, capitaneado pelo PMDB, somaria mais de 250 dos 513 deputados – reunindo congressistas do PP, PR, PTB, PDT, Pros, PSC e o oposicionista Solidariedade.

Os governistas atacaram a falta de interlocução com o governo, o rompimento de acordos para o pagamento das chamadas emendas parlamentares, a interferência do Planalto na pauta da Casa, além de privilégios ao PT e tratamento diferenciado para aliados no Senado –dentro do próprio PMDB.


A presidente Dilma Rousseff deve indicar o senador Vital do Rego (PMDB-PB) para o Ministério do Turismo, gesto que agrada à bancada do partido no Senado. Em contrapartida, não pretende manter sob o comando do PMDB da Câmara duas pastas que hoje são ocupadas por indicados da bancada: Turismo e Agricultura.

Paralelamente, PT e PMDB enfrentam problemas no Rio de Janeiro depois que os petistas confirmaram o lançamento da candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao governo do Estado.

O PMDB vai lançar o vice-governador Luiz Fernando Pezão, que não tem o apoio dos petistas.

Em retaliação à candidatura de Lindbergh, parte do PMDB fluminense ameaça apoiar o presidenciável Aécio Neves(PSDB) – provável adversário da presidente Dilma Rousseff. Falcão acompanhou o desfile no Sambódromo, no domingo, no camarote do governador Sérgio Cabral (PMDB). No Sambódromo, Pezão voltou a prometer apoio à reeleição de Dilma Rousseff (PT).
05 de março de 2014
in blog resistência democrática 

O SILÊNCIO DOS VENCEDORES E O ALARIDO DOS VENCIDOS

Às vésperas dos 50 anos, meio século, e os acontecimentos político-militares de 1964 ainda se fazem presentes na vida nacional. 
 
Embora realmente tenha terminado no ano de 1985, a Contra Revolução de 1964 ou a Revolução Democrática Brasileira ainda frequenta a vida e a mídia nacional e sempre nos dias que antecedem seu aniversário as pautas e suas matérias recrudescem num crescente de importância levadas pela mídia em todos os seus canais de difusão. 
 
Não custa lembrar, mas a Contra Revolução nasceu de um grande movimento popular quando mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas das cidades de São Paulo e do Rio Janeiro para pedir ao Exército Brasileiro que impedisse a implantação de um regime totalitário comunista no Brasil. Infelizmente os mesmos indivíduos que queriam implantar essa doutrina no País são os que hoje ocupam o poder no País.
 
E foi esse grupo que enfrentou a democracia legalmente constituída e suas Leis, travando uma luta com táticas de guerrilhas nas cidades e no campo, apoiado pelo ditador Fidel Castro. Esse grupo matou, assassinou, cometeu atentados, sequestrou, roubou e, hoje, passados 50 anos, não usam mais armas, usam o poder conquistado pelo acesso livre do voto.
 
A esquerda comunista consolidou com o tempo a sua versão de que os militantes da luta armada combateram uma ditadura militar em defesa da liberdade e da democracia e que os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heroicas ações.
Não obstante estarem encastelados no poder criaram Comissões (parciais de suas) Verdades, que nada apuram a não ser somente um dos lados da Historia e, mesmo assim, só o que lhe convém.
 
Promovem novos exames ditos técnicos, contestando os laudos existentes, cadáveres são exumados na esperança do surgimento ou na plena convicção de que a invenção de novos dados possibilitem mais e mais acusações infundadas, reabrem processos na busca de supostos culpados, quartéis são inspecionados na desenfreada e tresloucada busca de provas. A prescrição penal simplesmente e a lei inexistem para eles.
 
Vejo um o revisionismo unilateral, pois outros atos de igual teor e até mais graves, perpetrados por eles mesmos no passado, como assaltantes, ladrões de bancos e principalmente terroristas, deixam de ser apurados por não favorecerem aos interessados em ver um Brasil cada vez mais socialista e comunizado. O silencio continua, mas não passam despercebidas essas atitudes. É muito fácil reescrever a História (como dizia Orwell: basta dominar o passado...).
 
O segmento político vencido e derrotado fruto de um movimento socialista atuante e presente, continua adotando e se comportando de forma vil e característica no qual os vencedores ou nós os militares de uma maneira geral, ainda somos o inimigo a ser batido. Ficamos em silencio, retraímos por pressão mas nunca estaremos desatentos ao que acontece a nossa volta.
 
Somos coesos, pragmáticos no que se refere a “ORDEM E PROGRESSO” e não mudaremos a forma de pensar ou agir que troca ideias e que quer o melhor para nosso País e para o seu povo. Eles, a esquerda festiva, ainda confundem silêncio com ignorância; calma e discrição com aceitação; e mão amiga com fraqueza.
 
De que adiantou a Lei da ANISTIA, aquela dita de ampla, geral e irrestrita promulgada em 28 de Agosto de 1979:
 
É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexos com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares”.
É triste mas é a realidade pois ao que parece de nada valeu.
 
A anistia não tem sido a meu ver um meio histórico para a reconciliação. A lei é clara e é descaradamente ignorada e desrespeitada! É triste, mas é a realidade.
 
Eu permaneço atento e fiel ao meu compromisso, não em silencio: ”Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia".
 
05 de março de 2014
Norton Luiz da Silva Costa é Coronel de Infantaria, inativo.

NUNCA, ALGUÉM NESTE PAÍS, MENTIU TANTO QUANTO ELE

HONORÁVEIS BANDIDOS



 
Aparelharam a justiça, nivelaram por baixo, colocaram gente sem talento e sem comprometimento com a nação brasileira.
Alguns desses ministros nem para síndico de prédio serviriam, mas como são amigos do rei, acabaram na mais alta instância da justiça Tupiniquim. Claro, com fidelidade canina e servilismo sem precedentes.

Enquanto o Brasil não fizer uma mudança radical em suas instituições veremos aberrações inimagináveis acontecerem.
Um presidente da república jamais deveria ter o poder de dar um emprego vitalício para um ministro do STF, isso pode até ser legal, mas provou se de uma imoralidade nuncaantesvistanahistóriadestepaís.

Depois chamam o Maluf e o Sarney de bandidos?

No Brasil tem quadrilhas muito mais perigosas e danosas à democracia e o povão nem percebe.

Chamar qualquer um desses traíras de Vossa Excelência ou de guardiões da constituição é escarrar na cara da população.

O que mais incomodou no desabafo de Joaquim Barbosa após servirem a pizza de marmelada do mensalão não foi bem a indignação do Ministro, foi o silêncio covarde de seus pares.

Esses não passam de honoráveis bandidos!!!

E para vc Brasuca sem noção e alienado em tempo integral, faltam 99 dias para a Copa das copas....
Huá huá huá!!!!
 
05 de março de 2014
omascate

UMA CHARGE QUE MOSTRA A VERDADE VENEZUELANA


Uma imagem pode valer mil palavras. Recebi de um leitor uma dessas imagens. É uma charge que ilustra muito bem o que se passa na democracia venezuelana. A tentativa que governos autoritários fazem de manter as aparências é, como diria La Rochefoucauld, a homenagem que o vício presta à virtude. Eles sabem o que é desejável, o que é democracia, aquilo que não valorizam na prática. 

Eis a imagem:

image
Em A Revolta de Atlas, obra-prima de Ayn Rand, há uma cena em que uma autoridade do governo autoritário tenta simular, em evento público, sua tolerância, ao colocar John Galt, o maior ícone da dissidência oposicionista, ao seu lado na mesa, sob a mira de uma arma escondida. Galt, entretanto, revela a farsa toda ao expor a arma de seu algoz, mesmo sabendo das consequências de seu ato corajoso e heroico.
Que os venezuelanos que lutam por liberdade tenham a coragem de um John Galt, pois o mundo precisa ver o simulacro de democracia que existe na Venezuela bolivariana. Quanto mais gente se mostrar disposta a enfrentar a tirania de Maduro, mais seu governo terá de expor sua verdadeira face ditatorial. E isso é fundamental para a perda de legitimidade do governo perante aqueles mais ingênuos ou cegos porque comprados pelas esmolas estatais.
*Rodrigo Constantino
05 de março de 2014

MADURO: USURPADOR, ILEGÍTIMO E TOTALITÁRIO


Sempre atento, Paulo Roberto de Almeida pescou esta matéria na agência Ansa. O tiranete Nicolás Maduro, ao que parece, está com os dias contados. Até um dos mentores de Chávez está contra ele:
 
El mentor político del fallecido presidente Hugo Chávez, Luis Miguilena, llamó a los estudiantes a seguir con las protestas y pidió a la Fuerza Armada Nacional Bolivariana "desconocer cualquier orden" del gobierno de Nicolás Maduro, al que tildó de "totalitario, usurpador e ilegítimo, que atente contra los derechos humanos y la Constitución "Esta es la hora más oscura de la historia" de Venezuela, dijo Miquilena, de 94 años, en una durísima crítica contra el gobierno de Maduro, a un año de la muerte de Chávez, que se cumple mañana.
 
"Ustedes están obligados a defender nuestra soberanía que hoy está amenazada por la injerencia cubana. No se presten a defender un régimen ilegítimo, usurpador y totalitario que está subordinado a Cuba", dijo Miquilena en una entrevista al diario El Nacional.
 
Miquilena, quien se unió en 1994 al proyecto político de Chávez, presidió la Asamblea Nacional Constituyente, encargada de redactar la actual constitución venezolana en 1999, durante el primer gobierno del líder revolucionario.
 
Cuando asumió la presidencia, Chávez se refería a Miquilena como su "mentor", lo nombró su ministro del Interior y le mostraba en público un enorme respeto y admiración.
 
Miquilena fue miembro del Partido Comunista y fundador del Partido Revolucionario del Proletariado, y sufrió cárcel durante la dictadura de Marcos Pérez Jiménez (1952-58). Poco años después de asumir Chávez el poder, se alejó de la revolución bolivariana disconforme con el rumbo del gobierno.
 
"Venezuela hoy es un país prácticamente ocupado por los esbirros de dos criminales del mundo, los hermanos (Raúl y Fidel) Castro en Cuba", denunció.
 
Y agregó: "ellos han introducido en Venezuela a un verdadero ejército de ocupación. Los cubanos manejan los puertos, aeropuertos, las comunicaciones, las cuestiones más esenciales en Venezuela y nosotros estamos en manos de un país extranjero".
 
El político, que llegó a ser dos veces ministro de Interior y Justicia, pidió a los venezolanos "acompañar a su juventud" en las protestas y a los estudiantes "no cesar un momento hasta que cesen las causas que dieron origen" a las manifestaciones que se registran en todo el país.
 
"Los invito a que sigan manteniendo en alto esa bandera de rebeldía juvenil que será invencible y ustedes serán los verdaderos pioneros de los héroes del futuro", afirmó.
Por otro lado fustigó a los dirigentes de la oposición que han atendido el llamado al diálogo formulado por el presidente Nicolás Maduro, para bajar la tensión y construir el camino a la paz
 
"Una oposición que se respete no puede sentarse en estos momentos en la misma mesa en que se sientan los verdugos del pueblo", enfatizó.
 
Miquilena destacó que "este gobierno no puede seguir adelante porque simplemente ha demostrado que no sirve para manejar el país, ha demostrado que su perruna adhesión y su servilismo frente a Cuba que ellos siguen al pie de la letra no ha hecho otra cosa que destruir encima de nuestra economía nuestros valores fundamentales".
"Si le queda alguna vestigio de dignidad él (Maduro) debiera ahorrarle al pueblo de Venezuela más sangre y más sacrificio y permitir que aquí se abriera una apertura democrática para que se eligiera un nuevo gobierno completo", concluyó.
 
(ANSA).
 
05 de março de 2014
in blog do orlando tambosi

DILMA ESCONDE AGENDA COM LULA

Dilma esconde agenda com Lula.
 
 
O Palácio do Planalto publicou, às 17h30min,  uma alteração da agenda da Presidente. O último compromisso havia sido duas horas antes.
 
Não assumiram que Dilma já estava, no momento da publicação, em reunião política com Lula, discutindo, em pleno dia útil, eleições, acordos e reforma ministerial.
É o uso escancarado da máquina pública nas agendas paralelas da presidência de um país em crise.
 
É hora de mudar.
 
05 de março de 2014
in coroneLeaks

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Falta leitura

“Não creio em grandes manifestações, vai haver um clima de festa, de Copa, as pessoas vão estar voltadas para esse evento”.

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, a 100 dias do início da Copa do Mundo, revelando que parou de ler jornais.

Mentiroso confesso

“Não é o ideal, mas nós não temos mobilidade urbana ideal para a nossa população. Pelo contrário, nas regiões metropolitanas de todo o Brasil, de Manaus a Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, nós temos problemas que foram se acumulando e não dá para resolver com a Copa”.

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, finalmente confessando que a turma no poder se limitou a contar mentiras nos últimos sete anos.

Surto de sinceridade

“Haverá dificuldade de acesso, principalmente para aqueles que vêm participar da Copa, não tanto nos jogos, mas nas Fan Fests. Você vem pro clima da cidade. Vai ao Rio, não vai ao Maracanã, vai a Copacabana. Aí é que os problemas vão aparecer”.

Gastão Vieira, ministro do Turismo, ao comentar os preparativos para a Copa a 100 dias do início do Mundial, confessando que, quando aparecerem os problemas de verdade, aí sim o Brasil vai saber o que é um bom pontapé no traseiro.

Napoleão de hospício

“Vamos pensar positivamente. Em 100 dias Napoleão reconquistou a França. Dá para fazer muita coisa”.

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, ao comentar os preparativos para a Copa a 100 dias do início do Mundial, confessando que acha mais fácil o Brasil invadir a França do que atender às exigências da Fifa.

Padrão Fifa

“O legado já está aí para quem quiser ver. Já se pode ver os benefícios da infraestrutura melhorada do futebol”.

Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, ao comentar o legado da Copa do Mundo para o Brasil, ensinando que os brasileiros que sonham com escolas, hospitais e transporte público de primeiro mundo devem consolar-se com estádios novos.

Trem sem trilhos

“O VLT de Cuiabá não será todo entregue, mas chegaram os vagões”.

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, ao comentar os preparativos para a Copa na área de mobilidade urbana, contando que depois do trem fantasma de alta velocidade o governo Dilma acaba de inventar o Veículo Leve sobre Trilhos que não precisa de trilhos.

Alucinação coletiva

“A boa notícia é que as obras estão acontecendo. A previsão é que os aeroportos fiquem prontos, se não na totalidade, pelo menos boa parte”.

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, revelando que consegue enxergar parcialmente os 800 aeroportos que nunca saíram da imaginação de Dilma Rousseff.

Quadrilheiro corrupto

“Dizer que José Genoino é quadrilheiro é desrespeito”.

Rui Falcão, presidente do PT, reafirmando que José Genoino prefere ser chamado de corrupto.

Bobo alegre

“Restabeleceu-se a justiça e a imparcialidade”.

Humberto Costa, líder do PT no Senado, sobre a decisão do STF de absolver oito mensaleiros do crime de formação de quadrilha, eufórico com a descoberta de que, segundo a nova composição do Supremo, os quadrilheiros do mensalão são apenas corruptos.

Pecado mortal

“No Supremo são onze seres humanos acima de todos. Depois, só Deus”.

Vicentinho, líder do PT na Câmara, sobre a decisão do STF de absolver oito mensaleiros do crime de formação de quadrilha, cometendo a suprema heresia de colocar Lula, a única divindade da seita, abaixo de Deus.

05 de março de 2014
in Augusto Nunes

TODOS DISPUTAM A SUA COTA DE CHORUME NA GREVE DOS GARIS DO RIO

Ou: Olhem lá a extrema-esquerda metida no lixo!

Quem diria, hein? A extrema-esquerda com o nariz enfiado no lixo que se acumula nas ruas do Rio! À sua maneira, está no lugar certo. Então ficamos assim: recolher o lixo e lhe dar a devida destinação é mesmo coisa “de direita”; deixar que se acumule nas praças e passeio público em nome da libertação da classe operária — afinal, “a classe dos garis é internacional” — compõe a estratégia planetária da esquerda…
 
É evidente, a esta altura, que a greve está sendo manipulada — mais uma vez! — por uma minoria de extrema esquerda e por oportunistas. Hoje, no Rio, nem o lixo é neutro: todos disputam um pouco do chorume: Marcelo Freixo, Lindbergh Farias, Garotinho, cada um de olho na sua estratégia. Como já ficou evidente, o sindicato dos garis havia aceitado o acordo feito com a Prefeitura, mas aí entraram os militantes profissionais, e tudo, literalmente, azedou. Pior para a população do Rio.
 
E vai continuar azedando enquanto os repórteres, em momentos em que o poder público está sendo chantageado, enfiarem o microfone ou o gravador na cara da autoridade — a exemplo do que se fez com o prefeito Eduardo Paes — para perguntar sobre o lixo. “Mas não cabe a ele dar uma resposta?” É, cabe, sim! Mas cabe à imprensa informar o que está em curso e quem faz o quê na guerra do lixo.
 
Vejam lá quem apareceu para disputar a sua cota de chorume: o tal DDH (Defesa dos Direitos Humanos), aquela ONG que é comandada por um subordinado de Marcelo Freixo, que fala como Marcelo Freixo, que pensa como Marcelo Freixo, que age como Marcelo Freixo, mas que, claro!, não é ligada a Marcelo Freixo, o preferido do “liberal” Caetano Veloso (ele ainda é cantor?)…
 
Mais uma vez, a população do Rio, e isso pode acontecer em qualquer cidade, é refém de meia-dúzia de lunáticos, que têm as contas pagas sabe-se lá por quem (se formos investigar a fundo, podem crer, é dinheiro público), que usam a desordem pública a serviço de sua causa. Quanto à questão em si, defendo para garis ou para juízes o de sempre: sou contra greve de servidores ou de prestadores de serviços essenciais. Se e quando, dentro da lei, puderem ser demitidos, que sejam.
 
“Não tem pena dos garis, assim como não tinha dos professores?” Tenho é respeito por aqueles que dependem do trabalho dessa gente — garis, professores ou juízes — e que não lhes impuseram essa ou aquela atividades.
 
05 de março de 2014
Reinaldo Azevedo

GOVERNO BRASILEIRO, SOB O DOMÍNIO DE LULA E SEUS SEQUAZES, MANTÉM A DIABÓLICA ALIANÇA ENTRE CUBA E VENEZUELA


 
Enrique Krause, um dos mais importantes intelectuais do México, escreveu um artigo perfeito no diário espanhol El País, sobre a revolta que explodiu na Venezuela contra o regime comunista do tiranete Nicolás Maduro, iniciada pelo movimento dos estudantes. 
 
Krause vai diretamente ao ponto ao mostrar que, para a vergonha dos brasileiros democratas que repudiam a tirania comunista, é o Brasil, sob o domínio do governo comunista do PT, a peça chave para manter intacta a aliança entre Cuba e Venezuela. Enrique Krause não usa meias palavras e afirma que a postura do Brasil é tão paradigmática como cínica!
 
O título original do artigo é A solidão dos Estudantes Venezuelanos”, pois , com razão, Krause demonstra que os estudantes foram abandonados à própria sorte justamente pela América Latina, ou seja seus Governos, suas instituições, seus Congressos, seus intelectuais e até seus estudantes, o que revela uma ingratidão com a Venezuela, país que em grande medida a libertou, há 200 anos, hoje só, luta por sua liberdade.
 
Leiam e compartilhem nas redes sociais porque este artigo diz tudo o que está acontecendo na Venezuela, no Brasil e em praticamente toda a América Latina, continente subjugado pela tirania comunista articulada pelo Foro de São Paulo, a organização transnacional fundada por Lula e Fidel Castro e dirigida pelo PT.
 
 
A solidão dos estudantes venezuelanos

A maioria dos estudantes da Venezuela não tem lembrança de outro regime que não seja o chavista, e não querem envelhecer com ele. Suas democráticas vozes são ouvidas de ponta a ponta na Venezuela. Marcham arriscando a vida.
 
Em 2007, saíram às ruas para protestar contra o confisco da RCTV, a mais antiga estação de televisão independente no país.
No final daquele ano, foram a principal força de oposição ao projeto chavista de confederar Cuba com a Venezuela. E conseguiram impedi-lo, ao menos em seu aspecto formal. Seus irmãos mais novos já decidiram receber o bastão.
 
Há na Venezuela 2,4 milhões de estudantes de nível médio e 400.000 do ensino superior. Embora os estudantes ativos em todo o país somem várias dezenas de milhares, a maioria simpatiza com o movimento opositor. Prova disso é que, há anos e até agora, a principal universidade pública – a Universidade Central da Venezuela – elege sistematicamente líderes opositores ao chavismo.
 
Eles não procuram reverter o atendimento social aos pobres. Criticam a inépcia econômica do regime e, sobretudo, a ocultação da gigantesca corrupção, que em algum momento virá à tona.
Sabem que Hugo Chávez monopolizou um a um todos os poderes (Legislativo, Judiciário, Fiscalizador e Eleitoral) e mascarou, com o véu de seu discurso, o dispêndio sem precedentes de mais de 800 bilhões de dólares que durante seus mandatos entraram nas arcas da empresa estatal de petróleo PDVSA.
 
Eles sabem que os níveis de inflação na Venezuela são os mais altos do continente e que a dívida pública se tornou tão intratável que há uma carestia crônica de mantimentos básicos, eletricidade, remédios, cimento e outros insumos primários (como resultado das maciças expropriações das empresas privadas e da queda brutal do investimento). E sabem muito bem que a criminalidade em seu país é também a mais alta do continente.
 
Os jovens levam em conta esses problemas, mas sua maior indignação é pelo sufocamento sistemático e crescente da liberdade de expressão, que impede que as pessoas tomem consciência e pesem por si mesmas as realidades do país.
Chávez alardeava seus feitos (alguns reais, a maioria imaginários) a toda hora e em especial no seu interminável programa dominical Aló Presidente, mas seu sucessor Nicolás Maduro (primitivo, propenso a disparates e fantasias) recorreu à repressão direta das vozes dissidentes.
A ideia é fazer com que possua a verdade única, a verdade oficial. Já desde 2012 o Governo chavista absorveu a Globovisión, a última rede independente de televisão aberta no país.
 
Também desfalece a rádio independente. E a venda de papel-jornal foi a tal ponto limitada que a imprensa escrita tem os dias contados. A Venezuela, eis a dramática verdade, se encaminha para uma ditadura e, em vários sentidos, já é.
 
Os estudantes venezuelanos contam com o apoio de seus pais e professores e de pelo menos metade da população que em 2013 votou contra Maduro (e que, se não sai às ruas, é por uma natural precaução frente aos delatores nos bairros). Mas, no âmbito latino-americano, os jovens estão quase sós.
 
É surpreendente a quantidade de usuários do Twitter (além do mais, jovens) que assumem na América Latina o libreto do Governo venezuelano e atribuem “os distúrbios” às forças “fascistas”, “reacionárias”, e “de direita” que, aliadas com o “Império”, em um obscuro “complô”, tramam um “golpe de Estado” para “derrubar o Governo”.
Diante da avalanche de vídeos no YouTube que circulam mostrando o assassinato a sangue frio de estudantes por unidades móveis das tropas formadas na época de Chávez (como La Piedrita e Tupamaros), muitos usuários comentam que as imagens estão “manipuladas”.
Paradoxalmente, Maduro condenou o uso do Twitter (“essas máquinas imbecis”, como definiu essa rede) e se declarou vítima de uma “guerra cibernética”.
 
No México, a imprensa de esquerda – com grande ascendência sobre os jovens – apoia Maduro sem restrições. Nesses setores, Leopoldo López aparece como o instigador da insurreição, e não como o que é: um líder desarmado e agora submetido a um julgamento ilegal sobre acusações falsas e fabricadas.
 
O poder da ideologia na Venezuela é explicável: em milhões de pessoas perdura o convencimento de que a obra social do Chávez foi tangível e de que, se ele não fez mais pelos humildes, foi porque a morte atravessou seu caminho. Outro fator é a dependência direta de milhões de venezuelanos do erário, consequência do progressivo enfraquecimento da atividade empresarial e do investimento privado. As simpatias dos países dependentes do petróleo venezuelano têm a mesma raiz.
O clientelismo tem interesses criados em acreditar no chavismo. Mas como explicar a popularidade da ideologia chavista ou de suas variantes em países que não pertencem à sua órbita?
 
Embora a Revolução Cubana tenha perdido sua aura mítica, a democracia representativa e o liberalismo não puderam se arraigar de maneira definitiva na cultura política da América Latina. Por isso, a chantagem ideológica de Cuba e da Venezuela ainda funciona: ninguém quer parecer “de direita” em um continente apaixonado pela Revolução, onde os ídolos políticos não foram democratas como Rómulo Betancourt, e sim redentores como Eva Perón, Che Guevara, Fidel Castro e Hugo Chávez.
Octavio Paz apontou a razão desse anacronismo: depois da queda do Muro de Berlim, amplos setores da esquerda latino-americana se negaram a praticar a crítica do totalitarismo cubano. E, se não o fizeram com Cuba, menos o fazem com essa versão derivada que é a Revolução Bolivariana.
 
Devido a essa falta de autocrítica, hoje no México vivemos um paradoxo. O movimento de 1968 foi uma façanha dos estudantes e das correntes políticas e intelectuais de esquerda. Os estudantes foram massacrados pelo Governo de Díaz Ordaz, e grandes líderes de esquerda foram encarcerados.
Hoje, não poucos herdeiros dessa esquerda defendem as ações repressoras do Governo venezuelano, que são equiparáveis às de Díaz Ordaz. Hoje, muitos herdeiros dessa esquerda viraram as costas à democracia.
 
O apoio ao chavismo é, no fundo, uma decorrência do prestígio minguado, mas estranhamente vivo, da Revolução Cubana. Estar contra ela é estar com “o Império”. Que Cuba continue sendo uma meca da ideologia latino-americana é algo que foi comprovado quando, na recente Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizadas nos dias 28 e 29 de janeiro último em Havana, praticamente nenhum presidente faltou. E
Fidel foi proclamado “guia político e moral da América”. Nessa cúpula, aliás, todos os participantes (incluída Cuba) assinaram o compromisso de respeitar os direitos humanos. Sua assinatura vale o papel em que está escrita.
 
Mas mais importante que a ideologia são os frios interesses materiais. Nesse sentido, a postura do Brasil é tão paradigmática como cínica: as oportunidades econômicas (turísticas e energéticas, sobretudo) que se abrem em Cuba depois da eventual morte dos irmãos Castro são muito importantes para que se assumam posturas idealistas e se arrisque a estabilidade da ilha.
E essa estabilidade implica manter intacta a aliança entre a Venezuela e Cuba. Só assim se explica que Dilma Rousseff, que em sua juventude foi uma estudante torturada pelos militares, agora apoie um Governo cujas forças policiais reprimem estudantes em emboscadas.
 
Essa lógica é alheia aos estudantes venezuelanos. Eles aquilatam o valor da liberdade porque – diferentemente de seus coetâneos de outros países da região – a veem seriamente ameaçada. Sabem que a democracia prevalece e avança no mundo. Não pensaram em emigrar do país.
Mas a América Latina – seus Governos, suas instituições, seus Congressos, seus intelectuais e até seus estudantes – é ingrata com a Venezuela. O país que em grande medida a libertou, há 200 anos, hoje só luta por sua liberdade.
 
05 de março de 2014
Enrique Krause