"Uma vez superada a turbulência por redução de estímulos pelo Fed [Banco Central dos Estados Unidos], as perspectivas para 2014 são melhores". Frase do nosso Ministro Guido Mantega, ao tentar explicar o baixo crescimento do país em 2013.
Apontar como uma das causas do nosso pífio desempenho, a retirada da interferência na economia americana é, sem dúvida, um posicionamento, no mínimo, bizarro.
Os Estados Unidos constituem a catedral do capitalismo e o funcionamento de seu sistema econômico deve, idealmente, prescindir da intervenção de qualquer instituição oficial.
Esta só deve existir, é óbvio, em caso de crise, como a iniciada em 2008.
Assim, o regime normal é a ausência de incentivos provenientes do governo, que é o que está ocorrendo agora que a convulsão internacional começa a ser superada.
Insinuar que o nosso crescimento seria maior se ainda vigorassem os estímulos, é sofismar e tentar justificar o inescapável fato de que a gestão de nossa economia está manca e necessita urgentemente de uma muleta, evidência que o nosso Ministro insiste em não admitir, por razões políticas.
Teremos que assistir, inertes, à queda de nossa economia por falta de medidas saneadoras urgentes?
Tudo indica que sim.
05 de março de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra, reformado
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra, reformado
Nenhum comentário:
Postar um comentário