"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

ATÉ QUANDO, É O QUE SE PERGUNTA O POVO BRASILEIRO... LULA E AS INVESTIGAÇÕES

O ex-presidente Lula sempre soube se desvincular habilmente dos vários escândalos que atingiram seu governo e o Partido dos Trabalhadores desde 2003. No mensalão, Lula passou do “fui traído” para o “eu não sabia” e, no fim de seu mandato, “o mensalão é uma farsa”. Ainda que a cúpula do partido estivesse envolvida e tivesse sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal, nada parecia capaz de atingir Lula.

Não mais. Já são muitos os indícios levantados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de que Lula teria contribuído e até mesmo participado de atos ilícitos que, em princípio, poderiam levá-lo a responder por crimes de lavagem, tráfico de influência, corrupção passiva e outros delitos previstos no Código Penal. Ele não está só nestas suspeitas; elas atingem pessoas de sua família – dois filhos e a nora.

Alguns fatos estão comprovados e documentados à exaustão. Não se nega, por exemplo, que Lula se locomove pelo mundo a bordo de jatinhos de grandes empreiteiras e recebe fortunas por palestras que profere, geralmente coincidentes com contatos pessoais do ex-presidente com governantes e empresários estrangeiros, potenciais clientes de obras bilionárias de interesse dos patrocinadores de suas viagens. A conferências do ex-presidente renderam-lhe R$ 27 milhões. Referências a episódios desta natureza estão presentes em depoimentos jurados de delatores premiados perante a Operação Lava Jato.

Até aí, nada de flagrantemente irregular. Mas a situação ganha outros contornos quando aparecem vestígios consistentes de movimentações financeiras na Operação Zelotes – aquela que investiga delinquências no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda pródigo em conceder suspeitos perdões e abatimentos de dívidas tributárias, benesses que ajudaram empresas a não ter de recolher bilhões ao fisco. 

A Zelotes ainda investiga a edição da Medida Provisória 471/2010, que prorrogou a isenção de IPI a montadoras e não teria nascido por acaso, mas supostamente por influência de um dos filhos de Lula, Luís Cláudio, cuja empresa de consultoria esportiva recebeu R$ 1,5 milhão por “serviços prestados” ao lobista que atuou para introduzir providenciais emendas à MP, posteriormente convertida em lei. Outro filho de Lula, Fábio Luiz, o “Lulinha”, ex-tratador de animais do zoológico de São Bernardo, aparece em outro caso relatado por Fernando Baiano; o delator ainda acrescentou que o empresário José Carlos Bumlai, fazendeiro amigo de Lula, teria pago a quitação do imóvel de uma nora do ex-presidente. Além disso, a relação entre Lula e a empreiteira Odebrecht é alvo de investigação no Distrito Federal.

Ainda não é tudo: o nome do ex-presidente aparece também em transações bancárias com indícios de irregularidades identificados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), da ordem de R$ 500 milhões. Deste total, R$ 300 milhões foram movimentados em conjunto com outros de seus mais diletos amigos, como o ex-ministro Antonio Palocci, o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel e a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.

As notícias, claro, repercutem intensamente. Haveria sinais inequívocos de que Lula estaria sendo vítima de maquinações políticas alimentadas pela oposição? Da suposta má vontade com que a grande imprensa trata o ex-presidente e seu partido, o PT? De abusos cometidos por policiais insatisfeitos, procuradores vaidosos e juízes à procura de holofotes? É o que dizem tanto Lula quanto o presidente do PT, Rui Falcão, que lançam a carta da “perseguição” e a usam com mais veemência à medida que o cerco se fecha.

De fato, Lula não foi denunciado à Justiça, e nem julgado. Mas a presunção de inocência que se deve conceder nesta situação não autoriza Lula, nem seus defensores, a desmoralizar as instituições que vêm realizando as investigações sobre as atividades do ex-presidente, nem atacar a imprensa que faz seu trabalho com independência. 
O ex-presidente, por mais que acredite estar acima de qualquer lei ou norma, é um brasileiro como qualquer outro. Se os indícios que há contra ele – e eles existem em abundância – são fortes, que se investigue até o fim.


06 de novembro de 2015
Gazeta do Povo, PR

COM VOCÊS, EDUARDO CUNHA E SUA ESPERANÇA DE SALVAÇÃO

Se não tiver mudado de opinião ontem à noite, Eduardo Cunha convocará, hoje, a imprensa para apresentar sua defesa no processo aberto no Conselho de Ética da Câmara para cassar-lhe o mandato por quebra de decoro.

Eduardo é acusado de ter mentido aos seus pares ao negar em depoimento na CPI da Petrobras que tivesse contas bancárias no exterior. A Justiça Suíça mandou à brasileira farta documentação sobre quatro contas que Eduardo tinha por lá.

Ele negará que teve. Dirá que apenas foi beneficiário de contas abertas por um fundo onde aplicou o dinheiro ganho nos anos 80 com venda de carnes para países da África. Se as contas não estavam em seu nome, portanto ele não mentiu à CPI. Simples assim.

Quanto aos 1,3 milhão de francos suíços depositados por um delator da Lava Jato em conta na Suíça onde ele aparece como beneficiário: era um dinheiro que o ex-deputado Fernando Diniz, que já morreu, lhe devia. Foi o filho de Diniz que pagou via o delator.

Como o filho de Diniz soube que Eduardo era beneficiário de conta na Suíça? E como conseguiu localizá-la? Bem: alguma explicação deverá ser providenciada. Beneficiário ou dono de conta, Eduardo não declarou que tinha dinheiro lá fora. E era obrigado a fazê-lo.

Mas isso não interessa a Eduardo discutir no momento. Só lhe interessa provar que não mentiu. E ser absolvido pelo Conselho de Ética. Mais adiante, na Justiça, enfrentará a questão tributária, a questão penal ou qualquer outro tipo de questão.

Não importa para Eduardo que sua defesa no Conselho de Ética não seja das mais convincentes. Foi a melhor defesa que ele pode providenciar com a ajuda de uma equipe caríssima de advogados. E ela pode servir de pretexto para sua absolvição.

O Conselho é formado por 21 deputados. Muitos, entre eles, são amigos de Eduardo ou lhe devem favores. Suplicam por um motivo razoável para votar a favor de Eduardo. Se ele lhes oferecer um bom motivo... Pois é.

06 de novembro de 2015
Ricardo Noblat

O PREDOMÍNIO DA IMORALIDADE

Tem razão o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, quando declara que não será “nada anormal” se o Congresso aprovar as contas do governo de Dilma Rousseff. O normal, hoje no País, é o predomínio da imoralidade no trato da coisa pública, razão pela qual será surpreendente se os parlamentares tomarem uma decisão justa, em vez de articularem mais um vergonhoso conchavo, quando forem analisar os crimes cometidos pela presidente na área fiscal – de resto sobejamente comprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Órgão auxiliar do Legislativo, o TCU aprovou por unanimidade, em outubro, um parecer recomendando que o Congresso rejeitasse as contas de Dilma. Os ministros daquele tribunal consideraram que o balanço apresentado pelo governo, relativo ao ano passado, continha manobras fiscais que violavam a Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na ocasião, o TCU deixou claro que os procedimentos do governo para maquiar suas contas “afrontam de forma significativa” vários itens daquela legislação. O relatório, de mais de 1.400 páginas, não deixa dúvidas sobre os delitos de Dilma – que, em países respeitadores da lei, seriam mais que suficientes para embasar um processo de impeachment.

Não bastassem as evidências recolhidas pelos técnicos do TCU, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entregou à Comissão Mista de Orçamento do Congresso a confissão de que o rombo causado pelas “pedaladas fiscais” chega a inacreditáveis R$ 57 bilhões, fazendo saltar o déficit primário do governo para quase R$ 120 bilhões, ou 2,08% do PIB. Se isso não é irresponsabilidade fiscal, devidamente prevista como crime na legislação, então nada mais é.

Mas o Brasil “normal”, conforme querem os petistas e seus sócios na campanha de conquista do Estado, é aquele em que se faz a equivalência moral de situações incomparáveis, com o objetivo de causar confusão e, assim, tentar livrar a cara dos culpados pelo arrombamento das contas públicas. Para se defender, Dilma diz que o governo de Fernando Henrique Cardoso também “pedalou”, isto é, também atrasou repasses do Tesouro aos bancos públicos; logo, se todos cometeram o tal crime, hoje e no passado, crime não há.

É com esse argumento malandro que os petistas pretendem induzir o Congresso a ignorar o TCU e aprovar as contas de Dilma, sugerindo que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi mal aplicada pelo tribunal. “Todo julgamento é uma interpretação”, disse Jaques Wagner. “Você tem, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, uma interpretação que foi dada pelo TCU. Nós vamos debater aqui no Congresso, à luz da mesma Lei de Responsabilidade Fiscal, e vamos dar outra interpretação.” Por “outra interpretação” se entenda concluir que o governo é inocente porque teria repetido prática de seus antecessores.

No entanto, o que o TCU demonstrou, acima de qualquer dúvida razoável, é que os crimes cometidos pelo governo petista, tanto em volume de dinheiro quanto em extensão de tempo, não têm paralelo na história do País.

O objetivo das pedaladas, já está claro, era esconder a terrível situação financeira causada pelo populismo desatinado do lulopetismo. A conta desse truque contábil finalmente chegou – mas o governo, como se estivesse a negociar a compra de um fogão numa loja popular, quer parcelar a dívida em 60 suaves prestações.

A aposta do governo petista, contudo, passa muito longe do tal debate legalista sugerido por Wagner. No Congresso, qualquer decisão que venha a ignorar o parecer do TCU, plenamente embasado em fatos irrefutáveis, não será uma decisão técnica, e sim política. E a política está de tal modo abastardada, reflexo de um governo licencioso e de um Congresso dominado por desqualificados do baixo clero, que talvez seja fácil para Dilma cabalar votos para aprovar suas criminosas cambaias.

Será um desfecho ignominioso, mas muito característico do momento em que vivemos.



06 de novembro de 2015
Estadão

O PREDOMÍNIO DA IMORALIDADE

Tem razão o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, quando declara que não será “nada anormal” se o Congresso aprovar as contas do governo de Dilma Rousseff. O normal, hoje no País, é o predomínio da imoralidade no trato da coisa pública, razão pela qual será surpreendente se os parlamentares tomarem uma decisão justa, em vez de articularem mais um vergonhoso conchavo, quando forem analisar os crimes cometidos pela presidente na área fiscal – de resto sobejamente comprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Órgão auxiliar do Legislativo, o TCU aprovou por unanimidade, em outubro, um parecer recomendando que o Congresso rejeitasse as contas de Dilma. Os ministros daquele tribunal consideraram que o balanço apresentado pelo governo, relativo ao ano passado, continha manobras fiscais que violavam a Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na ocasião, o TCU deixou claro que os procedimentos do governo para maquiar suas contas “afrontam de forma significativa” vários itens daquela legislação. O relatório, de mais de 1.400 páginas, não deixa dúvidas sobre os delitos de Dilma – que, em países respeitadores da lei, seriam mais que suficientes para embasar um processo de impeachment.

Não bastassem as evidências recolhidas pelos técnicos do TCU, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entregou à Comissão Mista de Orçamento do Congresso a confissão de que o rombo causado pelas “pedaladas fiscais” chega a inacreditáveis R$ 57 bilhões, fazendo saltar o déficit primário do governo para quase R$ 120 bilhões, ou 2,08% do PIB. Se isso não é irresponsabilidade fiscal, devidamente prevista como crime na legislação, então nada mais é.

Mas o Brasil “normal”, conforme querem os petistas e seus sócios na campanha de conquista do Estado, é aquele em que se faz a equivalência moral de situações incomparáveis, com o objetivo de causar confusão e, assim, tentar livrar a cara dos culpados pelo arrombamento das contas públicas. Para se defender, Dilma diz que o governo de Fernando Henrique Cardoso também “pedalou”, isto é, também atrasou repasses do Tesouro aos bancos públicos; logo, se todos cometeram o tal crime, hoje e no passado, crime não há.

É com esse argumento malandro que os petistas pretendem induzir o Congresso a ignorar o TCU e aprovar as contas de Dilma, sugerindo que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi mal aplicada pelo tribunal. “Todo julgamento é uma interpretação”, disse Jaques Wagner. “Você tem, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, uma interpretação que foi dada pelo TCU. Nós vamos debater aqui no Congresso, à luz da mesma Lei de Responsabilidade Fiscal, e vamos dar outra interpretação.” Por “outra interpretação” se entenda concluir que o governo é inocente porque teria repetido prática de seus antecessores.

No entanto, o que o TCU demonstrou, acima de qualquer dúvida razoável, é que os crimes cometidos pelo governo petista, tanto em volume de dinheiro quanto em extensão de tempo, não têm paralelo na história do País.

O objetivo das pedaladas, já está claro, era esconder a terrível situação financeira causada pelo populismo desatinado do lulopetismo. A conta desse truque contábil finalmente chegou – mas o governo, como se estivesse a negociar a compra de um fogão numa loja popular, quer parcelar a dívida em 60 suaves prestações.

A aposta do governo petista, contudo, passa muito longe do tal debate legalista sugerido por Wagner. No Congresso, qualquer decisão que venha a ignorar o parecer do TCU, plenamente embasado em fatos irrefutáveis, não será uma decisão técnica, e sim política. E a política está de tal modo abastardada, reflexo de um governo licencioso e de um Congresso dominado por desqualificados do baixo clero, que talvez seja fácil para Dilma cabalar votos para aprovar suas criminosas cambaias.

Será um desfecho ignominioso, mas muito característico do momento em que vivemos.



06 de novembro de 2015
Estadão

MEMÓRIAS DA SALVAÇÃO

Outro dia, escrevendo sobre o comício das diretas em Caruaru, lembrei-me de que no palanque estavam Collor e Lula, entre outros. Naquele momento não poderia prever ainda a importância que ambos teriam no processo democrático. Collor, o caçador de marajás, preparava sua cruzada contra a corrupção. Lula, encarnando a esquerda, falava de ética na política. Ambos os projetos, destinados a combater a corrupção, foram tragados por ela, sem distinção ideológica.

Leio no New York Times que dois políticos do Estado de Albany serão julgados nos próximos dias: Dean Skelos e Sheldon Silver. As acusações soam familiares: enriquecimento ilícito, propinas mascaradas em doações legais, parentes envolvidos. A matéria diz que a cultura da corrupção em Albany será julgada com os dois políticos. Acredito que sim, mas acho difícil suprimir uma cultura apenas com um veredicto.

Albany ainda tem uma pressão corretiva nacional. No caso brasileiro, não se trata apenas da cultura de um Estado da Federação: é de todo um país.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu administrar a corrupção em seu governo, no sentido de que não evitou os escândalos; mas realizou seus objetivos. Ele próprio, porém, admite um problema sistêmico, a julgar pela sugestão que fez a Dilma e Lula numa viagem à África do Sul. Argumentando com a rejeição popular ao processo político tradicional, propôs uma urgente mudança.

Hoje, confrontados com todo o material que a Operação Lava Jato e outras investigações revelaram, estamos diante de uma situação singular: corrupção alarmante e grave crise econômica.

Diante da inflação e do desemprego crescente, que afetam todos nós, os políticos responsáveis acham que é preciso conversar, buscar uma saída antes que tudo seja engolfado por uma crise social. No entanto, nenhuma conversa, por mais produtiva que seja, pode deixar de lado que a cultura da corrupção está sendo julgada no Brasil. O veredicto final não resolverá o problema, mas certamente será um passo decisivo, tão importante para completar a democracia brasileira como foi aquele momento na década de 1980, quando lutávamos por eleições presidenciais diretas.

Embora a corrupção fosse tema de Collor em 1988 e de Lula em 2002, a revolução nas comunicações, a presença da internet, o avanço dos órgãos investigativos, a cooperação internacional, tudo isso converge agora para fortalecer a transparência. E enfraquecer os salvadores.

Diante da experiência fracassada de Collor e do PT, talvez fosse oportuno refletir sobre a frase de Cioran: a certeza de que não existe salvação é uma forma de salvação, é mesmo a salvação. As pesquisas, todavia, indicam um ângulo favorável aos salvadores. O PT é naturalmente rejeitado pela maioria, mas os opositores também registram altos índices negativos. Uma terceira força, vinda de fora, teoricamente, poderia derrotar a todos.

Na minha opinião, os políticos estão sendo julgados por todos esses anos de democratização, mas também, e sobretudo, por como se comportam no momento em que escândalos e crise econômica se entrelaçam.

Um exemplo da luta contra a cultura da corrupção se dá em torno de um instrumento legal, a delação premiada. É apenas uma lei que reduz penas se a pessoa disser a verdade e reparar seu crime, no caso, devolvendo o dinheiro.

Dilma combateu a delação premiada com uma emoção de esquerda. Lembrou-se dos que delataram os militantes nos anos de chumbo. Suprimiu um pequeno detalhe: que foram torturados para dizer a verdade.

Lula chamou a delação premiada de mentira premiada. Responde com uma piada nervosa diante de tantas evidências de que os depoimentos são verdadeiros. Ignorou que a Lava Jato, com 33 delações premiadas e três acordos de leniência, devolveu R$ 2,4 bilhões ao País.

Existe nas ruas uma certa hesitação em colaborar com a polícia. As expressõesalcaguete e dedo-duro têm uma conotação negativa. Tiradentes, com a figura parecida com a de Cristo, teve seu Judas em Joaquim Silvério dos Reis. Para quem vê a democracia apenas como uma etapa é fácil confundir a polícia com repressão política; afinal, todas as instituições visam a preservar o sistema.

Com um viés de esquerda, foi possível transitar de uma luta pela ética na política para defesa da cultura da corrupção. Os empresários querem business as usual, as figuras que sobraram do palanque das diretas ainda devem ter conversas necessárias e a própria crise econômica pode ser superada num par de anos. Mas a sociedade, além das aflições da crise econômica, sente-se lesada por um governo quadrilheiro, desapontada com uma oposição hesitante.

A fratura não se fechará enquanto o problema em torno do crime e castigo não for resolvido. Isso pode consolidar os laços da sociedade com as instituições e, quem sabe, capacitá-la a empurrar os políticos para a frente, apesar deles.

Das diretas para cá o clima se degradou. Hoje vemos Lula movimentando fortunas na conta bancária, casa de campo, tríplex, exigindo menu de travesseiro. Ninguém imagina que tudo aquilo daria tanto dinheiro aos salvadores: Collor com seus carros de luxo, Lula faturando milhões com suas aulas magnas e, no fundo, a sirene do camburão.

Collor e o PT são dois momentos do processo. Seu fracasso precisa ser levado em conta na tentativa de recomeçar. Mais do que discursos e promessas e uma certa ingenuidade diante da fraqueza humana, será importante a transparência, apoiada em novas leis e no fortalecimento das instituições que investigam o poder político.

O governo elegeu-se com verba de corrupção, descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, manteve um esquema de rapina na Petrobrás. Enquanto estiver no poder, o relógio do recomeço está desligado. Não adianta tocar para a frente, como se não tivesse acontecido. Nem mantê-lo desligado até 2018. Não se para o tempo. No máximo, é possível ganhar horas com o fuso horário, como o deputado do PT que virou dono de um apartamento em Miami.



06 de novembro de 2015
Fernando Gabeira

TCU PODE RESPONSABILIZAR DILMA PÓR REFINARIAS FANTASMAS

Você viu uma refinaria por aí? 


O TCU quer saber qual é a responsabilidade de Dilma Rousseff e dos conselheiros da Petrobras no projeto de implantação das refinarias Premium I (Maranhão) e Premium II (Ceará), que consumiram R$ 2,8 bilhões e não saíram do papel.


Em acórdão aprovado hoje por unanimidade, o ministro José Múcio propôs verificar se houve "omissão” do conselho no dever de fiscalizar as decisões da diretoria executiva sobre o caso.


Os ministros, segundo O Globo, pediram que a área técnica avalie o “cumprimento do dever de diligência pelos conselheiros, a conduta omissiva diante dos projetos da área de Abastecimento, se o presidente da companhia omitiu informações do projeto aos conselheiros, se houve dissidências nas decisões sobre o tema e a avaliação de documentação da Operação Lava-Jato, que é solicitada ao Ministério Público e à Polícia Federal".


Dilma presidia o Conselho em 2006, quando os projetos foram incluídos pela primeira vez no plano de negócios da companhia. Ela ocupou o cargo até abril de 2010, ano em que a Petrobras decidiu cancelar os projetos.



06 de novembro de 2015
o antagonista

GOVERNO REVOGA SIGILO BANCÁRIO E QUER LEGALIZAR DINHEIRO SUJO




É da maior gravidade a denúncia feita aqui na Tribuna da Internet pelo comentarista Mário Assis Causanilhas, ex-Secretario de Administração do Estado do Rio de Janeiro, revelando a que ponto chegou o autoritarismo do governo de Lula e do PT (digamos assim, pois achar que a sra. Dilma Rousseff ainda nos governa é um bocado de exagero, como se dizia antigamente…).
A criação da chamada fiscalização “E-Financeira” significa que, a partir de dezembro, todos os movimentos dos contribuintes passarão a ser enviados pelos bancos à Receita Federal, automaticamente. Os planos de saúde, empresas de cartões de crédito, seguradoras, cartórios de imóveis e instituições financeiras com as quais o contribuinte se relaciona, como corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, também enviarão à Receita suas informações mensais.
Isso significa que o sigilo bancário não existe mais no Brasil. Embora não estivesse previsto na Constituição Federal, o sigilo está expressamente determinado por uma Lei Complementar, que é a mais importante legislação infraconstitucional do país, mas na prática a LC 105 está revogada por uma prosaica portaria ministerial, o que é totalmente inconstitucional.
Com a criação desta espécie de Big Brother Brasil em termos fiscalizatórios, o governo mostra não apenas ser autoritário e ditatorial, mas também exibe uma absurda contradição. Quebra o sigilo bancário justamente no momento em que está empenhado em aprovar no Congresso uma legislação que facilite o retorno de recursos depositados no exterior por cidadãos brasileiros ou estrangeiros domiciliados no país.
Será uma lei que só beneficiará os criminosos de altíssimo nível, aqueles que jamais são condenados e vivem no melhor dos mundos da impunidade. Quem abriu contas e remeteu dinheiro ilegalmente para o exterior, sem pagar impostos, mas esses recursos foram auferidos licitamente, não precisa desta nova lei. Basta pagar os impostos sonegados e transferir o dinheiro de volta.
Apenas o dinheiro ganho ilicitamente precisa da nova legislação para ser retornado. Mesmo assim, quem se apresentará para fazê-lo, se estará procedendo como se estivesse assinando uma declaração de ter agido criminosamente?  É claro que somente aceitarão isso, se lhes for garantido sigilo absoluto sobre a repatriação (um termo até equivocado, como o jurista Jorge Béja já esclareceu aqui na TI).
Mas quem pode agora garantir essa condição de anonimato aos criminosos de alto coturno, se o sigilo bancário acaba de ser revogado no país?
De repente, descobrimos que vivemos sob um governo corrupto, que tem a si como exemplo e coloca sob suspeita todos os cidadãos. Afinal, que país é esse? – perguntaria o sábio Francelino Pereira, acompanhado de dois Renatos, o Russo e o Duque.
06 de novembro de 2015
Carlos Newton

FERNANDO HOLIDAY, UM DOS DIRIGENTES DO MBL, FALA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS DETONANDO AS FALÁCIAS DO SOCIALISMO




Fernando Holiday, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) que está acampado na frente do Congresso Nacional reivindicando o impeachment da Dilma, falou nesta terça-feira na na Comissão Geral de Políticas Públicas para a Juventude da Câmara dos Deputados.

Além de discursar melhor do que muito parlamentar velho de guerra, Fernando Holiday fala de um país que põe o PT em desespero, segundo anotou com precisão Reinaldo Azevedo. Ao mesmo tempo  faz picadinho do jornalismo bundalelê que repete como papagaio as máximas do deletério pensamento politicamente correto transformando a imprensa em correia de transmissão da engenharia social que tenta apagar os últimos vestígios da liberdade.


Cumpre anotar que Fernando Holiday, como faz ele mesmo faz questão de frisar, é negro, pobre e homossexual. 


Ao final do vídeo, em gravação fora da tribunta, Holiday denuncia que a TV Câmara censurou a sua alocução privando os telespectadores de ver e ouvir o seu discurso ao vivo, fato lamentável e vergonhoso. É a Casa do Povo sob o controle dos esbirros do PT.


Não deixem de ver este vídeo e compartilhe nas redes sociais utilizando as ferramentas de compartilhamento aqui abaixo.



06 de novembro de 2015
in aluizio amorim

AINDA TEMOS JUÍZES HONRADOS.


 


A juíza Célia Regina Ody Bernardes mandou Dilma Rousseff entregar à Zelotes, no prazo máximo de dez dias, em caráter de urgência, "todos os documentos produzidos (estudos, pareceres, notas técnicas etc), inclusive registro de reuniões", sobre as Medidas Provisórias que foram compradas pelo lobista amigo de Lula, “em conluio” com Gilberto Carvalho e Erenice Guerra. 

06 de novembro de 2015
in graça no país das maravilhas
 

FHC E LULA ESTÃO JOGANDO FORA A BIOGRAFIA QUE CONSTRUÍRAM - DIZ CIRO GOMES

Na última terça-feira, Ciro Gomes, presidente da Transnordestina, concedeu uma lúcida entrevista ao programa Espaço Público, da TV Brasil, na qual tratou de diversos temas, especialmente sobre o atual imbróglio político brasileiro.

Com a experiência de quem já foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, deputado federal, ministro da Fazenda no Governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no primeiro Governo Lula, Ciro Gomes defende atualmente a democracia brasileira e, com sua oratória certeira e corajosa, enriquece o debate político do Brasil que anda por demais carente de figuras proeminentes.

A grande maioria dos brasileiros tem toda razão para estar decepcionada com a política, mas não há outro caminho para melhorar o Brasil e tirar o país da situação em que se encontra que não seja pela própria política, pelo exercício firme e moral da boa política.

Na entrevista, Ciro Gomes contou detalhes dos bastidores que impôs o nome de FHC para suceder Itamar Franco na Presidência da República. Tasso Jereissati, político cearense, seria o candidato natural do PSDB, mas articulações levaram ao nome do sociólogo paulista.

Ciro Gomes fez duras críticas ao comportamento de FHC e de Lula, que na sua avaliação não exercem a liderança que deveriam exercer, não se resguardam e ficam opinando sobre questões irrelevantes. Para Ciro Gomes, Lula foi um dos três maiores presidentes que o Brasil já teve. Mas não está sabendo preservar a sua biografia.

Ciro Gomes ainda falou da diferença brutal entre o ex-presidente Collor, que sofreu um processo deimpeachment, e a onda golpista de direita contra a presidente Dilma que assola o país hoje em dia. E deu como exemplo que todas as entidades representativas (OAB, CUT, UNE, entre outras) da sociedade brasileira defendiam na época a saída de Fernando Collor da presidência e que agora nenhuma delas defende a saída da presidente Dilma.

Eduardo Cunha, o atual Presidente da Câmara dos Deputados, representa um câncer para a política nacional, salienta Ciro Gomes. E que os valores movimentados em contas secretas nos bancos suíços, oriundos de suborno da Petrobras, são infinitamente maiores do que os cinco milhões de dólares revelados recentemente pelo Ministério Público da Suíça.

E, enfaticamente, Ciro Gomes alertou: ou Dilma se liberta do PMDB, recuperando o apoio da sociedade brasileira, ou a presidente não resistirá e acabará caindo.

Disse ainda que os altíssimos juros brasileiros arruínam a economia e só beneficiam os banqueiros do país, que ganham dinheiro de forma exorbitante, enquanto o povo perde o emprego e a renda. Não existe no país estímulo ao setor produtivo.

Por fim, Ciro Gomes afirmou que só aceitaria ser candidato pela terceira vez a presidente da República se fosse para realizar o que a sociedade brasileira espera dos seus líderes: reformas estruturais das áreas política, tributária e previdenciária.

Vale a pena conferir.


                            


06 de novembro de 2015
noticias da paulicéia

BOLSONARO SE FILMA PARA EVITAR QUE CQC EDITE ENTREVISTA SOBRE ESCOLA E PRISÃO


ESPERANDO O CHEFÃO

06 DE NOVEMBRO DE 2015

UM HOMEM CHAMADO ZUNGA AGORA NA LAVA JATO

Diretor da Oi prestou assessoria à GameCorp de Lulinha e é investigado por tráfico de influência

O jornal Valor Econômico informou nesta sexta que o diretor da empresa Oi José Zunga Alves de Lima está sendo investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. 


E tem mais. De acordo com a Polícia Federal, Zunga prestou assessoria à empresa GameCorp, de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, e é suspeito de ter praticado tráfico de influência em 2013, no governo federal, para atender a interesses de empreiteiras.

Zunga é ex-dirigente da CUT do Distrito Federal e foi indicado pelo ex-presidente Lula, em 2008, como conselheiro consultivo da Anatel. 


Em 2010, no entanto, ele foi afastado pela Justiça Federal por ocupar um cargo na Oi, conforme VEJA publicou há tempos. Relembre mais esse portento do capitalismo oriundo do sindicalismo petista aqui.

06 de novembro de 2015
Reinaldo Azevedo

ESTUPIDEZ ENDÊMICA


Algumas idéias espalham-se com grande sucesso não apesar de serem estúpidas, mas precisamente porque o são. A estupidez maciça exerce um poder anestésico e paralisante sobre a inteligência humana, detendo o seu movimento natural e fazendo-a girar em falso em torno de alguma crença idiota por anos, décadas ou séculos, incapaz de livrar-se do seu magnetismo perverso ou de pensar o que quer que seja fora do círculo de ferro da idiotice consagrada.
O exemplo mais assombroso é este:
É impossível descobrir ou traçar qualquer conexão lógica entre as liberdades civis e a estatização dos meios de produção. São esquemas não somente heterogêneos, mas antagônicos. Antagônicos lógica e materialmente. Qualquer garoto de ginásio pode compreender isso tão logo lhe expliquem o sentido dos dois conceitos. 
A candura com que tantos homens adultos falam em “socialismo com liberdade” – isto quando não chegam a acreditar que essas duas coisas são a mesma, ou que uma decorre da outra com a naturalidade com que as bananas nascem das bananeiras – é a prova inequívoca de uma deficiência intelectual alarmante, que desde há um século e meio se espalha sem cessar pelas classes cultas, semicultas e incultas com a força avassaladora de uma contaminação viral, sem dar sinais de arrefecer mesmo depois que a experiência histórica comprovou, de maneira universal e repetida, aquilo que poderia ser percebido antecipadamente por mera análise lógica e sem experiência histórica alguma.
A pergunta é simples e brutal: como é possível que a centralização do poder econômico, expandindo-o automaticamente sobre toda a sociedade e investindo-o da força suplementar do aparelho repressivo do Estado, venha a torná-lo menos opressivo e tirânico do que milhares de poderes econômicos parciais e limitados, espalhados como farelo, desprovidos do poder de polícia e em perpétua concorrência uns com os outros?
Ninguém deveria precisar de mais de alguns segundos para atinar com a resposta óbvia: Não, não pode. Nem se pode negar que os próprios clássicos do “socialismo científico” tenham ajudado a tornar essa resposta ainda mais patente, quando declararam alto e bom som que o que se seguiria ao capitalismo não seria uma democracia, de qualquer tipo que fosse, e sim a ditadura do proletariado. O que eles não explicaram jamais, nem nenhum de seus seguidores pediu jamais que o fizessem, foi como essa ditadura, uma vez vitoriosa e consolidada, poderia transmutar-se numa democracia exceto pelo método de liquidar-se a si mesma, dissolvendo o monopólio estatal e distribuindo o poder econômico entre os particulares – outra impossibilidade lógica ilustrada por uma longa e sangrenta experiência histórica que um pouco de inteligência tornaria perfeitamente dispensável.
Em suma, a fé nas virtudes libertárias do socialismo, mesmo quando tênue e matizada, é sinal de uma deficiência cognitiva grave, que se espalha como praga e se arraiga no fundo dos cérebros por virtude da própria estupidez originária que a produz e determina.
Mas, como uma vez aprisionado na idiotice o cérebro humano nada consegue conceber fora dela ou sem referência a ela, o sucesso propagandístico da idéia socialista trouxe consigo uma multidão de cretinices derivadas e secundárias, cujo poder de persuasão não se rende nem mesmo ante a evidência dos fatos mais constantes e repetidos.
Uma delas é a crença, hoje um dogma de evangelho, de que a educação universal obrigatória tem o poder de aplanar as diferenças socioeconômicas. Pois deveria ser lógico e intuitivo que, se a exigência de credenciais escolares se impõe até nas profissões mais simples e modestas, credenciais mais altas e difíceis de obter se espalharão de maneira concomitante e automática entre as profissões mais prestigiosas e rentáveis, deslocando para cima, sem alterá-lo, o quadro inteiro da estratificação social. O sociólogo Randall Collins, no clássico estudo The Credential Society. An Historical Sociology of Education and Stratification (New York, Academic Press, 1979), demonstrou que, exceto por um curto período durante o New Deal, foi exatamente isso o que se passou nos EUA: o reino das credenciais escolares não democratizou nada, apenas instituiu, nos andares mais altos da sociedade, a república das sinecuras milionárias, corrompendo de quebra o zé-povinho ao inocular na sua mente a ambição inalcançável da ociosidade bem remunerada. Mas, assim como toda idéia estúpida tem o condão de paralisar a intuição lógica, mais ainda ela debilita e por fim suprime a capacidade de aprender com a experiência histórica, que não é senão a longa e dolorosa demonstração indutiva daquilo que, para uma inteligência normal, já estava demonstrado antes por mera análise dos conceitos envolvidos.
Pouco importando o seu nível formal de instrução, pessoas contaminadas por essa paralisia endêmica das inteligências naufragam num oceano tão escuro e denso de erros de percepção e raciocínio que terminam incapazes de conhecer a sua própria posição na sociedade e os efeitos mais óbvios das suas próprias ações, mesmo e sobretudo quando receberam treinamento universitário em ciências sociais.
O exemplo mais óbvio é o dos sociólogos, economistas, juristas e cientistas políticos de esquerda, quando alardeiam que as universidades são o “aparato ideológico da burguesia”, construído para perpetuar a hegemonia cultural do capitalismo. Pois proclamam isso nas mesmas universidades estatais que eles próprios dominam sem a menor interferência da burguesia e nas quais toda objeção capitalista ao império do marxismo é punida com boicotes, chacotas e notas baixas, se não com o fim abrupto de uma carreira universitária. É óbvio que essas pessoas, literalmente, não sabem onde estão nem percebem o que fazem. Estão perdidas no espaço e no tempo -- o que não impede que o restante da população continue confiando nelas para que lhe expliquem como a sociedade funciona.

06 de novembro de 2015
Olavo de Carvalho

O PSIQUIATRA EDNEI FREITAS ANALISA A CABEÇA DE LULA

Esse tipo de psicopata é difícil de curar e o paciente não melhora na cadeia

Num comentário publicado no blog Tribuna da Internet, o doutor Ednei Freitas fez um diagnóstico da personalidade de Lula. Segundo o psiquiatra, o ex-presidente é portador de um tipo de transtorno dificilmente curável. Outra má notícia: os portadores da disfunção não saem da cadeia melhor do que entraram. Não perca. (AN)  
Embora não seja uma prática usual um psiquiatra apresentar uma prática diagnóstica de um sujeito que não examinou pessoalmente nem a ele pediu exame, vou apresentar aqui o que penso ser a personalidade de Lula por se tratar de figura pública e que tem afetado os brasileiros por suas vigarices. A antiga denominação do que tem o ex-presidente era Personalidade Psicopática. A classificação diagnóstica mudou. Hoje, na ONU, a CID-10 é chamado de Transtorno da Personalidade Anti-Social. A Associação Psiquiátrica Americana qualifica a DSM-IV-TR de Transtorno da Personalidade Dissocial.
O quadro clínico para esse tipo de psicopata é assim descrito:
“Os pacientes podem mostrar-se altivos e dignos de credibilidade ao entrevistador. Entretanto, sob a aparência (máscara de sanidade) existe tensão, hostilidade, irritabilidade e cólera. Entrevistas provocadoras de estresse, nas quais os pacientes são vigorosamente confrontados com inconsistências em suas histórias, podem ser necessárias para a revelação da patologia. Até mesmo os profissionais mais experientes já foram enganados por tais pacientes”.
Uma investigação diagnóstica completa deve incluir um exame neurológico minucioso, uma vez que esses pacientes costumam exibir eletroencefalogramas anormais e leves sinais neurológicos sugestivos de um dano cerebral mínimo na infância.
Os portadores da disfunção frequentemente apresentam um exterior normal e até mesmo agradável e cativante. Suas histórias, entretanto, revelam muitas áreas de funcionamento vital desordenado. Mentiras, faltas à escola, fugas de casa, furtos, brigas, promiscuidade com amantes e atividades ilegais são experiências típicas que, conforme relatos dos pacientes, começaram durante a infância. As personalidades anti-sociais frequentemente impressionam o clínico do sexo oposto com suas características exuberantes e sedutoras, mas os clínicos do mesmo sexo podem considerá-las manipuladoras e exigentes.
Os indivíduos com personalidade anti-social demonstram uma ausência de ansiedade ou depressão, o que pode aparecer incongruente com suas situações, e suas próprias explicações do comportamento anti-social fazem-no parecer algo impensado. Ameaças de suicídio e preocupações somáticas podem ser comuns. Ainda assim, o conteúdo mental do paciente revela uma completa ausência de delírios e outros sinais de comportamento irracional. De fato, eles frequentemente demonstram um senso de teste de realidade aumentado e impressionam os observadores por terem uma boa inteligência verbal.
Os pacientes com personalidade anti-social são altamente representados pelos chamados “vigaristas”. São exímios manipuladores e frequentemente capazes de convencer outros indivíduos a participar de esquemas que envolvam modos fáceis de obter dinheiro ou de adquirir fama e notoriedade, o que eventualmente pode levar os incautos à ruína financeira, embaraço social ou ambos.
Não falam a verdade e não se pode confiar neles para levar adiante qualquer projeto, ou aderir a qualquer padrão convencional de moralidade. Promiscuidade, abuso do cônjuge, abuso infantil e condução de veículos sob os efeitos do álcool cão eventos comuns. Há ausência de remorso por tais ações, ou seja, estes pacientes parecem desprovidos de consciência.
As perspectivas de tratamento são sombrias, os pacientes são praticamente intratáveis e a ressocialização penitenciária, quando presos, é nula.

06 de outubro de 2015
Augusto Nunes

GREVE NACIONAL DOS CAMINHONEIROS COMEÇARÁ DIA 9



Motoristas de caminhão e transportadores rodoviários de carga em todo o país prometem deflagrar uma greve de grandes proporções a partir da próxima segunda-feira, dia 9.

Segundo o líder do movimento grevista, Ivar Luiz Schmidt, as condições de trabalho da categoria só pioraram desde a última grande paralisação, realizada no início do ano. Questões como a criação de uma tabela referencial do frete, redução do custo do diesel e a renegociação dos financiamentos de veículos ficaram apenas na promessa.

Ivar destaca que este protesto vai além de uma pauta pontual da categoria e incorpora a pauta política pela saída da presidente Dilma Rousseff:

- A nossa reivindicação é a renúncia porque achamos que é uma coisa mais rápida. O impeachment pode se arrastar e acabar em pizza. Precisamos fazer com que nossos políticos saibam que nós estamos de olho neles. E que nós vamos agir. Para males estremos, remédios estremos.

Dia 9, os movimentos sociais que defendem o impeachment de Dilma reforçarão o acampamento que existe diante do Congresso.

O líder da paralisação mobiliza os caminhoneiros através do Facebook, por meio da página do Comando Nacional do Transporte. Grupos de WhatsApp estão sendo formados para ajudar na comunicação dos comitês de greve espalhados pelos estados.


06 de novembro de 2015
in Polibio Braga

NÃO DEIXE A IMPRENSA TE ENGANAR: A AUDITORIA DO PSDB CONDENOU O USO DAS URNAS ELETRÔNICAS


Em um cinismo de corar de vergonha qualquer pessoa de bom senso, boa parte da imprensa está reverberando em suas manchetes que a auditoria realizada pelo PSDB nas urnas eletrônicas custou um milhão de reais e nada de fraudulento encontrou na apuração de votos em 2014. 

Essa é a leitura que interessa ao governo, vencedor pela terceira vez seguida naquele sistema. 
O trabalho tucano, muito pelo contrário, faz um alerta aos brasileiros: as urnas eletrônicas não são confiáveis porque simplesmente não são auditáveis. Havendo ou não fraude, não será possível descobrir.

Urnas Eletrônicas | Foto: José Cruz

Como alternativa, é sugerido que o voto seja impresso em sistema já condenado pelo mesmo STF que andou interferindo no impeachment de Dilma. 
A própria Dilma, aliás, vetou, com desculpas financeiras, iniciativa que visava trabalhar as urnas eletrônicas com impressoras.

Mas é preciso lembrar que há a alternativa de se voltar às antigas urnas que aceitavam voto em cédula. 
Elas nunca deixaram de ser utilizadas, apenas viraram o plano B para falhas técnicas das eletrônicas. 

A apuração é bem mais lenta, mas ao menos torna-se possível uma auditoria do resultado, coisa que os especialistas do ITA e da USP não conseguiram fazer com o sistema que garantiu mais 4 anos de mandato a Dilma.

06 de novembro de 2015
implicante

CATIMBA CONTRA CATIMBA; A NOVA TÁTICA DA OPOSIÇÃO PELO IMPEACHMENT DE DILMA

A receita da impunidade no meio jurídico brasileiro costuma exigir apenas dois passos simples: explorar ao máximo todos os prazos possíveis; com o tempo ganho, buscar nulidades no processo. É basicamente o que Dilma vem fazendo em todos as esferas possíveis para se manter no poder. Somente junto ao TCU, a defesa da presidente conseguiu um semestre inteiro até que suas contas fossem finalmente rejeitadas. Com a chegada da documentação ao Senado, mais quatro meses foram conquistados junto a Renan Calheiros. 
Mas o PT está prestes a provar do próprio veneno.

Dilma Rousseff | Foto: Agência Brasília

A nova estratégia da oposição é, a exemplo do governo, “catimbar” ao máximo as votações de interesse de Dilma. Diz o Painel da Folha, o alvo seria a mudança na meta fiscal de 2015, que já se aproxima de uma correção pra baixo de quase R$ 170 bilhões. Caso seja empurrada para 2016, o Planalto infringiria as leis Orçamentária e de Responsabilidade Fiscal, justificando, assim, a abertura de processo de impeachment já no início de 2016.

Força para vencer no Congresso, o governo vem provando só possuir junto ao Senado. De fato a oposição tem chance de sair bem sucedida, apesar de a nova tática fortalecer as acusações de que a presidente estaria sofrendo um golpe. Mas ainda há o risco de um novo balcão de negócios ser aberto em Brasília e mais uma vez os cofres públicos serem usados para salvar a petista.

Quando se anuncia com muita antecedência uma estratégia do tipo, costuma-se dar tempo para o governo se articular e anulá-la. Mas a alternativa pode servir para manter viva a “chama” do impeachment num período em que a política naturalmente esfria com festas de fim de ano e recesso parlamentar.


06 de novembro de 2015
implicante

O BRASIL É CONTRA O DESMEMBRAMENTO DA OPEAÇÃO LAVA JATO!!!

CONTRA O DESMEMBRAMENTO
GILMAR RECEBE ABAIXO-ASSINADO PELA PERMANÊNCIA DE MORO NA LAVA JATO
ABAIXO-ASSINADO PEDE O FIM DO DESMEMBRAMENTO DA LAVA JATO


ABAIXO-ASSINADO PEDE O FIM DO DESMEMBRAMENTO DA LAVA JATO


O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunall Federal (STF) recebeu abaixo-assinado, iniciado no site Change.org, com 358 mil assinaturas contra o desmembramento dos processos derivados da operação Lava Jato e em favor da continuidade do juiz federal Sérgio Moro no comando das investigações.

Recentemente, algumas investigações foram retiradas das mãos de Moro e enviadas a outros estados sob alegação de que as descobertas nada tem a ver com a operação Lava Jato inicial. 

O idealizador da iniciativa, Sérgio Maciente, afirmou que a lista com assinaturas de apoiadores já havia sido entregue ao juiz paranaense no último dia 28 de outubro.


06 de novembro de 2015
diário do poder

O QUE SERÁ QUE PENSA A "EMPEDERNIDA" SOBRE TAMANHA REJEIÇÃO??? 86,5%???

DE MAL A PIOR
REJEIÇÃO DA POPULAÇÃO AO GOVERNO DILMA CHEGA A 86,5%
PERCENTUAL CHEGA A 90% ENTRE AS PESSOAS MAIS AFETADAS PELA CRISE


PERCENTUAL CHEGA A 90% ENTRE AS PESSOAS MAIS AFETADAS PELA CRISE. FOTO: LULA MARQUES/PT


Pesquisa nacional realizada pelo Instituto Paraná revelou que a desaprovação da presidente Dilma Rousseff atingiu 86,5%. Apenas 11,1% aprovam a condução do País e 2,4% não souberam o que dizer. A desaprovação atinge o seu máximo, 90,1%, entre as pessoas de 25 a 34 anos, justamente quem está tentando se consolidar no mercado de trabalho.

Cenário eleitoral

Se as eleições presidenciais fossem hoje, Aécio Neves (PSDB) apareceria em primeiro com 34,2% das intenções de voto e disputaria o segundo turno com Marina Silva (Rede) que aparece em segundo com 19,7%. O ex-presidente Lula ficaria em terceiro com 17,1%, seguido por Jair Bolsonaro (PTB) com 5,3% e Ciro Gomes (PDT) com 5,2%. Michel Temer (PMDB) e Ronaldo Caiado (DEM) tiveram apenas 1,5% e 1%, respectivamente. Cerca de 8,5% dos eleitores disseram que não votariam em nenhum dos candidatos e 7,5% não souberam responder.

Caso Geraldo Alckmin fosse o representante do PSDB, Marina Silva lideraria com 24,3% contra 22,6% do tucano. Lula continuaria em terceiro com 18,2%, seguido por Ciro Gomes (6,1%) e Jair Bolsonaro (5,7%). Temer e Caiado teriam 1,6% e 1,4%, respectivamente. Nesse cenário, 10,7% dos eleitores não votariam em nenhum dos candidatos citados e o número de indecisos subiria para 9,4%.

Se o candidato do PSDB fosse José Serra, ele apareceria em primeiro com 25,5% dos votos contra 23,8% de Marina Silva. Lula ficaria em terceiro com 17,7%, seguido por Ciro Gomes (6%) e Bolsonaro (5,8%). Temer e Caiado apareceriam com 2% e 1,4%, respectivamente. Outros 9,8% não votariam em nenhum deles e 8% não souberam dizer em quem votariam.

O Instituto Paraná ouviu 2.085 eleitores em 170 municípios de 23 estados entre os dias 28 de outubro e 2 de novembro. Houve checagem simultânea de 19,95% das entrevistas e o grau de confiança do resultado é de 95%. A margem de erro é de 2% para mais ou menos.



06 de novembro de 2015
diário do poder

LULA NÃO É A ÚNICA OPÇÃO DO PT PARA 2018, DIZ BERZOINI

AFIRMOU QUE APESAR DE SER O MAIS COMPETITIVO, NÃO É A ÚNICA OPÇÃO

BERZOINI: AQUI NÃO É NEM CONSULTÓRIO. É UM PRONTO-SOCORRO MESMO" FOTO: ARQUIVO EBC

Desde que assumiu a articulação política do Palácio do Planalto, há um mês, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini (PT), recebe uma romaria de deputados e senadores em seu gabinete. "Aqui não é nem consultório. É um pronto-socorro mesmo", define Berzoini.

Apesar dos atendimentos, a base aliada continua rebelde no Congresso, a presidente Dilma Rousseff ainda sofre ameaça de impeachment e o PMDB critica a política econômica do governo. "Nós estamos vivendo um momento muito complexo", admite o ministro. Berzoini diz também que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é um nome muito competitivo do PT para a sucessão da presidente Dilma em 2018, "mas não é a única opção".

Faz um mês que a presidente Dilma concluiu a reforma ministerial para contemplar o PMDB, mas até hoje sofre derrotas no Congresso e não conseguiu recompor sua base de apoio. De que adiantou a reforma?

Mudou o quadro, a relação com o PMDB da Câmara e estamos construindo um caminho para consolidar a base. Mas é óbvio que o governo não sente, de maneira alguma, que tem uma base organizada. Nós estamos vivendo um momento muito complexo. Não há mágica na política. Parte da base está preocupada com a questão econômica e social, parte foi atingida pelos processos da Operação Lava Jato e outra parte tem demandas que não foram atendidas. Mas o ambiente, hoje, é muito melhor.

Uma queixa constante dos parlamentares era a falta de diálogo com o Planalto. O sr. conseguiu mudar isso?

Tem dia que eu recebo 70, 80 parlamentares. Eu brinco que aqui não é nem consultório, que só atende com hora marcada. É um pronto-socorro mesmo.

Esse toma lá, dá cá não incomoda?

Não há toma lá, dá cá. Em nenhum país do mundo existe democracia sem participação da base parlamentar no governo. No parlamentarismo é assim e no presidencialismo também. Não vejo problema nisso.

Diante de tantas dificuldades, o governo desistiu de tentar aprovar a CPMF neste ano no Congresso Nacional?

Ninguém desistiu de nada. Vamos trabalhar para acelerar tudo que for possível, mas temos que ser realistas em relação ao calendário. Há pouco tempo até o fim do ano.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que vai decidir neste mês sobre os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma. O governo tem base para barrar o processo, caso ele seja deflagrado?

Não há nenhum elemento factível para se produzir uma decisão pela abertura de um processo assim.

Nem o fato de o governo ter continuado a praticar as chamadas pedaladas fiscais em 2015?

Não. Aquilo que foi feito era necessário fazer em qualquer governo. Eu não concordo com a decisão do Tribunal de Contas da União. E o TCU dá um parecer, não julga ninguém. Quem pode tomar uma decisão sobre as contas governamentais é o Congresso. As contas de 2014 não foram julgadas. Muito menos as de 2015, porque o ano não terminou.

O Palácio do Planalto nega que tenha feito acordo com Cunha para salvar a presidente Dilma, mas o PT não pediu a cassação dele no Conselho de Ética, embora a maioria da bancada tenha assinado requerimento nesse sentido. Não é estranho?

Eu acho que os integrantes do PT não devem fazer prejulgamentos. Devem tomar uma decisão no momento apropriado. Do ponto de vista político, não há razão para o Executivo se meter num assunto que é do Judiciário, do Ministério Público e da Câmara.

O sr. não tinha essa mesma cautela quando era oposição e propôs o "Fora FHC", em 1999...

Mas, como parlamentar, eu nunca apresentei nada à bancada do PT nesse sentido. Naquela época, eu propunha que nós trabalhássemos com o conceito político de que, para mudar o Brasil, era preciso, por meio do processo eleitoral, mudar o governo. A expressão "Fora FHC" era "fora a política econômica".

O que o sr. achou do documento do PMDB criticando a política econômica?

É natural, em um governo com tantos partidos na base, que haja heterogeneidade de opiniões. O importante é dialogar, e não transformar isso em elemento de crise.

Mas o texto traz expressões duras, como "nosso desajuste fiscal chegou a um ponto crítico"...

Essa é uma opinião que já foi manifestada inclusive pela presidenta Dilma. Nós tivemos, de fato, um problema fiscal grave, do fim do ano passado para cá, motivado por uma mudança de conjuntura, que pode ser explicada por dois fatores: a queda de preços das commodities e da expectativa de crescimento de vários países, especialmente da China, e o impacto que a Lava Jato teve em relação às grandes empresas de engenharia. Grandes empregadoras sofreram muito com essa operação e estão reorganizando a sua estratégia.

A Operação Lava Jato atrapalha o governo?

A Lava Jato atrapalha a economia, o País e o governo do ponto de vista empresarial. Provoca impactos severos no PIB.

A Operação Zelotes também prejudica?

Qualquer fato que impacte a economia nos preocupa. Essas operações produzem efeitos colaterais que devem ser tratados de maneira responsável pelo governo. Sei que vocês vão perguntar se o governo queria que as investigações acabassem. Não é isso. O governo simplesmente acha que precisamos encontrar mecanismos para reverter este quadro. Por isso a discussão sobre os acordos de leniência é importante. É preciso separar a parte criminal daquilo que estas empresas representam. Quem cometeu ilícitos que se responsabilize pelo que fez. O que não se pode é destruir riqueza.

Como o sr. avalia a investigação que resultou na busca e apreensão de documentos no escritório de um dos filhos do ex-presidente Lula?

Primeiro, é bom lembrar que essa Operação Zelotes investiga muitas megaempresas. E é curioso que ela hoje tenha um foco que pareça essencialmente político, voltado para alguém com uma liderança histórica no País.

O sr. está dizendo que houve exagero por parte da PF?

Eu acho muito estranho haver uma intimação às 23 horas para um cidadão que tem endereço fixo e que não está tentando evitar nada. Ninguém quer blindar ninguém, mas é preciso que as investigações sejam feitas de maneira correta, alinhadas com o Estado Democrático de Direito.

Como está a relação entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula após esse episódio?

A relação entre os dois é tranquila, afetuosa, de diálogo permanente, o que não quer dizer que eles pensem igual sobre tudo.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, resiste até o ano que vem? O ex-presidente Lula chegou a dizer que ele tinha prazo de validade...

Todos nós temos prazo de validade, que é dezembro de 2018. Além disso, ministro da Fazenda e técnico da Seleção são sempre objetos de crítica, em qualquer conjuntura. Não vejo nenhuma razão para prever a saída do ministro Levy por causa de alguma divergência sobre a questão econômica. Eu, por exemplo, recebo críticas com muita tranquilidade. Quem não gosta de crítica não deve fazer política.

A presidente aguenta mais três anos com popularidade abaixo dos dois dígitos?

Todo mundo que governa trabalha para aumentar sua popularidade. Nós queremos chegar em 2018 com a presidenta reconhecida pelo povo por suas qualidades.

E o ex-presidente Lula vai ser candidato do PT em 2018, mesmo se a "pancadaria", como ele diz, continuar?

Ele é um dos nomes mais competitivos que o PT pode apresentar em 2018, mas não é a única opção.

Quem seria a outra opção? O sr.?

Se alguém lembrar do meu nome, posso até não aceitar, mas triste eu não fico (risos).(AE)



06 de novembro de 2015
diário do poder

UNIPENSEMOS ENQUANTO É TEMPO

dupli8


Com a crise das commodities desencadeada pela sucessão de mordidas e assopros da China ha uma nova onda de fusões e aquisições entre os gigantes globais do agronegócio. Logo logo haverá ainda menos vendedores dos insumos necessários à produção do que o mundo come e menos compradores do que suas vítimas conseguirem produzir suando de sol a sol nas lavouras do mundo do que os já muito poucos que chegaram vivos até aqui.
São esses "campeões internacionais" que decidirão doravante a que profundidade você terá de mergulhar em seu bolso para evitar a única outra "escolha" que restará a sua antiga majestade, o consumidor, que será pechinchar com seu próprio estômago...
Na área de saúde aqui mesmo neste "país de todos" houve 29 operações de fusões e aquisições desde a abertura do setor aos estrangeiros animadas pelas últimas desvalorizações do real.
dupli9

Se você está entre os famigerados 99% é provável que o SUS acabe sendo a parte que te cabe nesse latifúndio...
Para onde quer que se olhe é a mesma coisa: sinucas. Estas são só duas "chamadas" catadas a esmo nas primeiras páginas dos jornais de hoje. Todos os dias ha diversas desse genero tratando rigorosamente de todos os setores da economia em todo o mundo. Ha 30 anos ininterruptos, desde que a internet conectou os mercados de consumo e de trabalho de todos os "estados unidos" aos de todas as "chinas" da vida, têm havido recordes sucessivos de "fusões e aquisições" como aquelas que, ainda no longínquo século 19, fizeram os sempre execrados "capitalistas ianques" se levantarem contra os "robber barons" e instituir a unica legislação antitruste efetiva que o mundo já viu e que, por algumas décadas, de fato pos a classe operária mais perto do paraíso.
dupli2

Agora tudo isso, cada vez mais, é passado. E o que embalou esse retrocesso foi o "duplipensar" dos reacionários ditos "progressistas" de sempre. George Orwell, que cunhou a expressão na sua anti-utopia "1984", explicava assim o seu significado:
"Saber e não saber, estar consciente de sua completa sinceridade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões que se cancelam mutuamente, sabendo que se contradizem, e ainda assim acreditar em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade e apropriar-se dela, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer o quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza máxima: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra 'duplipensar' era necessário usar o duplipensar".
dupli1

Cabe, portanto, com os fatos frescos como estão ainda, unipensar enquanto é tempo e registrar os devidos direitos autorais:
Ninguém conseguiu por para rolar uma onda de desnacionalização mais completa e devastadora da economia brasileira que o nosso mais radical partido nacionalista no poder; ou orgia mais desenfreada para bancos e "rentistas" que os nossos mais renhidos "anticapitalistas"; ou ainda, tsunamis de privatizações compulsórias a preço de banana mais vis que os nossos mais ferrenhos defensores de uma economia estatizada.
Ninguém jamais promoveu processo mais amplo, geral e irrestrito de proletarização da classe operária planetária que a "vanguarda internacional do proletariado" esparramando universo afora a miséria dos "paraísos da classe operária".
Assim é que de fato está sendo.
dupli3


06 de novembro de 2015
vespeiro