"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 18 de julho de 2017

ADOÇÃO DO PARLAMENTARISMO GANHA ADEPTOS NO CONGRESSO E NO PLANALTO


O parlamentarismo voltou ao debate político como resposta à crise, ainda que a viabilidade de implementação desperte ceticismo inclusive entre entusiastas. Na semana passada, o senador José Serra (PSDB-SP) conversou com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), sobre a instalação de uma nova comissão especial sobre sistema de governo. Segundo Eunício, a comissão será instalada em agosto.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, tratou do tema com o presidente Michel Temer há poucos dias e os dois ficaram de retomá-lo em breve. “Tem de haver uma redução dessa multiplicidade de partidos para que o sistema se consolide. O nosso presidencialismo esgarçou-se demais”, observou Gilmar.

PATOLOGIA – “Dos quatro presidentes pós-1988, só dois terminaram os mandatos. Há algo de patológico. Eu quero contribuir para a discussão”, diz Gilmar Mendes

O Brasil, como os EUA, é presidencialista, sistema no qual o presidente é chefe de Estado e de governo. No parlamentarismo, adotado em países como Reino Unido, Portugal e Itália, o governo é comandado por um primeiro-ministro escolhido pelo Poder Legislativo, que pode trocá-lo a qualquer tempo.

A ideia de Serra é colocar em tramitação um projeto de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), senador licenciado e hoje ministro de Relações Exteriores, para implementar o parlamentarismo a partir de 2022. “Meu plano é que, no próximo mandato, se faça a transição, o que não significa misturar, fazer algum tipo de ‘semi’, mas é reestruturar as carreiras”, diz Serra.

EXTINÇÃO DE CARGOS – Cerca de 20 mil cargos de confiança teriam de ser extintos, afirmou, senão, quando houver mudança de primeiro-ministro, será necessário trocar todo o pessoal.

O ministro Mendonça Filho (Educação), um dos articuladores da reestruturação do DEM, que tem o parlamentarismo como bandeira, afirmou que o novo sistema “consagraria maior nível de governabilidade”.

Se quisesse, o Congresso poderia dar ares mais palpáveis à discussão, que gira em círculos há décadas no país. Uma PEC (proposta de emenda à Constituição) da Câmara já foi aprovada em comissões e está pronta para ser votada em plenário.

ENGAVETADO – De autoria do ex-deputado Eduardo Jorge, à época no PT, com substitutivo de André Franco Montoro (PSDB-SP) e Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), data de 1995, foi questionada no STF e hoje mofa em alguma gaveta na Câmara.

“Passada essa crise e Michel Temer continuando no poder, a questão pode ter alguma vitória”, disse Andrada.

Para o deputado Roberto Freire (PPS-SP), o debate não se concretiza “porque as pessoas defendem com receio de que não tenha viabilidade, e aí fica apenas no ideal”. A resistência se deve, segundo ele, “ao nosso atraso de ficar imaginando que vai se ter um salvador da pátria. Quem se posicionou contra na Constituinte? O PDT, que imaginava eleger Brizola, e PT, que imaginava Lula”.

ANTIPATIA – Mendonça Filho acrescenta ao rol de dificuldades a “antipatia natural da opinião pública, que confunde parlamentarismo com Parlamento e suas mazelas”.

Mas, ele nota, o sistema “tem uma vacina muito importante: o primeiro-ministro não precisa fazer concessão ao populismo para governar”, já que é eleito por parlamentares. Um dos argumentos contrários é a instabilidade se houvesse trocas frequentes de primeiro-ministro.

Freire rebate. “Em Portugal, chamam até de geringonça, porque é um arranjo de maioria. Se o partido que não faz parte do governo não votar a favor, cai o governo, então ele é muito mais responsável, mais estável.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A tese do semiparlamentarismo foi levantada há alguns meses aqui na “Tribuna da Internet” por Willy Sandoval. Como se vê, ganhou adeptos no Congresso e no Planalto. Para adotar esse sistema, os políticos têm de mudar a Constituição. Em 1993, pela segunda vez o parlamentarismo foi rejeitado em plebiscito. Se perguntarem de novo, será recusado outra vez. Os políticos deveriam decidir o que é melhor para o país sem consultar o povo, até porque eles são representantes do próprio povo. (C.N.)


18 de julho de 2017
Thais Bilenky
Folha

RODRIGO MAIA ADMITE QUE PODE ACEITAR PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA TEMER


Maia promete agir como presidente da Câmara
Ao revelar que foi a primeira pessoa a alertar o presidente Michel Temer sobre o “ambiente de aflição” na Comissão de Constituição e Justiça, provocado pela análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República, deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, criticou ontem a estratégia de comunicação do Planalto, que, de acordo com o deputado, alimenta o clima de intrigas no Congresso. Maia afirmou ainda, em entrevista ao jornalista Roberto D´Avila, da GloboNews, que, neste momento, será mais presidente da instituição do que deputado aliado.
Com isso, diz, manterá a independência para o julgamento da denúncia, marcado para o dia 2 de agosto, e também para análise dos pedidos de impeachment que tramitam na Câmara.
FORTE PRESSÃO – Maia disse que, até a análise da denúncia pelo plenário, os deputados ficarão sob forte pressão das redes sociais e da sociedade. Segundo ele, Temer é “querido no Parlamento”, o que facilita o diálogo com os partidos. O deputado, porém, lamentou o que chamou de vários porta-vozes  do Planalto.
“Esse Palácio tem muita boca. Já venho dizendo há muitos meses isso para o presidente. O Palácio tem que falar menos. E eu acho que isso é uma coisa que atrapalha o governo. Não apenas agora, desde o começo a gente vê muita gente falando em off pelo Palácio” — criticou Maia, antes de completar: “Com isso, reduziria muito as intrigas e as fofocas no Palácio do Planalto”.
O político fluminense afirmou ainda que é importante que se vote logo a denúncia contra o presidente para que o país avance na agenda de reformas. Ele disse que convocará sessões sucessivas até haver quórum para votar a aceitação ou não da denúncia.
EMENDAS PARLAMENTARES – “Eu estou na Câmara há muitos anos. Nós votamos agora o processo de impedimento da presidente Dilma (Rousseff). Se cada emenda parlamentar resolvesse o problema, a presidente Dilma presidiria o Brasil. Tem muita espuma nessa história” — afirmou Maia.
Ele disse que as trocas na Comissão são legítimas e que o rito seguido para votação da denúncia teve concordância da oposição. O presidente da Câmara minimizou as manobras do governo para vencer na CCJ.
“Não acho que isso é decisivo. A troca em si ela resolve uma instância e no plenário todos vão votar e cada um daqueles que não estão na comissão no plenário poderão dar seu voto”.
FIDELIDADE – Maia assegurou que, embora adote uma postura “institucional”, manterá a fidelidade ao presidente. E negou participar de qualquer tipo de conspiração.
“Meu papel como presidente da Câmara é não ter posição sobre esse assunto. Eu, além de presidir a sessão que vai decidir pela abertura ou não da denúncia, eu tenho, no momento seguinte, vários processos de impeachment para serem decididos. Nesse momento, tenho trabalhado diariamente para me colocar no papel mais de presidente da Câmara do que de deputado aliado ao governo. Para que eu possa ter liberdade de presidir a sessão e, no dia seguinte, quando decidir sobre pedido de impeachment, eu possa decidir com isenção de presidente da Casa” — explicou Maia, que não quis tratar da possibilidade de assumir a Presidência no caso de uma saída prematura do peemedebista: — “Nesse momento, eu tenho que tomar muito cuidado com as palavras”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, Maia admite aceitar colocar em análise um dos pedidos de impeachment de Temer. Reparem que ele tocou no assunto sem ser indagado pelo entrevistador Roberto D’Avila. Como dizia o pensador espanhol Ortega y Gasset, no caso o deputado Rodrigo Maia está diante de suas circunstâncias. (C.N.)

18 de julho de 2017
Jeferson Ribeiro
O Globo

CIRO GOMES QUER LULA FORA DA DISPUTA E HADDAD COMO COMPANHEIRO DE CHAPA

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Ciro Gomes está sonhando cada vez mais alto
A candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto em 2018 seria um desserviço ao Brasil, na opinião do ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Também pré-candidato à presidência da República, Gomes avaliou que o país precisa “desesperadamente” discutir o futuro e Lula, ao participar do processo eleitoral já tendo sido condenado, polarizaria o debate.
O político cearense, que foi um dos palestrantes do Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco) realizado em Goiânia (GO), ressaltou que o país precisa de profundas mudanças. “O grupo dele acha que há um golpe e que ele é perseguido pela Justiça. O outro lado acha que a pena imposta foi pequena. Com isso, você não terá um debate sobre as condições de saúde, educação e violência que inferniza a sociedade brasileira. Será amor e ódio ao Lula”, ressaltou.
HADDAD NA CHAPA – Apesar das críticas ao petista, ele não vê problemas em ter o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP) como eventual vice-presidente em sua chapa presidencial. “O PT é o que todos os partidos são. Tem coisas boas e ruins. Não é partido que está condenado. Não pretendo ser ditador do Brasil. Se um dia for candidato a presidente eu quero presidir o país. E quero fazê-lo em diálogo com todas as forças organizadas do país. E o PT é uma força organizada importante”, destacou.
Apesar disso, o pedetista avaliou que construir uma grande coalização de esquerda seria pouco para transformar o Brasil. Conforme Gomes, é necessária uma coalização de centro-esquerda. “Basicamente, meu projeto fala para quem produz e para quem trabalha. E acho que é possível construir um grande consenso nacional, pragmático em relação a isso”, comentou.
DAR UM TEMPO – “Está na hora de o PT, do PSDB  e do PMDB darem um tempo. Esses partidos precisam sair um pouco de cena e deixar o país experimentar outro projeto”, disse.
Apesar de estar disposto a dialogar com diversas siglas, Gomes decretou que não dividiria o palanque com o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), por exemplo. “Em hipótese alguma isso aconteceria. Ele votou em mim para presidente da República, mas o que ele representa hoje é uma coisa absolutamente intolerável para um país como o nosso, em que o povo está tão exasperado e machucado”, acentou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Ciro Gomes está sonhando alto. De uma tacada só, quer tirar Lula da disputa presidencial e colocar o ex-prefeito Haddad como seu companheiro de chapa, numa coligação PDT-PT, que atrairia o PSOL, o PCdoB e outros partidos de esquerda. Bem, sonhar ainda não proibido. (C.N.)


18 de julho de 2017
Antônio Temóteo
Correio Braziliense

POLÍTICOS PRESSIONAM STF PARA EVITAR PRISÃO DE CONDENADOS EM 2a. INSTÂNCIA

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Charge do Newton Silva (newtonsilva.com)
Diante da condenação por corrupção e lavagem de dinheiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro, parte da classe política, independentemente de colorações partidárias, volta a pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que se manifeste novamente sobre a possibilidade de um condenado em segunda instância cumprir a execução da pena mesmo recorrendo em tribunais superiores. Apesar de ter analisado a questão por três vezes no ano passado, o entendimento é que, com o voto do ministro Alexandre de Moraes — que substituiu Teori Zavascki no começo deste ano — e diante de declarações do ministro Gilmar Mendes, o placar apertado de 6 a 5 da última votação seria revertido. Na opinião de especialistas, a decisão causaria instabilidade jurídica e poderia interferir, inclusive, na Operação Lava-Jato.
Contrário ao entendimento da prisão antes do trânsito em julgado, o ministro Marco Aurélio Mello é um dos principais defensores de que o STF reveja a questão, contrariada, inclusive, em suas decisões monocráticas.
CONSTITUIÇÃO – “Sempre que chega um habeas corpus para mim, observo com isso em mente. Quando assumi a posição de ministro, jurei cumprir a Constituição e não atender a maioria”, comenta Marco Aurélio.
Questionado se o momento político seria ruim para alterar o acórdão, Marco Aurélio diz que “sempre a prevalência da Constituição é bem-vinda”. “Penso que a maioria concluiu de forma equivocada quanto ao princípio da inocência. Parece que um desses seis vai evoluir e será em boa hora. É sempre uma boa hora para amar a Constituição.”
Sem citar nomes de colegas, a referência é sobre o ministro Gilmar Mendes, que, nos julgamentos do ano passado, votou com a maioria e alegou que após a condenação em duas instâncias já era possível formar convicção sobre a culpa. Entretanto, em maio deste ano, Mendes sinalizou uma mudança de entendimento durante julgamento na segunda turma do STF.
REVISAR A QUESTÃO – Segundo ele, a execução da pena após segunda instância, seria uma “possibilidade jurídica e não uma obrigação” e melhor seria se a Suprema Corte revisasse a questão.
“Há uma enxurrada de casos, em que há recursos pendentes, plausíveis até, e se decreta desde logo a prisão. Isso nós estamos dispostos a rever. Colocaria mais uma instância nessa decisão”, disse Gilmar, naquela ocasião.
A outra expectativa de mudança no placar seria com o voto do novato na Corte, ministro Alexandre de Moraes. Apesar de ter dito durante a sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, em fevereiro, que não vê inconstitucionalidade na prisão em segunda instância, já teria sinalizado entendimento contrário.
SEM IMPEDITIVO – “Defendo o mesmo posicionamento desde 1998. O posicionamento de que o princípio da presunção de inocência, previsto na Constituição, não impede nem as prisões preventivas nem as prisões em segundo grau por decisão de segundo grau (…) Não há uma determinação legal, mas também não há impeditivo. Quem deve decidir sobre isso é o tribunal de segunda instância”, disse durante a sabatina no Senado.
Na opinião do ministro Luís Roberto Barroso, não faz sentido o Supremo decidir novamente sobre isso se não houve mudanças do ano passado para cá. “O Supremo já decidiu esta matéria por três vezes, em menos de um ano. Nada mudou de lá para cá e não há por que voltar ao tema. Um país que vai alterando a jurisprudência em função do réu não é um Estado de direito, mas um Estado de compadrio”, afirmou em entrevista recente.
Um jurista que prefere não se identificar concorda com o magistrado e acha pouco provável que a presidente do STF, Cármen Lúcia, assuma o desgaste de pautar a mudança de entendimento em meio à crise política que o país vive. A decisão cabe a ela. “Há vários recursos e habeas corpus em andamento que poderiam justificar o reexame, mas pautar isso agora seria interpretado de forma ruim para o Supremo.”
RACIONALIDADE – Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho, uma mudança de entendimento não seria ruim só para a Operação Lava-Jato, mas para todo o sistema jurídico nacional.
“A prisão depois da segunda instância devolveu o mínimo de racionalidade ao sistema penal. Em nenhum lugar do mundo, as pessoas vão até a quarta instância sem cumprir pena. Qualquer revisão agora seria muito grave. Não é possível o Supremo reconsiderar 180º, mudando tudo outra vez. Espero que isso não aconteça”, defende Robalinho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Essa prisão somente após trânsito em julgado (art. 5º da Constituição, inciso LIV) é mais uma jabuticaba brasileira, não existe em lugar algum, e ainda há ministros que defendem essa excrescência jurídica, que significa um salvo-conduto da impunidade, para que o Brasil só coloque na cadeia criminosos pé-de-chinelo, deixando de fora os bacanas de colarinho branco, como no caso do homicida Pimenta Neves e dos políticos corruptos. A desmoralização do Supremo é o maior indicativo da falência das instituições brasileiras. (C.N.)

18 de julho de 2017
Natália LambertCorreio Braziliense

LÍDER DA LAVA JATO NA ITÁLIA ALERTA MORO SOBRE ARMADILHAS E DÁ MENSAGEM AO BRASIL B

GLEISI AGRIDE MORO, DEFENDE MADURO E CHAMA CHE GUEVARA DE 'GUERRILHEIRO HERÓICO' EM FORO COMUNISTA





Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PR), ré por corrupção em ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), fez um alucinado discurso de esquerda com agressões ao juiz Sérgio Moro durante a abertura do 23º Foro de São Paulo, que reúne na Nicarágua as viúvas do comunismo.

Em seu delírio esquerdista, especialmente contra a condenação do alarife Lula, Gleisi Helena também enalteceu Che Guevara, um assassino patológico, e Nicolás Maduro, o desastroso e criminoso presidente da Venezuela, além de celebrar o centenário da Revolução Russa. As informações são da Gazeta do Povo.

O encontro reúne partidos de esquerda da América Latina e Caribe e ocorre de 16 a 19 de julho. Em seu discurso, Gleisi, a “Amante” nas planilhas de propinas da Odebrecht, insistiu na cantilena de que Lula está sofrendo perseguição por parte do Judiciário, apesar de o ex-presidente estar sendo defendido por um batalhão de advogados caros e ter usado todos os recursos que a lei faculta em sua defesa. A senadora agrediu o juiz Moro sugerindo que ele age com motivações ideológicas e classificou-o como “um representante da direita golpista”.

“A direita reacionária e golpista não descansa. Na semana passada um juiz de primeira instância no Brasil condenou o presidente de honra do PT e ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos de prisão com base em delações sem fundamento e sem provas”, disse.

“Estamos frente a ofensiva de judicialização da política em todo o continente, e no Brasil a intenção é destruir o PT e impedir que o maior líder popular brasileiro, Lula, seja nosso candidato nas eleições presidenciais de 2018, pois sabem que a possibilidade de sua vitória é enorme”, completou.

Em contrapartida, Gleisi destacou a absolvição do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. “Contra ele apenas pesavam delações e não provas conforme instrui o Código Penal do Brasil, seguido corretamente pelos juízes de segunda instância”, afirmou.

A senadora também disse que o PT “manifesta seu apoio e solidariedade” ao governo do tiranete Nicolás Maduro, que, segundo a presidente dos petistas, está exposto a uma “violenta ofensiva da direita”. “Temos a expectativa que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica.”

Gleisi Helena lembrou que neste ano a Revolução Russa de 1917 completa cem anos. “Comemoramos também o cinquentenário da queda em combate e o assassinato posterior do guerrilheiro heroico, o comandante Ernesto Che Guevara, a quem recordamos para que tenhamos sempre presente a necessidade da transformação social de nossos países”, declarou.

Esse tom mais duro com ideias de esquerda tem sido comum desde que o PT deixou o governo e retornou à oposição. Gleisi aproveitou a plateia favorável para fazer um clamor por mais apoio em prol da retomada do poder, como se a opinião dos “camaradas” pudesse interferir na democracia brasileira.

A parlamentar afirmou que o PT defende a necessidade de enfatizar a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, os direitos dos trabalhadores imigrantes, o rechaço à xenofobia e ao racismo, além de fomentar a agenda do trabalho decente, a democratização dos meios de comunicação e a valorização da economia social e solidária.

“Mais do que nunca necessitamos de um governo de esquerda de volta ao nosso país para retomar o desenvolvimento nacional, a política externa altiva e ativa e reverter às consequências do ajuste neoliberal imposto pela quadrilha golpista que se instalou no nosso governo”, disse a presidente do PT.


18 de julho de 2017
ucho.info

A HORA E VEZ DAS BADERNEIRAS...

Conselho de Ética analisará denúncia contra senadoras “baderneiras” em agosto, após o recesso



Quando retornarem do recesso parlamentar – que oficialmente começa na terça-feira (18) e vai até 31 de julho –, uma das pendências que os senadores terão de deliberar é o pedido de reconsideração da denúncia contra o grupo de senadoras de oposição que ocupou a mesa do plenário e impediu por sete horas que o presidente, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), assumisse os trabalhos para a votação da reforma trabalhista.

O pedido em desfavor das senadoras foi protocolado pelo senador José Medeiros (PSD-MT) e outros 14 parlamentares. No documento, Medeiros solicita a instauração de procedimento disciplinar “para verificação de prática de ato incompatível com a ética e o decoro parlamentar”.

Para José Medeiros, as senadoras que participaram do ato cometeram “abuso das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional pela Constituição”.

O senador também classifica a conduta das colegas de “autoritária, ilegal e abusiva” e sugere que imagens da TV Senado e de outros veículos de comunicação sejam usadas para identificar os senadores e senadoras que participaram do ato e que se abra procedimento disciplinar contra eles.

Ao contrário do que fez na análise da representação por quebra de decoro contra o senador Aécio Neves, que foi arquivada, desta vez o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador João Alberto Souza (PMDB–MA), já adiantou que em agosto não decidirá o assunto de forma monocrática. O peemedebista quer reunir o colegiado para deliberar sobre o tema.

As seis parlamentares envolvidas no episódio são Gleisi Helena Hofmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Sousa (PT-PI), Ângela Portela (PDT-RR) e Lídice da Mata (PSD-BA).

João Alberto determinou que fosse juntado o pedido de reconsideração da denúncia ao processo. O documento tem assinaturas de apoio dos senadores governistas e de oposição.

Sanções

Como a peça apresentada contra as senadoras é uma denúncia, as penas cabíveis são advertência e censura – verbal ou escrita. Para que resulte na cassação do mandato, a peça deverá ser convertida em representação pela Mesa Diretora do Senado.

“Estou pagando para ver. Um grupo de senadores que arquivou uma denúncia contra o senador Aécio Neves dizendo que não tinha motivo para investigá-lo, vai ter motivo para investigar senadoras que ocuparam a mesa para impedir uma votação? Eu acho isso até ridículo, mas vamos ver até onde vai isso”, disse a senadora Regina Sousa. (Com ABr)


18 de julho de 2017
ucho.info

LAVA JATO: DELAÇÃO DE PALOCCI MIRA BANCOS, MONTADORAS E CARF. LULA E ERENICE GUERRA ESTÃO ATENTOS



Ex-ministro da Fazenda (governo Lula) e da Casa Civil (governo Dilma), o petista Antonio Palocci Filho, preso desde 26 de setembro de 2016, no rastro da Operação Omertà (35ª fase da Operação Lava-Jato), avança em seu acordo de delação premiada com o objetivo de reduzir a pena de 12 anos e 2 meses de prisão.

Palocci sinalizou à força-tarefa da Lava-Jato que na delação poderá revelar detalhes sobre a quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa, o caseiro Nildo, que acusou o então ministro da Fazenda de frequentar assiduamente uma mansão no Lago Sul, em Brasília, conhecida como “República de Ribeirão”. No imóvel, petistas e lobistas organizavam festas com direito a garotas de programa. Na ocasião, o escândalo custou o cargo de ministro.

Antonio Palocci pode dizer o que bem quiser, mas não há qualquer novidade em relação ao caso do caseiro Nildo, que foi covardemente acusado de receber dinheiro para denunciar o então titular da Fazenda. Na verdade, o petista deverá contar aos procuradores da República que investigam o Petrolão detalhes mais consistentes, caso queira em breve deixar a prisão.

Entre os detalhes estão alguns benefícios concedidos a bancos e instituições financeiros por meio de uma empresa de Palocci, a Projeto Consultoria. À época, o UCHO.INFO teve acesso às notas fiscais da empresas emitidas contra bancos e pode afirmar com tranquilidade que o escândalo é muito maior. Se não revelar tais minúcias, o ex-ministro estará mentindo. Um ex-assessor de Palocci, responsável pela emissão das notas fiscais, revelou a este portal que o petista errou na dose ao prestar tantas consultorias em tão pouco tempo.

Contudo, na delação o petista deverá revelar detalhes sobre uma montadora de automóveis que já é investigada em outras operações da Polícia Federal, além de informações sobre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que abrigou um conselheiro indicado por empresário do setor de alimentos, após pagamento de algumas dezenas de milhões de reais ao PT.

Palocci também deverá detalhar o esquema que se formou na órbita do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que já é alvo da Operação Zelotes e palco de um escândalo de corrupção de proporções inimagináveis. Conselheiros do órgão, por indicação de integrantes do governo, recebiam propinas milionárias para reduzir ou cancelar multas impostas pela Receita Federal.

Caso essa expectativa em relação ao Carf se confirme, alguns petistas serão imediatamente arrastados ao olho do furacão em que se transformou a investigação da Polícia Federal. No universo petista, pelo menos dois “companheiros” estão acompanhando com atenção redobrada os movimentos de Palocci: Lula, o dramaturgo do Petrolão, e Erenice Guerra, ex-chefe da Casa Civil e pessoa de confiança da “companheira” Dilma Rousseff.


18 de julho de 2017
ucho.info

PENA DE LULA PODE DOBRAR, DIZ EX-MINISTRO DA JUSTIÇA

LULA ATACA SÉRGIO MORO DIZ: QUE O JUIZ MORO SE COMPORTA COMO UM "AUTOCRATA RUSSO" E É REBATIDO

RENOMADA REVISTA ESTRANGEIRA QUESTIONA : PARA QUE SERVE O EXÉRCITO BRASILEIRO?

Renomada Revista estrangeira questiona: para que serve o Exército brasileiro??

ENQUANTO O POVO FICA ASSISTINDO NOVELA, O 23o. ENCONTRO DO FORO DE SÃO PAULO ACONTECE!

PT CRIA TRIBUNAL INTERNACIONAL POPULAR PARA DESMORALIZAR O JUIZ SÉRGIO MORO

JORNALISTA FAZ GLEISI HOFFMANN VIRAR PÓ APÓS OFENSAS A SÉRGOMORO

Jornalista faz Gleisi Hoffmann virar pó após ofensas a Sérgio Moro