"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 18 de julho de 2017

JANOT TIRA DE FACHIN INQUÉRITOS CONTRA COLLOR, FERNANDO COELHO E CUNHA LIMA

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Fachin só investiga a Lava Jato
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu a redistribuição de mais seis inquéritos baseados na delação da Odebrecht e abertos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por entender que não há conexão com a Operação Lava Jato. Entre os alvos dessas investigações, estão os senadores Fernando Collor (PTC-AL), ex-presidente da República, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Cassio Cunha Lima (PSDB-PB). Se o Supremo deferir o pedido, chegará a 30, de um total de 77 (38,9%), o número dos inquéritos abertos a partir dos depoimentos e provas apresentados pelos 77 executivos do grupo baiano que mudam de relator na Corte.
Collor, nesta investigação específica, é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal, delatores da Odebrecht disseram ter pagado vantagem indevida não contabilizada na campanha dele ao Senado em 2010. Teriam sido repassados R$ 800 mil. por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, em busca de atender interesses da empresa, especialmente na área de saneamento básico.
CÁSSIO E COELHO – Nos inquéritos contra Cassio Cunha Lima e Fernando Bezerra Coelho, a PGR pede a prorrogação do prazo para a investigação, alegando que ainda faltam algumas diligências, como a coleta de testemunho de alguns delatores e dos próprios senadores. As duas investigações são sobre caixa 2 eleitoral.
Segundo delatores da Odebrecht, Cunha Lima teria solicitado e recebido em meados de 2014, por meio de um intermediário, o valor de R$ 800 mil, que o grupo afirma ter sido pago ao então candidato ao governo da Paraíba por meio de repasse não contabilizado. Fernando Bezerra Coelho, por sua vez, é investigado sob a suspeita de ter recebido R$ 200 mil parcelados em duas vezes, não contabilizados, no ano de 2010, para campanha eleitoral.
OUTROS PEDIDOS – Os outros três pedidos de redistribuição são nas investigações que tramitam contra os deputados federais Nelson Pellegrino (PT-BA), Paulo Henrique Lustosa (PP-CE) e Vander Loubet (PT-MS). Nos casos deles, a suspeita também é de caixa 2 eleitoral. Segundo o Ministério Público Federal, Pellegrino teria recebido R$ 1,3 milhão não contabilizados para campanha eleitoral em 2012 por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Paulo Henrique Lustosa teria recebido R$ 100 mil não contabilizados para a campanha eleitoral em 2010. Vander Loubet, por sua vez, teria recebido R$ 50 mil não contabilizados na campanha para a Câmara dos Deputados em 2010 por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Está correta a petição de Janot. O ministro Edson Fachin tem de se concentrar na Lava Jato. Questões que não forem conexas devem ser relatadas por outros ministros. Mas na verdade é tudo folclore, porque os inquéritos e processos se eternizam no Supremo, os crimes acabam prescrevendo e a impunidade fica garantida. (C.N.)

18 de julho de 2017
Deu no Estadão

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