"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

TEM BOBO PRA TUDO

Tem alguém que é bobo de alguém, apesar do estudo
Está provado porque neste mundo tem bobo pra tudo.

Samba de Manoel Brigadeiro e João Correia da Silva, 1963
 
Não sei se terá saído de moda. É que as coisas andam mudando muito rápido. No meu tempo, se dizia bocó. Era quando a gente queria designar um bobão, daqueles que se dão ares de independência e superioridade ao mesmo tempo que seguem o rebanho. Aqueles que se acham o máximo, embora, sem se dar conta, ajam exatamente como os demais.
 
Tem bobo pra tudo
Tem bobo pra tudo
 
Assim como a fala e a escrita, o gestual deve primar pela clareza. O que é, é. O que não é, não é. Nada pode ser e não ser ao mesmo tempo. Cada um de nós, quer nos expressemos falando, escrevendo ou gesticulando, devemos deixar claro o sentido da mensagem. Ou corremos o risco de ser mal interpretados, com todas as consequências que isso possa acarretar.
Já falei em post anterior sobre a simbologia múltipla de certos gestos, mormente da «saudação de Lênin», usada como pau pra toda obra. Ao longo dos últimos 120 anos, tem sido usada por esquerdistas, direitistas, anarquistas, constestadores, revolucionários, separatistas, feministas, terroristas, socialistas, trabalhistas y otros más. É gesto polivalente. Donde, dúbio. Portanto, perigoso. Não deixa clara a mensagem que o autor gostaria de transmitir.
Nesta terça-feira, quis o acaso que doutor Barbosa, o presidente do STF, tomasse assento ao lado do vice-presidente da Câmara dos Deputados. Este último ― personalidade pouco expressiva e pouco conhecida ― decidiu aproveitar o momento de glória e de exposição às câmeras que a proximidade do doutor lhe proporcionava.
Ingênuo, fez exatamente o que não devia. Ensaiou o gesto dúbio, aquele que, de tão batido, não transmite mais mensagem nenhuma. Primeiro, levantou o braço esquerdo com o punho cerrado. Em seguida, não satisfeito, refez o gesto, desta feita com o braço direito. Para coroar, pôs-se a enviar mensagem por seu telefone de bolso. Estou falando do vice-presidente da Câmara, minha gente. Desde os tempos da Alemanha hitleriana, não me ocorre algum outro caso de autoridade levantando punho cerrado em plena assembleia.
 
Decoro

 Está lá no dicionário para quem quiser ver. São quatro as acepções principais:
 
1. Recato no comportamento; decência.
2. Acatamento das normas morais; dignidade, honradez, pundonor.
3. Seriedade nas maneiras; compostura.
4. Postura requerida para exercer qualquer cargo ou função, pública ou não.
 
O gesto do senhor vice-presidente da Câmara Federal da República, consumado no recinto do parlamento, responde às quatro acepções. Atropela o decoro parlamentar. Agride o decoro tout court. Um certo senhor de nome Severino, que um dia teve assento privilegiado naquele mesmo recinto, tinha muitos defeitos. Mas não descia ao ridículo. O atual vice-presidente é o que a gente chamava de bocó de mola.
 
Tem bobo pra tudo Crédito: Sérgio Lima, Folhapress
Tem bobo pra tudo
Crédito: Sérgio Lima, Folhapress
 
Num país civilizado, essa demonstração de baixo nível seria punida com o desprezo dos eleitores acompanhado da exclusão imediata do parlamentar. Se nossas excelências deixarem passar essa afronta sem denunciá-la ao Conselho de Ética, é sinal de que o vale-tudo vale tudo.
Que se libere o bermudão e o chinelo de dedo.
 
Interligne 16
 
PS: Para recordar o samba Tem bobo pra tudo, na voz de Alcides Gerardi, clique aqui.
 
04 de fevereiro de 2014
José Horta Manzano

A CAVALA DA ILHA FISCAL

 

0-Sigismeno 1
 
Sigismeno apareceu bastante excitado hoje de manhã, com aquela cara de um Arquimedes que houvesse feito uma grande descoberta.
«Estive pensando no baile da Ilha Fiscal.» ― foi logo dizendo.
«E por que, caro amigo?» ― tentei mostrar paciência.
Pausadamente, ele foi desenrolando seu pensamento: «Como aprendemos no curso de História do Brasil, a última festa dada pelo imperador Pedro II foi na Ilha Fiscal, um baile em homenagem a militares chilenos de passagem pelo Rio. O banquete teve lugar menos de uma semana antes do 15 de novembro. Daí, veio aquele golpe militar ― que chamamos pudicamente de ‘proclamação‘. O imperador foi despachado para o desterro e a República se instalou.»
«Até aí, estou acompanhando, Sigismeno. Mas por que você está tão excitado com esse baile do tempo do Onça?»
«Mas você não percebe? Não vê que estamos vivendo tempos perigosamente semelhantes?»
«Tempos semelhantes? Acho bom você explicar melhor. Não vejo o que o baile tem que ver com a atualidade» ― cortei seco.
«Pois então, raciocine comigo. Faltando uma semana para o fim do regime, o imperador consentiu dar uma festa de arromba. Com a participação de seu entourage, da corte em peso. Nem de longe desconfiavam que nuvens negras anunciavam a tempestade. Não foi assim?» ― insistiu Sigismeno.
«Parece que sim. Pelo menos, é o que a História guardou.»
«Pois então» ― prosseguiu ele. «As ruas andam fervendo, os que sustentam o país com seus impostos estão descontentes. Andei lendo que, na Copa, o Brasil vai gastar quatro vezes mais do que gastou a África do Sul. Por um sim, por um não, torcedores se trucidam, invadem sede de clube, quebram tudo.»
«Mas isso não é de hoje. Ainda que a retórica oficial continue ensinando que brasileiro é povo pacífico, todos sabem que, no fundo, sempre fomos gente violenta. Não é novidade» ― retruquei eu, sem entender aonde Sigismeno queria chegar.
«É, mas a coisa anda mais feia do que de costume. Antes, cada um resmungava no seu canto. Hoje, as tais redes sociais amplificam o clamor. Os descontentes não se sentem mais como velhos rabugentos e solitários. Isso ainda vai acabar mal» ― sentenciou ele.
«Ainda não entendi onde é que a Ilha Fiscal entra nessa história.»
«Puxa, mas tenho de explicar tudo! Não lhe escapou a notícia de que nossa presidente tentou mandar a imprensa para escanteio enquanto levava a corte a Lisboa para comer cavala escondido, pois não?»
 
Cavala com aspargos Crédito: Paracozinhar.blogspot
Cavala com aspargos
Crédito: Paracozinhar.blogspot
 
«Cavala? De onde você tirou essa ideia fora de esquadro?» ― balbuciei abismado.
«Pois andei lendo que dona Dilma não foi comer bacalhau, que é prato muito chué. Foi comer cavala, aquele peixe que os ingleses chamam mackerel. Na França, é maquereau. A ciência conhece como acanthocybium solandri
E continuou: «Pois agora, imagine você: o país fervendo, as contas estourando, a economia à deriva, o povo ao deus-dará, e a corte se refugiando de sorrelfo para degustar cavala em restaurante estrelado.»
E foi adiante: «Se fosse inócuo e ético, não teriam feito isso escondido. Sabiam que nós, que sustentamos a turma, não havíamos de gostar.»
«Mas, Sigismeno, eles disseram que cada um pagou sua parte.»
«É» ― atalhou ele ― «mas esqueceram de acrescentar que altos funcionários, quando viajam, têm uma ajuda de custo de uns 400 dólares por dia. Podem até ter pago com cartão pessoal, mas essa despesa, ao fim e ao cabo, vai ser paga por nós.»
 
Interligne 18b
 
Devo admitir que Sigismeno tem lá sua dose de razão. Pagar pela cavala de privilegiados é dose pra cavalo. Os medalhões devem ter faltado à escola no dia em que foi dada a lição sobre o baile da Ilha Fiscal.
 
04 de fevereiro de 2014
José Horta Manzano

LOROTAS POLÍTICAS & VERDADES EFÊMERAS: O CIRCO E A MOLECAGEM

LOROTAS POLÍTICAS & VERDADES EFÊMERAS: O CIRCO E A MOLECAGEM:   André Luís Vargas Ilário (sic) é o nome do moço, deputado federal eleito pelo PT do Paraná. Por essas coisas que só acontecem na p...

MINISTRO DO STF SUGERE HAVER INDÍCIOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO NAS DOAÇÕES

'Está tudo muito esquisito', disse Gilmar Mendes sobre arrecadação para pagar multas de condenados do mensalão; há elementos para o Ministério Público iniciar uma investigação, afirmou


Brasília - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira, 4, haver elementos para que o Ministério Público inicie uma investigação para apurar o processo de arrecadação de dinheiro para pagamento de multas impostas a condenados no processo do mensalão. "E se for um fenômeno de lavagem? O Ministério Público precisa olhar isso", comentou.

Veja também:
Para Gilmar Mendes, está "tudo muito esquisito". Além da coleta de dinheiro "com grande facilidade", o ministro do STF citou o fato de José Dirceu ter conseguido uma oferta de emprego com salário mensal de R$ 20 mil para trabalhar em um hotel em Brasília, mas sob administração de uma empresa com sede no Panamá. "Seria empregado e empregador?", indagou.

Mendes reforçou que os condenados no mensalão não são presos políticos. "São políticos presos por corrupção. É disso que estamos falando", declarou o ministro.

Inoportuna. Para o coordenador do setorial jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho, organizador das campanhas de arrecadação, a frase de Gilmar Mendes foi inoportuna. Segundo ele, o partido tem as listas com os nomes e valores que serão informados nas declarações de renda de Genoino e Delúbio em 2015.

"Qualquer fala sem base em fatos e documentos é absolutamente inoportuna", disse ele.
Em conversas reservadas, integrantes da direção petistas avaliaram a declaração de Mendes como uma manobra para tentar desestimular a militância do partido a colaborar com o pagamento das multas de José Dirceu e João Paulo Cunha, cujas campanhas de arrecadação estão previstas para começar nas próximas semanas.

Segundo Carvalho, o PT só vai revelar quem são os doadores caso as informações sejam requeridas pela Justiça. "Temos todos os nomes e valores. Estas informações serão declaradas no Imposto de Renda de Genoino e Delúbio. Só vamos revelar estes dados se houver um pedido da Justiça, até porque são protegidos por sigilo", afirmou.

04 de fevereiro de 2014
Mariângela Gallucci e Ricardo Galhardo - O Estado de S. Paulo

O CIRCO E A MOLECAGEM


 
André Luís Vargas Ilário (sic) é o nome do moço, deputado federal eleito pelo PT do Paraná. Por essas coisas que só acontecem na política rasteira de uma parcela do Brasil que não presta, esse grande estadista chegou à vice-presidência da Câmara.
 
De profissão comerciante, sabe-se lá do quê, o deputado paranaense não se identifica com o português bem falado. Quando se põe a falar, tropeça na gramática, agride a concordância verbal com cotoveladas e se utiliza de expressões condenáveis até em bordeis de beira de estrada.
Seu currículo tem a profundidade de um pires.
 
Mas, não há como negar, é reconhecido pela cúpula do seu partido e pela militância do calcanhar sujo, pois, como bate-estaca petista, onde a ignorância prevalece, costuma apelar e dar pontapés em adversários políticos.
Tem por hábito o jogo sujo. E como todo pau mandado, o desavergonhado gosta de se gabar da sua postura vanguardista e apelativa.
 
Como parlamentar, entendido aqui como o múnus da política pro-ativa  e pedagógica, no alcance de um republicanismo ético, a atuação de André Vargas beira a mediocridade e ao mau gosto estético. Isso para dizer o mínimo.
 
De onde se pensa que não vai sair nada pior do que já existe na política nacional é justamente dali que surge alguém que se  coloca no nível do esgoto.
Como acontece todos anos, na abertura dos trabalhos legislativos, é lida a mensagem presidencial.
A sessão conjunta das duas casas tem um forte valor simbólico e democrático.
 
Autoridades públicas, representantes dos poderes da República, comparecem em massa à sessão do Congresso Nacional, pois veem essa liturgia como uma afirmação da consolidação democrática brasileira.
Os que ali comparecem representam o Estado e, nesse papel, não se confundem com seus partidos políticos, com suas ideologias ou até mesmo com suas idiossincrasias.
 
A República está ali representada por todos aqueles que, em tese, são os mais importantes agentes públicos da Nação.
A falta de compostura do deputado André Vargas, no seu melhor estilo, agredindo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, ali representando o Poder Judiciário, é uma prova incontestável do lixo que se transformou o sistema político brasileiro.
 
O ridículo do punho em riste, a deselegância em não recepcionar, à altura, um visitante ilustre à Casa do Povo, a boçalidade em se utilizar, em plena sessão, de mensagens para debochar do presidente do STF, demonstram nas mãos de que tipo de gente o Brasil está entregue.
 
Nunca antes na história deste país brotaram tantos desavergonhados ocupando cargos e funções públicas. Vergonha alheia é o sentimento esboçado por muitos brasileiros face ao funesto episódio. 
 
04 de fevereiro de 2014
Nilson Borges Filho

http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2014/02/o-circo-e-molecagem.html

ARGENTINA E SUAS CRISES



Crise na Argentina... 2001? Contratempos bruscos são uma constante na história econômica da Argentina, porém os últimos 12 anos foram traumáticos o suficiente para que qualquer espirro fosse interpretado, externamente, como um sintoma de pneumonia grave.

Sem minimizar o que acontece nestes dias em que o mercado de câmbio compete com o calor do verão e exaustão, parece que o que está acontecendo é de uma natureza completamente diferente.

"O que está acontecendo hoje é diferente de 2001, possivelmente nada menos grave, mas certamente é diferente. Essa foi a crise de um regime macroeconômico particular e foi a combinação de muitas causalidades ", diz Rodolfo Santangelo para esta coluna, M & S Consultores. Vamos esclarecer: Santangelo é um economista liberal, frontalmente crítico ao governo de Cristina Kirchner.

O regime econômico de 2001, devemos lembrar, tinha uma “conversão” fixada com uma paridade de “um para um” entre o peso e o dólar, estabelecido por lei. A inflação em dólares, o atraso cambial, a existência das contas de poupança bancária de milhões de dólares virtuais (sem sustento físico no país), a fuga massiva de depósitos, a crise bancária terminal e o “corralito” (a impossibilidade de retirar o dinheiro pessoalmente das entidades financeira) foram parte da combinação fatal.

Além de seu lado econômico o "corralito" também foi um experimento sociológico ousado: pode funcionar uma economia diversificada moderna e sem dinheiro? A resposta estava nas ruas: saques, violência, mataram mais de trinta e cinco presidentes em uma semana.

O que estava em jogo hoje, explica Santangelo, é outra coisa. “em 2001 tínhamos vencimentos de dívida pública que não podiam ser pagas com reservas nem com depósitos nos bancos. Hoje a diferença do que ocorria até então, faz frente aos pagamentos da dívida com reservas que podem ser utilizados dos depósitos, caso emitissem as moedas”. Esse último, a emissão acelerada, é, para ele, um grande problema que explica a espiralização do dólar “blue” ou informal.

Assim, “a atual crise é mais parecida com a que conhecemos na década de 1970, é dizer que as reservas internacionais estão baixas, temos escassez de divisas e uma corrida entre desvalorização do peso, inflação e salários cuja origem é um déficit fiscal que, aderindo ao que o governo diz, vai continuar a aumentar”.

Uma característica comum entre as duas experiências é que o dólar está no centro das atenções. Hoje postaram um aumento na moeda de mais de 20% até agora em janeiro, mais de 30% em dois meses e mais de 50% face ao período homólogo, o que é desaprovado por um governo que abusou da inflação (o pior é que não são reconhecidos pelas estatísticas oficiais) e gerou uma apreciação perigosa e artificial do peso. O que se espera de saber agora é como a maior parte do ganho de competitividade será corrigida na economia Argentina e quanto serão perdidos da taxa de inflação em 2013, antes da execução atual e de acordo com estimativas privadas, já havia acelerado a mais de 25% ao ano.

Para este ano, se espera mais, mas a grande pergunta é quanto. Os Economistas mais audaciosos prognosticam uma possível queda do produto de cerca de 1% e outros confiam que, se a situação se estabilizar, será um alento às exportações e um freio das importações que podem provocar um rebote a partir do segundo semestre.

É certo que ainda falta ver qual será o valor final do dólar, isto é de quanto será o famoso “overshooting”, mais para lá do que vemos os valores atuais oficiais parecem racionais como um tipo de cambio de equilíbrio.

A diferença de 2001, hoje os bancos são sólidos, a dívida pública é pagável e apresenta um rastro de vencimentos decrescente nos próximos anos, já não representa o 100% do produto, mas sim o 40% (e aplicáveis pelos credores privados, apenas 10%) e privado deve pouco e principalmente em moeda local. A necessidade urgente é para que o Banco Central pare as perdas agudas das reservas. Esta é a parte que você, leitor, deve olhar.

Enquanto, a subida do dólar em 240% após a pior crise da história da Argentina, demonstra a palidez do atual crescimento do país. A queda de 16% registrou que o produto contrasta com um crescimento de cerca de 3% em 2013 e o que é esperado para 2014 é a taxa de desemprego de 25%. 2001 permanece, pelo menos por agora, uma lembrança distante.

O temor não é então um deslizamento de terra, é somente um círculo vicioso mais suave, mas com uma saída mais difícil. É possível evitá-lo? Claro. Mas não há mais tempo a perder.

04 de fevereiro de 2014
Marcelo Falak é analista político e editor chefe da sessão de noticias internacionais do diário Âmbito Financeiro.

COMO DIZEM 'PELAÍ', A IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS...

-1


A IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS, por Anhanguera
Nosso colaborador G. Mendoza envia este primor de montagem de imagem, ao qual não precisamos de mais comentários.

04 de fevereiro de 2014  
Anhanguera
in blog do Giulio Sanmartin 

PARECE QUE ESCREVEU ONTEM

                 
Isto é mais velho que andar para a frente. Mas que percepção tão fina que ficou atemporal. Ou será que Ruy teve uma visão do que seria o futuro desta nação, naqueles idos? Teria antecipado o surgimento do PT?

fotoruy3

SINTO VERGONHA DE MIM, por Cleide Canton, última estrofe de Ruy Barbosa

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligencia com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.
04 de fevereiro de 2014
Magu

REVISITANDO SPONHOLZ


                  
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04 de fevereiro de 2014

ELEITORES DO BRASIL

A IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS, por Anhanguera
Nosso colaborador G. Mendoza envia este primor de montagem de imagem, ao qual não precisamos de mais comentários.

-1
04 de fevereiro de 2014  
Anhanguera
in blog do Giulio Sanmartin

PARECE QUE ESCREVEU ONTEM, por Magu                    

Isto é mais velho que andar para a frente. Mas que percepção tão fina que ficou atemporal. Ou será que Ruy teve uma visão do que seria o futuro desta nação, naqueles idos? Teria antecipado o surgimento do PT?

fotoruy3

SINTO VERGONHA DE MIM, por Cleide Canton, última estrofe de Ruy Barbosa

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligencia com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.
04 de fevereiro de 2014
Magu
 

REVISITANDO RÓQ, pela redação                   

charge_grd_053
04 de fevereiro de 2014
Eleitor-culpado-WEB

Acho que existem leitores que se abespinham quando “a gente” tira sarro dos nordestinos aqui no blog.

Não deveriam. Eles mesmo tiram sarro de si próprios. Senão, como explicar este vídeo feito por uma emissora da Paraíba, com o fito único de demonstrar o porque do PT conseguir convencê-los, apenas com os discursos dos “puderosos”, em que eles acreditam piamente.
Só um exemplo: Eles sabem que o Brasil não tem mais dívida externa, porque o emprenhador de galegas disse isso a eles. No entanto, nosso parceiro Sakamori demonstra, em poucas palavras, o contrário:
 
Dívida externa brasileira, está próximo de US$ 330 bilhões, com empréstimos feitos pela Petrobras no mercado externo, já no ano de 2014. Inclui neste montante a dívida do setor público e privado.  Enfim, dívida, que em última análise o governo brasileiro tem que honrar.  A dívida com FMI no montante de US$ 16 bilhões, foi pago pelo governo Lula.  É mentira dizer que o Brasil não tem dívida externa. Tem sim, o Brasil deve US$ 330 bilhões!
 
Mas não quero desviar o assunto, que é a qualidade do eleitor brasileiro no nordeste. É só verem o vídeo no link abaixo que tudo fica explicado.

04 de fevereiro de 2014
Anhanguera

ALUNOS INSTRUÍDOS. COMO DIZIA O VELHO DITADO: QUEM NÂO LÊ, MAL FALA, MAL OUVE, MAL VÊ. E MAL ESCREVE!!!

                            

O que é um tapoé?
O que é um tapoé?
Mais uma notícia que pesquei no meu arquivo. Joguei muitas fora, mas algumas julguei que nossos leitores se interessariam em conhecer. Já se passaram 7 anos. Não deve ter mudado nada… Na ilustração, placa escrita por um desses alunos.

 Essa fórmula é batida e muito engraçada, mas não nos esqueçamos que seu futuro médico, psicólogo ou advogado também está nesse meio… leiam e chorem, um dia pode ser um filho nosso… É triste! Talvez vocês já conheçam mas vejam só que dureza o que os vestibulandos foram capazes de escrever na prova de redação da UFMG de 2006, dado o tema:

“A TV forma, informa ou deforma?”.
A seleção foi feita pelo professor José Roberto Mathias.

1. A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação.

2. A TV no entanto é um consumo que devemos consumir para nossa formação, informação e deformação. (fantástica !)

3. A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não… (ahhh bom; uma frase sobrenatural..)

4. A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo intertida como também as vista. (sem comentários…)

5. A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças. (como é que é ?!)

6. Sempre ou quase sempre a TV está mais perto denosco.. (?) fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro. (esta é imbatível…)

7. A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral. (é praticamente uma tortura!)

8. A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção. (tudo a ver!!!)

9. A TV é o oxigênio que forma nossas idéias, (sem ela este indivíduo não pode viver…) por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens… (nunca tentei dirigir uma TV)

10. A TV ezerce (ah) poder, levando informações diárias e porque não dizer horárias. (esse é humorista, além de tudo)

11. E Nós estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso… (hein?)

12. A televisão leva fatos a trilhares de pessoas… (é muita gente isso, hein?!)

13. A TV acomoda aos teles inspectadores… (nnnnnooooosssssaaaaa!!!) A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas… (vixe!…. )

14. A televisão pode ser definida como uma faca de trez gumes. Ela tanto pode formar, como informar, como deformar. (sen-sa-ci-o-nal!!!!!)

04 de fevereiro de 2014
Magu

US$ 500 MILHÕES PARA O PORTO DE ÁGUAS PROFUNDAS NO URUGUAI. NÃO É O GOVERNO DO PT QUE VAI FINANCIAR... SOMOS NÓS!

MUJICA ANUNCIA QUE GOVERNO DO PT FINANCIARÁ 80% DE PORTO DE ÁGUAS PROFUNDAS NO URUGUAI ORÇADO EM U$ 500 MILHÕES DE DÓLARES


 
 
 
O presidente uruguaio, José Mujica, disse que o Brasil financiará 80% de um novo porto de águas profundas, o que ajudará a neutralizar os esforços da Argentina para controlar a navegação no Atlântico Sul. Ele afirmou em entrevista publicada no jornal República na terça-feira que as obras começarão em cerca de um ano.
 
O projeto, avaliado em US$ 500 milhões, será construído em Rocha, no Uruguai, e o Brasil bancará a maior parte disso por meio do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul. "O Brasil nos deu e nos dará uma grande mão com esse trabalho", comentou Mujica. "O Uruguai não tem a capacidade para financiar isso por si só e depende, por enquanto, de ajuda externa."
 
O vice-presidente uruguaio, Danilo Astori, forneceu mais detalhes sobre o porto em entrevista à agência de notícias Associated Press. Segundo ele, o Uruguai precisa de outro porto de águas profundas porque os atuais já estão operando com cargas recordes.
 
Astori prevê que o projeto transformará a economia do país, libertando a indústria de navegação das políticas protecionistas da Argentina.
 
Em outubro, o ministro de Economia da Argentina começou a desviar as embarcações que paravam nos portos do Uruguai, a fim de promover os portos argentinos e pressionar o país vizinho a fazer concessões nas negociações sobre um novo acordo de navegação no Mercosul.
 
Os portos de Buenos Aires e Montevidéu disputam há séculos o domínio dos embarques na região, mas o último decreto elevou os custos em ambos os países.
Principal empresa de contêineres em Montevidéu, a Katoen Natie, anunciou 500 demissões em dezembro, enquanto a Câmara de Comércio da Argentina pediu ao ministério a revogação da proibição, dizendo que a medida aumentava os custos e as dificuldades operacionais.
 
 
04 de fevereiro de 2014
in aluizio amorim

A MORTE DE PHILIP SEYMOR HOFFMAN


 
 
 
A morte do famoso ator norte-americano Philip Seymour Hoffman, ocorrida no último domingo foi fartamente noticiada. Mas como os leitores atentos podem constatar a causa da morte era considerada uma incógnita.
As matérias veiculadas pela grande imprensa - pelo menos a brasileira - sobre a morte do ator foram extremamente contidas no que se refere à causa mortis.
 
Pois bem. Nesta segunda-feira a polícia de Nova York confirmou: overdose da heroína. Entretanto, como num passe de mágica, reportagens sobre a morte do ator praticamente desapareceram dos sites noticiosos depois que a polícia liberou a informação.
 
Segue matéria, após este prólogo, que encontrei apenas no site do jornal Diário Catarinense reportando o fato, ou seja, que o ator morreu pela ingestão de heroína e tinha histórico de envolvimento com drogas.
 
Não é à toa que cresce de forma assustadora o volume de drogas apreendidas pela polícia no mundo inteiro. Sempre são toneladas de cocaína, heroína e outras substâncias alucinógenas. Como essas drogas são consumidas em doses diminutas, dado ao fato de seu potencial, pode-se supor sem qualquer dúvida, que o consumo dessas substâncias é maior do que se imagina.
 
Entretanto, não se vê na grande mídia qualquer denúncia deste fato que é terrível!, ou seja, o aumento vertiginoso do consumo de entorpecentes. Pelo contrário, ganham destaque as matérias que defendem a liberação das drogas. Há inclusive a notória preocupação de escamotear até mesmo a causa mortis desse ator.
Quando a heroína aparece o assunto desaparece ou passa para o rodapé das páginas dos jornais e sites da internet.
 
Inegavelmente e de forma escancarada a maioria da grande imprensa nacional e internacional promove a descriminalização de todas as drogas enquanto o combate ao tráfico é - pasmem - criminalizado! 
 
E, como todos sabem, grande parte da violência que campeia no Brasil e praticamente em todo o continente latino-americano decorre em grande parte do tráfico e do consumo de drogas.
Os crimes acontecem entre os traficantes, mas também atingem os cidadãos inocentes que são mortos em assaltos perpetrados por viciados que desejam obter dinheiro para comprar droga ou então para saldar dívida com os traficantes.
 
Esta é a verdade; uma terrível verdade, um dos maiores flagelos deste século XXI, acobertado pela idiotia do pensamento politicamente correto, a novilíngua introduzida pelo movimento esquerdista internacional que glamouriza essa peste que assola o planeta: as drogas alucinógenas!
Leiam:
 
A polícia de Nova York confirmou nesta segunda-feira que foi encontrada heroína em posse do ator Philip Seymour Hoffman, morto no domingo, aos 46 anos, em seu apartamento de Manhattan por suspeita de overdose.
 
– Os estudos preliminares indicaram que se encontrou heroína – disseram fontes policiais à AFP, referindo-se aos envelopes com a substância suspeita achados junto com o corpo do ator, no andar do banheiro de sua casa no West Village.
 
O ator foi encontrado com uma seringa no braço e vestido de bermuda e camiseta. Sua trágica morte chocou Hollywood e milhões de fãs no mundo.
A necropsia que confirmará o motivo do óbito já está em andamento, declarou uma porta-voz do Escritório de Medicina Forense (OCME, na sigla em inglês) de Nova York esta tarde. O corpo do ator foi levado para o necrotério do OCME, no domingo à noite.
 
– Estamos realizando. Não haverá mais informações por hoje – disse a assessora Julie Bolcer à AFP, por telefone.
 
Depois da surpresa com o falecimento do ator, considerado um dos mais talentosos de sua geração, começaram a circular informações sobre o mau momento, pelo qual Hoffman passava, mais uma vez envolvido com as drogas. O vício já havia colocado a vida do ator em risco aos 22 anos.
 
Recentemente, em maio de 2013, Hoffman passou dez dias em um centro de reabilitação para tentar se livrar do vício, especialmente o uso de heroína, uma droga que cria forte dependência.
 
Hoffman, um dos atores mais respeitados de Hollywood, separou-se há pouco tempo de sua mulher, a estilista Mimi O'Donnell, mãe de seus três filhos, de 10, 7 e 5 anos, segundo o jornal Daily News.
 
Em agosto, o ator abandonou o projeto do filme sobre espiões Child 44 por "razões não reveladas", sendo substituído por Vincent Cassel.

POLÍCIA INVESTIGA ONDE A DROGA FOI COMPRADA
 
A Polícia usava seu celular, entre outras fontes, para tentar determinar os últimos passos do ator e saber quais foram as últimas pessoas que estiveram com ele. Também estão sendo analisadas as gravações do circuito interno de televisão do prédio onde ele vivia, não muito longe da casa que ele e Mimi haviam comprado em 2008, por US$ 4,25 milhões.
 
Considerando-se a hipótese da morte por overdose, os agentes tentam descobrir ainda onde Seymour comprou a droga.
 
Na porta do prédio onde o ator faleceu, no número 35 da Bethune Street no West Village, os fãs improvisaram um pequeno memorial, com flores, velas e fotos.
 
Atores e celebridades prestaram várias homenagens a ele nesta segunda, e a Broadway, o famoso bairro dos teatros em Nova York, anunciou hoje que diminuirá a intensidade de suas luzes na quarta-feira à noite em sua memória.
 
– Eu me sinto muito feliz de ter conhecido e trabalhado com o extraordinário Philip Seymour Hoffman, e estou profundamente triste com seu falecimento – declarou Julianne Moore, que atuou com ele em Boogie Nights – Prazer sem limites, Magnólia eO Grande Lebowski.
 
George Clooney, que trabalhou com Hoffman em Tudo pelo Poder, disse estar bastante emocionado:
 
– Não há palavras... é terrível.
 
Já Tom Hanks lamentou a perda de um "talento gigante". Com mais de 20 anos de carreira e 50 filmes no currículo, Hoffman era extremamente querido e respeitado no mundo do cinema por seu grande talento e pelas escolhas de seus papéis. Ele trabalhava nos filmes dos grandes estúdios e nas produções independentes – e brilhava em todos.
 
Em 2006, ganhou o Oscar de melhor ator por Capote, interpretando o escritor homônimo. Recebeu outras três indicações por ator coadjuvante, em Jogos de Poder(2008), Dúvida (2009) e O Mestre (2013).
 
Apesar da carreira de destaque, o ator mantinha um perfil reservado. Sua família publicou uma carta, dizendo-se "devastada" e agradecendo pelo apoio recebido.
 
 
04 de fevereiro de 2014
in aluizio amorim

TUMA JÚNIOR: "EU FIZ UMA PEÇA DE DEFESA E NÃO DE ACUSAÇÂO"

Ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, comenta as repercussões em torno do seu livro Assassinato de Reputações

http://www.youtube.com/watch?v=xmMnFVPZRqY&feature=player_embedded

O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior foi o entrevistado do Roda Viva de segunda-feira (3). Ele chefiou a secretaria entre os anos de 2007 e 2010, até que foi afastado por uma suposta ligação com integrantes de uma organização criminosa. Recentemente, Tuma lançou o Livro "Assassinato de Reputações – Um crime de Estado", no qual não só rebate as acusações de que foi alvo, como também faz graves acusações ao ex-presidente Lula e a autoridades federais – uma delas a de usar órgãos de segurança para conquistar objetivos políticos.

Entre os assuntos abordados, o livro trata do uso de dossiês forjados para prejudicar adversários, do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, das tentativas de transformar a Polícia Federal em instrumento político e das investigações que envolvem o empresário Daniel Dantas. Hoje, Tuma já contabiliza mais 60 mil de exemplares vendidos.

Assim que o livro começou a ser vendido, o ex-secretário recebeu algumas ameaças de processos judiciais por parte das pessoas citadas na publicação. Porém, Tuma afirma até o momento não foi notificado oficialmente de que alguém o teria processado. Ele justifica: “É difícil você ser processado quando fala a verdade”.

Tuma revela que chegaram até ele algumas ameaças, que já estão sendo investigadas, e um e-mail enviado pela assessoria do banqueiro Daniel Dantas, solicitando alguns esclarecimentos.

No entanto, Tuma Júnior declara estar preparado para caso seja acionado na justiça. “Eu tenho várias provas no livro. Eu fui secretário nacional da Justiça, eu não seria nenhum louco, irresponsável, de acusar alguém injustamente por assassinato de reputação, no qual fui vítima. Eu fiz uma peça de defesa e não de acusação”.

O ex-secretário explica ainda que não foi omisso quanto aos supostos crimes dos quais revela no livro, e afirma que tentou por diversas vezes falar, mas não foi ouvido. “Eu fiquei três anos tentando me defender na justiça das falsas acusações que me foram imputadas, e não tinha esse espaço. Ninguém quis me ouvir, então fui obrigado a escrever. Tudo o que eu presenciei eu denunciei, mas eu tinha superiores. Eu jamais prevariquei”.

Filho do político Romeu Tuma (1931-2010), Romeu Tuma Júnior começou a carreira policial aos 18 anos como investigador. Foi delegado da Polícia Civil de São Paulo e deputado estadual paulista. Ocupou, entre 2007 e 2010, o cargo de Secretário Nacional de Justiça durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À época, presidiu o Conselho Nacional de Combate à Pirataria.

04 de fevereiro de 2014~
Portal da TV Cultura de São Paulo
 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Ministro petista declara guerra ao Google, e Tuminha assassina reputação da petralhada
Ontem, no programa Roda Viva, foi Romeu Tuma Jr quem confirmou o assassinato, em legítima defesa, da reputação de Lula (ex-informante do DOPS), Gilberto Carvalho e do PT. A maior ironia foi mostrar como uma polícia aparelhada e instrumentalizada pelo governo petista acabou se voltando contra seus integrantes, como no caso Rosemary, espinha dorsal de Lula. Agora, será que o ex-Presidente aceitará o desafio de uma acareação?
O PT cometeu ontem um erro estratégico que, certamente, será fatal aos planos reeleitorais de poder. Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações, simplesmente declarou guerra ao Google. Além de reclamar que a transnacional exerce um “monopólio da internet”, Bernardo acusou o Google de sonegar (não coletar) impostos no Brasil por seus serviços de publicidade. O troco político do Google deve custar muito caro à petralhada – que deseja censurar as redes sociais, onde Lula e os petistas não conseguem ter hegemonia e sofrem oposição consistente.
 
Além do temerário ataque ao Google, Paulo Bernardo também demonstrou a falta de unidade dentro do PT sobre o polêmico Marco Civil na internet. Bernardo deixou claro que discorda do projeto de “regulação de conteúdo dos veículos de comunicação” - defendido Franklin Martins (ex-ministro que será o comandante da ofensiva eleitoral petista nas redes sociais). O ministro ajudou a alimentar a autofágica guerra interna no PT na busca de consolidar espaço na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff.
 
Na prática, Bernardo bateu de frente com Franklin: “Regular conteúdo não é permitido pela Constituição. Acho que nós temos de dizer o que vamos fazer de maneira geral em relação a espaço de mercado para cada um. Regulação de conteúdo ninguém defende, quem defende está defendendo uma coisa que a Constituição não permite. A liberdade de expressão, o tráfego de ideias tem que ser garantido”. Detalhe: a jornalista Helena Chagas, que defendia esta mesma posição, foi derrubada da Secretaria de Comunicação Social do governo pelo jogo de intrigas petista. Bernardo que se cuide...
 
Sobre o Google – que deve render polêmica e, certamente, retaliação nas redes sociais -, Bernardo pegou pesadíssimo: “As pessoas falam que no Brasil tem monopólio da mídia, eu acho que o Google está se tornando o grande monopólio da mídia e a gente vê uma disputa entre teles e TVs que se durar mais alguns anos o Google vai engolir os dois. Se você tem uma empresa que num setor tem 91% de participação é evidente que talvez seja o caso de discutir. Acho que sempre há espaço para discutir”.
 
A crítica mais violenta de Bernardo atinge o modelo de negócios do Google: “Nós temos uma situação que começa a ficar assimétrica de empresas que vendem serviços pela internet e não tem as mesmas responsabilidades dos veículos tradicionais. O Google faturou em 2013 mais de R$ 3,5 bilhões de publicidade no Brasil. A informação que tenho é que a maior parte dessa publicidade é paga no exterior com cartão internacional. Esse dinheiro tem os impostos que a mídia tradicional paga? Não acredito que tenha. É preciso olhar isso. A gente não está falando de regular conteúdo, sou a favor da liberdade de expressão. Agora, nós podemos ter dois tipos de veículo vendendo publicidade: um pagando imposto e outro não pagando nada? Isso tem que ser visto”.
 
O troco do Google virá... A Petralhada pode esperar...
 
Roda Viva
 
 
A verdade, jornalisticamente lamentável, é: a direção do Roda Viva evitou, ao máximo, qualquer aprofundamento maior sobre o polêmico assunto “Lula como informante do DOPS”...
Resumindo: o programa foi água com açúcar, sem aprofundar temas importantes que Tuma Jr apontou no livro “Assassinato de Reputações”
 
Câmera do cartunista Paulo Caruso, canetando Romeu Tuma Júnior no Roda Viva de ontem.
 
O Informante
 
Por volta dos 41 minutos do programa, Tuminha ressaltou que Lula sempre foi muito próximo do governo dos militares, mas o assunto acabou providencialmente abafado para outra pergunta...
 
Aos 50 minutos, quando o assunto volta à tona, Tuminha reafirmou que Lula prestava informações úteis ao seu pai, Romeu Tuma, quando ele era o chefe de inteligência do Departamento da Ordem Política e Social nos tempos da dita-dura.
 
A partir dos 55 minutos, lembrou que um símbolo da esquerda, como Lula era, não andaria, impunemente, fumando, no banco de trás de um carro de polícia, como aparece em fotos históricas do tempo das famosas greves no ABC, no final da década de 70.
 
Máquina de grana?
 
A suposta oposição ao PT deveria investigar quanto as empresas da área de educação vão investir, aberta ou por debaixo dos panos, na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff.
 
Nos bastidores do Lobby, já se comenta que uma das grandes fontes de mensalão para 2014 será o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego.
 
O famoso Pronatec, que já conta com 5,7 milhões de matrículas, é uma alta fonte de lucro dos grupos educacionais (que pode retornar em forma de doações para campanha política), além de ser, também, uma bela ferramenta eleitoral, na base do famoso clientelismo...
 
Mudança de Comunicação


Vice desejado
 
Não foi à toa que o empresário Josué Alencar – presidente da Coteminas – desistiu de virar Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
 
O verdadeiro plano do filho do falecido vice-presidente José Alencar é ser escolhido o vice na chapa reeleitoral de Dilma Rousseff.
 
Falta só atropelar Michel Temer – que não deseja largar o osso – e combinar com o futuro ex-governador Sérgio Cabral Filho, que deseja a mesma coisa.
 
Cotada
 
A empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, que chegou a rejeitar o Ministério da Micro e Pequena Empresa, agora tem tudo para ser ministra do Desenvolvimento.
Concorre com o presidente da Natura, Pedro Passos, que hoje preside o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) – sucedendo Josué Alencar.
Outro na fita é o Juan Quirós, presidente do grupo Advento.
 
Brasil da Usura
 
Se um correntista tivesse depositado R$ 100,00 (Cem Reais) na poupança em qualquer banco, dia 1º de julho de 1994 (data de lançamento do Real), teria hoje na conta R$ 374,00 (Trezentos e Setenta e Quatro Reais).
 
Se esse mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00 (Cem Reais) no Cheque Especial, na mesma data, e não pagasse a conta, teria hoje uma dívida de R$139.259,00 (Cento e Trinta e Nove Mil e Duzentos Cinquenta e Nove Reais) no mesmo banco.
 
Ou seja, com o modelo econômico de juros altos, só os bancos ganham dinheiro fácil.
 
Pendurados nos cartões
 
Um terço das concessões de crédito no cartão no ano passado entraram no perigoso rotativo – deixar de pagar o principal e rolar a dívida pra frente.
Os brasileiros empurraram dívidas de R$ 26 bilhões no rotativo do cartão, número maior do que o que foi emprestado em crédito consignado ou crédito ao consumo.
 
Desse total, quase 37% está com o pagamento da fatura em atraso de mais de 90 dias, ou seja, inadimplentes.
 
Conjuntura sombria
 
Até quando a presidenta Dilma do Chefe conseguirá manter o discurso ilusório de que tudo vai bem na economia brasileira?
 
Bolsa caindo, Petrobras, Vale e Eletrobras se desvalorizando, déficit na balança comercial subindo, nota de risco do País em clima de rebaixamento, dólar subindo, fuga de investidores do Brasil...
Nessa conjuntura sóbria, só um maluco pode apostar que Dilma não perde a eleição – ou que se reelege com facilidade, como prega a propaganda petralha...
Gozando o Barbosão
 
Fome de vingança
 
 
Evacuando
 
Armando o retorno
Meia Noite em Paris
 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

04 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.