Confesso que ontem voltei a estudar o tema. Já vi quadrilhas bem de perto. Talvez perto o suficiente para saber que uma boa teoria da conspiração sempre tem dois lados, aparentemente opostos, mas que se atraem numa estranha confraria. Basta pesquisar um pouco o que temos hoje na internet sobre UFOs e afins. De um lado estariam “os americanos”, esses imperialistas que já falam com ETs e escondem isso da maioria da plebe rude e de outros “iluminados”, que perceberam antes de todo mundo que eles já estão entre nós.
O motivo do tema? Porque ele me interessa particularmente para entender a “filosofia petista”, se é que existe alguma coisa desse tipo no comportamento medianamente ladravaz e truculento desses bandidos. Acho que é lenda urbana, como os ETs e o óleo ungido de Israel, com seu cheiro característico de óleo de pastel barato. O fato é que o Brasil é muito permissivo com seitas e afins. São “empresas”. Ganham muito dinheiro com suas atividades borderlines, no limite da contravenção ou dentro dela mesmo, mas precisam de “legitimidade” para se tornarem “autoridades” em seus galinheiros.
Essa é, portanto, a cruzada dessa gente rumbeira: serem “aceitos” na sociedade que vem aceitando tudo. Há filósofos e historiadores no país dispostos a ver tudo como uma grande engrenagem, onde cada um exerce o papel de formiga, ou de aviãozinho da quadrilha.
Sob certos aspectos, a coisa é um pouco pior, pois é uma “mentalidade” e não um arranjo combinado. Como as moscas, estes indivíduos apenas “zumbem” em uníssono, sem saber direito para que causas serve o que estão fazendo. O brasileiro não é lá muito esclarecido. Agitado da maneira correta, seria a bucha dos canhões desse gente rumbeira, acostumada na tubaína e na mortadela a fazer “o país que vai pra frente”, sabe-se lá em direção a que abismo. A esquerda tinha o protagonismo das ruas e das massas quando parecia legítima aos olhos de muitos. O embuste não durou dois governos ladrões completos.
Escandalizada com a abrangência do patrulhamento e da roubalheira, a sociedade só agora se deu conta de que tirou o ladrãozinho dos cofres públicos de sempre para lá colocar o ladrãozão no lugar. Anestesiada até então pelo “representativismo”, não percebeu que, de novo, passou um cheque em branco para um bando de bandidos fazerem o que bem entendem de nossos combalidos cofres públicos.
Já disse aqui mesmo que tenho dificuldade em aceitar que exista uma “sofisticada organização criminosa” no poder, pois de sofisticada ela não tem nada. São roubos comuns, que só não foram devidamente esclarecidos porque a lei sempre foi conivente com este tipo de bandidagem. Já não é mais.
A roubalheira “deu na vista”, passou dos limites, lambuzou a petralharia segundo seus próprios membros e está aí agora para todo mundo ver também. O que vão fazer de seus agentes e beneficiários? O Brasil que presta espera uma resposta que seja convincente. Até agora só os “ricos empresários” estão comendo cadeia, sem confundir os “delcídios”, idiotas úteis que foram pegos em flagrante delito.
A primeira instância funcionou bem até aqui. Vamos ver o que acontece quando o “puxadinho do PT” na toga for acionado para salvar o rabão lustroso desses calhordas. O pouco que vimos até agora já foi de enojar. Se são bolivarianos legítimos ou fraudados, pouco interessa. Estão na mira de uma sociedade que já não tolera mais essa vigarice travestida de “defesa” dos interesses sociais. Só deles.
Sabemos bem o que os vigaristas defendem. No momento, defendem tão somente o próprio traseirão avantajado e incômodo. Comer cadeia não deve ser nada agradável, para quem já foi tão longe na vigarice sem ser pego. Questão de tempo.
10 de janeiro de 2016
Vlady Oliver