"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

ESQUERDA & EUGENIA: UMA HISTÓRIA DE AMOR

Além do seu racismo politicamente correto, a esquerda tem uma longa história de amor pela eugenia. Aliás, historicamente, é possível apontar alguns pensadores de esquerda como percussores do movimento eugenista na Europa e nos Estados Unidos.

Da anarquista Emma Goldman (1869-1940) até o escritor George Bernard Shaw (1865-1950), passando pelo economista John Maynard Keynes (1883-1946), a galeria de intelectuais progressistas que flertou com a eugenia é tão grande quanto notável.
Décadas antes que o Partido Nacional Socialista chegasse ao poder na Alemanha, o irlandês George Bernard Shaw – um convicto socialista Fabiano – já defendia abertamente as teses da eugenia, entre elas a eliminação de indivíduos que não fossem produtivos.
Ainda em 1910, Shaw participou da Conferência da Sociedade de Educação Eugênica – que tinha muitos progressistas como membros – e defendeu em termos pragmáticos a eliminação da parcela da população que, segundo ele, “não se encaixava na sociedade moderna”.
Shaw: "Extermínio com base científica"
Shaw: “Devemos exterminar quem não se encaixa no nosso projeto de sociedade”
Naqueles tempos em que a ciência era apresentada como única salvação possível para a humanidade, a eugenia não tinha a aparência diabólica de hoje. Pelo contrário, defendê-la era como um atestado de generosidade dos humanistas de plantão.
Por isso, o fato de Shaw ter defendido o extermínio de certa parcela da população não o impediu de ser agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1925. Com o Nobel debaixo do braço, Shaw se tornou o intelectual mais reverenciado de sua época.
Em 1931, a convite de Stálin, o escritor humanista visitou a União Soviética. Shaw sabia que Stalin estava matando parte da população russa simplesmente lhe privando de comida. Ele foi informado de que isso era necessário para livrar a sociedade russa dos “párias”.
É desnecessário dizer que Shaw ficou encantado com a política eugenista soviética, convicto de que os engenheiros sociais construíam uma sociedade perfeita. Ele descreveu a URSS como “uma terra de esperança, um exemplo para as potências ocidentais”:
“O extermínio deve ser justificado com uma base científica e sempre ser levada a cabo de forma humana e pensado como um bem maior. Desejamos certo tipo de civilização e devemos exterminar aquelas pessoas que não se encaixam nele”.
Eugenia, aborto e racismo
Emma Goldman: anarquismo e eugenia
Emma Goldman: feminismo e eugenia
A anarquista Emma Goldman combinava a defesa da eugenia com o aborto e controle de natalidade. Ela não estava sozinha: as feministas diziam o mesmo. A pioneira do aborto nos EUA, Margaret Sanger (1879-1966), o defendia como meio de esterilização social.
Ela é a fundadora da Planned Parenthood, organização voltada à promoção do aborto e do controle de natalidade. Socialista, Margaret Sanger dizia que o aborto era um método eugenista que purificaria os EUA – tal como Shaw prometia na Europa.
Na década de 1930 a Planned Parenthood iniciou o famigerado Projeto Negro. Foi um esforço colaborativo com a Liga Americana de Controle da Natalidade para eliminar o “impróprio” da população americana nativa. Por impróprios leia-se “negros-pobres-do-Sul”:
“Nós queremos exterminar a palavra negro do nosso vocabulário, mas eles [os negros] não podem ficar sabendo de nada disso”
Calcula-se que mais de um milhão de negros tenham sido abortados pela organização fundada pela humanista – era assim que ela e Shaw se autodescreviam – Margaret Sanger.  Não por acaso, a socialista Sanger aceitava convites para falar às piedosas esposas de cavalheiros da Ku Klux Klan.
Sanger: "Queremos exterminar o negro"
Sanger: “Queremos exterminar o negro do vocabulário”
A bondosa Sanger queria prevenir o nascimento daqueles que considerava inferior ou impróprio. A crença eugenista, portanto, foi a base da política de controle de natalidade da Planned Parenthood e do próprio movimento feminista pró-aborto.
Mulheres negras contra práticas eugenistas nos EUA
Mulheres negras protestam contra práticas eugenistas nos EUA
As almas progressistas de hoje podem se assustar com a associação entre aborto e eugenia, mas a verdade é que são causas gêmeas. A eugenia pretende impedir o nascimento de “seres inferiores” e o aborto muitas vezes é defendido como um método para tal fim.
Até hoje é possível ouvir um eco desta crença mórbida na boca daqueles que defendem o aborto enquanto política pública, ou seja, como método de esterilização social para impedir o nascimento de pobres infelizes que podem infelicitar suas comunidades.
Eugenia: uma causa progressista
No seu clássico “Tábula Rasa – a negação contemporânea da natureza humana”, o psicólogo evolucionista Steven Pinker relembra que a maioria das almas progressistas do século 20 abusava da ciência para defender a eugenia:
“Os progressistas adoravam a eugenia porque ela estava ao lado da reforma e não do status quo, do ativismo e não do laissez-faire, da responsabilidade social e não do egoísmo. Quem lhes fazia oposição eram os conservadores católicos e protestantes do Cinturão da Bíblia, que odiavam a eugenia porque a viam como uma tentativa da elite tomar o lugar de Deus”.
Pinker cita vários pensadores progressistas que eram eugenistas apaixonados: HG Wells, Theodore Rossevelt, Harold Laski, J.B.S. Haldane, Beatrice Webb, entre muitos outros.
Keynes era uma dessas almas progressistas, amante da reforma e da ciência – ou do que ele entendia por ciênciaKeynes presidiu Sociedade da Eugenia de 1937 até 1944 e classificou a eugenia como “o ramo mais genuíno e importante da ciência que existe”.
Keynes: "Eugenia é o ramo mais importante da ciência"
Keynes: “Eugenia é o ramo mais importante da ciência”
A obsessão eugenista dos esquerdistas é fruto de duas características centrais do pensamento progressista: a busca utópica da perfeição e a fé desmedida na Razão. Para a alma progressista, a perfeição é possível aos homens por meio da Razão e da ciência.
Tudo é uma questão de encontrar os métodos certos. A engenharia social é a apenas a forma concreta dos dois principais dogmas progressistas: o racionalismo e o perfeccionismo.  
Os progressistas buscam uma sociedade humana perfeita e estão dispostos a usar qualquer meio – do extermínio à esterilização social – para atingir tal fim. Ontem era a eugenia, hoje é o aborto e a destruição do gênero. Quem sabe o que virá amanhã?
Fontes:
“Tábula Rasa – a negação contemporânea da Natureza Humana”, Steven Pinker, Companhia das Letras, 2002.
08 de maio de 2015
Reaçonaria

CONGRESSO É TRANSGÊNICO E ISSO EXPLICA TUDO




http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000002626/md.0000034222.jpg
A votação de um projeto de lei sobre rotulagem de alimentos, na última terça-feira, ajuda a explicar o Congresso que está aí.
Desde 2003, as embalagens de produtos que contêm organismos geneticamente modificados devem trazer um pequeno triângulo amarelo com a letra T, de transgênico.
O plantio de transgênicos é liberado no Brasil. O que a regra atual garante é que o consumidor tenha informações para escolher se deseja ou não comprar esses produtos. Quem quer, leva. Quem não quer, busca outra opção na prateleira.
Isso contraria algumas gigantes do setor alimentício, que preferiam não dizer como fabricam o que você come. Essas empresas financiam as campanhas de políticos que representam seus interesses em Brasília.
RURALISTA
Em 2008, o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista, apresentou projeto para eliminar o triângulo das embalagens. De acordo com ele, dar informações desinforma o consumidor.
“A informação que induza a erro, falso entendimento ou de conteúdo inútil é desinformante, já que não cumpre o papel de esclarecer, mas sim o de confundir ou de nada agregar”, escreveu. Seria mais prático recorrer a Chacrinha: “Não vim para explicar, vim para confundir”.
Heinze, que é investigado na Operação Lava Jato, também alegou que a cor amarela encarece as embalagens e que o triângulo lembra as placas de perigo de radiação. Só faltou dizer que as donas de casa estão fugindo dos supermercados com medo de que o óleo de cozinha tenha vindo de Chernobyl.
UMA PERGUNTA
Na votação de terça, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) ridicularizou o lobby ruralista com uma pergunta: “Por que quem diz que o transgênico é uma maravilha não quer que o consumidor saiba que tem transgênico no produto?”
A ironia não parou os tratores. A Câmara aprovou com folga, por 320 votos a 135, o projeto que retira o símbolo das embalagens.
08 de maio de 2015
Bernardo Mello FrancoFolha

PENA QUE OS DÓLARES ERAM FALSOS




Se houve um vitorioso na votação da medida provisória 665 foi o vice-presidente Michel Temer. Afinal, mesmo por margem reduzida, a Câmara aprovou a maldade inicial da equipe econômica. Todos os demais perderam, e muito.
Começa pela presidente Dilma, objeto das mais grosseiras porém justas acusações de haver traído promessas expostas na campanha, ao tomar a iniciativa de cortar direitos trabalhistas. Se Madame não podia mais sair à rua por conta da indignação popular, agora precisa evitar assistir pela televisão as sessões da Câmara.
O PT também disputa a pole-position da rejeição nacional, demonstrando que se continua partido, não é mais dos trabalhadores. Os oito deputados que saltaram de banda e não compareceram, mais o único que votou contra, foram derrotados pelos 55 traidores do passado, algozes das prerrogativas sociais.
Perdeu também o PMDB, demonstrando estar sempre trocando convicções por cargos no governo. O partido que já foi do dr. Ulysses agora parece entregue ao doleiro Alberto Youssef, na medida em que faz tudo por dinheiro. Mesmo assim, alguns de seus deputados rejeitaram o projeto.
As oposições também entram na fila. Não conseguiram maioria para rejeitar a proposta celerada que reduz o seguro-desemprego e o abono salarial. Tudo indica que fracassarão na defesa das pensões das viúvas. No DEM, colheram-se oito votos favoráveis ao governo, imaginando-se quais teriam sido as benesses prometidas ou já concedidas pelo vice-presidente.
TRABALHADOR DERROTADO
Grande derrota, podendo ser calculada em milhões de reais, sofreu o trabalhador. Precisará ralar quando estiver desempregado, perderá parte substancial do abono capaz de minorar as agruras do salário mínimo, além do risco de punição por ser jovem e viúvo. Ficará sem as pensões, mesmo mantendo os filhos.
Em suma, nada de novo sob o sol, desde que o governo do PT aderiu ao neoliberalismo, coisa vinda dos tempos do Lula no poder. Suas Excelências continuarão faturando, sem fazer caso dos sete milhões de desempregados existentes no país, lamentando, talvez, que a Força Sindical os tivesse bombardeado com dólares falsos. Se fossem verdadeiros, muito melhor.
REPATRIAR, NUNCA!
Calcula o Banco Central que pelo menos 520 bilhões de dólares pertencentes a brasileiros ou estrangeiros aqui estabelecidos encontram-se em paraísos fiscais, lá fora. Tivesse o governo vontade e instrumentos e boa parte dessa quantia poderia ser repatriada. Bastaria para resolver a crise econômica e serviria para a retomada do desenvolvimento, tanto faz se com ameaças e punições ou mediante promessas de anistia.
08 de maio de 2015
Carlos Chagas

REVELAÇÕES DE MUJICA DAS CONFIDÊNCIAS DE LULA...

Em livro, Mujica diz que Lula se referiu ao mensalão como "única forma de governar o Brasil


O ex-presidente uruguaio relatou ainda que fazer política em Brasília sem se envolver com corrupção é praticamente impossível



José Mujica e Lula em encontro em 2010
(Pablo Porciuncula/AFP)


Da redação
O ex-presidente uruguaio José Mujica revela em seu mais recente livro que o ex-presidente Lula confessou o crime do mensalão para ele. A obra autobiográfica 'Una Oveja Negra al Poder' (Uma ovelha negra no poder, em tradução livre), escrita pelos jornalistas Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz com depoimentos de Mujica, relata que, em 2010, ao conversarem sobre o escândalo do mensalão, que consistia em compra de apoio político no Congresso, o petista teria dito ao presidente uruguaio que aquela era "a única forma de governar o Brasil".

"Lula não é um corrupto como [Fernando] Collor de Mello e outros ex-presidentes brasileiros", disse Mujica no livro, "mas viveu esse episódio [do mensalão] com angústia e um pouco de culpa". Ainda segundo o relato, o assunto mensalão veio à tona durante uma reunião feita em Brasília nos primeiros meses de 2010, e Lula teria dito textualmente: "Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens". E logo em seguida completou: "Essa era a única forma de governar o Brasil". Mujica afirma que o ex-vice-presidente uruguaio Danilo Astori também estava na sala e ouviu a declaração do petista.

Nesta semana, em entrevista ao El País sobre o lançamento do livro, Mujica classificou de "inexplicáveis" os escândalos de corrupção que ocorrem no Brasil. Ao jornal espanhol, o ex-presidente uruguaio afirmou que qualquer envolvimento de dinheiro na política abre o precedente para a ação de corruptores. "A esquerda morre quando a cobiça de se fazer dinheiro entra na política. Por que a corrupção prolifera tanto? Parece sensato que pessoas de 60, 70 anos se emporcalhem com uns pesos imundos? Eles sabem que têm pouca vida pela frente. O tema de ter dinheiro para ser alguém pode ser uma ferramenta de progresso no mundo do comércio, onde se correm riscos empresariais, mas estamos fritos quando se mete na política. Isso aconteceu na Itália, em parte da Espanha. É inexplicável o que se passa no Brasil", declarou.

Na obra, ainda sem data de lançamento no Brasil, Mujica fala sobre os cinco anos em que esteve no governo e discorre sobre temas relevantes para a política latino-americana. Para ele, fazer política no Brasil sem se envolver com corrupção é praticamente impossível. "A democracia moderna é muito cara. O Brasil é muito grande, tem Estados que são como países. Existem partidos locais, e a legenda que ganha o governo nacional precisa negociar com eles. Aí acontece de tudo", disse.

Argentina - O uruguaio também recordou que o vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, enfrenta uma série de processos na Justiça. Na terça-feira, Mujica participou de um evento no país e disse já ter visto a presidente Cristina Kirchner "enraivecida como uma aranha má, como se estivesse ofendida ou ressentida". Em seguida, saiu em defesa da mandatária, com quem teve divergências durante o período em que ocupou a presidência uruguaia. "Depois, naturalmente, ela sempre defendeu os interesses que considera pertencentes à nação argentina. A meu ver, ela o fez em algumas vezes de forma acertada e, em outras, equivocadamente", afirmou.

Como no Uruguai não existe reeleição, Mujica não concorreu à Presidência no ano passado e deu lugar a Tabaré Vásquez, do seu partido de esquerda Frente Ampla. Mujica foi eleito para o Senado pelo Frente Ampla e, aos 80 anos, disse não ter perspectiva de retornar ao Executivo. "Sigo como uma referência, mas não sei como vou estar daqui cinco anos. Tenho 80, pensar nos 85 é muito corajoso, não?", brincou.


08 de maio de 2015
Veja

PT DE UM LADO E POVO DO OUTRO...

SINFONIA DAS PANELAS SEPARA GOVERNO DO PT E A POPULAÇÃO


Em reportagem publicada na edição de 6 de maio, O Globo destacou o panelaço que se ouviu no país durante a exibição do programa do PT a noite de terça-feira, no horário político que, pela lei, cabe ao partido. Foi uma nova sinfonia semelhante àquela que se assistiu a 8 de março, quando a presidente Dilma Rousseff falou em rede nacional na comemoração do Dia Internacional da Mulher. O som das panelas repetiu a linha sonora que colocada de um lado o governo e o PT, de outro a sociedade brasileira, portanto a opinião pública, a população brasileira.
Essa divisão possui causas definidas. Os compromissos expostos ao longo da campanha eleitoral afastam a presidente da candidata vitoriosa nas urnas. A maior parte do eleitorado está sendo envolvido pela sensação de que perdeu vencendo, uma frustração difícil de superar, já que a vontade de resgatar o voto depositado no sistema eletrônico é impossível de realizar.
A sensação de perda é agravada pelo sucesso dos fatos que tingem a realidade do país, a começar pela cada vez mais comprovada corrupção na Petrobrás, a qual os petistas procuram minimizar ou ocultar de forma desesperada.Mas ela veio à tona e se reflete intensamente na sociedade.
CRISE ECONÔMICA
A inflação se acelera, o desemprego sobe, os salários baixam. O poder de compra se retrai. Em conseqüência,lojas fecham, fábricas dão férias coletivas, surgem as demissões incentivadas e também as não incentivadas, mas cujos resultados levam ao mesmo patamar, onde o desânimo predomina, existe uma atmosfera de instabilidade e pessimismo. Ainda por cima, os cortes sociais embutidos no ajuste fiscal. O povo poderia estar satisfeito? Impossível.
Além de tudo isso, a atitude da presidente Dilma Rousseff de tentar se colocar na retaguarda dos acontecimentos, como se nada tivesse a ver com o que ocorre. Não aceita a culpa, transfere para os outros. E de forma tão marcante que passou a dividir o poder, ora com Lula, ora com Michel Temer.
POSIÇÃO ESCAPISTA
Ao atribuir ao vice-presidente uma tarefa que cabe a ela presidente, procurou esquivar-se da missão de articular as ações políticas inerentes ao seu próprio mandato. De recuo em recuo, ela vai deixando o primeiro plano. Por esse caminho, no fundo escapista, a qualquer dia os eleitores quase não sentiram sua ausência. Estão faltando à presidente e ao governo, isso sim, não lances de marketing, mas uma coisa chamada boas notícias. Sim. Porque a comunicação entre o poder e o povo depende da transmissão de conteúdos positivos. Conteúdos que influenciam positivamente na vida das pessoas comuns. Que buscam a segurança social, o bem-estar, o aumento salarial, a boa aplicação dos impostos, os quais consomem em torno de 40% dos vencimentos de todos nós, e de nossas famílias.
A perspectiva psicológica do avanço, da melhoria, é muito profunda, inclusive porque todos nós, também, temos ciência plena de que o tempo não para. Ao contrário. Passa cada vez mais rápido, acelerado pelo motor inflacionário que, diariamente, empurra os preços para cima e, em conseqüência, a sociedade para baixo. A nova sinfonia das panelas e buzinas, sob um constante apagar e acender de luzes do protesto, tornou-se mais um capítulo do drama brasileiro ao tom do desânimo e da desesperança, na busca de soluções e ilusões perdidas.
08 de maio de 2015
Pedro do Coutto

CENAS DA NOVA ORDEM MUNDIAL, DO GEN. SÉRGIO AVELLAR COUTINHO


cnwo
O autor, de maneira bastante competente e patriótica, não se eximiu de analisar como os esquerdistas brasileiros, que estão no poder desde a chamada reabertura democrática.

Em um artigo escrito há algum tempo, indiquei o livro Fascismo de esquerda, escrito por Jonah Goldberg, como forma de entender o funcionamento, a atuação e a mentalidade das esquerdas e como elas usam os poderes políticos, econômicos e culturais para se impor e se consolidar no poder. Realmente este é um livro incrível! No entanto, sendo um escritor americano, Goldberg analisa a história americana, dissecando as táticas esquerdistas nos Estados Unidos. Ainda assim, o que ele apresenta é muito instrutivo e ajuda, mesmo o leitor que não vive a realidade daquele país, a entender como agem e pensam os marxistas, em geral.
Mas antes que o leitor brasileiro creia estar abandonado e que para entender como se deu a formação esquerdista em seu próprio país precise acessar apenas documentos esparsos ou trechos espalhados em livros diversos, é bom que ele conheça uma obra publicada pela sempre relevante Biblioteca do Exército, chamada Cenas da Nova Ordem Mundial – uma visão do mundo como ele é, escrita pelo Gen. Sérgio Augusto de Avellar Coutinho.
Sendo uma reedição atualizada do trabalho Cadernos da Liberdade, do mesmo autor, o livro, antes de tudo, pretende ser um contraponto ao conhecido Cadernos do Cárcere, de Antonio Gramsci, mostrando ao público como está se formando uma Nova Ordem Mundial, baseada no socialismo e alcançada por meio dos métodos de dominação ensinados pelo autor italiano. No entanto, o trabalho do Gen. Avellar Coutinho vai além disso e faz uma dissecação da formação da esquerda contemporânea no Brasil. Sem deixar de explicar como o comunismo nasceu e se espalhou pelo mundo, ele apresenta, com fatos e análises, também como a esquerda brasileira se tornou o que ela é, quais são seus objetivos, quais as táticas empreendidas, quais suas inspirações e como ela se consolidou no poder.
O livro todo é recheado de dados e informações que tornam essa obra uma das melhores referências sobre a história do esquerdismo no Brasil. De Prestes ao atual PT, passando pelos comunistas dos anos 40 e 50, os guerrilheiros da época da ditadura e a nova intelligentsia marxista, Coutinho consegue fazer com que o leitor tenha uma visão, ao mesmo tempo, panorâmica e detalhada, do que é a esquerda brasileira.
Apresentando assim, parece até que o livro tem como objetivo fazer um raio-x do socialismo nacional. Não, não tem! Na verdade, a obra é uma tentativa de explicar o mundo, principalmente em sua composição após a queda da União Soviética. No entanto, o autor, de maneira bastante competente e patriótica, não se eximiu de analisar como os esquerdistas brasileiros, que estão no poder desde a chamada reabertura democrática, se inserem nesse panorama global.
Para o General Coutinho, o termo Nova Ordem Mundial não tem tanto a ver com um projeto monolítico de dominação mundial por uma elite de bilionários, mas, sim, um momento novo na história geopolítica do mundo, quando, com o colapso da União Soviética, o jogo político global se tornou mais complexo do que na época da guerra fria, mantendo, porém, um dos atores ainda bem vivo e atuante, se bem que por meio de novas facetas, a saber, o movimento comunista. Diante disso, ele faz uma análise profunda das origens, desenvolvimento e implantação do socialismo no mundo e no Brasil.
E nenhuma vertente socialista escapa da observação e julgamento do escritor. Dos stalinistas mais radicais, até os socialistas fabianos, todos são investigados por ele e postos em seus devidos lugares na história. Mesmo os contemporâneos FHC, Lula, e até Roberto Freire estão no campo de observação do general. Com isso, o leitor tem acesso a uma análise muito ampla do movimento esquerdista brasileiro, o que torna o livro um dos poucos documentos onde essas informações podem ser encontradas em um único lugar, com detalhes e pareceres competentes.
O trabalho, em sua ideia original, parece ter sido concebido para expor a malignidade das ideias gramscianas, mostrando o quanto elas foram absorvidas pelas esquerdas e vêm sendo implantadas meticulosamente na sociedade. No entanto, a obra extrapola isso e acaba por fazer um apanhado bem amplo do mundo de hoje, suas perspectivas, o perigo que sofre e como ele está se tornando uma grande aldeia socialista.
Minha recomendação por essa obra se dá, principalmente, por oferecer ao leitor brasileiro uma visão bem fundamentada do movimento socialista mundial e, neste caso específico, uma compreensão de como a esquerda de nosso país se relaciona com o comunismo internacional.

É verdade que há diversos aspectos não abordados pelo autor, porém, o grande mérito desse livro é aglutinar informações, que temos apenas em documentos muito esparsos, em um só lugar. 
Cenas da Nova Ordem Mundial é leitura sugerida para quem quer entender como, após o fim da União Soviética, os comunistas se reagruparam, quais táticas estão implantando atualmente, como o mundo está sendo dominado por sua ideologia e qual a posição dos socialistas brasileiros nisso tudo. 
08 de maio de 2015Fabio Blanco é advogado e teólogo.

NADA MUDA NO BRASIL, E AS DISTORÇÕES SE ETERNIZAM






É engraçado como os comentaristas aqui na Tribuna da Internet, cada um a seu jeito e visão, conseguem enxergar estas obviedades e distorções que ocorrem pela suprema mão do Supremo Tribunal Federal, desde os tempos pré-parados de ontem do Gilmar Mendes e Daniel Dantas e que persistem até hoje, conubiando (se é que o termo existe…) o malfeitor e a Justiça, esta que deveria tão somente punir aquele, mas, muito pelo contrário, não só não o faz, postergando a condenação, como, muito pior, mantém intactos os malfeitos.
Por acaso, as construtoras tiveram suspensas suas obras, orientações, permissões, concessões, dações etc.? Seus contratos foram revistos para serem eliminados os elementares e óbvios sobrepreços propínicos e sem concorrência? Não existe ninguém no próprio Ministério Público que reaja contra estas distorções, como seria natural do seu previsto trabalho?
SISTEMA DE ACOMODAÇÃO
O próprio juiz federal Sérgio Moro ou alguém de seu grupo ou da força-tarefa, que certamente há, por que não reagem contra esta indevida perpetuação dos malfeitos, como os apelidou de forma carinhosa a presidente? Como enfrentar este verdadeiro e fajuto sistema de acomodação existente?
É verdade que agora, no meio do furacão, já se cogita de impedir que o presidente de plantão nomeie os ministros do Supremo com elementos de sua trupe, que, por óbvio, vão defendê-lo, com unhas e dentes, das culpas por seus deslizes e seus “não sabia de nada”, como ocorre hoje. Já se cogita, mas ainda não se impediu. É bom que se mude isto, e antes tarde do que nunca, claro.
Por fim, há uma realidade constrangedora e assustadora: o furacão já está aí, sobre nossas cabeças… A marolinha, constata-se, era mesmo visão de quem não sabia de nada.
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PS -
 Um destaque adicional e interessante quanto ao neologismo ‘propínico’, acima citado. Com acento, vai num sentido (de malfeito). Sem acento e, sobretudo, sem assento, vai noutro sentido (de mau cheiro), direto pro pinico, que é como chamam no interior o velho penico. O Brasil se tornou uma piada pronta, semântica, atual, estrutural, governamental…
08 de maio de 2015
Luiz Cordioli

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Parecer no Senado que acusa Fachin de ter violado ordenamento legal pode barrar indicação dele para o STF




Pela primeira vez na história nunca antes vista deste País, o Senado tem grandes chances de vetar a indicação do jurista paranaense Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. Depois da "Bengalada", que adiou a aposentadoria de ministros de 70 para 75 anos de idade, enfiada goela abaixo do desgoverno, o risco de "bola preta" para Fachin se torna concreto, ainda mais depois de uma "nota técnica" do Senado que complica a vida do indicado por Dilma Rousseff para a vaga deixada pelo herói nacional Joaquim Barbosa.

O consultor legislativo João Trindade Cavalcante Filho deixou a turma do desgoverno muito pt da vida, ao apontar que Fachin violou o ordenamento legal" ao ter exercido a advocacia em mesmo tempo em que ocupou o cargo de procurador do Estado do Paraná. Na tese do consultor, elaborada a pedido do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Luiz Fachin realizou concurso público em 1985, mas tomou posse apenas em 1990 e, portanto, após edição da Constituição Estadual de 1989 que proibiu que procuradores exercessem a advocacia.

João Trindade ferrou Fachin: "Com base em tudo o que expusemos, pode-se concluir que, tendo o sr. Luiz Edson Fachin tomado posse após janeiro de 1990, quando já se encontravam em vigor as proibições de advogar constantes tanto da Constituição do Paraná quanto da Lei Complementar nº 51, de 1990, a atuação no âmbito da advocacia privada, concomitantemente com o exercício do cargo de procurador do Estado, viola, prima facie, o ordenamento legal".

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que era governador do Paraná quando Fachin foi nomeado para o cargo de procurador, tenta defender que o exercício da advocacia estava amparado por uma lei estadual de 1985. O tucano se apresenta como um dos "padrinhos" da indicação de Fachin para o STF. Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o governo está "absolutamente confiante" na aprovação do nome de Fachin... A briga promete ser feia, terça-feira que vem, no Senado.

Fachin pode até passar, como é tradição. Mas a tendência é que, na sabatina com senadores, apanhe mais que o Toffoli nas redes sociais...

Local protegido


Dia da Vitória

Neste 8 de maio se celebra a Vitória das Forças Aliadas contra o nazifascismo totalitário de Hitler.

O Brasil evoca a memória de 443 militares que morreram em batalha, lutando pela Força Expedicionária Brasileira.

Dilma pensou em aparecer no Monumento aos Mortos no Aterro do Flamengo, mas desistiu de viajar ao Rio de Janeiro, temendo as vaias e xingamentos que já viraram rotina em um desgoverno desmoralizado.

Correndo sempre da raia

Dilma Rousseff, que adora posar de lutadora contra ditadura, não teve a decência de receber as venezuelanas que são vítimas da ditadura bolivariana de Nicolas Maduro

O diretor do departamento das Américas do Itamaraty, Clemente Baena Soares, foi quem ficou com a missão de recepcionar Lilian Tintori, mulher do líder oposicionista Leopoldo López, preso pelo regime chavista, Mitzy Capriles de Ledezma, mulher do prefeito de Caracas raptado e detido pela polícia secreta bolivariana, e Rosa Orozco, que teve uma filha assassinada durante uma manifestação contra o governo, em Caracas.

Foi mais uma prova de que, em termos democráticos, Dilminha é mais que um zero à esquerda...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

08 de maio de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Anônimo disse...
O CARDOSO NÃO "ENXERGA" NADA QUE PREJUDICA O PT!
VAMOS A OUTRA HISTORIA QUE VOVÒ NÃO CONTAVA:
QUE "INIMIZADE TERRÍVEL" ENTRE O PT-LULA E PSDB-FHC, HEM?...
KUMÉKIÉ, AECIO, V CONTINUARÀ NO PSDB-PT?

Estamos vivendo um momento histórico. Voltamos àquelas antigas reuniões do CEBRAP, quando um sociólogo e cientista político da USP chamou para um cafezinho o líder sindical dos metalúrgicos do ABC com um plano inovador para implantar o socialismo no Brasil.

“Esqueça a guerrilha”, disse o sociólogo. “Se quisermos implantar o socialismo no Brasil, precisamos FINGIR que nos opomos, que somos contrários um ao outro. Quem não quiser votar em você, votará em mim, e vice-versa. No fim das contas, pensando que estão votando numa oposição, eles estarão sempre escolhendo o mesmo projeto”. Foi naquele dia que FHC e Lula se tornaram amigos para sempre. 
No abraço trocado, no aperto de mãos selado, estavam os próximos 30 anos da política no Brasil. Eles sabiam que, ao sair dali, precisavam fundar o PT e o PSDB, precisavam fazer nascer a esquerda da esquerda e a direita da esquerda, para que os brasileiros, no fim das contas, enganados, permanecessem sempre votando na esquerda. Foi o primeiro estelionato eleitoral de grandes proporções da nova democracia brasileira por nascer.

Hoje vivemos um momento histórico porque os dois inimigos fingidos precisaram novamente unir forças. O projeto de manter sempre a esquerda no poder pela estratégia de uma luta de mentirinha, acobertada por um acordo de cavalheiros, está falhando.

Há meses não se escuta uma palavra sequer dos petistas contra FHC. Há meses também FHC se esforça desesperadamente para salvar o PT e defender Dilma Rousseff do perigo do impeachment (defendê-la até contra a nova guarda de seu próprio Partido).

Os fingidos inimigos precisaram interromper o disfarce porque o seu projeto socialista de poder encontrou, novamente, um inimigo comum. Mas desta vez não são os militares; desta vez é uma força maior e inabalável: todo o povo brasileiro.
O abraço de FHC e Lula décadas atrás é o mesmo abraço de hoje.

E é com este abraço que, entre idiotas úteis confusos e crédulos naquela briga disfarçada, ambos se afogarão na fúria inevitável do turbilhão popular.
Juntos. Como tudo começou.
Taiguara F Souza - Do homemculto.wc