No curto discurso de apresentação do ex-diretor Paulo Roberto Costa em seu início de depoimento esta terça-feira na CPI da Petrobras, um pequeno trecho talvez passe despercebido, mas é de suma importância. Costa disse que entrou para a Petrobras por concurso público em 1977. Depois, acrescentou que, na empresa, para galgar cargo de diretor é preciso apoio político.
Ressalvou que durante a maior parte de sua carreira, resistiu a buscar esse apoio político, mas admitiu que 27 anos depois resolveu aceitar o apadrinhamento, que hoje lamenta, porque foi quando começou a desgraça na vida dele.
Conclusão: o desastre na trajetória de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, começou em 2004. Vamos aguardar se algum parlamentar vai voltar a este assunto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com sua longa experiência de advogado que busca informações nos detalhes, o jurista Jorge Béja chama atenção para esta declaração espontânea de Paulo Roberto Costa, mostrando que o funcionário concursado da Petrobras somente se curvou às influências políticas no governo Lula, quando aceitou ser indicado pelo PP, partido da base aliada do governo, e assumiu o cargo na diretoria da estatal.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com sua longa experiência de advogado que busca informações nos detalhes, o jurista Jorge Béja chama atenção para esta declaração espontânea de Paulo Roberto Costa, mostrando que o funcionário concursado da Petrobras somente se curvou às influências políticas no governo Lula, quando aceitou ser indicado pelo PP, partido da base aliada do governo, e assumiu o cargo na diretoria da estatal.
Depois desta importantíssima declaração do ex-diretor de Abastecimento, pode-se chegar à conclusão inegável e indiscutível de que existiam interferência política e corrupção na Petrobras antes de o PT chegar ao poder em 2003, mas foi a partir do governo Lula que a corrupção passou a ser institucionalizada, com cobrança de percentagem sobre o valor dos contratos, para abastecer partidos e políticos da base aliada, o que não existia antes. E isto mostra uma diferença absurda entre as fases antes e depois do PT. (C.N.)
08 de maio de 2015
Jorge Béja
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