"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 16 de janeiro de 2016

EM DELAÇÃO PAULO ROBERTO AFIRMA QUE PT DE LULA ASSASSINOU CELSO DANIEL

QUEM MATOU CELSO DANIEL?

MARA GABRILLI FALA SOBRE ASSASSINATO DE CELSO DANIEL

PT: SOMOS CORRUPTOS, SIM, MAS TODOS SÃO...

PT: Somos corruptos, sim, mas todos são. by Gilberto ...

https://www.youtube.com/watch?v=U-3RXUdTjb0
10 de set de 2014 - Vídeo enviado por Blogdelinks
OLAVO DE CARVALHO AFIRMA QUE ESTA É A NOSSA ÚNICA SAÍDA: Cancelamento dos registros dos ...
16 de janeiro de 2016
m.americo

PALESTRA MARCO ANTONIO VILLA

OS SAQUEADORES

PETROLÃO E OS SAQUEADORES DO ESTADO ... - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=f4RH-GGge5k
9 de set de 2014 - Vídeo enviado por Blogdelinks
PETROLÃO É MUITO MAIOR QUE O MENSALÃO! Olavo de Carvalho já disse num vídeo, na época do ...

16 de janeiro de 2016
m.americo

OPERAÇÃO LAVA JATO CHEGA MAIS PERTO DE LULA E DILMA, REVELA REPORTAGEM DA REVISTA VEJA


O marqueteiro João Santana, preceptor de Lula e Dilma, agora sob suspeita da Operação Lava Jato. Foto: Veja
Embora o miolo a revista Veja que chega às bancas neste sábado traga uma reportagem especial relatando as nebulosas transações do petrolão que envolvem o marqueteiro João Santana, espécie de ministro sem pasta dos governos de Lula e Dilma, a capa da publicação estampa apenas o astro pop David Bowie, que morreu nesta semana. No mínimo, uma coisa muita estranha...
Mas segundo a reportagem, editada discretamente, tudo indica que a Operação Lava Jato se aproxima do núcleo de comando da maior roubalheira dos cofres públicos da história do Brasil conhecida como “petrolão”. Supõem-se, inclusive, que o petrolão tem o status de recorde mundial em pilhagem de dinheiro público. Se alguém lamentava que o Brasil não é recordista em nada, afinal sob o comando do PT o país tropical conseguiu se destacar em termos globais como o território da roubalheira total e irrestrita, da gatunagem em todas as esferas da administração pública com destaque para a Petrobras. 
Todavia a extensão do petrolão ainda não pode ser dimensionada na sua totalidade. O que se sabe extra-oficialmente é que a Operação Lava Jato detém uma tonelada de informações.
E quanto mais se evidencia que os investigadores estão muito próximos do comando geral da roubalheira, mais o noticiário da grande mídia fica assim, como diria, meio estranho, meio contraditório, prenhe de notas plantadas. A "desinformação” passa a ser a tônica. É uma forma de desestimular o debate e a troca de informações entre os cidadãos, de fazer de conta que nada de anormal acontece no Brasil. Tudo estaria às mil maravilhas e essa história de impeachment é um golpe da oposição, embora a dita oposição pode ser tipificada no máximo como mulher de malandro que segundo a lenda gosta de apanhar, de levar porrada.
Como os grandalhões Marcelo Odebrecht e Delcídio do Amaral continuam presos em Curitiba de bico fechado, isso indica que os dois têm como certas a liberdade e a impunidade. E isso se aplica para outros enjaulados de segundo escalão.
Os próximos passos da Operação Lava Jato, contudo, podem surpreender.
Mas antes do desfecho muita água deve rolar sob a ponte do PT. O leque de ramificações do petrolão se amplia como revela esta matéria da revista Veja, alcançando agora o preceptor de Lula e da Dilma. João Santana, segundo afirma Veja, tem grande influência sobre Lula e Dilma. E bota influência nisso. Segue um resumo da reportagem. Leiam:
UMA CARTA MISTERIOSA
Um empreiteiro do primeiro time está diante de um advogado de sua empresa e, pensando alto, reclama da atitude da presidente Dilma Rousseff, que, na visão dele, estava pouco se lixando para a sorte dos empresários pegos na Operação Lava-Jato. Diz ele: "A Dilma fica posando de virtuosa como se não tivesse nada com o que está acontecendo. Ela declarou pouco mais de 300 milhões de gastos de campanha, e nós demos para ela quase 1 bilhão. Como ela pensa que o restante do dinheiro foi parar na campanha?". Esse desabafo reflete uma situação de fato e, além de ser uma confissão de crime, descreve com exatidão o sentimento comum entre muitos dos maiores doadores do PT na campanha presidencial de 2014. Eles deram dinheiro contabilizado, devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas também fizeram contribuições clandestinas das mais diversas maneiras usando suas poderosas estruturas empresariais. Outro empreiteiro avança mais: "Essas doações foram feitas a partir da contratação de consultorias indicadas pelos políticos ou por meio de pagamentos a publicitários diretamente no exterior". A Polícia Federal já encontrou evidências dessas operações casadas em que empresas são agraciadas com obras e financiamentos públicos generosos e, em troca, contratam aqui ou no exterior "consultorias" ou agências de publicidade às quais devolvem parte do butim. Um exemplo dessa triangulação criminosa está sendo investigado em um inquérito sigiloso que tramita em Curitiba e tem como personagem principal o marqueteiro João Santana, artífice das campanhas eleitorais do ex-presidente Lula e da presidente Dilma.
A história começa nas primeiras horas da manhã do dia 5 de fevereiro do ano passado, quando uma equipe de policiais federais bateu na porta do engenheiro Zwi Skornicki, em um condomínio da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os agentes estavam atrás de computadores e documentos. As buscas eram parte da nona fase da Operacão Lava-Jato, batizada de My Way. Estavam na mira dos policiais onze operadores do petrolão que haviam sido denunciados por Pedro Barusco, ex-­gerente da Petrobras. Em acordo de delação, Barusco revelou os detalhes de como funcionava o esquema de corrupção na diretoria de Serviços da estatal. Apenas ele, um funcionário de terceiro escalão, havia embolsado 97 milhões de dólares, dinheiro que escondia em contas secretas no exterior. Barusco contou como eram pagas as propinas em troca dos contratos, em especial aqueles destinados à construção de plataformas e sondas para exploração de petróleo em águas profundas. Organizado, ele tinha uma lista com o nome de todos os operadores, quem cada um deles representava e, principalmente, o que cada um fazia.
Zwi Skornicki, o morador do condomínio de luxo da Barra da Tijuca visitado pelos federais, era um dos nomes da lista de pagadores de propina. Havia anos ele era o representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, de Singapura, dono de contratos bilionários com a Petrobras. Segundo Barusco, de 2003 a 2013 Zwi foi o responsável por pagar - a ele, a outros funcionários da Petrobras e também ao PT - as comissões devidas pelo estaleiro asiático. Eram provas desses pagamentos que os agentes procuravam na casa do operador, mas a busca acabaria abrindo uma nova linha de investigação. Ao analisarem o material apreendido, os investigadores encontraram uma carta enviada em 2013 a Zwi com as coordenadas de duas contas no exterior, uma nos Estados Unidos e a outra na Inglaterra. A remetente da correspondência, manuscrita, era Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro João Santana. Intrigante. Que ligação financeira poderia haver entre a esposa e sócia do marqueteiro da presidente da República e um operador de propinas do petrolão? Estranho. Num mundo digital, a comunicação ainda se deu por carta - talvez para não deixar rastros em e-mail ou mesmo em mensagem telefônica. Do site da revista Veja

16 de janeiro de 2016
in aluizio amorim

LULA QUANDO SE REFERE A QUALQUER LADÃO, FALA SEMPRE DE SI PRÓPRIO: LULA DOOU A BR DISTRIBUIDORA AO MESMO COLLOR QUE ACUSOU DE LADRÃO E DÉBIL MENTAL


Em 1993, pouco depois do impeachment de Fernando Collor, o radialista Milton Neves quis saber o que Lula achava do adversário escorraçado do gabinete presidencial por ter feito o que a seita petista faria anos depois em escala industrial. “Você tem pena de Fernando Affonso Collor de Mello?”, pergunta o entrevistador no começo do áudio hoje transformado numa peça essencial para os estudiosos da Era da Canalhice.

Ouça a resposta de Lula.



O chefão do PT vinha rascunhando o diagnóstico desde a campanha presidencial de 1989, quando acusou de “corrupto” o inimigo que acabaria por derrotá-lo nas urnas. “Isso é uma tremenda maracutaia”, berrou Lula no ano seguinte, ao saber que o presidente da República tentara favorecer um empresário amigo com dinheiro desviado da Petrobras. A negociata gorou, mas logo se constatou que havia ali um caso sem cura. Enquanto Fernando Collor percorria o atalho que o devolveria à planície, Lula seguia tateando a estrada certa para o Planalto.

Finalmente vitorioso em 2002, ele chegou lá em 2003. Quatro anos mais tarde, o homem despejado da Presidência por ter desonrado o cargo voltou à Praça dos Três Poderes, agora como senador por Alagoas filiado ao PTB. Em 2009, os antagonistas que viviam trocando chumbo passaram a trocar elogios que pavimentaram o caminho da reconciliação. Logo descobriram que haviam nascido um para o outro. Viraram amigos de infância. Além de comparsas, confirmam descobertas recentes da Operação Lava Jato.

Aparentemente impossível, a parceria nada tem de ilógica. Vista de perto, a dupla tem almas gêmeas. Escancarado pela grossura explícita, o primitivismo de Lula aparece claramente por trás do falso refinamento de Collor. Escancarado pela arrogância de oligarca, o autoritarismo de Collor é perfeitamente visível por trás do paternalismo populista de Lula. Os dois são, em sua essência, primitivos e autoritários. Ambos também acham que os fins justificam os meios. E, como atestam revelações recentes, acham que demonstrações de amizade devem incluir barganhas extraordinariamente lucrativas ─ tudo por conta dos pagadores de impostos.

Já em 2009, Lula expressou seu contentamento com a conversão de Collor: premiou a “lealdade” do representante de Alagoas com duas diretorias da BR Distribuidora, uma das mais cobiçadas subsidiárias da Petrobras. Em dezembro, na denúncia enviada ao STF contra o deputado Vander Loubert (PTB-AL), o procurador-geral Rodrigo Janot resumiu a bandalheira no trecho abaixo reproduzido:

“Após o fim do período de suspensão de direitos políticos, Fernando Affonso Collor de Mello retornou à vida pública. Na condição de senador pelo Partido Trabalhista Brasileiro do Estado de Alagoas (PTB-MS), por volta do ano de 2009, em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional, obteve do então Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, ascendência sobre a Petrobras Distribuidora- BR Distribuidora”.

Quando Dilma Rousseff assumiu a chefia do governo, o padrinho já havia doado ao senador quase todo o latifúndio ─ uns poucos lotes foram reservados ao PT. Como sempre, o poste escorou o serviço sujo do fabricante. No depoimento prestado à Procuradoria Geral da República, Nestor Cerveró, um dos pajés do Petrolão, confirmou que a afilhada endossou a obscenidade: “Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora”, revelou Cerveró.

As escavações nessas promissoras catacumbas estão ainda em seu começo. Vem muito mais por aí. O que já se sabe é suficiente, contudo, para reiterar que o Brasil, como ensinou Tom Jobim, não é mesmo para amadores. No tempo dos tiroteios entre Lula e Collor, o país inteiro apostou que os dois pistoleiros jamais seriam vistos do mesmo lado. Acabaram juntos para sempre no saloon do Petrolão.



16 de janeiro de 2016
Augusto Nunes, VEJA

PROCURADORES DA LAVA JATO FORAM PREMIADOS EM NY. VOCÊ SABIA?



http://www.edsonsombra.com.br/admin/post/imagens/e407392db47b5360864df4f0b5abb359.jpeg
Vejam os procuradores premiados em Nova York


















Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato receberam na última quarta-feira, dia 13, o prêmio anual da Global Investigations Review (GIR), na categoria “órgão de persecução criminal ou membro do Ministério Público do ano”, em Nova York. O trabalho do MP ficou à frente de entidades americanas, norueguesas e britânicas, entre elas o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York e o gabinete do procurador do Distrito Leste de Nova York, que investigou a corrupção na Fifa.

A força-tarefa foi representada pelos procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima, Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobon.

A imprensa ‘livre’ nada publicou! Alegra-me a noticia deste prêmio, que lá no Estados Unidos revela ao mundo haver brasileiros dignos da melhor consideração. 
Gente como essa merece aplausos do nosso povo, que é vítima também dos ordinários que difamam a nação e a quem a Lava Jato vem mordiscando as culpas e desesperando políticos que no país meteram pés e mãos.

Será que você viu isto na imprensa? Você merece ver e divulgar. Competentes premiam competentes… Deste prêmio podemos nos orgulhar! E temos obrigação de divulgá-lo! Que os bons não desanimem!

16 de janeiro de 2016
João Amaury Belem

MENSAGEM DE CELULAR DA OAS COMPROMETEM LULA E DILMA




As mensagens obtidas por investigadores da Operação Lava Jato no celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, mostram que os executivos da empresa não só articulavam com políticos a obtenção de favores e o apoio financeiro a candidatos, mas também faziam avaliações sobre a política nacional. “Vai ser duro!!!! Haja Luma (Lula+Dilma)”, sugeriu um dos executivos da empresa sobre a vantagem do candidato ACM Neto (DEM) sobre o petista Nelson Pelegrino, na campanha à prefeitura de Salvador em 2012. Dois anos depois, executivos da empresa citavam a vitória de ACM Neto como um indicativo de que “acabou o tempo de eleger ‘poste'”.
Diante do avanço da campanha do atual prefeito da capital baiana, ACM Neto, o ex-presidente da OAS e o ex-diretor da empreiteira Manuel Ribeiro Filho começaram a discutir por mensagens as formas de salvar a campanha eleitoral de Pelegrino, a quem deram apoio. “Dilma/ Lula/Militância ofensiva. São as únicas formas de vencer”, escreveu Ribeiro Filho. O apoio da empreiteira ao petista Nelson Pelegrino, em 2012, foi intermediado pelo então governador da Bahia e hoje ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), de acordo com os investigadores da Lava Jato.
Nas mensagens, os executivos discutiram propaganda na TV em que ACM Neto “desconstrói” Pelegrino. “Só Lula e o Papa. Ainda bem que cheguei em Roma”, escreve um número supostamente ligado a Léo Pinheiro, em 19 de outubro de 2012, antes do segundo turno eleitoral, a respeito de possível vitória do PT. “Leo: se não partir para desconstruir (ACM) Neto, nem Javeh. Virou Onda. A propaganda está inteligente. Neto não bate ou bate com elegância”, respondeu o ex-diretor. Manuel Ribeiro Filho se afastou da OAS no final de 2012 e em janeiro de 2014 foi nomeado secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, ainda na gestão de Wagner no governo.
ELEGER POSTE
Quase dois anos depois das trocas de mensagens sobre a campanha de 2012, outros executivos da empresa voltam a falar com Léo Pinheiro a respeito da preocupação com as eleições na Bahia. Em janeiro de 2014, ano em que foram realizados pleitos para presidente da República e para os governos estaduais, César Mata Pires, fundador da OAS, diz a Léo Pinheiro que “acabou o tempo de eleger poste” e faz referência à eleição de 2012, quando Pelegrino, mesmo com apoio dos governos federal e estadual, perdeu as eleições.
“LP (Léo Pinheiro), Acabou o tempo de eleger poste. JW (Jaques Wagner) que se cuide… não aprendeu com a vitória do grampinho (apelido usado para se referir a ACM Neto). Temos que pensar nessa hipótese X nossos interesses na Bahia. Deus nos proteja. CMP (César Mata Pires)”, escreveu.
Após as conversas terem vindo à tona, reveladas na semana passada pelo Estado, o ministro Jaques Wagner disse estar à disposição das autoridades e do Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre o assunto. Em nota, Wagner disse estar “absolutamente tranquilo” quanto à sua “atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do Estado da Bahia e do Brasil”. Procurada, a OAS afirmou por meio de assessoria que “não tem nada a comentar a respeito”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As mensagens são claras – o PT e a OAS significam a mesma coisa, é como se fossem almas gêmeas, tudo a ver. A política e a corrupção empresarial se misturaram a tal ponto que se tornaram uma coisa só. (C.N.)

16 de janeiro de 2016
Daniel Carvalho e Beatriz Bulla
Estadão

CERVERÓ ALTEROU VERSÃO DA PROPINA PARA CAMPANHA DE LULA



Cerveró tirou o nome de Lula, mas confirmou o fato
O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que firmou um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, alterou sua versão sobre o pagamento de propina em obra da refinaria de Pasadena e retirou o nome do ex-presidente Lula do depoimento, segundo o jornal “Valor Econômico” desta quinta (14).
O “Valor” obteve documento sobre a negociação prévia da delação de Cerveró e parte do depoimento que ele prestou após fechado o acordo. Nos trechos comparados, o ex-diretor trata do pagamento de propina de US$ 4 milhões em um contrato para obra na refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Na primeira versão, na qual a defesa adianta o que o delator pode revelar, está registrado que “foi acertado que a Odebrecht faria o adiantamento de US$ 4 milhões para a campanha da [sic] Presidente Lula, o que foi feito”.
No entanto, no termo de depoimento de Cerveró sobre o assunto, não há menção a Lula, segundo o jornal.
“Na reunião também se acertou que a contrapartida da UTC pela participação nas obras do Revamp [Renovação do Parque de Refino de Pasadena] seria o pagamento de propina; que se acertou que a UTC adiantaria uma propina de R$ 4 milhões, que seriam para a campanha de 2006, cuja destinação seria definida pelo senador Delcídio do Amaral”, diz o documento posterior.
OUTRA MUDANÇA
A origem da propina também muda: passa a ser paga pela UTC, e não Odebrecht. E as obras do Revamp acabaram não sendo realizadas, segundo a delação de Cerveró.
Apesar de ter sido retirado do termo sobre Pasadena, Lula continua na delação de Cerveró, no termo em que trata de indicações a cargos na BR Distribuidora.
Segundo o jornal, o delator também retirou menções a Dilma de seu depoimento: ele havia feito três menções à presidente quando falou sobre Pasadena, mas no depoimento, não a citou.
“Dilma incentivou Nestor Cerveró para acelerar as tratativas sobre Pasadena. Sempre esteve a par de tudo que ocorreu na compra daquela refinaria, e realizou diversas reuniões com Nestor durante todo o trâmite”, diz o documento inicial, segundo o “Valor”.
“Delcídio tinha um relacionamento muito próximo com Dilma Rousseff, sendo que participou de diversas reuniões com Dilma e Nestor, fato que isso leva a crer que Dilma tinha conhecimento [do] valor adiantado para Revamp”, disse o delator, segundo o jornal.
CULPA DE DILMA
Cerveró ainda teria afirmado que a compra da refinaria foi muito rápida e que a responsabilidade por aprovar a aquisição “é da presidente Dilma, como presidente do conselho de administração”.
Procurado pelo “Valor”, o Instituto Lula disse que “sobre arrecadação de campanha eleitoral, o assunto é do tesoureiro responsável pela campanha ou do partido”.
O Palácio do Planalto disse que a compra de Pasadena foi autorizada com base em resumo executivo elaborado por Cerveró “técnica e juridicamente falho”.
A UTC Engenharia disse ao jornal que “nunca foi contratada e não executou obras na refinaria de Pasadena”. A defesa de Delcídio não comenta o assunto.

16 de janeiro de 2016
Deu na Folha