"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 30 de março de 2016

PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PARTIDÃO) FAZ OPOSIÇÃO A DILMA



Charge do Cláudio de Oliveira (Charge Online)
Recebemos do comentarista Sergio Caldieri, sempre muito bem informado, a mais recente nota oficial do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o famoso Partidão, mostrando que até a histórica legenda de Luiz Carlos Prestes se mantém em oposição ao governo de Dilma Rousseff. Confiram a nota oficial, que segue abaixo.
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POR UM BLOCO DE LUTA ANTICAPITALISTA
PARA BARRAR O AVANÇO DA DIREITA
O PCB defende as liberdades democráticas, entendidas como espaços conquistados pela luta dos trabalhadores, contra a ofensiva da ordem burguesa que visa retirar direitos econômicos e sociais da classe trabalhadora e restringir as liberdades de organização e expressão, impondo um clima fascistizante de intolerância no debate político.
O PCB, coerente com sua tradição de 94 anos de luta, é contra este processo que visa o impedimento da Presidente, por compreender a natureza dos interesses de classe que o move. Desde o início, declaramos que, em qualquer hipótese, o resultado desse processo será contra os trabalhadores: ou a Presidente fica, cedendo mais ainda às exigências do capital, ou este impõe um novo governo, sem mediação, para aplicar mais rápida e profundamente as medidas contra os trabalhadores, para salvar o capital de mais uma de suas crises.
As diferentes frações da burguesia, que antes se dividiam entre o apoio ao governo do PT ou a sua derrubada, agora confluem para interromper o mandato presidencial.
Estamos diante de um processo marcado por casuísmos, contradições e oportunismos de todo tipo, orquestrado pela combinação de ofensivas jurídicas, legislativas e midiáticas que mal escondem os claros vínculos com as camadas mais poderosas e conservadoras que querem manter e aprofundar seus privilégios.
Os governos petistas e sua política de conciliação de classes facilitaram o caminho daqueles que agora querem derrubá-lo: mantiveram e criaram instrumentos para garantir a ordem burguesa (a manutenção da Lei de Segurança Nacional, a Portaria Normativa da Lei e da Ordem, de dezembro de 2013, e a Lei Antiterrorismo, recentemente iniciada e sancionada pela Presidente).
Além disso, promoveram ataques diretos aos trabalhadores, por meio de sua política econômica herdada dos governos FHC, da imposição dos chamados ajustes, dos cortes no orçamento, da prioridade dos superávits primários, da reforma da previdência, da opção pelo agronegócio contra a reforma agrária, do sucateamento da saúde e da educação públicas, da entrega da exploração de petróleo às multinacionais, da aprovação do código florestal e de mineração, do ataque aos povos indígenas, do favorecimento de grandes grupos econômicos, bancos, mineradoras, empreiteiras, indústria automobilística e vários setores do grande capital, em detrimento das demandas mais importantes da maioria da população e, principalmente, da classe trabalhadora.
Por isso, para o PCB, defender as liberdades democráticas implica enfrentar as ofensivas do capital, mantendo-se na oposição ao governo petista. Não há saída para a atual crise política pela via do aprofundamento da lógica da conciliação de classes. A saída é pela esquerda, com a formação de um bloco de lutas de caráter anticapitalista, com unidade de ação, sem hegemonismos, em torno de uma pauta mínima que possa expressar as necessidades da classe trabalhadora por emprego, terra, teto, direitos e liberdades.
Às ruas, para defender as liberdades democráticas contra as ofensivas do capital, mas, principalmente, às fábricas, ao campo, às universidades, aos bairros pobres, às periferias e favelas, aos movimentos populares, para organizar os trabalhadores para nos defendermos agora e criarmos as condições para assumirmos o protagonismo de mudanças políticas profundas rumo à construção do Poder Popular, no caminho ao Socialismo.”
30 de março de 2016
Carlos Newton

O QUE FAZER DEPOIS DO GRITO


“Grito da Independência”, “Proclamação da República”, “Abaixo a ditadura!”,“Fora Collor”, “Fora Corruptos!”. Até aí nós sempre conseguimos chegar. O problema tem sido o que fazer em seguida.

“Criar uma consciência política”, parir com discursos “uma consciência cidadã”, esperar que desça do céu mais “honestidade na política”, tudo isso não passa de reza. Não existe a hipótese de fazer “a” reforma política ou mesmo “uma” reforma política (ou tributária, ou judicial, ou eleitoral, ou…). É ilusão acreditar que coisas como essas possam ser “resolvidas” de uma vez para sempre e por “alguém” além de nós mesmos.

A política – a arte de organizar a vida em sociedade – é jogo para ser jogado por todos e conforme vier a bola. “Falta de cultura de participação” não é causa, é efeito da doença política latina e brasileira. Participação política só vira “cultura”mediante o incentivo do efeito, só se estabelece onde participar realmente muda o resultado do jogo. Fora daí se cai no conformismo e nas explosões esporádicas de ódio revolucionário.

No fim das contas não há nada de tão sofisticado assim neste nosso embate. Não é de modelos econômicos que se trata. Nunca foi. Não há projetos antagônicos em disputa nem no país nem no mundo. Joaquim Levy ou não Joaquim Levy foi um dilema exclusivo do PT. Ninguém de fora interferiu. Por cima da corrupção e da incompetência que se vê, o que está em jogo é o mesmo de todo o sempre: dinheiro ganho no mole, a força viciante do privilégio e o poder quase divino que rende distribuí-los.

Isenção de impostos, lucro sem risco, o pódio via BNDES. Mais de 12 “bolsas família” foram distribuídas aos “empresários” do “capitalismo de quadrilha” que se instalou. Emprego garantido pela eternidade, aumentos de salário sem entrega de resultado, aposentadoria de rei e “hereditária”. Só os 980 mil aposentados e pensionistas do governo federal (ponha 25 estados e 5.570 municípios de molho) geram um déficit na Previdência de quase R$ 93 bilhões por ano, mais do que custam todos os 32,7 milhões de aposentados e pensionistas do resto do Brasil inteiro. Como deter a corrupção se o Estado continuar tendo a prerrogativa de distribuir (ou vender) “bens” desse valor a quem bem entender?

Um país em pane de instrumentos, sem noção do tamanho do buraco em que se meteu, segue se recusando a encarar as fontes das suas contas apocalípticas. E, no entanto, era de alertar ou não o país para a realidade e agir antes da eleição que se tratava. Era de abrir ou não o precedente de cortar tais privilégios que Joaquim Levy tratou com Dilma. Continua sendo essa a grande questão. Mas só o que há são expedientes para salvar privilégios e comprar cumplicidades e votos que garantam a eterna delícia de viver de e para a distribuição de dinheiro descolado de trabalho.

Agrava tudo o isolamento de Brasília, essa nossa “Versalhes” que mantém toda a corte, jornalistas inclusive, irresistivelmente atraída pelos “brioches” da luta pelo poder e alheia à luta da multidão pelo “pão” de cada dia. Mas não é propriamente uma novidade. A civilização é a presença da polícia. O homem será o lobo do homem sempre que puder sê-lo impunemente, seja onde for, seja sob que carga cultural for. A Alemanha foi de Bach ao Holocausto essencialmente porque o Holocausto foi liberado pela polícia. Steve Jobs, o Leonardo da Vinci cibernético, foi da reinvenção da vida como ela era à exploração da miséria na China apenas porque a globalização lhe permitiu produzir para os Estados Unidos fora do alcance da polícia dos Estados Unidos. O Brasil mergulhou de cabeça na corrupção e na mentira porque o governo liberou geral a corrupção e a mentira.

Com ou sem PT, o remendo que se conseguir dar ao desastre que aí está será não mais que um remendo. A emergência é inimiga da perfeição. É preciso mudar tudo, sim. Mas terá de ser por partes. Não existe a “bala de prata” que mate o bicho de uma vez para sempre porque democracia não é um destino ao qual se possa finalmente chegar; democracia é um manual de normas de navegação para uma viagem que não termina nunca e que cada um tem o direito de fazer na direção e na velocidade que achar melhor, desde que não pise nos calos dos outros. Mas existe, sim, a possibilidade de transformar reforma permanente, por ensaio e erro e ajustes sucessivos, como tem de ser num mundo em constante mudança, na essência do sistema como é próprio das democracias, também ditas “sociedades abertas”.

A promoção da meritocracia, que impõe a busca da igualdade de oportunidades e para a qual o privilégio e a corrupção são as únicas alternativas, só entra no setor público se entrar antes na política. A impunidade só acaba se acabar para o primeiro da fila. Nos sistemas representativos em regime de maioria sob o império da lei, manda quem tem a última palavra na formulação das leis e na construção das instituições. Voto distrital com recall é a tecnologia que tira dos políticos e transfere para o povo a última palavra em tudo o que afeta a vida em sociedade; que faz a participação de cada um na política fazer toda a diferença; que põe a permanência no emprego de qualquer político na dependência de fazer a reforma que seu eleitor quiser na hora que ele quiser; que os submete ao mesmo regime de incentivos e penalidades a que estamos submetidos todos aqui fora; que põe Brasília dançando a mesma música que o Brasil… e que faz tudo isso sem deixar poder excessivo na mão de ninguém.

Desde 2013 o Brasil vem ensaiando nas ruas a conquista da sua maioridade. Mas não tem conseguido definir um horizonte que lhe permita estabilizar esses ensaios num voo de longo curso e com rumo definido. Para sonhar com um Brasil institucionalizado onde caiba a vitória do bem, conquistar o direito à última palavra sobre o nosso próprio destino é a única coisa adulta a fazer.



30 de março de 2016
Fernão Lara Mesquita, Estadão

CHEFE DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA CAI FORA E DIZ QUE DILMA NÃO ESCRÚPULOS



Quem acompanha atentamente o cenário político há pelo menos 14 anos sabe que o lulopetismo não tem escrúpulos mesmo. É um bando que não não distingue público de privado, abomina a democracia e despreza a ética e as instituições como vícios "burgueses". Sempre afirmei, neste blog, que o PT é um dos partidos mais retrógrados do planeta, vivendo ainda os ares pestilentos pré-1989:

Ao pedir demissão do comando da Força Nacional de Segurança de Pública, o coronel Adilson Moreira enviou um e-mail a subordinados com críticas ao governo e à presidente Dilma Rousseff.

“Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram”, diz o texto.

Aos colegas, ele afirma que sempre viveu um “conflito ético de servir a um governo federal com tamanha complexidade política”. “A nossa administração federal não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo”, acusou.

Moreira estava no cargo de diretor da Força interinamente desde janeiro e disse no comunicado que gostaria de ficar até o final dos Jogos Olímpicos, mas que “agora em março não foi mais possível manter o foco na área técnica somente”.

A saída da diretoria a poucos meses da Olimpíada traz preocupação, porque a Força Nacional é responsável pela segurança durante o evento. A expectativa é que cerca de 10 mil homens sejam enviados ao Rio de Janeiro com esse objetivo.

O órgão é ligado ao Ministério da Justiça. A pasta afirmou, em nota, que considerou "graves" as declarações do coronel e que, como elas "podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade administrativa", o ministério vai instaurar inquérito administrativo e levar o caso à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, uma vez que ele mencionou o nome de Dilma. O órgão também pediu à Advocacia-Geral da União que verifique se cabe eventuais medidas judiciais contra Moreira. (Estadão).



30 de março de 2016
in blog do orlando tambosi

WAGNER MOURA, O "ACLAMADO" DO NARIZ MARROM, LEVOU R$ 1,5 MILHÃO DO MINISTÉRIO DA CULTURA






O rapaz é um ótimo ator, mas é um fraude moral; pior: não chega a ser inovador no vício de servir e de ser remunerado. Mesmo sem precisar, o que torna a coisa mais abjeta

30 de março de 2016
Reinaldo Azevedo




 


EM OFÍCIO AO STF JUIZ SÉRGIO MORO AFIRMA QUE LULA TENTOU INTIMIDAR, OBSTRUIR OU INFLUENCIAR INDEVIDAMENTE A JUSTIÇA


Juiz Sergio Moro enviou ofício do STF onde narra de forma minuciosa as tentativas de Lula de obstruir a Justiça
Em ofício ao Supremo Tribunal Federal, juiz da Operação Lava Jato transcreve 12 interceptações telefônicas que pegaram ex-presidente 'intencionando ou tentando obstruir ou influenciar indevidamente a Justiça'
No ofício que enviou ao Supremo Tribunal Federal para explicar porque mandou grampear o ex-presidente Lula e porque deu publicidade aos áudios, o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, cravou que o petista quis ‘intimidar’ e ‘obstruir’ as investigações de que era alvo. Para o magistrado, a conduta de Lula pode ‘configurar crime de obstrução à Justiça’ – tipificado na Lei 12.850/13, que define organização criminosa.
“Mesmo sem eventual tipificação, condutas de obstrução à Justiça são juridicamente relevantes para o processo penal porque reclamam medidas processuais para coartá-las”, anotou o juiz.
Moro transcreveu, na peça de 30 páginas, doze interceptações telefônicas da Polícia Federal anexadas aos autos da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que pegou Lula e a ele atribui a propriedade do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) – o que é negado veementemente pela defesa do petista.
O juiz chamou a atenção para um grampo em especial, no qual Lula disse a seu interlocutor ‘eles têm que ter medo’, em referência aos investigadores que vasculham sua vida. Para Moro, o ex-presidente fez tal afirmação ‘sem maiores pudores’.
“Não se trata de uma afirmação que não gere naturais receios aos responsáveis pelos processos atinentes ao esquema criminoso da Petrobrás. Entendeu este Juízo que, nesse contexto, o pedido do Ministério Público Federal  de levantamento do sigilo do processo se justificava exatamente para prevenir novas condutas do ex-presidente para obstruir a Justiça, influenciar indevidamente magistrados ou intimidar os responsáveis pelos processos atinentes ao esquema criminoso da Petrobrás. O propósito não foi, portanto, politico-partidário.”
Um grampo que Moro transcreve pegou Lula com o ministro Nelson Barbosa, da Fazenda. O ex-presidente demonstra contrariedade com a ação da Receita no Instituto Lula e na LILS Eventos e Palestras. Aparentemente, ele sugere ao ministro que cobre do Fisco investigações em emissoras de TV e até na fundação do adversário político Fernando Henrique Cardoso.
“O ex-presidente contatou o atual ministro da Fazenda buscando que este interferisse nas apurações que a Receita Federal, em auxílio às investigações na Operação Lava Jato, realiza em relação ao Instituto Lula e a sua empresa de palestras. A intenção foi percebida, aparentemente, pelo ministro da Fazenda que, além de ser evasivo, não se pronunciou acolhendo a referida solicitação”, destaca Moro.
Para o juiz, ’em princípio, não se pode afirmar que o referido diálogo interceptado não teria relevância jurídico-criminal e, se tem, não se pode afirmar que a divulgação afronta o direito à privacidade do ex-presidente’.Leia TUDO e veja Documento

30 de março de 2016
in aluizio amorim

A ESQUERDA DECADENTE


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Brasília - É no mínimo vergonhoso, para não dizer imoral, o comportamento da Dilma depois da saída do PMDB da base do governo. A presidente mandou publicar no Diário Oficial, como medida de urgência, a decisão de liberar quase 2 bilhões de reais para alimentar as emendas parlamentares e, com isso, cooptar deputados e senadores para evitar o impeachment. Mais uma vez, a Dilma mostra que transformou o Brasil numa republiqueta de bananas e que não está a altura do cargo que exerce. Definitivamente não representa mais o povo brasileiro como mostra a mais recente pesquisa do Ibope.

Isolada no Palácio do Planalto, depois que a Justiça proibiu o Lula, seu parceiro, de exercer a função de ministro do Gabinete Civil, Dilma apela para o fisiologismo cínico e descarado comprando deputados e senadores para tentar recompor a sua base de sustentação. Joga no lixo o dinheiro do contribuinte que tanta falta vem fazendo nesses tempos de vacas magras. Mostra, com essa atitude desesperada, que entregou o país nas mãos dos ratos do seu partido e de aliados que ainda compõem o seu governo incompetente e inerte.

Já disse – e repito aqui – o governo da Dilma é esquizofrênico, estabanado, inepto. Há seis anos leva o país para o fundo do poço. Até agora ela não descobriu que virou presidente da república porque nunca esteve apta para o cargo. Surgiu do nada pelas mãos de Lula e de uma hora para outra plantou-se na cadeira de presidente, de onde começou a destroçar o país. Envergonha o Brasil lá fora com o seu pensamento truncado, ideias turvas e ideologia fragmentada. Ao saber que o PT arrancou a última de suas muletas, correu para o Tesouro Nacional para distribuir dinheiro aos parlamentares como se governasse sozinha, como um déspota desvairado e ensandecido.

Qual a diferença da Dilma para os outros presidentes fisiológico que passaram pelo país utilizando-se de métodos semelhantes? Nenhuma. No caso dela, o Brasil pelo menos esperava que não se sujasse com as práticas populistas, demagogas e despudoradas. Imaginava-se - e hoje percebe-se o engano – que como ela saíra das raízes esquerdistas, iria se diferenciar de seus antecessores, políticos profissionais e conservadores. Até que no inicio ela ensaiou uma faxina, desalojando ministros que considerava corruptos. Não aguentou a pressão petistas e, para se manter no cargo, virou um joguete, uma marionete nas mãos da cúpula do partido e do seu chefe Lula.

Como um paciente em coma que retorna da doença aprendendo o que esquecera, decora frases e palavras de ordem e as repetem insistentemente como se tivesse delirando. As vezes, por debilidade, esquece o script. E quando isso acontece, dana-se a falar bobagens, reunidas hoje em livros e catalogadas no folclore do besteirol brasileiro. Essa presidente não tem noção de estado, nem tampouco de governança. Desloca-se frequentemente no avião presidencial, algumas das vezes para convescotes de cortesia ou de solidariedade a amigos, como aconteceu com a visita que fez ao Lula em São Bernardo.

Age, a presidente, como se o Brasil fosse de brinquedo, que se quebra e se remonta. É desprovida de sentimentos humanitários, porque não se apercebe que o seu governo está levando a miséria de volta à mesa dos brasileiros desempregados e sem esperança em um Brasil que definha como uma doença ruim.

Quer passar a imagem de uma guerreira forte, valente, determinada como se fosse a única a lutar contra a ditadura. Bobagem, a resistência aos militares não foi um privilégio de poucos, mas de toda sociedade brasileira que foi às ruas dizer um basta ao regime. Como disse o Millôr, com muita propriedade, muitos dos esquerdistas que vivem hoje das milionárias aposentadorias não lutaram por uma causa, mas, sim, “por um bom investimento”.

A Dilma, o Lula e outros esquerdistas de meia-tigela, fanfarrões, diante dessa desgraça brasileira, só deixam uma certeza: a incompetência de dirigir uma nação. Ao contrário do que apregoam, também são populistas, demagogos, fisiológicos e despreparados.



30 de março de 2016
Jorge Oliveira

CRISE POLÍTICA BRASILEIRA DEIXA NAÇÕES UNIDAS EM ALERTA

BAN KI MOON PEDE 'SOLUÇÕES HARMONIOSAS' PARA EVITAR CONTAMINAÇÃO DAS DEMOCRACIAS DA REGIÃO

A ONU PEDIU AINDA QUE OS POLÍTICOS BRASILEIROS EVITEM "QUAISQUER AÇÕES QUE POSSAM SER VISTAS COMO UM MEIO DE OBSTRUIR A JUSTIÇA" - FOTO: ESKINDER DEBEBE / UN / FOTOS PÚBLICAS


A cúpula da ONU ligou o sinal amarelo para a crise política brasileira. O secretário-geral da entidade, Ban Ki Moon, disse que a instabilidade política brasileira pode provocar um impacto internacional e apelou para que os líderes políticos brasileiros busquem "soluções harmoniosas e tranquilas" para a crise.

Em seguida, Ban Ki Moon faz um apelo aos líderes políticos brasileiros, o primeiro direcionado ao Brasil desde que assumiu o comando da ONU, há quase dez anos, e atitude muito rara da entidade.

O estado de alerta da entidade tem um motivo principal: a possibilidade de a instabilidade política brasileira se alastrar para outras democracias recentes, e mais frágeis da América Latina.

Uma semana atrás, a ONU rompeu o silêncio e fez um alerta para a crise política brasileira. A entidade, em um apelo tanto para os membros do governo federal como para os integrantes de outros partidos políticos, disse esperar que os políticos brasileiros "cooperem totalmente" com o Judiciário nos supostos escândalos de corrupção, chamada de "corrupção de alto nível" pela entidade.

A ONU pediu ainda que os políticos brasileiros evitem "quaisquer ações que possam ser vistas como um meio de obstruir a Justiça". Ao mesmo tempo, reivindicou ao Judiciário uma atuação "dentro das regras do direito doméstico e internacional, evitando adotar posições político-partidárias".

A cúpula da ONU cobra todos os agentes políticos brasileiros ao destacar os "debates cada vez mais polítizados e acalorados" dos últimos meses no Brasil. A entidade ressalta um risco de "um sério dano de longo prazo para o Estado e para as conquistas democráticas feitas nos últimos 20 anos nos quais o Brasil tem sido governado sob uma Constituição que dá fortes garantias de direitos humanos".



30 de março de 2016
diário do poder

LULA E O PT SABEM QUE DILMA JÁ ESTÁ PERDIDA




Charge do Sinovaldo, reprodução do jornal Novo Hamburgo














Com o rompimento do PMDB, o foco sai da presidente Dilma Rousseff e passa para o vice Michel Temer, já que o impeachment ganhou ímpeto e tem até um “deadline”: a chegada da tocha olímpica ao Brasil, prevista para meados de maio. A intenção é gerar um ambiente de festa, congraçamento e recomeço – com um novo governo para mostrar ao mundo.
Quanto mais Dilma representa o passado, mais Temer passa a personificar o futuro, para o bem e para o mal. Para o bem, porque o vice sonha entrar para a história como o presidente da transição que reconduziu o País aos trilhos. Para o mal, porque ele vai atrair, junto com montanhas de adesões, também os raios e trovoadas do PT.
Se o discurso do PT e do governo é de que está em curso “um golpe” contra a democracia, agora é hora de dar cara, voz, cor e partido a esse “golpe”. É por isso que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), acusa Temer de “chefe do golpe” e o líder no Senado, Humberto Costa (PT), ameaça: se Dilma for destituída, Temer “seguramente será o próximo a cair”.
O MEDO E O VAREJO
É a estratégia do medo, enquanto o Planalto troca as negociações partidárias (no “atacado”) por cooptação deputado a deputado (no “varejo”). Ambas – o medo e o varejo – são de altíssimo risco e de resultados incertos porque, quando a onda encorpa, ninguém segura.
Com o rompimento do PMDB, o cálculo de governo e oposição é que os partidos da base aliada vão debandar. O PSB já se foi e, aliás, fez um programa de TV duríssimo contra o governo na semana passada. O PRB também já vai tarde, apesar de a Igreja Universal do Reino de Deus ter lá seus interlocutores com o Planalto. O PSD libera os correligionários para votarem como bem entenderem. O PP e o PR serão os próximos.
Dilma acha que, além de comprar um voto daqui outro dali no Congresso, é capaz de se sustentar graças aos movimentos sociais alinhados com o PT. Eles vão às ruas agora para gritar contra “o golpe” e são uma ameaça a um eventual governo Temer – como, de resto, a qualquer composição que substitua Dilma e exclua o PT. Isso, porém, depende muito menos de Dilma e do governo e muito mais de Luiz Inácio Lula da Silva.
“NOSSO PROJETO”
PT, CUT, UNE, MST… não vão às ruas por Dilma, mas sim por Lula e o que ele chama de “nosso projeto”, ameaçado pela Lava Jato e pela quebradeira da Petrobrás, mas principalmente pelo desastre Dilma, que desestruturou de tal forma da economia a ponto de, como informou o Estado, fechar 4.451 indústrias de transformação num único ano, 2015, e num único Estado, São Paulo, gerando milhões de desempregados. Não foi à toa que em torno de 400 entidades publicaram um contundente anúncio nos jornais de ontem clamando pelo impeachment.
Aí chegamos a Lula e à conversa que ele teve com o vice Michel Temer em São Paulo, em pleno Domingo de Páscoa. Lula não iria a Temer mendigar uma reviravolta do PMDB ou o adiamento da reunião que selou o fim da aliança com o Planalto. Mas Lula iria ao vice, sim, fazer uma avaliação dos cenários (inclusive o de Dilma fora, Temer dentro) e discutir um pacto de convivência que, em vez de destruir a transição com Temer, possa construir uma chance para o PT em 2018.
APENAS DE PRONTIDÃO
De forma mais direta: Lula e o PT sabem que Dilma está perdida e já discutem o “day after”. Partir para um guerra com Temer em que ninguém sobreviveria ou selar uma trégua para uma recomposição de forças políticas e a recuperação da economia?
Para todos os efeitos, Lula está empenhado ao máximo em salvar Dilma. Na prática, está se mexendo para nem ele nem o PT morrerem com ela. Isso passa por um acordo com Temer e pode chegar a uma ordem de comando para, no caso da posse do vice, o exército vermelho sair das ruas e ficar apenas de prontidão.
30 de março de 2016
eliane cantanhede, Estadão

NO GOVERNO DO PT, ODEBRECHT MULTIPLICOU POR SEIS O FATURAMENTO


Sede da Odebrecht, em São Paulo
Grupo Odebrecht está devendo quase R$ 100 bilhões

















Um dos maiores e mais tradicionais grupos empresariais do País, a Odebrecht S/A desenvolveu ao longo de seus 72 anos de história uma capacidade extraordinária de se relacionar com governos, no Brasil e no exterior. Em território brasileiro, construiu estradas, estaleiros, aeroportos, metrôs e estádios para a Copa do Mundo, entre eles a Arena Corinthians. Os primeiros contratos com a Petrobrás foram firmados ainda na década de 50. E, hoje, a estatal, mais do que cliente, é também sua sócia em uma das maiores subsidiárias do grupo: a petroquímica Braskem.
Lá fora, o primeiro projeto estrangeiro da Odebrecht foi a construção de uma hidrelétrica no Peru, em1979. Cinco anos depois, começou a construir a maior hidrelétrica de Angola, dando início ao seu relacionamento com o presidente José Eduardo dos Santos, que ainda hoje está no comando do país africano. No Panamá, ganhou US$ 8,5 bilhões em contratos públicos ao longo da última década. E, em Cuba, está à frente do polêmico Porto de Mariel.
A empreiteira certamente não teria alcançado tamanho destaque não fosse o empurrãozinho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre 2007 e o início de 2015, o banco de fomento destinou à Odebrecht cerca de 70% de todo recurso destinado a obras de empresas brasileiras no exterior. Dos R$ 12 bilhões emprestados pelo banco com essa finalidade, R$ 8,2 bilhões foram para o grupo.
Embora, historicamente, a empresa fundada por Norberto Odebrecht estivesse sempre muito próxima do poder, foi no governo petista que o grupo deu um de seus maiores saltos. Em 2003, quando Lula chegou à presidência, a Odebrecht já era considerada a maior empreiteira do País, com faturamento de R$ 17,3 bilhões. Até 2014, a receita foi multiplicada por seis, para R$ 107,7 bilhões.
Além de engenharia e construção, a empresa atua em outros dez negócios, entre eles saneamento, logística e exploração de petróleo.
Com uma dívida que beira os R$ 100 bilhões, crédito mais restrito e estando no alvo da Operação Lava Jato, a Odebrecht foi obrigada nos últimos meses a se desfazer de alguns ativos. No fim do ano passado, a empresa de transportes do grupo vendeu por R$ 170 milhões para o Itaú sua fatia na ConectCar, que atua no pagamento eletrônico de pedágio. Assim como outras construtoras envolvidas na investigação da Polícia Federal, a estratégia do conglomerado é encolher para sobreviver.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na dinastia Odebrecht, merece uma citação especial o criador do império, engenheiro Norberto Odebrecht, que desenvolveu o Projeto Baixo Sul da Bahia, o maior programa social do país, ajudando a desenvolver mais de 10 municípios através da educação e do trabalho. Pouco conhecido e desprezado pela grande mídia, o projeto de Norberto Odebrecht deveria servir de exemplo ao governo brasileiro. Mas quem se interessa? Agora, com a crise vivida pela empresa, o projeto está com seus dias contados. (C.N.)
30 de março de 2016
Deu no Estadão

DILMA OFERECE DOIS MINISTÉRIOS AO PP, QUE NÃO QUER ACEITAR



 Barros vai esperar a decisão da Comissão do Impeachment


















No balcão de ofertas aberto após o rompimento com o PMDB, o governo federal ofereceu ao PP o Ministério da Saúde, um dos principais da Esplanada, e uma troca de ministro na Integração Nacional, já comandada pelo partido. O objetivo é tentar evitar o desembarque da quarta maior bancada da Câmara dos Deputados.
A Folha apurou que a negociação é para tornar o deputado Cacá Leão (PP-BA) o novo ministro da Integração Nacional no lugar de Gilberto Occhi, que tem menor representatividade na bancada de 49 deputados. Occhi assumiria a presidência de alguma estatal ou autarquia federal.
A Saúde ficaria com o deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (30), no gabinete do presidente do partido, Ciro Nogueira (PI), o partido decidiu marcar para o dia 11, véspera da votação do impeachment na Comissão Especial da Câmara, a decisão final se vai ou não permanecer no governo.
AINDA NÃO ACEITOU…
Logo depois da reunião, o deputado Ricardo Barros disse à Folha que não foi convidado para nenhum ministério e que nem poderia discutir qualquer assunto relacionado a isto porque seu partido decidiu marcar reunião para o dia 11 para decidir sua posição sobre o impeachment.
A Folha apurou, porém, que o nome de Barros faz parte da lista que o Palácio do Planalto montou para tentar garantir a manutenção do PP na base aliada e, com isto, evitar a abertura do impeachment.
Ciro se encontrou na terça-feria (29) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comanda os entendimentos para tentar barrar o impeachment de Dilma Rousseff.
A Saúde é comandada hoje pelo deputado licenciado Marcelo Castro (PMDB-PI), cuja permanência se tornou difícil após a decisão do PMDB de romper com o governo
Além do PP, PR, PSD e outras legendas menores, como o PTN e o PHS estão sendo procuradas pelo governo com a proposta de ocupar o espaço que será aberto com a entrega de ministérios e cargos pelo PMDB.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Tradução simultânea: o PP se sente honrado com o generoso oferecimento, feito pessoalmente por Lula ao senador Ciro Nogueira, mas o partido já se acertou também com o PMDB. Por isso, vai esperar até o dia 11 para decidir se vai ou fica. Ou seja, se a Comissão recusar o pedido de impeachment, o PP aceita os dois ministérios e os outros cargos de segundo escalão etc. e fica no governo. Porém, se a Comissão aceitar o impeachment, o PP inteiro (49 deputados) se alia ao PMDB e vota contra Dilma(C.N.)
30 de março de 2016
Valdo Cruz, Ranier Bragon e Débora ÁlvaresFolha

DILMA E "O PRÓXIMO GOVERNO" NEGOCIAM CARGOS, DIZ LÍDER DO PR



Quintella, líder do PR, já fala abertamente no “próximo governo”











Líder da bancada do PR, o deputado Maurício Quintella Lessa (AL) afirmou na tarde desta quarta-feira (30) que a negociação de ministérios e cargos federais está sendo feita hoje pelos “dois lados”, o governo Dilma Rousseff e os defensores e protagonistas de um possível governo Michel Temer (PMDB).
Quintella não deu detalhes dessas negociações, disse que o PR não está interessado nelas agora e que o partido só tomará uma decisão após a Comissão Especial do Impeachment apresentar o seu relatório, possivelmente daqui a duas semanas.
“Fora a Coreia do Norte, que é uma ditadura, e a China, que tem um partido só, onde existe democracia e Parlamento só se governa com aliança, não só para esse governo, já que vagaram seis ou sete novos ministérios, como para aqueles que defendem um novo governo”, disse Quintella ao ser questionado sobre a oferta de ministérios ao partido, a quinta bancada da Câmara, com 40 cadeiras.
PRÓXIMO GOVERNO
“Não tenha dúvida de que isso também está sendo tratado do outro lado, dos dois lados, tanto do governo atual como do próximo governo”, acrescentou o deputado.
O PR tem hoje o ministério dos Transportes e já recebeu oferta do governo de ampliação do seu espaço, com o Ministério de Minas e Energia.
Segundo Quintella, porém, essa não é a hora de tratar de cargos. “Reforma ministerial ou [montagem do] próximo governo é uma coisa para depois”.
Apesar das declarações, a negociação de bastidor é intensa, com a participação decisiva, inclusive, do ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), condenado no processo do mensalão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O ato falho do líder do PR é altamente sintomático. No Congresso, já se fala abertamente no “próximo governo”, com o qual os cargos serão negociados. Para os parlamentares, o governo Dilma nem existe mais. (C.N.)
30 de março de 2016
Ranier BragonFolha

MINISTROS DO PMDB QUEREM FICAR E COMPLICAM SITUAÇÃO DE DILMA



Katia Abreu foi flagrada passando a mensagem pelo celular


















A ministra Kátia Abreu, da Agricultura, foi flagrada nesta quarta-feira (30), durante a cerimônia de lançamento da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, no Palácio do Planalto, enviando mensagens nas quais afirma que ela e os outros quatro ministros do PMDB decidiram não deixar seus cargos no governo Dilma Rousseff. No texto, ela afirma que a decisão foi tomada “ontem à noite” e cita o local: “casa de Renan”, numa referência à residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A ministra diz ainda que ela e os outros cinco correligionários se licenciarão da legenda em “respeito à decisão aprovada”.
A ministra diz ao interlocutor que a informação é segura e pede: “Confia, amigo”.
A troca de mensagens ocorreu menos de 24 horas depois de a direção nacional do PMDB oficializar o fim da aliança com o PT e determinar que todos os seus filiados entreguem cargos na administração federal.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Dois ministros do PMDB já se demitiram – Henrique Eduardo Alves e Helder Barbalho, os outros cinco estão querendo ficar…  E vejam como a política é uma arte complicada. A ministra Kátia Abreu, amiga íntima e confidente de Dilma Rousseff, liderou essa “desobediência civil” desses cinco ministros recalcitrantes, pensando que estaria ajudando a evitar o impeachment da chefe do governo. Porém, o tiro saiu pela culatra, como se dizia antigamente. Ao invés de ajudar, Kátia está prejudicando Dilma, que de repente ficou sem cinco ministérios para oferecer no balcão de compra e venda de deputados que hoje funciona no Palácio do Planalto. Com amigas como Kátia Abre, Dilma nem precisa de inimigos. Aliás, já ia esquecendo: a ainda ministra está sendo processada porque deixou de bancar uma dívida de R$ 1 milhão com o BNDES, igual ao jornalista Luis Nassif, que teve a dívida perdoada pelo banco estatal, na gestão petista. Como dizia Ibrahim Sued, em sociedade tudo se sabe. (C.N.)
30 de março de 2016
Deu em O Tempo