Vão de mal a pior as relações entre o palácio do Planalto e o Congresso. Será derrubado o veto da presidente Dilma ao projeto que extinguiu o fator previdenciário, assim como será desfigurada ou rejeitada a medida provisória que mudou o regime das aposentadorias. Os presidentes da Câmara e do Senado tem suas divergências no varejo mas concordam no atacado: acima de tudo, preservar a independência do Legislativo.
Eduardo Cunha e Renan Calheiros andam com os nervos à flor da pele por conta dos inquéritos abertos contra eles no Supremo Tribunal Federal em função da Operação Lava-Jato. Correm o risco de ser denunciados e submetidos a julgamento. Ninguém lhes tira da cabeça estar o governo por trás dessa operação desenvolvida pelo procurador-geral da República, em vias de ser reconduzido para mais um mandato.
Os pedaços da reforma política que a Câmara aprovou serão apreciados pelo Senado e servirão para irritar o Executivo. Há quem pense na extinção das medidas provisórias, assim como não foi abandonada a proposta de subordinação de dirigentes de empresas públicas ao crivo do Legislativo.
Em suma, há ebulição na Praça dos Três Poderes.
Eduardo Cunha e Renan Calheiros andam com os nervos à flor da pele por conta dos inquéritos abertos contra eles no Supremo Tribunal Federal em função da Operação Lava-Jato. Correm o risco de ser denunciados e submetidos a julgamento. Ninguém lhes tira da cabeça estar o governo por trás dessa operação desenvolvida pelo procurador-geral da República, em vias de ser reconduzido para mais um mandato.
Os pedaços da reforma política que a Câmara aprovou serão apreciados pelo Senado e servirão para irritar o Executivo. Há quem pense na extinção das medidas provisórias, assim como não foi abandonada a proposta de subordinação de dirigentes de empresas públicas ao crivo do Legislativo.
Em suma, há ebulição na Praça dos Três Poderes.
O vice-presidente Michel Temer esforça-se para recompor as relações mas vem sendo sabotado pelo chefe da Casa Civil e por líderes do PT,
enciumados com suas atribuições de coordenador político. Aloísio Mercadante conta com o apoio da presidente Dilma e a má vontade do ex-presidente Lula. E do PMDB, certamente.
No fundo desse mal-estar repousam as queixas generalizadas dos partidos da base do governo, com exceção do PT, é claro, diante da demora nas nomeações para cargos de segundo escalão da administração federal. A Casa Civil dificulta a publicação no Diário Oficial de escolhas já sacramentadas pelo vice-presidente, sendo que a equipe econômica também atrapalha, em nome da contenção financeira. Deputados e senado
No fundo desse mal-estar repousam as queixas generalizadas dos partidos da base do governo, com exceção do PT, é claro, diante da demora nas nomeações para cargos de segundo escalão da administração federal. A Casa Civil dificulta a publicação no Diário Oficial de escolhas já sacramentadas pelo vice-presidente, sendo que a equipe econômica também atrapalha, em nome da contenção financeira. Deputados e senado
res, assim, reagem como podem.
GOVERNADORES, ADEUS...
Houve tempo em que nada se resolvia em matéria de política sem a palavra dos governadores. Nem todos, é claro, mas especialmente os dos estados mais importantes, influíam no governo e no Congresso. Eram chefes partidários e opinavam sobre as principais questões políticas e econômicas. Esse tempo passou. Ganha uma passagem aérea só de ida à Venezuela quem citar governadores de influência nacional. A safra é lamentável em termos de participação dos chefes dos executivos estaduais. Alguns poderão até ser bons administradores, mas politicamente, nada.
Essa constatação se faz por conta da longínqua sucessão presidencial. Qual o governador que desponta como possível candidato? Nenhum. Haverá tempo para reviravoltas, mas do jeito que estão as coisas parece que não vai dar...
20 de junho de 2015
Carlos Chagas
GOVERNADORES, ADEUS...
Houve tempo em que nada se resolvia em matéria de política sem a palavra dos governadores. Nem todos, é claro, mas especialmente os dos estados mais importantes, influíam no governo e no Congresso. Eram chefes partidários e opinavam sobre as principais questões políticas e econômicas. Esse tempo passou. Ganha uma passagem aérea só de ida à Venezuela quem citar governadores de influência nacional. A safra é lamentável em termos de participação dos chefes dos executivos estaduais. Alguns poderão até ser bons administradores, mas politicamente, nada.
Essa constatação se faz por conta da longínqua sucessão presidencial. Qual o governador que desponta como possível candidato? Nenhum. Haverá tempo para reviravoltas, mas do jeito que estão as coisas parece que não vai dar...
20 de junho de 2015
Carlos Chagas