"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

UM RETRATO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


Equipe da FGV detalhou o funcionamento da última instância jurídica do país e concluiu que STF deve repensar sua relação com o tempo
 
Durante um ano, uma equipe de nove pessoas da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio, dirigida pelo professor Joaquim Falcão, estudou a tramitação de 1,5 milhão de processos e 14 milhões de procedimentos judiciais que tramitaram no Supremo Tribunal Federal entre 1988 e 2013.

Ela concluiu: “Os dados comprovam a urgência de que o Supremo repense sua relação com o tempo. (...) Boa parte dos indicadores mostra que o tempo não necessariamente é influenciado pela quantidade de processos que chegam aos ministros.” (O processo relacionado com o uso de cinto de segurança em coletivos completou 17 anos e oito meses.)

Diz o estudo: “É preciso repensar a gestão dos processos do Supremo. A total autonomia de cada ministro sobre como decidir é inalienável, mas não pode ser confundida com uma total autonomia da gestão processual.” (O ministro Nelson Jobim retinha processos para os quais pedia vista por uma média de mil dias. Seu colega Sydney Sanches devolvia-os em um mês.)
O Brasil deve ser o único país onde um ministro pode travar o julgamento de um caso pedindo vista e levando o processo para seu gabinete. Em tese, a devolução deveria ocorrer em 30 dias. Em dezembro de 2013, na média, eles eram destravados depois de 346 dias. Um processo retido por vinte anos, passou por três ministros e quando foi julgado o assunto estava prejudicado.

O Supremo não divulga a lista de liminares à espera de decisão do mérito. Liminares decididas liminarmente por Joaquim Barbosa esperaram oito anos pelo julgamento do mérito. Com a lista, seria possível acompanhar o serviço do ministro-relator e a organização dos presidentes do Tribunal e de suas turmas.

Muitos tribunais divulgam suas pautas no início do ano. O STF não faz isso e fica todo mundo, inclusive os próprios ministros, pendurados na vontade do presidente da Casa. Pode-se acreditar que em muitos casos há método nessa desordem, mas de uma maneira geral, o que há mesmo é desordem por falta de método.

A pesquisa, coordenada também pelos professores Ivar Hartmann e Vitor Chaves, traz duas boas notícias. A primeira é a de que o STF tem um banco de dados onde se pode garimpar estudos como esse. Não é pouca coisa, porque a primeira reação do dragão corporativo será sempre a de encerrar o debate sumindo com as informações. A segunda é a de que a desordem vem de longe e os indicadores melhoraram. A média do tempo consumido à espera de uma decisão sobre uma liminar caiu 42% entre 2004 e 2013. O tempo para a publicação de acórdãos caiu em 79%.

Serviço: A íntegra da pesquisa “O Supremo e o tempo”, muito mais sofisticada e abrangente que este comentário, estará amanhã no site supremoemnumeros.fgv.br.

A FULANIZAÇÃO INEVITÁVEL
 
A desordem arcaica contamina o desempenho de muitos ministros, o que dá à fulanização aspectos contraditórios. Um ministro pode ser rápido numa coisa e lento em outra, simplesmente porque a máquina estimula lentidões e não incentiva a eficiência. Nas duas colunas laterais está o desempenho dos onze ministros do Supremo (incluindo Joaquim Barbosa) em relação a três atividades que dependem só de cada um deles. São as seguintes:

1. O tempo que levam para conceder ou negar uma liminar. Não há prazo para que o façam. A média da Corte é de 44 dias.

2. O tempo que levam para publicar seus votos, os chamados acórdãos. Enquanto o acórdão não é publicado, muitas decisões valem zero. O prazo regimental é de 60 dias mas a média da Corte está em 167.

3. A quantidade de pedidos de vista feitos por cada ministro e o tempo que retém o processo, quase sempre superior ao que determina o regimento do Tribunal. Em todos os casos, usaram-se médias.

CELSO DE MELO
É o recordista na média do tempo que levou para publicar seus acórdãos: 679 dias. A partir de 2011, baixou drasticamente sua marca. As demoras de Celso de Mello viciaram a média da Casa, que ficou em 167 dias. Leva 45 dias para decidir uma liminar. É, de longe, o ministro que menos pede vistas e devolve os processos em 200 dias.

CÁRMEM LÚCIA
Depois de Celso de Mello é a ministra que faz menos pedidos de vista. É quem fica mais tempo com esses processos, numa média de 600 dias. Julga as liminares em 29 dias e publica seus acórdãos em 82.

TÓFFOLI
É de longe quem mais pede vistas (mais de dois pedidos por mês), ficando com os processos por mais de 200 dias. Toffoli leva 59 dias para publicar um acórdão e 29 para decidir uma liminar.

MARCO AURÉLIO
Leva 173 dias para publicar um acórdão e 58 para decidir uma liminar. É um veterano da Corte e está no bloco dos ministros que mais pedem vistas. Retém os processos por cerca de 200 dias.

GILMAR MENDES
Outro veterano, também está no bloco que mais pede vistas, com uma marca superior à de Marco Aurélio. Quando para um processo, a retenção fica na média em 400 dias. Suas liminares demoram 37 dias e seus acórdãos, 82.

ROSA WEBER
Decide suas liminares em 43 dias e publica os acórdãos em 51. É a terceira colocada entre os que mais pedem vistas (depois de Toffoli e Fux), mas retém os processos numa marca inferior à deles, cerca de 140 dias.

TEORI ZAVASCKI
Está na Corte há menos de dois anos, mas se mantiver a média de desempenho, levará a taça da rapidez. Decide as liminares em 15 dias. Publica seus acórdãos em 23 dias. Nos dois casos, bem abaixo da média do tribunal. É também o ministro que por menos tempo retém os poucos processos para os quais pediu vista.

RICARDO LEWANDOWSKI
O presidente do STF decide as liminares em 17 dias e publica seus acórdãos em 55. Quando pede vista, retém o processo por mais de 200 dias. Se não tivesse essa marca, estaria entre os mais rápidos da Casa. Seu gabinete tem a chancela do ISO 9000, conferido a coisas que funcionam direito.

LUIZ FUX
É o lanterninha no tempo médio que leva para decidir uma liminar: 72 dias. Desde 1988, nenhum ministro demorou tanto. Está entre os mais rápidos na publicação de acórdãos, 41 dias. Depois do ministro Toffoli, tem a maior média de pedidos de vista. Entre os processos que reteve (habitualmente devolve-os em 180 dias), está a ação direta de inconstitucionalidade apresentada pelo Procuradoria Geral da República contra as gratificações de juízes do Rio. O processo está com ele desde 2012. Atualmente tramita na Assembleia Legislativa um projeto que dá R$ 7 mil mensais ao juízes para a educação de seus filhos.

JOAQUIM BARBOSA
Decidiu as liminares em 21 dias e levou 117 para publicar seus acórdãos, ficando atrás de oito outros ministros. Seu pedidos de vista (um por mês), demoraram 300 dias.

ROBERTO BARROSO
Leva 31 dias para decidir uma liminar e 32 para publicar uma acórdão. Pede um processo por mês e devolve-o em 45 dias.
 
23 de setembro de 2014
Elio Gaspari

CULINÁRIA...

Se você pedisse um prato de vieiras, purê de aipim e sagu no vinho tinto e lhe apresentassem isso, o que faria?

 
Pois é... E isso ainda é elogiado pela crítica gastronômica Luciana Froes!

23 de setembro de 2014

PARA FINALIZAR COM CUBA, UM ARTIGO SOBRE PORTO MARIEL, NO GRANMA, DÁ UMA NOÇÃO DE QUANTO DINHEIRO O BRASIL JOGOU FORA

 
Hipólito Rocha, diretor-geral da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil),.
 
Mariel: uma aposta de presente e futuro
 
A Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel (ZEDM), a obra de maior envergadura em muitas décadas em Cuba, nasceu graças ao respaldo financeiro do Brasil, que aglutinou decisão política, estratégia de integração e, também, visão de negócios.
Brasil financiou os bens e serviços da construção do terminal de contêineres e a remodelação do porto de Mariel, equipado com tecnologia de última geração para receber e operar cargas de navios de grande calado, como os chamados "Postpanamax", que começarão a chegar quando seja completada a ampliação do Canal de Panamá, em dezembro de 2015.
 
A instalação, a 45 quilômetros a oeste de Havana, está situada na rota dos principais fluxos de transporte marítimo do hemisfério, pelo que os especialistas coincidem em indicar que o porto tem características para ser o maior do Caribe quanto ao tamanho e volume de atividade.
 
O terminal é o coração da zona especial, de 465 quilômetros quadrados, que oferecerá uma infraestrutura de auto-estradas que ligarão o porto de Mariel com o restante do país, uma rede ferroviária, estruturas de comunicações e serviços variados.
 
Na zona especial, atualmente em construção, se realizarão atividades produtivas, comerciais, agropecuárias, portuárias, logísticas, de formação e capacitação, de lazer, turísticas, imobiliárias, e de desenvolvimento e inovação tecnológica, em instalações que incluem centros de distribuição de mercadorias e parques industriais.
 
Dividida em oito setores, para seu desenvolvimento por etapas, as primeiras serão destinadas às telecomunicações e a um parque de tecnologia moderna, no qual estarão montadas indústrias farmacêuticas e de biotecnologia, dos setores aos que se dará prioridade em Mariel, junto com o das energias renováveis e o agrícola e alimentar, entre outros.
 
O governo cubano estuda, atualmente, a aprovação de 23 projetos da Europa, Ásia e a América para estabelecer-se em Mariel, em setores químicos, de materiais da construção, logística e de arrendamento de equipamentos.
 
Inaugurada em 27 de janeiro, durante seus primeiros seis meses de operação, o terminal já recebeu 57 navios e uns 15 mil contêineres, uma quantidade mínima porque a capacidade de armazenamento é de 822 mil. Os navios Postpanamax poderão transportar até 12.600 contêineres, três vezes más que os navios que podem atravessar agora o canal interoceânico.
Outro economista, Pedro Monreal, calcula que o custo por contêiner cairá então, a metade.
 
O menor custo, analisou, melhoraria a competitividade das manufaturas brasileiras, por colocar um exemplo. Mariel, onde operará também uma zona franca, poderia converter-se em plataforma de produção e exportação para essas empresas, inclusive para abastecer seu próprio mercado.
 
O decreto Lei 313, que criou a ZEDM, é de 13 de setembro de 2013, mas a remodelação de Mariel tinha começado três anos antes, conduzida por una empresa mista formada, em fevereiro de 2010, pela companhia de Obras e Infraestrutura, subsidiária da construtora privada brasileira Odebrecht, e por Quality Cuba SA.
 
O terminal de contêineres é administrado pela Global Ports Management Limited, um dos maiores operadores portuários do mundo, que trabalha desde há tempo com a firma cubana Almacenes Universais S.A, proprietária, usuária e responsável por zelar pelo uso eficiente do enclave portuário.
 
Também a relação entre Cuba e o Brasil é de longa data. O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (2003-2010) não oculta suas simpatias pela Revolução deste país caribenho, o qual visitou em inúmeras ocasiões, primeiro como dirigente sindical e político, depois como mandatário e agora como ex-governante.
 
Dois pacotes de acordos assinados em 2008 e 2010, entre Lula e o presidente cubano Raúl Castro, marcam seu interesse por reforçar os vínculos binacionais, um esforço continuado pela atual mandatária brasileira, Dilma Rousseff.
 
Anteriormente, tinha sido acordado o crédito para o Mariel. Roussef especificou, quando esteve presente na inauguração do terminal, que somou US$ 802 milhões para esta etapa, mais US$ 290 milhões para a segunda fase. O primeiro dos créditos foi destinado, inicialmente, à auto-estrada, mas o governo local determinou começar pelo porto.
 
O empréstimo foi outorgado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Brasil. Havana contribuiu com 15% do investimento necessário para as obras.
 
"Cuba é uma prioridade para nosso governo e também Havana põe muita atenção no Brasil", comentou o diretor-geral da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Hipólito Rocha.
 
A Apex-Brasil foi criada para promover negócios em parceria com Cuba, o Caribe e a América Central.
 
A Odebrecht é a companhia mais importante ligada a Mariel, mas fontes diplomáticas disseram que no total umas 400 empresas brasileiras participam das obras. "Entre nossos países há afinidade, decisão política, vocação para integrar-se, mas também são importantes os negócios", comentou o brasileiro Rocha.
 
Acrescentou que Cuba cumpre rigorosamente seus compromissos financeiros com o Brasil e que a relação binacional "está muito consolidada, é sustentável e deixa benefícios também ao nosso país".
 
Se de sinais se trata, os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, os deram quando realizaram duas visitas a Cuba, em julho, para ampliar os projetos de colaboração com Havana.
Os dois presidentes estiveram em Cuba, no âmbito de sua participação na Sexta Cúpula do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e a África do Sul), entre 14 e 16 de julho, que teve lugar no Brasil.
O reforço destes vínculos promete maior acesso aos mercados chinês e russo, atração para investimentos em áreas de interesse comum, como a indústria farmacêutica e energética, cooperação para a modernização em setores estratégicos, portos e telecomunicações, afirmam especialistas.
 
23 de setembro de 2014

DEU NO GRANMA, PASMEM!

Segundo o Granma (o papel higiênico mais usado em Cuba), programa “Mais Médicos” recebe aprovação de 95% dos brasileiros
 
 
Segundo uma enquete divulgada pelo governo do Brasil, 95% das pessoas atendidas pelo programa Mais Médicos estão satisfeitas com este programa da saúde pública, onde 14.462 profissionais, em sua maioria cubanos, foram contratados para atender áreas remotas e periféricas.
 
O programa permite oferecer serviços de saúde a 50 milhões de pessoas em 3.785 municípios remotos ou isolados, em áreas periféricas das grandes cidades e em 34 distritos indígenas, segundo um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, após um ano de sua posta em marcha.
 
Segundo a agência Efe, 84% disse estar satisfeito com a duração das consultas e 80% deu uma qualificação positiva ao acompanhamento que fazem os médicos do programa.
 
“Este estudo confirma que os beneficiários do Mais Médicos na periferia das grandes cidades, no interior do país, na selva amazônica e no nordeste (região mais pobre do Brasil) estão satisfeitos com os médicos”, afirmou na entrevista onde se apresentou o balanço, o Ministro da Saúde, Arthur Chioro.
As mentiras do PT agora são exportadas. Canalhas!
 
23 de setembro de 2014

BRASIL FEZ PAPEL DE BOBO EM CUBA: PUTIN VAI EXPLORAR O PORTO DE MARIEL


Deu em O Povo (Fortaleza)
 
Na nova guerra fria, o Brasil fez papel de bobo no Caribe, com o ‘aliado’ governo cubano. Bancou, via BNDES e inclusive com R$ 240 milhões a fundo perdido, a construção do Porto de Mariel, com a esperada reabertura comercial e fim do embargo americano ao país de Fidel.
 
Mas quem vai faturar bonito são Estados Unidos e Rússia. Depois de os EUA fazerem oferta pela operação da área, como publicamos, agora foi o presidente russo, Vladmir Putin, que avisou a Raúl Castro que pretende a área. Para isso, Putin está perdoando a dívida de US$ 35 bilhões dos cubanos. A revelação é do jornalista Marcelo Rech.
As negociações para o perdão da dívida duraram 20 anos. Putin ainda avisou aos Castro que vai reinvestir US$ 2,6 bilhões em Cuba – principalmente direcionados a Mariel.
 
Putin correu para Cuba um mês depois de os americanos fazerem a oferta de operação do porto. Recomeçou, assim, uma nova ‘guerra fria’ entre EUA e Rússia.
 
Enquanto isso, a presidente Dilma investe no discurso de que mais de 300 empresas brasileiras vão ser beneficiadas com o porto de Mariel, mas não há lista e ninguém sabe quais são.
 
Aliás, quanto será que rolou de suborno para os petralhas nessa parada
 
23 de setembro de 2014

CPMI: EX-DIRETORES DA PETROBRAS ACUSADOS DE PARTICIPAÇÃO EM DESVIOS PODEM SER CONVOCADOS

 

renato_duque_02Soltando a voz – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) protocolou, nesta segunda-feira (22), requerimentos na secretaria da CPMI da Petrobras para a convocação dos ex-diretores da companhia Renato Duque, da área de serviços, e Nestor Cerveró, da área internacional.

Ambos foram apontados por Paulo Roberto Costa, também ex-diretor da estatal, durante o processo de delação premiada, como partícipes do esquema de desvio de recursos da estatal nos últimos dez anos.

De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, publicada no último dia 20, Costa afirmou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que além da diretoria que ele comandava, a de Abastecimento e Refino, essas duas outras diretorias da empresa estavam envolvidas no esquema criminoso que superfaturava contratos com a petroleira para abastecer os cofres de partidos da chamada base aliada.

“São acusações graves, que demandam atitude imediata de nossa parte, uma vez que as denúncias não só estão amparadas pelo pressuposto da efetividade – exigência do próprio instituto da delação premiada, que requer provas concretas da veracidade das acusações – como se ajustam a outras imputações já levantadas na CPMI”, disse Rubens Bueno, citando o envolvimento de Cerveró na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, negócio pelo qual Paulo Roberto Costa já afirmou ter ganho R$ 1,5 milhão em propina.

Outro ex-diretor que compartilhava da “conduta corrupta” de Paulo Roberto era Renato Duque, homem ligado ao ex-presidente Luiz Inácio da Silva. Dentre outras acusações que pesam sobre ele, está a de ter sido um dos convidados a participar de uma excursão endogastronômica a vinícolas argentinas, juntamente com Cerveró, a esposa e também Julio Faerman, suspeito de pagar propina a funcionários da Petrobras, em troca de contratos com a empresa holandesa SBM Offshore.

Mensagens eletrônicas descobertas em investigação interna da petroleira confirmam o convite.
Renato Duque foi indicado pelo PT para ocupar a diretoria de serviços. Era um dos membros do alto escalão da companhia mais próximos do partido no governo Lula. Cerveró era apoiado por petistas e peemedebistas.
Segundo a revista Veja, Duque foi uma indicação do ex-ministro José Dirceu e, nas diretorias indicadas pelos petistas, o dinheiro da propina era arrecadado por João Vaccari Neto, tesoureiro do PT.

23 de setembro de 2014
ucho.info

EUA INICIAM BOMBARDEIOS AO ULTRARRADICAL ESTADO ISLÂMICO EM TERRITÓRIO SÍRIO

 

(US Navy - Reuters)
(US Navy – Reuters)

Sem trégua – O Pentágono anunciou na segunda-feira (22) que os EUA começaram a bombardear bases do grupo extremista “Estado Islâmico” (EI) na Síria. Antes, os ataques aos radicais estavam limitados ao território iraquiano.

“As Forças dos Estados Unidos e de nações aliadas começaram os ataques contra o EI na Síria usando uma combinação de caças, bombardeiros e mísseis Tomahawk”, anunciou no Twitter o porta-voz do Pentágono, o almirante John Kirby.

Ele não detalhou quais eram os aliados envolvidos nessas primeiras ações, nem quais foram os alvos. Mas, segundo o jornal The New York Times, os bombardeios estão concentrados na cidade de Raqqa, centro de operações dos extremistas, e ao longo da fronteira com o Iraque.

Sabe-se que apoiam os EUA na ofensiva Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Bahrein e Catar. O papel de cada país nos primeiros bombardeios, porém, não foi especificado. O regime sírio de Bashar al-Assad teria sido avisado sobre o início dos ataques aéreos.

Os bombardeios marcam uma guinada na política de combate ao terrorismo do presidente Barack Obama, até então resistente em envolver os EUA em mais uma guerra – especialmente na Síria, onde resistiu a intervir durante o ápice da guerra civil, e no Iraque, de onde acabou de retirar suas tropas.

O avanço nos últimos meses do EI, um grupo fortalecido durante a guerra civil síria, e a brutalidade das decapitações de ocidentais acabaram forçando Obama a lançar uma nova operação militar no Oriente Médio após uma década de guerras no Iraque e no Afeganistão.

Obama garante que a operação será diferente das anteriores, alegando que em nenhum caso ela implicará o envio de tropas terrestres. Mas ele enfrenta o ceticismo dos que defendem, inclusive dentro do Pentágono, que é impossível vencer o EI sem combates em terra.

(Com agências internacionais)

23 de setembro de 2014
 

MAIS DO MESMO

Enroladas com escândalos, Dilma e Gleisi se agarram à cartilha petista de desculpas e mentiras

gleisi_hoffmann_53

O kit petista de desculpas esfarrapadas foi acionado por Dilma Rousseff, na entrevista concedida ao telejornal “Bom Dia Brasil”, para tentar explicar a presença de Paulo Roberto Costa em cargos importantes na Petrobras durante o período em que ela foi ministra das Minas e Energia, presidente do Conselho da estatal, chefe da Casa Civil e presidente da República. Dilma se disse “surpreendida”.
Outros argumentos são idênticos aos usados por Gleisi Hoffmann para tentar justificar a indicação do perigosíssimo pedófilo Eduardo Gaievski para comandar as políticas do governo federal para crianças e adolescentes.

Além de se dizer “surpreendida” com o fato de ter levado um pedófilo para cuidar de programas dedicados a crianças, Gleisi alega que só a imprensa tem interesse no assunto, a população não.

“Vocês sempre me perguntam sobre isso [Gaievski]. A população em geral não me pergunta. É interessante: acharem que eu, que sou mãe de dois filhos, mulher, que sempre tive uma luta pelo direito das mulheres, contrataria alguém envolvido em pedofilia, que tem denúncias sobre isso… O Eduardo Gaievski foi prefeito de Realeza, eleito e reeleito. Era muito elogiado na imprensa.”

Gleisi tenta empurrar para a imprensa a culpa que é só dela. Ao cumprir o papel de informar a população sobre os desmandos do Estado e de seus governantes, o ucho.info foi alçado à mira de Gleisi Hoffmann, apenas porque a petista não gostou do espaço que dedicamos – e ainda disponibilizamos – ao escárnio que foi a indicação de um pedófilo para o cargo de assessor especial na Casa Civil.
Tanto é assim, que Gleisi, em mais uma tentativa de intimidação, processou o editor do site sob a alegação de que estamos a serviço da oposição. Como a senadora petista ainda não provou a acusação que nos faz, a acachapante derrota que se avizinha é a nossa melhor resposta a essa senhora que imaginou que se instalaria com facilidade no Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense.

Na mesma linha de raciocínio, o das desculpas esfarrapadas, Dilma disse que Paulo Roberto Costa era um “funcionário de carreira” da empresa e foi conduzido à diretoria “por suas credenciais”. “Ele não foi escolhido fora dos quadros da Petrobras.
Ele tem 30 anos da Petrobras. Antes de ir para a diretoria ele fez uma carreira dentro da Petrobras”, justificou Dilma. A presidente disse ainda que foi “surpreendida” pelo envolvimento dele no esquema.

A surpresa alegada por Dilma com as traficâncias de Paulo Roberto Costa é tão difícil de engolir quanto a balbuciada por Gleisi diante da paralela e criminosa vida de Eduardo Gaievski.
O diretor da Petrobras era muito estimado por Lula justamente porque “nos ajudava muito”, ou seja, não tinha o menor escrúpulo em usar a estatal para garantir apoio político ao PT. De quebra, abastecia as próprias contas numeradas na Suíça com dinheiro surrupiado da estatal.

O caso de Eduardo Gaievski guarda um sintomático paralelismo com o de Paulo Roberto Costa. Gleisi passou a alegar que “conhecia” mal o pedófilo e o contratou porque ele se elegeu e reelegeu, com larga margem, prefeito de Realeza.
Fora isso, alega Gleisi, chamou sua atenção o fato de Gaievski ter sido elogiado nos jornais por sua gestão eficiente. Esquece sempre de mencionar que ela e o marido, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), filiaram Gaievski (que era executivo da multinacional Kraft) ao PT e o estimularam a disputar a prefeitura de Realeza.

Dilma, depois que Paulo Roberto Costa foi preso, tentou, sem sucesso, se distanciar cada vez mais do ex-diretor da Petrobras. Em recente entrevista, repetindo Gleisi, afirmou: Costa “não era uma pessoa da minha confiança” e não “tinha afinidade com ele”.

A presidente-candidata ignora o fato de que o convidou para o casamento de sua filha em 2008, um evento seletíssimo para o qual poucos felizardos foram convidados. Todos eles gozando da maior confiança e intimidade de Dilma.

23 de setembro de 2014
ucho.info

A FUNÇÃO DA IMPRENSA

 

Sintonizei a CBN para acompanhar o café da manhã deste sábado. Depois de ouvir as notícias da Europa, costumo me inteirar das novidades brasileiras. Com esses aparelhos de rádio atuais, conectados à internet, tudo ficou bem mais fácil.
 
Jornal mural ― anos 70
Jornal mural ― anos 70
 
Quando já é manhã por aqui, no Brasil são as que antigamente se chamavam «altas horas», não sei se os jovens ainda entendem. É quando o ponteiro das horas aponta lá pra cima. Os franceses costumam dizer «les petites heures » ― as pequenas horas ―, o que dá no mesmo. É hora boa pra ouvir notícia. Não se fala em tráfego, perdão!, em «trânsito».
 
Distraído, ouço de repente uma voz de mulher braba afirmar, em tom peremptório, que «investigar não é função da imprensa». Depois de um instante de estupefação, me dou conta de que é a presidente da República quem profere essa enormidade. E ela continua o discurso afirmando que cabe à imprensa apenas relatar o que já foi investigado por quem de direito.
 
Incomodada pela divulgação de um ‘malfeito’ atrás do outro, é compreensível que uma enfurecida Dilma Rousseff, incapaz (por enquanto) de calar a imprensa, lance suas flechas contra ela. Tem ela sorte de presidir um país cujo povo, calejado por tantos escândalos, já não dá mais atenção a miudezas.
 
Tivesse ela dito esse tipo de monstruosidade em terra civilizada, receberia de volta saraivada pesada vinda de uma nação indignada. Nossa presidente venturosa preside um povo ingênuo, amestrado a engolir mentiras com facilidade.
 
Jornal mural ― anos 70
Jornal mural ― anos 70
 
Relatar fatos é função de agências noticiosas. As grandes do mundo se chamam Reuters, France Presse, Associated Press, Ansa. Até o Brasil tem uma, chamada, com propriedade, Agência Brasil. Imprensa é outra coisa. Se sua função fosse unicamente relatar fatos, um jornal seria suficiente. Mas o mundo não funciona exatamente como dona Dilma gostaria.
 
Não se saberá jamais se a frase infeliz da presidente foi realmente de sua lavra ou se lhe terá sido soprada por alguma eminência parda. É até capaz de a enormidade ter sido bolada por suas eminências. Elas andam tão assustadas com a perspectiva real de derrota daqui a 15 dias que acionaram a metralhadora giratória. Fazem fogueira com qualquer madeira.
 
Pois a função da imprensa é justamente analisar, opinar, investigar, supor, debater. Para relatar fatos, bastavam os da dzi bao, jornais murais que o regime afixava na Praça da Paz Celeste, em Pequim, nos tempos de Mao Tzê Tung.
 
Jornal
Jornal
 
A fala de dona Dilma está em contradição flagrante com a boa acolhida que seu governo tem dado a Mister Greenwald. Falo daquele jornalista americano, residente no Rio de Janeiro, que deu eco planetário a informações sigilosas surrupiadas de agências de segurança americanas. Ele não se limitou a relatar fatos, mas foi parte ativa na investigação que acabou por descobri-los.
 
Não se pode aprovar Chico e repudiar Francisco, como está fazendo nossa presidente mandona. Isso dito, ela não precisa se desesperar. A pouca importância que, desde sempre, o poder público tem dado ao desenvolvimento cultural dos brasileiros faz que a estupefação se extinga com o último gole do café da manhã.
 
23 de setembro de 2014
José Horta Manzano

INSTITUTO BRASIL TEVE CONTRATOS IRREGULARES EM PELO MENOS TRÊS CIDADES, APONTA TCM

 
Instituto Brasil teve contratos irregulares em pelo menos três cidades, aponta TCM
Foto: Reprodução/ VEJA

O Instituto Brasil, investigado por suposto esquema de desvio de verbas em contrato com o governo do Estado, também foi envolvido em apurações técnicas do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que condenou os ex-prefeitos de Paulo Afonso, Camaçari e Madre de Deus por contratos irregulares com a ONG, cujo montante recebido chega a R$ 18 milhões.

As irregularidades aconteceram entre 2005 e 2007, cinco anos antes do início da investigação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) sobre acordo da entidade com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) para a construção de habitações populares em cidades do interior.
À época, o TCM chegou a pedir que fossem realizadas tomadas de contas e auditorias nas três cidades para avaliar os contratos com a ONG.

O maior valor angariado pelo instituto foi pago pela prefeitura de Paulo Afonso, que custeou R$ 15,2 milhões com quatro termos de parceria e três contratos administrativos.

O ex-prefeito do município, Raimundo Caires Rocha (PMDB), foi multado em R$ 32,153 mil e imputado de devolver R$ 6,2 milhões aos cofres públicos no ano de 2010. De acordo com o relatório de auditoria do TCM, a ONG atuou como mera intermediadora de mão-de-obra, já que Raimundo indicou pessoas contratadas para trabalhar nos serviços prestados pelo instituto.

Em 2009, a ex-gestora cassada de Madre de Deus, Eranita Oliveira (PMDB), foi punida com multa de R$ 30 mil e pedido de ressarcimento ao erário municipal de R$ 960 mil, devido ao contrato do mesmo valor prestado com o instituto, sem provas de execução dos serviços.

Já em Camaçari, o ex-prefeito Luiz Caetano (PT) também foi multado pela Corte de contas em R$ 15 mil e condenado a ressarcir R$ 737,4 mil, por ter contratado a entidade por $ 1,943 milhão, devido ao pagamento indevido por atividades não prestadas e a não apresentação da prestação de contas.
O caso apurado em 2012 pelo MP voltou à tona com a reativação do processo na 7ª Vara da Fazenda Pública de Salvador.

A presidente do Instituto, Dalva Sele Paiva, declarou à revista Veja que a entidade foi criada para financiar o caixa eleitoral do PT baiano. Entre os petistas beneficiados, estaria o candidato ao governo estadual Rui Costa.

23 de setembro de 2014
Juliana Almirante - Bahia Notícias

AÉCIO: "IRREGULARIDADES NA PETROBRAS SÃO CRIME DE LESA-PÁTRIA"

Em Minas Gerais, candidato tucano diz que as autoridades que investigam caso estão se aproximando do 'grande núcleo de corrupção' da estatal
 
Em visita ao Vale do Aço, em Minas, Aécio fez carreata por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo
Em visita ao Vale do Aço, em Minas, Aécio fez carreata por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, disse neste sábado, em ato público na cidade mineira de Ipatinga, que a sucessão de irregularidades na gestão dos negócios da Petrobras "é um crime de lesa-pátria". De acordo com o tucano, as novas revelações de que o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, Renato Duque, e o ex-diretor da área Internacional, Nestor Cerveró, também tinham nacos de poder na estatal para praticar desvios indicam que as autoridades que investigam a estatal "estão chegando perto do grande núcleo de corrupção da empresa". Aécio, porém, evitou ligar os ex-diretores ao ex-presidente Lula e ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que tiveram influência direta nas duas indicações. 
Leia mais: 
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste sábado revelou que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, citou os dois colegas de trabalho em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público, ligando-os a possíveis irregularidades na estatal.
"Agora sim estão chegando perto do grande núcleo de corrupção daquela empresa. Essa investigação tem de ser aprofundada. O ex-diretor Paulo Roberto Costa [que acordou uma deleção premiada com o Ministério Público Federal do Paraná para revelar desvios de dinheiro e corrupção na Petrobras] já está deixando muita gente com dor de cabeça e sem dormir. Quando se aproximarem do Duque, muita gente vai ter uma grave insônia. O que fizeram com nossa maior empresa pública é um crime de lesa-pátria e não tem mais história malfeita", disse o candidato tucano, em referência ao costume da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, de classificar as irregularidades de "malfeitos".
"Isso é crime e crime tem de ser punido. Aqueles responsáveis pela condução, direção e governança da maior empresa pública brasileira devem ter sua parcela de responsabilidade", completou. 
Leia também: 
Ascensão - De acordo com Aécio, pesquisas internas do partido começaram a detectar o início do crescimento do candidato em Estados do Nordeste do país e apontaram que, em São Paulo, ele teria obtido mais 4 pontos porcentuais em intenções de voto. 
Em visita ao Vale do Aço, em Minas, onde fez carreata por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, Aécio Neves voltou a criticar o que classifica como "a irresponsabilidade da atual política econômica que levou o país à recessão, desindustrialização e alta inflacionária". Se eleito, ele disse que vai atrair novos investimentos, desenvolver uma política industrial e criar políticas de simplificação tributária. 
Correios - O candidato do PSDB também falou, em visita ao leste de Minas Gerais, que seu partido vai apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Procuradoria da República do Distrito Federal uma representação contra a presidente Dilma Rousseff por abuso de poder político e improbidade administrativa. De acordo com ele, na tentativa de alavancar votos, em busca da reeleição, Dilma usou irregularmente os Correios para distribuir material de campanha. "Essa visão patrimonialista do PT de considerar as empresas públicas seu patrimônio precisa ter um fim", reiterou.
Nesta semana, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, contrariando norma da própria estatal, os Correios distribuem panfletos de campanha da presidente-candidata Dilma sem chancela ou comprovante de postagem oficial – o que impede a comprovação de pagamento para o envio da propaganda eleitoral. Ao menos 4,8 milhões de panfletos petistas foram distribuídos desse modo. Sem a chancela, contudo, é impossível saber ao certo se a quantidade de material enviado corresponde ao que foi pago pelo partido.
23 de setembro de 2014
Laryssa Borges, de Ipatinga
 

MP QUER OUVIR PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASIL APÓS DENÚNCIAS DE DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO

 
MP quer ouvir presidente do Instituto Brasil após denúncias de desvio de dinheiro público
Foto: MP-BA
 
O Ministério Público (MP-BA) expedirá nesta segunda-feira (22) uma notificação para ouvir a presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, após ela ter denunciado o desvio de dinheiro público para caixa dois.
“Além dela, vou notificar também outras pessoas citadas na reportagem pela senhora Dalva Sele.
O objetivo é saber quais provas ela possui e confirmar também o teor do que foi publicado”, disse a promotora Rita Tourinho ao jornal Correio. Ela afirma, contudo, que não há elementos para convocar os políticos acusados pela presidente da ONG.
Outro procedimento está em curso contra o Instituto Brasil além da investigação aberta em 2010 para apurar suspeitas de desvios de R$ 6 milhões do Fundo de Combate à Pobreza, para a construção de casas populares.
A última apuração tem parceria como o Ministério Público Federal (MPF-BA) e se refere à sondagem do programas habitacionais financiados pela Caixa Econômica e intermediados pelo governo do estado.

23 de setembro de 2014
Bahia Notícias

CASA DOS HORRORES DO PT DA BA

A CASA DE HORRORES DO PT DA BAHIA: R$ 50 MILHÕES FORAM TIRADOS DOS POBRES E FORAM PARAR NAS MÃOS DE POLÍTICOS PETISTAS, DIZ PRESIDENTE DE ONG QUE OPERAVA PARA O PARTIDO

É preciso ser idiota ou ter muita má-fé — eventualmente uma soma das duas coisas — para sustentar que o fim da doação legal de empresas a campanhas eleitorais diminuiria a corrupção no Brasil.
Em primeiro lugar, ainda que venham a ser proibidas — e o STF está a um passo de fazer essa escolha estúpida —, as doações continuarão a ser feitas, só que por baixo do pano. Em segundo lugar, a roubalheira maior nada tem a ver com eleição.
Ela se dá por intermédio das empresas estatais, como prova a Petrobras, e das ONGs que são usadas pelos partidos.

A VEJA desta semana traz uma reportagem que revela os bastidores escabrosos de uma ONG chamada Instituto Brasil, criada em 2004 para supostamente facilitar a construção de casas próprias, com dinheiro federal, para pessoas de baixa renda na Bahia. Assim era no papel.
De fato, a dita-cuja era apenas um dos braços do PT que operava para desviar dinheiro dos cofres públicos para o bolso dos petistas. Quem faz a denúncia? Não é o PSDB. Não é algum outro partido de oposição.
Quem põe a boca no trombone é Dalva Sele Paiva, nada menos do que presidente da entidade. Ela cuidou do esquema para os petistas até 2010, quando o Instituto Brasil foi fechado, atolado em irregularidades. Ao longo de seis anos, segundo ela, R$ 50 milhões — SIM, CINQUENTA MILHÕES DE REAIS — saíram dos cofres do governo federal para as burras dos companheiros.

O esquema era relativamente simples. O Instituto Brasil era qualificado pelo governo para construir, por exemplo, um número x de casas. Erguia muito menos, repassava o dinheiro para a companheirada, e o próprio partido se encarregava de arrumar as notas frias que justificavam as despesas.
Assim foi, por exemplo, em 2008, num caso já desvendado pelo Ministério Público Federal. O Instituto Brasil foi escolhido pelo governo para erguer 1.120 casas ao custo de R$ 17,9 milhões. O dinheiro saiu do Fundo de Combate à Pobreza. O MP já tem provas de que parte do dinheiro sumiu.

Atenção! Só nesse convênio, revela Dalva à VEJA, R$ 6 milhões foram parar nos cofres do PT, consumidos na eleição municipal. Ela deixa claro que a entidade foi criada com o propósito de alimentar o caixa do partido.
E tudo passou a funcionar ainda melhor para o grupo depois da eleição do petista Jaques Wagner para o governo da Bahia, em 2006.

A investigação está a cargo da promotora Rita Tourinho, que chegou a localizar testemunhas que acusavam políticos, mas, diz ela, faltavam as provas. Parece que a tarefa agora será facilitada. Diz Dalva, que presidia a ONG: “Vou levar todos esses fatos ao conhecimento do Ministério Público.

Quero encerrar esse assunto, parar de ser perseguida. O ônus ficou todo comigo”. Ela diz ter em mãos, por exemplo, os recibos de R$ 260 mil repassados à campanha do agora senador Walter Pinheiro à Prefeitura de Salvador, em 2008.

Não era só Walter Pinheiro, é claro! Atenção para a lista de outros petistas que, segundo Dalva, receberam o dinheiro que deveria ter sido usado na construção de casas para os pobres:

– Afonso Florence, deputado federal e ex-ministro da Reforma Agrária de Dilma. Dalva diz ter entregado a ele várias pacotes de dinheiro de R$ 20 mil a R$ 50 mil, quando era secretário de Jaques Wagner. Um assessor seu chamado Adriano teria recebido a bufunfa;

– Vicente José de Lima Neto, presidente da Embratur: recebeu pensão mensal de R$ 4 mil;

– Rui Costa, atual candidato ao governo da Bahia: pensão mensal de R$ 3 mil a R$ 5 mil;

– Nelson Pellegrino, deputado federal: recebeu dinheiro para boca de urna, para pagar cabo eleitoral e bancar outras despesas da campanha.

E o governador Jaques Wagner? Será que ele sabia? Dalva diz que era impossível não saber. Afinal, quem arrumava as notas frias que justificavam os gastos era a então diretora da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Leda Oliveira. Hoje, Lêda é ainda mais poderosa: ocupa o cargo de diretora de Comunicação do governador Jaques Wagner.

Todos os acusados negam tudo com veemência. O deputado Nelson Pellegrino, por exemplo, começou afirmando que nem conhecia a tal Leda. Chamou pela memória e acabou lembrando que uma irmã sua trabalhou no Instituto Brasil: “Mas eu pedi para ela sair quando descobri como eram as coisas lá”. Então quer dizer que ele sabia como eram as coisas por lá?

Vamos ver no que vai dar a investigação do Ministério Público. A mulher que cuidava da dinheirama contou tudo, mesmo sabendo que também está confessando um crime. Só não aceita cair sozinha.

23 de setembro de 2014
Reinaldo Azevedo - Veja

OPOSIÇÃO COBRA MP NO DESVIO DE VERBAS FEDERAIS POR PETISTAS NA BAHIA

 

 

Uma frente de partidos da oposição, reunindo líderes nacionais do PSDB, Bruno Araújo e Antonio Imbassahy, Democratas, Agripino Maia, PPS, Rubem Bueno, e Solidariedade, Paulinho da Força, vão, nesta terça-feira (23), ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, requerer a participação do Ministério Público Federal, junto com o Ministério Público da Bahia, nas investigações sobre o desvio de recursos da ordem de R$ 6 milhões do Fundo de Combate à Pobreza para campanhas do PT e petistas na Bahia.

O crime ao patrimônio público foi denunciado à revista Veja desta semana por Dalva Sele, presidente do Instituto Brasil, ONG criada com o objetivo de financiar o caixa eleitoral do PT no estado. A entidade firmava convênios com prefeituras petistas para a construção de casas populares, que não eram construídas e, sem fiscalização, os recursos eram carreados para petistas graduados, como o candidato a governador, Rui Costa, o senador Walter Pinheiro, o deputado federal Nélson Pelegrino e o ex-ministro da presidente Dilma Rousseff, Afonso Florence.

Antes de protocolar a representação na Procuradoria-Geral da República, às nove e meia, nesta terça, haverá uma reunião no gabinete do senador Agripino Maia, presidente do Democratas, para a preparação do requerimento de instalação de CPI no Congresso Nacional com objetivo de investigar a malversação dos recursos federais na Bahia. “É uma prática contumaz que foi flagrada na Bahia, mas ocorre em todo o país. O Congresso não pode se omitir diante de mais este atentado à democracia e à república brasileira”, diz Agripino.

O líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy, informa que também estará na pauta do encontro a elaboração de representação ao Conselho de Ética da Câmara Federal para que seja investigada a quebra de decoro dos deputados Rui Costa, Nélson Pelegrino e Afonso Florence. A frente suprapartidária oposicionista já reúne também os deputados Mendonça Filho (DEM-PE), Luiz de Deus (DEM-BA), Cláudio Cajado (DEM-BA), Colbert Martins (PMDB-BA), Arthur Maia (SDD-Bahia), Jutahy Jr. (PSDB-BA) e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Para o líder do Democratas na Câmara, Mendonça Filho, é preciso acionar todos os órgãos competentes para esclarecer de uma vez por todas mais esta grave denúncia que envolve representantes do alto escalão do PT na Bahia.


23 de setembro de 2014
caminho 21

PESQUISA IBOPE

Dilma cai, Marina mantém intenção de voto e Aécio sobe, segundo pesquisa Ibope
Dilma abre vantagem sobre Marina; Aécio esboça reação

Empate no segundo turno acirra disputa entre a presidente e sua principal rival

Rejeição a Marina fica maior do que a de tucano após vinte dias seguidos de ataques dos seus adversários


Com o desgaste sofrido por Marina Silva (PSB) --e apesar de um esboço de reação de Aécio Neves (PSDB)--, a presidente Dilma Rousseff (PT) se fortaleceu mais um pouco na corrida eleitoral.

A dianteira de Dilma sobre Marina no primeiro turno agora é nítida, mostra a nova pesquisa Datafolha para presidente.


O que até a semana passada ainda era um empate técnico se transformou numa inédita vantagem de sete pontos: 37% a 30%.

No teste de segundo turno, a tendência é parecida. A dianteira de Marina sobre Dilma nunca foi tão baixa: 46% a 44%, um empate técnico. No fim de agosto, a vantagem da candidata do PSB era de dez pontos (50% a 40%).

Nos últimos 20 dias, Marina Silva tem sido alvo de ataques constantes disparados de duas frentes.

Por cima, ela sofre um bombardeio de críticas e acusações promovidas pela propaganda de Dilma. Entre outras coisas, Marina foi comparada com presidentes que não terminaram o mandato, acusada de ser aliada dos banqueiros e de desprezar a camada pré-sal do petróleo.

Líder desde o início da série de pesquisas, Dilma sente-se ameaçada por Marina principalmente na provável disputa de um segundo turno.

Por baixo, a ex-senadora é atingida por torpedos diários lançados por Aécio.

Autor de acusações diretas e indiretas no horário eleitoral e nas entrevistas, o tucano era favorito para disputar um segundo turno com Dilma até o dia em que Eduardo Campos, morto num acidente aéreo, foi substituído por Marina no PSB.

Os ataques simultâneos não provocaram uma queda abrupta da ex-ministra do Meio Ambiente. Mas, conforme o histórico de pesquisas, parecem estar sendo eficientes para minar sua candidatura aos poucos.

As curvas das intenções de voto suscitam duas dúvidas.

Primeira: caso Dilma e Aécio mantenham os ataques, a campanha de Marina continuará se desidratando ou, com o tempo, a eficiência dos disparos tende a diminuir?

Segunda: na hipótese de Marina continuar perdendo força, o ritmo de sua queda será suficiente para uma ultrapassagem de Aécio?


A diferença entre Marina e Aécio chegou a 20 pontos no início de setembro. Hoje, a vantagem ainda pode ser considerara grande, mas é quase metade do que já foi: 13 pontos (30% a 17%).

O dado mais eloquente do enfraquecimento de Marina é o aumento de sua rejeição. Pela primeira vez, a taxa dos que dizem que não votariam nela de jeito nenhum (22%) está acima da de Aécio (21%).

A diferença está dentro da margem de erro, dois pontos para mais ou para menos. Mas é preocupante para a pessebista considerando-se que sua taxa cresce de forma acelerada, enquanto a de Aécio se mantém estável. Há um mês, só 11% rejeitavam Marina.

A pesquisa feita na quarta e nesta quinta (18) com 5.340 entrevistas mostra ainda que Dilma passou liderar nas cinco regiões do país.

No Nordeste, no Norte e no Sul, de forma isolada. No Centro-oeste, a petista está agora numericamente à frente de Marina. No Sudeste, tem menos pontos, mas numa situação de empate técnico.

Marina perdeu votos em diversos segmentos. Ela recuou 4 pontos no Sudeste, 4 entre as mulheres, 4 entre os católicos, 5 junto aos moradores de cidades médias (200 mil a 500 mil habitantes) e 6 entre os eleitores de 25 a 34 anos.

O levantamento do Datafolha foi encomendado pela Folha em parceria com a TV Globo.


23 de setembro de 2014
RICARDO MENDONÇA - FOLHA DE SÃO PAULO

REZEM POR MIM! (MELHOR SERIA REZAR PELO BRASIL!)

Em vez de responder críticas, Marina pede que rezem por ela.

 
Alvo de ataques desde que passou a ameaçar as pretensões eleitorais de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB) pediu nesta segunda (22), em evento com católicos, oração contra a "onda de mentiras" de que diz ser vítima. 
Marina, que pertence à igreja evangélica Assembleia de Deus, afirmou que se dissemina pelo país propagandas de que ela "acabará com tudo e com o resto". "Dá para acreditar que uma pessoa possa acabar com o pré-sal, o ProUni, o Fies, o Pronatec, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, a transposição do São Francisco, a Transnordestina, o 13º [salário], as férias, privatizar a Petrobras, a Caixa, o Banco do Brasil?" "Se uma pessoa pode fazer isso é porque temos um país que é o que, de papel? Não é, isso fere o bom senso, a inteligência do brasileiro", disse. Marina participou em Brasília de ato na Associação Nacional de Educação Católica. 
Com base em interpretações do programa de governo de Marina, que defende um Banco Central legalmente independente e revisão da política de subsídios do governo, a campanha de Dilma tem propagandeado que Marina irá minar os principais programas sociais. "É tanta coisa, gente. Olha, até porque vocês que são pessoas de fé, contra o marketing selvagem não vale argumento, só discernimento. Então peçam a Deus para o discernimento do povo brasileiro." 
 
Marina disse ainda que seus rivais, por ainda não terem apresentado programa de governo consolidado, esperam receber um cheque em branco da sociedade. "A sociedade não pode assinar cheque em branco para candidatos que promovem polarização e que, se eleitos, não se saberá com o que eles estão comprometidos", disse Marina, acrescentando preferir "ganhar ganhando, não ganhar perdendo". Segundo ela, isso ocorreria se ela abrisse mão de princípios e aderisse ao "vale tudo". 
 
A Folha mostrou nesta segunda que Dilma replicará na TV crítica feita por Aécio segundo a qual o programa de Marina sofreu tantos recuos que parece ter sido escrito a lápis. "E eles nem a lápis escreveram", rebateu Neca Setúbal, uma das coordenadoras do programa de Marina. 
À noite, em São Paulo, no debate "Diálogos Conectados", Marina foi questionada sobre suas propostas a respeito do acesso universal à internet de banda larga, uma de suas bandeiras de campanha, mas preferiu não responder ou esclarecer metas indicadas em seu programa.Uma das participantes da mesa, a advogada Flávia Lefèvre, do Proteste, disse que "não há nenhuma referência" a "temas fundamentais" para o setor no programa de governo do PSB. 
 
Marina apensa defendeu o acesso à internet de banda larga "como direito e um serviço essencial" para a população e afirmou que será por meio de plataformas digitais que o eleitor conseguirá acompanhar as ações do governo para "melhorar a qualidade da política". 
FOI DE TÁXI
 
Pela manhã, Marina participou de um evento em Brasília para marcar o Dia Mundial sem Carro. A candidata do PSB, que diz não saber andar de bicicleta, chegou de ao ato de táxi. Mais tarde, a assessoria da campanha criticou em nota a publicação de que ela foi de carro. "O serviço de táxi, vale lembrar, é um tipo de transporte público."
 
(Folha de São Paulo)