"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

LULA É HOSTILIZADO EM AEROPORTO. AS VAIAS NÃO PARAVAM

FILHO DE LULA E JULIO CAMARGO EXPULSOS DE RESTAURANTES EM ANGRA DOS REIS


Filho Do Lula e Julio Camargo Expulsos de Restaurante em Angra Dos Reis

  • 2 semanas atrás
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Filho Do Lula e Julio Camargo Expulsos de Restaurante em Angra Dos Reis.. seira muito bom se acontecesse sempre isso com .

29 de janeiro de 2016
postado por m.americo

http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2016/01/filho-de-lula-e-julio-camargo-expulsos.html


A CHINA CONSEGUIU DAR UM NÓ NO CAPITALISMO OCIDENTAL



Não pretendo ser o dono da verdade e nem descobrir a pólvora sem fazer barulho, mas a China deu um nó tático no capitalismo ocidental. Na ânsia de maximizar lucros e resultados, as empresas foram, paulatinamente, transferindo para a China as suas linhas de produção e, ao mesmo tempo, criando um modelo de substituição de importações às avessas.
Agora, um espirro da China transforma-se numa pneumonia no Ocidente. Hoje, a China está preparada para ditar as regras do comércio internacional, estabelecer parâmetros cambiais e limitar o preço das principais commodities.
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A HEGEMONIA DO DÓLAR
Flávio José Bortolotto
Os EUA operam a moeda hegemônica internacional, US$ dollar, reserva principal de aproximadamente 70% de todas as economias, e o esquema funciona como um poderoso eletro-ímã atraidor de capitais do mundo todo, principalmente da China, e isso constitui poderosa pressão anti-inflacionária nos EUA.
O Brasil vem perdendo capitais em ritmo crescente, com pico pouco antes de nossa grande depreciação do real em relação ao US$ dollar de cerca de 50% no último ano, e isso se traduz em poderosa pressão inflacionária no Brasil.
Os juros básicos e comerciais nos EUA são reduzidos, porque lá há abundância de capital, mas são altíssimos no Brasil, porque aqui há grande escassez de capital. Temos que capitalizar nossa Economia.

O crescimento industrial da China provocou a poluição dos rios
















A MALANDRAGEM CHINESA
Carlos Newton
Para dar o salto triplo na economia, a China se valeu da mão-de-obra baratíssima e permitiu a instalação das indústrias mais poluidoras do planeta. Com isso, tirou da miséria a maior parte da população e se tornou a segunda maior economia do mundo.
Agora, surgiram os problemas. A poluição é intolerável. As estatísticas oficiais, sempre fraudadas, dizem que são 400 mil mortos por ano. Podemos aumentar para 8 milhões, que ainda sai barato. O famoso Rio Amarelo tornou-se marrom e está morrendo. 
Os trabalhadores já conquistaram alguns dias férias e aposentadoria. Outros direitos trabalhistas fatalmente terão de ser concedidos. Tudo isso custa dinheiro.
Só que agora a China já pode dar as cartas. Sua aliança com a Rússia lhe garantirá a energia de que necessita para manter o crescimento e desafiar a hegemonia do dólar. E assim caminha a humanidade

29 de janeiro de 2016
.Mário Assis Causanilhas

PRESIDENTE DO BRADESCO QUER REDUZIR COMPULSÓRIO BANCÁRIO



Trabuco dá orientações econômicas
Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, acredita que “o preço do petróleo está tendo e vai ter um impacto muito mais explosivo do que a desaceleração chinesa” sobre a economia global e especialmente a brasileira. Em Davos para o Fórum Econômico Mundial, Trabuco disse à Folha que “não podemos ter um governo unicamente em cima do ajuste fiscal”. Entre as possibilidades de ação para o governo, o executivo sugere aumentar a liquidez do sistema bancário, reduzindo compulsório.
A justificativa para isso, apesar da inflação tão alta, é que não há demanda. Trabuco descarta maiores problemas para empresas com dívida em dólar neste ano, mesmo com a alta do câmbio. “Houve um alongamento das dívidas por um grande grupo para 2015, 2016 e 2017. Em 2018, 2019 aumenta o volume.”
Qual a sua impressão do Fórum, em meio à derrocada da China e à queda do preço do petróleo, com projeções de que caia ainda mais? A volatilidade em razão da China vai continuar?
Vai, e a estabilização das Bolsas, dos preços dos ativos e das commodities vai ser no fundo do poço. Houve uma mudança de patamar, de modelo na China.
Vai ser pior neste ano?
Vai, porque agora ela vai comprar menos e a um preço mais baixo. Na hora do ajuste, isso pode doer mais às suas empresas e ao mundo, pelo peso que a China tem.
Fica por um tempo?
Sim, entramos num túnel de grande ajuste. O preço do petróleo está tendo e vai ter um impacto muito mais explosivo do que a desaceleração chinesa. Caiu de US$ 110, US$ 120 para US$ 30. Algumas casas diziam há dias que pode chegar a US$ 20, e aqui ouvi que pode ir a US$ 10. Ouvi em Davos de um ministro de país árabe que pretendem diversificar. Será que eles e a Venezuela terão tempo para diversificar?
Isso poderá ter impacto também no sistema bancário. Imagine o Canadá, onde o setor é fundamental. Como ficará a indústria do etanol? A do shale gas [gás de xisto]? A Petrobras é ainda mais afetada [que outras companhias], pelos outros problemas que tem. O problema do petróleo bate no risco de crédito das empresas e dos países no mundo todo.
E no Brasil? O que o sr. ouviu do investidor estrangeiro?
O mundo sempre teve locomotivas de crescimento. Os EUA, a reconstrução da Europa nos pós-guerra… Os EUA estão resolvendo seus problemas. Não podemos esperar que a Europa se recupere. A Ásia nessa situação… Ou o Brasil se transforma na locomotiva de si próprio, trabalha duro para isso, ou vamos continuar patinando.
É evidente que o valor dos ativos brasileiros, a confiança que o investidor internacional desenvolveu no Brasil, agora está praticamente em xeque. O investidor estrangeiro tem mais de 15% da dívida interna brasileira, o que é formidável, porque ele acredita nos títulos do Tesouro brasileiro. Então, existe a expectativa de que o Brasil faça a sua lição de casa.
Não podemos ter um governo unicamente em cima do ajuste fiscal, isso não é plataforma, é meio. Mas desajuste fiscal causa insolvência, temos uma lição para sermos um destino de investimento.
O sr. é favorável ao uso de bancos públicos para conceder mais crédito e reativar a economia, como o governo?
Os bancos públicos têm um papel fundamental em processos anticíclicos. O Tesouro não tem mais margem para sustentar uma diferença muito grande entre a taxa básica e os empréstimos. Então, tem de ter menos crédito direcionado ou subsidiado, porque quem paga o subsídio é o Estado, a sociedade.
O que um governo com tão baixa credibilidade pode fazer…
Ele está elaborando pacotes para o crescimento. Pode aumentar a liquidez do sistema bancário…
Retirando compulsório?
Reduzindo compulsório…
Mas com inflação tão alta…
Acho que a leitura do BC ao deixar de subir a taxa de juros foi correta. Essa taxa provavelmente é de equilíbrio. Temos menor demanda por produtos de consumo. Para investimentos é baixa também. É quase inexistente.
O sr. vê muitas empresas com problemas em razão do aumento de suas dívidas dolarizadas?
Sim, houve aumento, mas teremos tempo para enfrentar esse problema, porque em 2014 houve uma janela de liquidez no mercado internacional, com taxas baixas, que foi aproveitada. Houve um alongamento das dívidas por um grande grupo para 2015, 2016 e 2017. Em 2018, 2019 aumenta o volume.
Mas tem empresas com problemas em 2016…
Sim, mas é tópico. A crise macroeconômica mundial de commodities pega o Brasil, as corporações brasileiras, mas não sou pessimista quanto à capacidade das empresas de superarem esses desafios. Mas através de margem menor, lucros menores. Então, a solvência e liquidez do mundo corporativo são duas palavras-chave. A crise atual é uma crise diferente da de 2008. É mais do valor dos ativos.
Voltando à Petrobras…
É lógico que a equação de problemas da Petrobras e da Eletrobras é fundamental para a economia capturar a queda do preço do petróleo.
Teremos mais três anos como 2015, com um governo fraco, quase paralisado pela crise política?
Acho que o governo estabeleceu uma agenda de entendimento da realidade. A grande expectativa que acho que todos temos é essa agenda de providências que envolvem as reformas em pauta. A da Previdência é essencial. Aliás, os países não fazem “a” reforma, eles vão reformando.
O Brasil é um dos poucos países que não estabeleceram idade mínima para a aposentadoria e é muito difícil manter a indexação dos benefícios previdenciários aos trabalhadores na ativa. A economia não se sustenta.
O sr. é a favor da CPMF?
Não é a contribuição adequada, porque é imposto cumulativo. Se ela for temporária e por dois ou três anos… porque todos queremos o ajuste fiscal. Precisamos parar de piorar. Não dá para cada um pensar em si. Temos o terceiro ano de recessão. Com o nível de desemprego acima de 10%, é depressão. Precisamos reverter isso.
Não tem jeito. Precisamos ter protagonismo no setor empresarial, no governo, para avançar. Se não, vamos perder essa outra onda de ajustes do mundo.
O mundo não vai acabar, mas precisamos amadurecer, antes de envelhecer.
A deterioração na economia está muito rápida. A situação pode se agravar ainda mais…
Precisamos evitar. Precisamos ser destino de investimentos. A liquidez que existe nos bancos e investimentos estrangeiros precisa ser posta para trabalhar. Temos urgência. Mas o ano passado não foi perdido. Os investidores estrangeiros dizem que há muitas oportunidades no Brasil e veem como positivas as ações do Judiciário brasileiro.
A crise é pela falta de providências em temas que provocam comprometimentos fiscais brasileiros, porque a carga tributária já é muito alta. Aumentá-la é subtrair investimentos.
O ministro Barbosa está no caminho certo?
Acho que está. Tem consciência e, pelo que mostrou aqui, vai reforçar essa agenda para o Brasil avançar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A entrevista foi enviada por Wilson Baptista Jr. Confirma que, como todo banqueiro, o presidente do Bradesco só pensa “naquilo”… Sua visão da economia é sempre muito positiva, porque ele jamais critica o governo, ele apenas usa o governo. E pensar que a dupla Lula/Dilma ainda insistiu em convidá-lo para ministro da Fazenda… Ele não aceitou, é claro, mas aproveitou para nomear Joaquim Levy, que estava no terceiro escalão do Bradesco. Levy já saiu, porém Trabuco continua mandando na equipe econômica.(C.N.)

29 de janeiro de 2016
Maria Cristina Frias

LOBISTA MUDA VERSÃO SOBRE DIRCEU E PODE TER CANCELADA A DELAÇÃO



Amigo de Dirceu, Moura cai em contradições
Em troca de um acordo que o tirou da prisão, o lobista Fernando Moura ofereceu ao Ministério Público Federal um conjunto de revelações de como o ex-ministro José Dirceu aparelhou a diretoria de Serviços da Petrobras para alimentar o caixa dois do PT. Mas, diante do juiz Sergio Moro, na última sexta (22), Moura não apenas não entregou nada do prometido como isentou Dirceu e empresários beneficiados pela indicação de Renato Duque para o cargo na Petrobras.
Em depoimento de quase duas horas em Curitiba, Fernando Moura gaguejou, gargalhou e pareceu demonstrar espanto quando confrontado com as próprias declarações.
Na sua estreia como delator, em 28 de agosto, Moura atribuiu a Dirceu a “dica” para que ficasse longe do Brasil durante o mensalão. “Depois que assinei [o termo do depoimento] que fui ver [o que estava escrito], diz que o Zé Dirceu me orientou a isso. Não foi esse o caso”, recuou.
Em esboço da delação feito pelo próprio Moura com seus advogados durante o estágio de negociação, o lobista cravou: “Depois da divulgação de reportagens que envolviam o meu nome ao escândalo do mensalão, recebi a ‘dica’ de José Dirceu para sair do país e, no começo de 2005, fui para Paris, onde fiquei de março a junho, ficando até o Natal em Miami”.
NEGÓCIOS À PARTE
Fernando Moura é amigo de Dirceu há 30 anos e participou de todas as campanhas dele. Em 2002, organizava jantares para a candidatura do petista para deputado. Após a eleição de Lula, Dirceu foi anunciado como chefe da Casa Civil. O amigo e apoiador foi bater à porta do futuro ministro para pedir um cargo no Palácio do Planalto.
Pela versão inicial, Dirceu disse que não nomearia um “amigo para não confundir as coisas”. Mas orientou Moura a arranjar uma empresa que ele, Dirceu, “ajudaria em nível de governo”.
O alvo da benesse seria a Etesco, prestadora de serviços de engenharia da Petrobras. Moura disse ter sido procurado por um dos donos da empresa, Licínio Machado, que queria em troca indicação de Duque para a diretoria de Serviços.
Moura disse que levou a demanda para a equipe de transição do PT, em 2002. Duque foi nomeado no ano seguinte como cota do PT na Petrobras. Como retribuição, de acordo com a primeira versão, Moura passou a receber uma mesada de US$ 30 mil da Etesco a cada três meses.
Hoje, Moura diz não saber se Dirceu teve a “última palavra” sobre o cargo de Duque.
“UMA POTÊNCIA”
No ano passado, Moura disse que ao emplacar Duque para a diretoria de Serviços, a Etesco virou uma potência na conquista de contratos milionários na Petrobras. Após ler trecho do depoimento anterior, o juiz perguntou se a Etesco havia tirado proveito de Duque na estatal.
“Falei isso?”, indagou o delator.
Logo depois, emendou, aos risos: “Assinei isso? Devem ter preenchido um pouquinho mais do que eu falei. Mas se falei, eu concordo”.
Normalmente fleumático, Moro o repreendeu: “Não, não é assim que funciona”.
DELAÇÃO EM RISCO
A reviravolta de Fernando Moura auxilia a defesa de Dirceu, mas não atinge o cerne da denúncia. Outro delator, Milton Pascowitch, ligou o ex-ministro ao pagamento de propina de fornecedores da diretoria de Serviços, por meio de falsos contratos de consultoria.
Pascowitch também provou ter bancado reformas em imóveis de Dirceu e realizado pagamentos diretamente à conta da consultoria do ex-ministro, a JD.
A reviravolta de Moura lembra a de Mark Whitacre, personagem de Matt Damon em “O Desinformante”. No filme de Steven Soderbergh (2009), o protagonista é um executivo que se torna informante em investigação dos EUA sobre cartel no agronegócio. Só que seus relatos sempre mudavam, atrapalhando a investigação.
“Ele vai ser intimado para explicar as contradições imensas. Se mentiu, o acordo de colaboração dele pode ser anulado”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da Operação Lava Jato.
PRISÃO DOMICILIAR
Entre os benefícios que Moura teve ao fazer a delação, e que poderá perder, estão o de ter ficado apenas três meses em regime fechado. Ele está em prisão domiciliar. Procurado pela Folha, o advogado de Fernando Moura, Pedro Iokoi, não quis comentar as mudanças de versão de seu cliente nem a abertura de um procedimento para apurar se o acordo de delação premiada foi violado.
O criminalista Roberto Podval, que defende José Dirceu, pediu acesso a vídeos dos depoimentos prestados por Fernando Moura à força-tarefa da Lava Jato na fase de investigação.
Dono da Etesco, Licínio Machado Filho disse que não conhecia Renato Duque em 2002 e, portanto, não poderia tê-lo indicado para ocupar a diretoria de Serviços da Petrobras.
O empresário afirmou que um de seus irmãos era amigo de Fernando Moura, mas negou que ele ou sua empresa tenham realizado pagamentos ao lobista “a título de agradecimento”. “Parece que ele agora está dizendo a verdade”, disse Licínio, sobre a nova versão de Moura, que isenta sua empresa de ter sido favorecida pela indicação de Duque.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Moura afirmou também que a indicação do nome de Duque para a estatal veio do Diretório do PT de São Paulo. E esta será a versão que Dirceu apresentará esta quinta-feira, ao depor diante do juiz Moro, evidenciando um jogo de cartas marcadas. Resultado: Moura vai perder a delação premiada e voltar para a cadeia, onde poderá se reencontrar diariamente com o amigo, na hora do banho de sol. (C.N.)

29 de janeiro de 2016
Bela Megale e Graciliano Rocha
Folha

ESCOLA SEM PARTIDO REPRESENTA CONTRA PRESIDENTE DO INEP POR CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA


Na falta de um referencial objetivo, que só poderia ser dado pelas normas legais que os definem, o que se compreende por 'direitos humanos' no contexto do Enem?

O advogado Miguel Nagib, presidente da Associação Escola sem Partido, requereu à Procuradoria da República no Distrito Federal que promova a responsabilização do Presidente do INEP por crime de abuso de autoridade e ato de improbidade administrativa, em razão de ilegalidades contidas no edital do Enem/2015.
De acordo com a representação (clique aqui para ler), ao estabelecer que seria atribuída nota zero à redação que desrespeitasse os direitos humanos, o INEP ofendeu a liberdade de consciência e de crença dos participantes do Enem, o que configura, em tese, o crime de abuso de autoridade, previsto na Lei 4.898/65.
Segundo Nagib, "ninguém pode ser obrigado a dizer o que não pensa para poder entrar numa universidade. (...) Por ser inviolável, a liberdade de consciência e de crença não permite que os direitos humanos sejam transformados em 'religião' do Estado laico e os indivíduos obrigados a professá-la, contra suas próprias convicções, para poder usufruir dos seus direitos."
Para o autor da representação, todavia, essa não é a única e talvez não seja a principal ilegalidade cometida pelo Presidente do INEP: "tão ou mais grave é o fato de a prova de redação do Enem haver sido transformada em filtro ideológico de acesso ao ensino superior".
O problema, explica Nagib, é que, apesar de exigir o respeito aos "direitos humanos", o INEP não exige dos candidatos e dos corretores nenhuma familiaridade com a legislação relativa aos direitos humanos. Ora, indaga a representação, "na falta de um referencial objetivo, que só poderia ser dado pelas normas legais que os definem, o que se compreende por 'direitos humanos' no contexto do Enem?"
Ao deixar de estabelecer esse referencial objetivo, conclui a representação, o INEP acabou permitindo a identificação dos "direitos humanos" com o "politicamente correto" -- que nada mais é, segundo Nagib, do que um "simulacro ideológico dos direitos humanos propriamente ditos" --, daí resultando, na prática, para os corretores das redações, o poder de impedir que indivíduos cujas opiniões contrariem as suas próprias concepções e preferências políticas, ideológicas, morais e religiosas possam entrar numa universidade, o que configura ato de improbidade administrativa por ofender o princípio constitucional da impessoalidade.
A Procuradoria da República deverá se pronunciar sobre a representação nos próximos dias.
29 de janeiro de 2016
ESCOLASEMPARTIDO.ORG 
http://escolasempartido.org/