Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
O PACTO MALDITO DA ONU QUE AMEAÇA O BRASIL E TODO O OCIDENTE COM MIGRAÇÃO EM MASSA
O vídeo e o texto desta postagem após este prólogo são do site Estibordo, recentemente criado pelo grupo Tradutores de Direita que amiúde tenho citado aqui no blog já que fazem um trabalho excelente focado em "destacar a visão conservadora ao Brasil e à comunidade lusófona", conforme expressam seus idealizadores.
Agora, com o Estibordo, o grupo amplia esse trabalho publicando artigos de especialistas e produzindo vídeos especiais como este que ilustra esta postagem e que dá uma idéia do assédio migratório em direção aos Estados Unidos fomentado pela ONU e por mais uma miríade de ONGs esquerdistas.
Não é à toa portanto o projeto do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de construir um muro para poder controlar essa tresloucada invasão do território norte-americano. O vídeo postado acima dá uma ideia do que realmente está ocorrendo na fronteira que separa o México dos Estados Unidos.
A grande mídia, por sua vez, se fecha em copas sobre o assunto e quando veicula algo sobre isso é para defender a turba de invasores.
Além deste vídeo a Equipe do Estibordo também publicou um artigo sobre o tema citando Markian Kalinoski que é formado em Direito na UFPR, advogado público do estado de Santa Catarina e mestrando em Common Law pela Osgooge Hall Law Scholl da York University, no Canadá. Transcrevo abaixo logo após este prólogo.
O artigo foi postado pelo site Estibordo em 26 de novembro passado e analisa o Pacto Migratório que, afinal, foi assinado dia 10 deste mês de dezembro em evento promovido pela ONU no Marraquexe. Vejam por exemplo como o site G1 de O Globo noticiou o evento.
Vale portanto ler o artigo da equipe Estibordo porque todas as matérias da grande mídia escamoteiam o essencial. Aliás, esse pacto migratório tem o apoio irrestrito dos comunistas. E, como as redações dos veículos da grande mídia são controladas pelos comunistas todas as pautas sobre o assunto são favoráveis ao pacto.
Eu pessoalmente não tenho dúvida de que esse pacto migratório da ONU é a derradeira tentativa de domínio comunista em nível global. Haja vista que nunca vi nenhum esquerdista ser contrário a essa escalada migratória que já está destruindo a Europa.
A finalidade disso tudo é demolir a cultura ocidental e para isso os globalistas se valem inclusive do islamismo para tentar eliminar o cristianismo e judaísmo que formam a matriz cultural do Ocidente.
Creio que o artigo dá uma ideia do tamanho da encrenca. Felizmente o Presidente eleito Jair Bolsonaro já disse que ao assumir a Presidência em 1º de janeiro de 2019 retirará o Brasil desse pacto que foi assinado pelo atual Chanceler Aloysio Nunes Ferreira, ex-terrorista e conhecido pela alcunha de "motorista de Marighella", o guerrilheiro que atuou no Brasil durante o governo militar. Nunes Ferreira conseguiu escapar e obteve asilo na França. Com a anistia retornou ao Brasil e foi eleito tempos depois senador pelo PSDB at'' e virar Chanceler no Governo de Michel Temer.
Leiam:
O Pacto Global para a Imigração, assinado em dezembro, no Marrocos, passa a considerar a imigração como um direito fundamental, orienta os estados signatários a fomentá-la e determina, até mesmo, a perseguição das opiniões contrárias a ele.
Esse pacto, que também poderia ser chamado de pacto do suicídio nacional e que não vem merecendo a atenção da imprensa, está contido em um documento de 34 páginas cheio de clichês globalistas e termos politicamente corretos.
Por meio desse documento, os signatários concordarão em ceder as soberanias de seus países aos representantes da ONU, burocratas não eleitos e não sujeitos ao escrutínio do público.
O pacto não utiliza, em nenhum momento, o termo “ilegal” e trata o novo conjunto de pessoas (refugiados e imigrantes) sob uma mesma categoria legal, concede a eles o mesmo direito fundamental de imigrar que, agora, deverá ser respeitado, fomentado, facilitado e assegurado pelos países membros.
O documento assinado em Marraquexe, conta com 23 objetivos.
O “objetivo 3”, por exemplo, determina que todos os países membros deverão manter websites oficiais que detalhem como os imigrantes poderão entrar em seus países, como poderão conseguir emprego, educação, qual o custo de vida, etc.
Além de apagar as fronteiras, os Estados deverão fazer propaganda de suas atrações e dos serviços disponíveis.
Já pelo que vai na página 3, item 12, os Estados se obrigam a trabalhar para diminuir os riscos e vulnerabilidades que os imigrantes possam vir a encontrar no trajeto até seus destinos (o que englobará, certamente, o financiamento e concessão de transporte).
Também se espera que os países colaborem mais ativamente no processo de convencimento e informação dos imigrantes, distribuindo panfletos sobre os eventuais direitos humanos dos refugiados e serviços disponibilizadas (nas línguas que eles compreendam).
Pelo “Objetivo 16”, os imigrantes deverão ser “empoderados” (leia-se: deverão possuir mais direitos) para que se possa realizar uma inclusão e coesão social integral nas comunidades de destino.
Curioso que, aos imigrantes, não são atribuídos deveres ou responsabilidades, mas apenas direitos.
O documento formaliza, na esfera internacional, o multiculturalismo como valor a ser defendido no mundo todo e estabelece as novas referências interpretativas das legislações sobre imigração.
Iguala culturas e impede que uma seja considerada como superior à outra, já que determina que seja promovido o respeito mútuo pelas culturas, tradições e costumes de todas as comunidades.
Curioso que a mesma ONU e UE, que vêm fomentando a imigração desregrada por décadas, agora cinicamente reconhecem que, justamente porque as sociedade acabaram sofrendo “mudanças sociais, econômicas em diferentes níveis causadas pela imigração”, medidas devem ser tomadas para que essa situação seja regulamentada.
O ataque às soberanias não seria eficiente se não viesse junto de um ataque à liberdade de expressão e de imprensa.
Dentro da “Visão e princípios norteadores” do documento, consta que a discordância dessa agenda não será tolerada.
Impõe que os Estados signatários trabalhem para “dissipar narrativas enganosas que geram percepções negativas dos imigrantes”.
Deverão, para isso, cortar a transferência de recursos das mídias contrárias à agenda de liberdade migratória irrestrita.
Além disso, os Estados devem promover, inclusive financeiramente, as mídias que estejam alinhadas à nova política.
Diz o documento, claramente, que se deve:
“Promover a divulgação independente, objetiva e de qualidade dos meios de comunicação, incluindo informações baseadas na Internet, sensibilizando e educando os profissionais de mídia sobre questões e terminologia relacionadas à imigração, investindo em padrões éticos de comunicação e publicidade e interrompendo a alocação de financiamento público ou material de apoio aos meios de comunicação que promovam sistematicamente a intolerância, a xenofobia, o racismo e outras formas de discriminação contra os imigrantes, no pleno respeito pela liberdade dos meios de comunicação social”.
Todo esse controle de informações, ao se fomentar o que se deseja e ao se impedir o que se quer evitar, deverá se dar, claro, de acordo com o “pleno respeito pela liberdade dos meios de comunicação social”, no melhor estilo orwelliano porque, afinal de contas, escravidão é liberdade.
Sem definir o significado de termos que, hoje em dia, vêm sendo usados como xingamentos e ataques políticos contra quem não concorda com a agenda globalista da destruição de nacionalidades e de identidades, o documento também impõe como um de seus objetivos:
“Eliminar todas as formas de discriminação, condenar e combater expressões, atos e manifestações de racismo, discriminação racial, violência, xenofobia e intolerância correlata contra todos os migrantes, em conformidade com o Direito Internacional dos Direitos Humanos ”
Até o momento, Estados Unidos, Hungria, Eslováquia, Polônia, Croácia, Bulgária, República Checa, Áustria e Austrália irão se retirar do acordo, enquanto cerca de 190 países devem aderir a ele, inclusive o Brasil.
Angela Merkel, há dois dias, disse que os países europeus devem abrir mão de suas soberanias em prol da União Européia.
Emmanuel Macron, por sua vez, concorda que as soberanias dos países europeus devem ser enfraquecidas para que Bruxelas decida as questões relativas a “relações internacionais, imigração e desenvolvimento”.
O acordo, obviamente, não é sobre direitos humanos.
É apenas mais um passo do programa de extinção de fronteiras e nacionalidades e de injeção de idéias globalistas radicais - oriundas de burocratas não eleitos e que atuam em favor de interesses transnacionais - na legislação de países cujas populações nunca foram, e nem serão, consultadas a respeito de sua própria destruição.
31 de dezembro de 2018
in aluizio amorim
BREXIT: A LUTA DOS CONSERVADORES BRITÂNICOS PARA LIVRAR O REINO UNIDO DAS GARRAS TOTALITÁRIAS DA UNIÃO EUROPÉIA
A PragerU, organização de mídia digital independente de orientação conservadora sediada nos Estados Unidos, convidou Nigel Farage, o líder do Brexit, o processo de saída do Reino Unidos da União Europeia, para explicar como está esse processo que foi decidido pelo povo britânico num plebiscito em 2016.
A tradução com legendas é dos Tradutores de Direita que fazem um excelente trabalho de divulgação de tudo aquilo que a grande mídia esconde de forma criminosa, já que é comparsa dos nossos algozes encastelados nas centenas de prédios luxuosos da UE e da ONU.
Nigel Farage, que é membro do Parlamento Europeu representando o Reino Unido, é tido como um dos principais articuladores da campanha em prol da saída da Inglaterra da União Europeia. Neste vídeo de pouco mais de 5 minutos, Farage resume tudo.
O assunto é super importante. Mesmo assim alguns leitores aqui do blog poderão indagar as razões da minha insistência neste tema.
É que a União Europeia junto com a ONU estão decididas em promover uma mudança profunda no mundo, muito embora os engenheiros sociais dessas duas organizações jamais indagaram se nós, os habitantes deste mundo, concordamos com tal iniciativa.
Jamais perguntaram se estamos de acordo como a aplicação da diversidade bundalelê, por exemplo, que defende o aborto e nega a distinção dos gêneros masculino e feminino. Também nunca perguntaram se os habitantes do nosso Mundo Ocidental desejam que nossos países sejam invadidos por hordas de fanáticos islâmicos, que nossas fronteiras sejam escancaradas. Enfim, nunca perguntaram se desejamos abrir mão da independência de nossos países ou se concordamos em destruir os Estados-Nação independentes para nos sujeitarmos às deliberações de organismos como ONU e União Europeia.
Esses supostos especialistas da ONU e da União Europeia jamais perguntaram se desejamos trocar nossos automóveis por patinetes e bicicletas. No entanto eles estão decididos inclusive a definir onde devemos morar e em que tipos de residências.
Nigel Farage, que é membro do Parlamento Europeu representando o Reino Unido, é tido como um dos principais articuladores da campanha em prol da saída da Inglaterra da União Europeia. Neste vídeo de pouco mais de 5 minutos, Farage resume tudo.
O assunto é super importante. Mesmo assim alguns leitores aqui do blog poderão indagar as razões da minha insistência neste tema.
É que a União Europeia junto com a ONU estão decididas em promover uma mudança profunda no mundo, muito embora os engenheiros sociais dessas duas organizações jamais indagaram se nós, os habitantes deste mundo, concordamos com tal iniciativa.
Jamais perguntaram se estamos de acordo como a aplicação da diversidade bundalelê, por exemplo, que defende o aborto e nega a distinção dos gêneros masculino e feminino. Também nunca perguntaram se os habitantes do nosso Mundo Ocidental desejam que nossos países sejam invadidos por hordas de fanáticos islâmicos, que nossas fronteiras sejam escancaradas. Enfim, nunca perguntaram se desejamos abrir mão da independência de nossos países ou se concordamos em destruir os Estados-Nação independentes para nos sujeitarmos às deliberações de organismos como ONU e União Europeia.
Esses supostos especialistas da ONU e da União Europeia jamais perguntaram se desejamos trocar nossos automóveis por patinetes e bicicletas. No entanto eles estão decididos inclusive a definir onde devemos morar e em que tipos de residências.
Sabe-se que seus engenheiros socialistas já estão desenhando as cidades com a localização das habitações e o transporte que será usado. E, em alguns locais estariam proibidos os automóveis, trens e ônibus. Todos utilizarão patinetes e bicicletas?
Por causa de tudo isso os britânicos, velhos de guerra (o Reino Unidos é o reino mais antigo do mundo), decidiram pular fora da arapuca da União Europeia essa irmã siamesa da ONU.
Enfim, está em curso um plano para desmontar a nossa civilização ocidental. E quem apoia isso? Ora, os comunistas, esquerdistas, socialistas e seus lacaios.
Claro, eles não terão de andar de patinete e bicicleta e morar em subúrbios programados. Afinal, são eles os arautos do que decidem os 'especialistas' da ONU e da União Europeia, os programadores dessa engenhoca criminosa cuja finalidade principal é detonar a nossa liberdade!
Notem como explica Nigel Farage no vídeo os "especialistas"da União Europeia já decidem quantos peixes a indústria pesqueira britânica pode pescar em suas água territoriais.
Em síntese, tudo isso que está acontecendo e de forma acelerada é conceituado como "globalismo", um conceito que foi transformado em tabu pelo jornalismo a soldo da mainstream media.
Por causa de tudo isso os britânicos, velhos de guerra (o Reino Unidos é o reino mais antigo do mundo), decidiram pular fora da arapuca da União Europeia essa irmã siamesa da ONU.
Enfim, está em curso um plano para desmontar a nossa civilização ocidental. E quem apoia isso? Ora, os comunistas, esquerdistas, socialistas e seus lacaios.
Claro, eles não terão de andar de patinete e bicicleta e morar em subúrbios programados. Afinal, são eles os arautos do que decidem os 'especialistas' da ONU e da União Europeia, os programadores dessa engenhoca criminosa cuja finalidade principal é detonar a nossa liberdade!
Notem como explica Nigel Farage no vídeo os "especialistas"da União Europeia já decidem quantos peixes a indústria pesqueira britânica pode pescar em suas água territoriais.
Em síntese, tudo isso que está acontecendo e de forma acelerada é conceituado como "globalismo", um conceito que foi transformado em tabu pelo jornalismo a soldo da mainstream media.
Da mesma forma como fizeram do famigerado Foro de São Paulo, a organização comunista latino-americana que levou o Brasil à bancarrota, como todos os demais países latino-americanos. Sim, Foro de SP, comunismo e socialismo até parecem não existirem mais. São os tabus criados pelos esbirros dos comunistas que controlam a grande mídia que conduz às falsas noções como essas.
Aliás, o Brexit é um assunto que também tem sido sistematicamente escamoteado do noticiário internacional.
Aliás, o Brexit é um assunto que também tem sido sistematicamente escamoteado do noticiário internacional.
Reparem que as matérias que eventualmente citam o Brexit são sempre laudatórias condenando a saída do Reino Unido da arapuca em que foi metido pelos comunistas.
Sim, no Reino Unido também tem um PT (Partido Trabalhista) que até hoje luta arduamente para promover um golpe de Estado para derrubar a Monarquia...rsrsrs...
31 de dezembro de 2018
in aluizio amorim
31 de dezembro de 2018
in aluizio amorim
LIÇÕES PARA O ANO NOVO: APRENDENDO COM OS ERROS DE CHURCHILL
Ele era racista, imperialista, xenófobo, islamofóbico. Cometeu um erro militar estratégico tão catastrófico que custou 45 mil vidas entre seus comandados.
Gastava muito mais do que tinha, aceitava favores de amigos ricos. Trocou de partido duas vezes.
Por qualquer padrão, seria alcoólatra, exceto pelo fato de ter chegado aos 90 anos – um pouco mais, até, do que deveria uma lenda viva.
Ter um livro de Winston Churchill à vista nunca sai de moda e é vantajoso para qualquer político que quer parecer sério, Ele era racista, imperialista, xenófobo, islamofóbico. Cometeu um erro militar estratégico tão catastrófico que custou 45 mil vidas entre seus comandados.
Gastava muito mais do que tinha, aceitava favores de amigos ricos. Trocou de partido duas vezes.
Por qualquer padrão, seria alcoólatra, exceto pelo fato de ter chegado aos 90 anos – um pouco mais, até, do que deveria uma lenda viva.
Ter um livro de Winston Churchill à vista nunca sai de moda e é vantajoso para qualquer político que quer parecer sério, principalmente se for mais à direita.
Mas Jair Bolsonaro provocou outro ataque de fúria no esquerdista Guardian ao “se pintar como o Churchill brasileiro” quando apareceu com um exemplar de Memórias da Segunda Guerra Mundial na primeira entrevista como presidente eleito – um exagero do jornal, explicável pelo estado de choque que a vitória do próximo presidente provocou entre as hostes progressistas.
Não que o próprio Churchill desça fácil para a intelectualidade de esquerda, especialmente na própria Inglaterra, onde acontece um fenômeno interessante.
Quanto mais longe fica a II Guerra, mais gigantesca é a imagem de Churchill entre a opinião pública, inclusive por filmes recentes que levaram a uma espécie de redescoberta do homem que enfrentou “sozinho” a avassaladora força da Alemanha nazista quando a Segunda Guerra ainda não era mundial.
Ao mesmo tempo, mais avançam as forças politicamente corretas e os historiadores de esquerda para tentar diminuir ou até desmontar sua estatura épica.
Um das táticas é reforçar os erros de julgamento, tropeços morais e outros defeitos de Churchill.
Nada disso é diminuído no livro saudado como a melhor biografia já escrita sobre o estadista a respeito do qual mais livros foram escritos em toda a história.
Mais de mil, segundo o historiador Andrew Roberts, o autor que pegou à unha o desafio de um tema supostamente esgotado e escreveu Churchill: Caminhando com o Destino, que entrou em todas as listas de melhores livros de 2018.
Como mensagem de fim de ano aos que não conseguem ficar longe de Churchill por muito tempo e aos que estão chegando agora, vamos fazer um rápido exercício de aprendizagem com os erros do mito.
EXCESSO DE AUTOCONFIANÇA
Personalidade agressiva, certeza de que podia construir a própria história de grande homem e talento para a autopromoção foram as características mais evidentes que levaram Churchill ao lugar onde chegou.
Churchill foi militar, correspondente de guerra, escritor, político e ministro de nove pastas diferentes antes do momento para o qual tinha se preparado toda a vida, o dia 10 de maio de 1940, quando assumiu como primeiro-ministro.
Três dias depois, proclamou diante da Câmara dos Comuns: “Não tenho nada a oferecer a não ser sangue, sofrimento, lágrimas e suor.” Em menos de três semanas, fez o discurso da “rendição nunca”, com os britânicos tirados, derrotados, da França subjugada.
Prometer sacrifícios e jurar resistência na hora do maior isolamento é só para os muito grandes e certos da vitória final.
Mas foi justamente a excessiva autoconfiança que havia provocado o maior desastre da carreira de Churchill, durante a I Guerra Mundial.
A fracassada invasão da Turquia, já em plena transição do império otomano, através do estreito de Dardanelos, foi uma tentativa ambiciosa de pegar de surpresa as Potências Centrais – os impérios alemão e austro-húngaro – e aliados.
Como comandante civil da Marinha, nomeado com apenas 36 anos, Churchill achava que uma segunda frente quebraria o cruento impasse da guerra de trincheiras.
O desembarque em Galípoli – tão complicado que o comandante das forças navais sofreu um colapso nervoso – e a protelada campanha terrestre, encerrada em 1916, depois de nove desastrosos meses, fizeram um total de 250 mil baixas de cada lado. Morreram 45 mil ingleses, franceses, australianos e neozelandeses.
Churchill foi rebaixado, mas preferiu renunciar e ir pagar os pecados como major do Exército no front na Bélgica. Adotou um comportamento de tão alto risco, como exigia o manual dos oficiais e cavalheiros, nem sempre seguido por todos, que acabou conquistando a simpatia dos soldados comuns com atos de bravura no limite da insanidade.
Em quatro meses estava perdoado e de volta ao governo, como ministro do Suprimento Bélico, mas a sombra de Galípoli o acompanhou por muito tempo. “Dardanelos”, gritavam os opositores, como é típico do Parlamento britânico, cada vez que ia discursar.
Churchill engrossou ainda mais o couro e passou a responder que a campanha fracassada “poderia ter salvado milhões de vidas” e ele se orgulhava disso.
Ter sangue frio para, três décadas depois, mandar centenas de milhares de jovens para a guerra contra a tirania, tendo “gravado na minha mente” o preço em vidas humanas de operações de contraofensiva, foi particularmente impressionante no Dia D, o desembarque das forças aliadas na Normandia.
Coragem com a vida dos outros só é fácil para os desprovidos de compaixão humana. Além de não ser dessa estirpe, Churchill também só foi impedido de ir com as tropas na primeira onda quando o rei George VI, pai da rainha Elizabeth, ficou sabendo de seu plano secreto e o impediu.
2. POLITICAMENTE INCORRETO
Mesmo para um homem nascido na era vitoriana e impávido defensor da superioridade do império britânico, Churchill dizia e escrevia barbaridades.
Por exemplo: os indianos “procriam como coelhos”. Isso em plena “fome de 1943” em Bengala, uma devastadora crise de abastecimento na Índia sob domínio britânico, agravada pelas restrições da Segunda Guerra.
Churchill também não suportava Gandhi, “um advogado de Middle Temple, agora posando de faquir e andando seminu pela escadaria do palácio do vice-rei”. Middle Temple é a tradicionalíssima associação de advogados da City de Londres.
Na questão da Índia, Churchill estava à direita da direita e achava que qualquer concessão, como autonomia administrativa, levaria à independência e ao fim do império britânico, no que não estava inteiramente errado.
Sem contar que o “faquir seminu” também se mostrou tão bom quanto ele, à sua maneira, em projetar a própria imagem, transformando-a em retrato da nação insubmissa.
Sobre a religião muçulmana, escreveu num livro de 1899: “Hábitos imprevidentes, sistemas agrícolas desleixados, métodos comerciais indolentes e insegurança sobre a propriedade existem onde quer que os seguidores do Profeta dominem ou vivam.”
“A influência da religião paralisa o desenvolvimento social dos que a seguem. Não existe força mais retrógrada no mundo. Longe de estar moribundo, o maometanismo é uma fé militante e proselitista.”
Isso hoje é crime. Literalmente: um militante de extrema-direita e candidato fracassado foi detido em 2014 ao ler em público o trecho acima.
John Charmley, historiador da corrente revisionista, diz que Churchill acreditava em hierarquias raciais, com os brancos protestantes no topo da pirâmide. “Churchill via a si mesmo e à Grã-Bretanha como os vencedores de uma hierarquia social darwinista.”
Lição? Falou besteira, está falado. O melhor é não reincidir no erro. Se nem Churchill escapa do julgamento da história, outros tampouco escaparão.
Detalhe importante: ele escreveu sobre o Islã no contexto da campanha de reconquista do Sudão, na qual lutou como jovem tenente de 23 anos. Ingleses e egípcios enfrentaram a resistência das forças do Mahdi, uma espécie de Antonio Conselheiro sudanês seguido por fanáticos sufistas.
Quanto foi para o ministério das Colônias, envolveu-se tanto com as questões do Oriente Médio que uma cunhada escreveu a ele implorando que “não se convertesse ao Islã”.
Churchill acreditava, como muitos depois dele, que era uma boa ideia criar novos países mais ou menos alinhados com as lealdades tribais, finalmente independentes do domínio otomano – inclusive ou principalmente porque o império britânico os manteria sob tutela. E ainda tinha o petróleo.
Contratou como assessor para o Departamento do Oriente Médio um certo T. E, Lawrence, apaixonado pela causa da independência árabe.
3. DINHEIRO, DINHEIRO, DINHEIRO
Churchill era neto de duque – e de ninguém menos que o duque de Marlborough. O primeiro da linhagem recebeu os títulos e as terras em sinal de agradecimento da rainha Anne por serviços prestados no campo de batalha, no começo do século 18.
Nasceu no fabuloso Palácio de Blenheim, o único castelo não pertencente à família real ou à Igreja Anglicana que pode ser chamado de “palácio”.
Mesmo assim, devido à estrita lei da primogenitura, seu pai, como filho caçula, ficou com uma herança magra. Casou-se por dinheiro com a americana Jennie Jerome, sem atentar para o fato de que o pai dela jogava alto em Wall Street, com todos os riscos inerentes – um traço herdado pelo neto.
“Churchill não tinha dinheiro nenhum”, resume o biógrafo Andrew Roberts, identificando nisso um dos principais fatores do espantoso e precoce sucesso dele.
Escrevendo para viver, Churchill praticamente foi um autodidata em história e literatura. Aproveitava qualquer experiência pessoal e chegou a propor um artigo sobre um acidente que havia sofrido em Nova York. Coisa de “2 400 palavras”.
Problema: entrava menos dinheiro do que gastava. Comprava vinhos bons e cavalos ruins para o polo. Usava ceroulas de seda cor de rosa. Jogava muito, em cassinos e na bolsa.
No histórico maio de 1940, quando assumiu o governo e, depois, a heróica resistência aos bombardeios alemães, tinha uma preocupação adicional: pagar o alfaiate que fazia suas camisas.
O relato consta de um livro de título autoexplicativo, No More Champagne, onde David Lough esmiuça os detalhes da caótica vida financeira do homem que chegou a dever, em dinheiro atualizado, o equivalente a 3,75 milhões de dólares.
Fez lobby, numa das fases em que quando perdeu cargos políticos, para duas petrolíferas britânicas, mas não deu certo.
Na crise das camisas (além dos fornecedores de vinho, de relógios e de seus próprios editores, que cobravam livros com adiantamento já pago, mas não escritos), foi salvo por uma discreta “contribuição” de um admirador cheio de grana, Henry Strakosch, banqueiro judeu originário da Áustria.
O cheque, equivalente hoje a 375 mil dólares, foi feito em nome de outra pessoa.
Sim, Churchill usou um laranja, embora o doador jamais tenha cobrado qualquer favor ou sequer mencionado o assunto. Seu interesse supremo era o antagonismo a Adolf Hitler e o papel único de Churchill.
Isso foi naquela época. Hoje, não passaria.
4. SEDE AO POTE
Churchill bebia e fazia guerra como se não fosse sobrar mais nem uma garrafa de Pol Roger, sua champanhe predileta – era uma inteira na hora do almoço, embora possivelmente menor do que o atual, depois de uma taça durante o café da manhã.
Também começava o dia “lavando a boca” com um uísque. O “drinque do papai”, como diziam seus filhos, o acompanhava a partir dali. Um fundinho de Johnny Walker e o resto do copo cheio com soda. Iam uns cinco ou seis.
Xerez antes do jantar, mais champanhe ou vinho tinto, e conhaque Hine para terminar (a marca foi criada por um inglês na França, onde continua sendo pronunciada “ine”).
O abstêmio Hitler o chamava de “maluco bêbado”, mas a capacidade de enfiar o pé na jaca o ajudou quando foi a Moscou para uma conferência com Stálin, em pleno ano de 1942.
Acostumado a obrigar todos os sicofantas à sua volta a beber sem parar em banquetes intermináveis, Stálin partilhou um jantar tardio com Churchill. No fim da noitada, o subsecretário das Relações Exteriores, Alexander Cadogan, foi resgatar o chefe.
Depois, anotou: “Winston com certeza ficou impressionado e acho que o sentimento foi recíproco.”
Ao longo da conferência, Stálin pressionou, como sempre, por um desembarque na frente ocidental, que aliviaria a pressão alemã na frente russa. Ainda não era a hora.
Stálin só se animou quando Churchill prometeu que, se necessário, os aliados bombardeariam “todas as casas em praticamente todas as cidades alemãs”. Chegou perto disso.
Foi Hitler quem iniciou a barbárie da guerra total, sem distinção entre militares e civis, mas os bombardeios aliados em massa mostraram como o lado do bem chega perto do lado do mal quando são travadas lutas existenciais.
Durante a Primeira Guerra, Churchill jactou-se a Margot Asquith, mulher do primeiro-ministro à época: “Eu não perderia por nada nesse mundo essa delícia de guerra.” Depois, pediu que ela não espalhasse a palavra “delícia”.
Em 1919, como ministro da Guerra, Churchill defendeu “fortemente o uso de gás venenoso contra tribos não civilizadas” no Afeganistão e no Curdistão, para salvar vidas de soldados britânicos.
“O efeito moral seria tão bom que a perda de vidas se reduziria ao mínimo. Não é necessário usar só os gases mais letais: podem ser usados gases que causam grande incômodo e se espalham como o terror personificado e ainda assim não deixam sequelas sérias para a maioria dos afetados.”
Lição: Deus nos livre de uma guerra, como dizia algo acidamente o general Ernesto Geisel, e das escolhas terríveis que exigem.
Sobre a capacidade de beber, não define caráter nem estabelece distinção entre aristocratas ingleses, tiranos georgianos ou operários pernambucanos.
Mas só um Churchill para responder, quando perguntado quanto de vermute queria no seu martini: “O suficiente para que eu veja a garrafa do outro lado da sala.”
O martini Churchiil, portanto, é gin puro.
5. BOBEOU, DANÇOU
Churchill aprendeu com seus erros – e com seus acertos também., e com os erros e acertos de seus inimigos.
Sua vida e sua obra já seriam consideradas prodigiosas mesmo antes do “momento crítico e sublime”, na definição de Conrad Black, os trinta meses em que resistiu e inspirou os britânicos a resistir, sozinhos, à máquina nazista.
Em 1941, Hitler cometeu o maior de todos os erros: desencanou da Grã-Bretanha e invadiu a União Soviética. O resultado da Segunda Guerra, olhado a posteriori, foi definido aí. Mas foram necessários mais quatro terríveis anos até a rendição alemã, em maio de 1945.
Dois meses depois, Churchill e o Partido Conservador, famosamente, perderam a eleição. O mito estava banhando pela glória da vitória, mas os eleitores se preocupavam com o que aconteceria depois.
“A política é mais perigosa do que a guerra porque na guerra só se é morto uma vez”, foi uma das frases memoráveis que deixou, de uma lista que não acaba nunca.
Vale para todas as épocas e todos os lugares do mundo.
31 de dezembro de 2018
in orlando tambosi
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